Se Maomé fosse vivo nos dias de hoje, ele seria processado por plagiar histórias das outras religiões, na maior cara de pau
Muitos dizem que o Alcorão é uma mistura de paganismo regurgitado e histórias distorcidas da Bíblia. Mas existem também histórias populares entre judeus e cristãos que Maomé acabou incorporando ao Alcorão, como se elas tivessem sido reveladas a ele.
No último artigo, tratamos do Vale da Formiga, uma fábula judaica que Maomé plagiou. Neste artigo, iremos tratar de uma fábula cristã muito famosa que Maomé também plagiou.
O artigo está organizado do seguinte modo:
Primeiro, já mencionamos que o Alcorão contém histórias plagiadas de fontes judaicas e cristãs. Em seguida, iremos apresentar a história cristã original dos Sete Adormecidos de Éfeso. Depois disso, apresentaremos o plágio malfeito de Maomé, fazendo uma comparação entre a história original e o plágio. E concluiremos com considerações finais.
A história cristã original: Os sete adormecidos de Éfeso
O primeiro registro escrito desta história, em siríaco, ocorreu no século 5º, por um bispo Sírio chamado Jacob de Serugue, que viveu entre 451 e 521. A história também apareceu em outras fontes escritas por Gregório de Tours, que viveu entre 538 e 594, Paulus Diáconos, no século oitavo, e Jacobus de Voragine, que viveram entre 1230 em 1298. Veja bem, Maomé viveu entre 570 e 632, de modo que já existiam pelo menos dois registros escritos da história, além é claro dela ser muito popular