Para as Nações Unidas (ONU), um massacre em uma mesquita vale mais do que incontáveis massacres em igrejas.
A Assembleia Geral da ONU instituiu recentemente o dia 15 de março como o Dia Internacional de Combate à Islamofobia, aprovando resolução apresentada pelo Paquistão e apoiada pelos 55 países de maioria muçulmana membros da Organização da Cooperação Islâmica (OIC). A OIC vem tentando a duas décadas fazer com que a ONU aceite as leis de blasfêmia islâmica, deste modo, criminalizando toda análise crítica ao islamismo.
A resolução irá tornar ainda mais difícil qualquer discussão franca sobre o islamismo e seu corpo de ensinamentos, já que qualquer crítica pode cair na categoria de “islamofobia” – e isso, claro, é o objetivo principal da resolução: colocar o islamismo no pedestal mais alto e e protegê-lo de qualquer crítica. Isso é tal claro que diversos observadores internacionais fizeram esta observação.
França, União Européia e Índia se opuseram à resolução, mas não se opuseram à sua adoção.
União Européia declarou:
Nos preocupa abordar apenas uma religião por meio de uma iniciativa da Assembléia Geral…. Ao usar o termo ‘islamofobia’ em vez de ‘discriminação antimuçulmana’ ou ‘ódio antimuçulmano’, a iniciativa da OIC concentra-se na proteção da religião como tal, uma abordagem que mina a proteção dos direitos humanos individuais das pessoas, como os direitos à liberdade de opinião e expressão, incluindo o direito de debater e criticar a religião.
O representante da França observou que a islamofobia não tem uma definição acordada no direito internacional. A França apoia a proteção de todas as religiões e crenças, disse ele, acrescentando que sua delegação propôs um texto que endossou a liberdade de todas as religiões e crenças. Segundo ele, “a frase [islamofobia] também sugere que é a própria religião que é protegida, e não os crentes. No entanto, é a liberdade de acreditar, ou não acreditar, ou o direito de mudar de religião, que devemos promover”. Claro que a proposta da França foi ignorada, pois o objetivo é de colocar o islamismo acima de tudo, como os islâmicos acreditam que seja.
Raymond Ibrahim fez o seguinte comentário:
Enquanto isso, aqueles que realmente precisam de proteção contra os muçulmanos – por exemplo, minorias religiosas – recebem zero reconhecimento pela ONU. A perseguição muçulmana aos cristãos, por exemplo, é um fenômeno real: é inabalável, constante, sistemática e sistêmica, e está em conformidade com os padrões aprovados pela sharia – o que significa que sua fonte raiz é o Islã. Desde julho de 2011, venho compilando uma série mensal, “A Perseguição Muçulmana aos Cristãos ” (publicada pelo Gatestone Institute), reunindo e resumindo algumas das dúzias de relatos de perseguição que surgem todos os meses. Os relatos documentados em cada um desses, agora 125 relatórios, geralmente se enquadram nos mesmos temas – incluindo o bombardeio, incêndio ou proibição de igrejas; o estupro e a conversão forçada de mulheres cristãs; ataques assassinos e longas sentenças de prisão para apóstatas, blasfemadores e evangelistas; discriminação e exploração geral; e, cada vez mais, a matança total de cristãos.
O nosso blog também se esforça em acompanhar a perseguição sofrida por cristãos (ver nos links: Parte 1, Parte 2, Parte 3) bem como adeptos de outras religiões, ateus e ex-muçulmanos.
O relatório da Open Doors revelou que, em 2021, “mais de 360 milhões de cristãos sofreram altos níveis de perseguição e discriminação por sua fé”. Em média, 16 cristãos foram mortos por sua fé todos os dias. No período de um ano, coberto pelo relatório, mais de 5.000 igrejas foram atacadas e/ou destruídas.
Cerca de 80% da perseguição coberta no relatório da Open Doors ocorreu nas mãos dos muçulmanos. As nações muçulmanas são especialmente brutais em sua perseguição aos cristãos. E elas se agrupam na Organização da Cooperação Islâmica (OIC), a mesma organização que patrocinou a resolução sobre islamofobia que a ONU adotou. E mais revoltante ainda é que o Paquistão foi a nação que apresentou a resolução. O mesmo Paquistão onde não muçulmanos são implacavelmente perseguidos, com a polícia e os tribunais dando de ombros.
Dois pesos e duas medidas.
O dia 15 de março foi escolhido como o Dia Internacional de Combate à Islamofobia porque, em em 15 de março de 2019, um australiano armado, Brenton Tarrant, entrou em duas mesquitas na Nova Zelândia e abriu fogo contra fiéis muçulmanos desarmados e indefesos, resultando em 51 mortos e 40 feridos.
Este incidente foi, merecidamente, amplamente condenado em todo o Ocidente.
Mas a decisão da ONU levanta uma questão importante: se um único ataque de um não-muçulmano a uma mesquita é suficiente para a ONU institucionalizar um dia especial para o Islã, quantos ataques são necessários para que algo semelhante seja feito para as outras religiões, considerando os incontáveis ataques contra locais de culto não-muçulmanos?
Por exemplo, vamos apresentar uma pequena lista de ataques de islâmicos radicais contra igrejas que ocorreram apenas no período de Páscoa e Natal (dados de Raymond Ibrahim):
- Indonésia (28 de março de 2021): dois homens bombas ferem 20 pessoas que participavam de missa de Domingo de Ramos na catedral em Makassar.
- Egito (15 de abril de 2020): polícia confronta suspeitos que estavam planejando ataques aos cristãos coptas do país durante a Semana Santa e o Domingo de Páscoa, evitando a carnificina.
- Egito (19 de abril de 2020): forças de segurança egípcias desbaratam célula terrorista islâmica que planejava assassinar cristãos em suas igrejas durante a Páscoa.
- Indonésia (24 de dezembro de 2020): Durante os cultos da véspera de Natal, terroristas muçulmanos bombardearam várias igrejas; 18 foram mortos e mais de 100 feridos.
- Egito (6 de janeiro de 2019): um policial egípcio foi morto e dois ficaram feridos ao tentar desarmar uma bomba colocada perto da Igreja da Virgem Maria e São Mercúrio um dia antes da véspera do Natal ortodoxo.
- Filipinas (27 de janeiro de 2019): terroristas muçulmanos bombardearam uma catedral; pelo menos 20 foram mortos e mais de 100 feridos.
- Sri Lanka (21 de abril de 2019): Domingo de Páscoa, terroristas muçulmanos bombardearam três igrejas e três hotéis; 359 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas.
- Egito (8 de dezembro de 2019): três igrejas incendiadas nas vésperas das celebrações de Natal.
- Rússia (18 de fevereiro de 2018): Um muçulmano carregando uma faca e uma espingarda de cano duplo entrou em uma igreja e abriu fogo; cinco pessoas — todas mulheres — foram mortas e pelo menos cinco ficaram feridas.
- Indonésia (13 de maio de 2018): Muçulmanos bombardearam três igrejas; 13 foram mortos e dezenas ficaram feridos.
- Egito (9 de abril de 2017): Domingo de Ramos, muçulmanos bombardearam duas igrejas lotadas; pelo menos 45 foram mortos, mais de 100 feridos.
- Egito (29 de dezembro de 2017): homens armados muçulmanos atiraram em uma igreja no Cairo; nove foram mortos.
- Paquistão (27 de março de 2016): Após os cultos do Domingo de Páscoa, terroristas islâmicos bombardearam um parque onde os cristãos se congregavam; mais de 70 cristãos – a maioria mulheres e crianças – foram mortos. “Havia carne humana nas paredes de nossa casa”, lembrou uma testemunha.
- França (26 de julho de 2016): Muçulmanos entraram em uma igreja e cortaram a garganta do padre oficiante, Pe. Jacques Hamel, e fez quatro freiras como reféns até que as autoridades francesas mataram os terroristas a tiros.
- Egito (11 de dezembro de 2016): Um atentado suicida islâmico de duas igrejas deixou 29 pessoas mortas e 47 feridas (imagens gráficas das consequências aqui).
- Alemanha (19 de dezembro de 2016): Perto da Igreja Memorial Kaiser Wilhelm em Berlim, um muçulmano dirigiu um caminhão para um mercado de Natal; 13 foram mortos e 55 feridos.
- Paquistão (15 de março de 2015): homens-bomba muçulmanos mataram pelo menos 14 cristãos em ataques a duas igrejas.
- Egito (14 de abril de 2015): bombas explodem próximo a duas igrejas no Domingo de Páscoa.
- Nigéria (8 de abril de 2012): Domingo de Páscoa, explosivos plantados por muçulmanos detonaram perto de duas igrejas lotadas; mais de 50 foram mortos e um número desconhecido ficou ferido.
- Nigéria (20 de abril de 2014): Domingo de Páscoa, terroristas islâmicos incendiaram uma igreja lotada; 150 foram mortos.
- Egito (1º de janeiro de 2011): terroristas muçulmanos bombardearam uma igreja em Alexandria durante a missa de Ano Novo; pelo menos 21 cristãos foram mortos. De acordo com testemunhas oculares , “partes do corpo estavam espalhadas por toda a rua” e “foram trazidas para dentro da igreja depois que alguns muçulmanos começaram a pisar nelas e gritar cânticos jihadistas”, como “Allahu Akbar!”
- Iraque (31 de outubro de 2011): Terroristas islâmicos invadiram uma igreja em Bagdá durante o culto e abriram fogo indiscriminadamente antes de detonar seus coletes suicidas. Quase 60 cristãos – incluindo mulheres, crianças e bebês – foram mortos (imagens gráficas das consequências aqui ).
- Nigéria (25 de dezembro de 2011): Durante os cultos do dia de Natal, terroristas muçulmanos atiraram e bombardearam três igrejas; 37 foram mortos e quase 57 feridos.
- Egito (6 de janeiro de 2010): Após a missa da véspera de Natal (de acordo com o calendário ortodoxo), os muçulmanos mataram a tiros seis cristãos quando saíam de sua igreja.
Repetimos a pergunta: se UM ataque de um não-muçulmano contra uma mesquita, que custou a vida de 51 muçulmanos, foi suficiente para a ONU estabelecer um “dia internacional de combate à islamofobia”, por que inúmeros ataques de muçulmanos contra igrejas, causando a perda de milhares de vidas cristãs, não é suficiente para que a ONU estabeleça um “dia internacional de combate à cristofobia”?
\ONU cria Dia de Combate à Islamofobia 2022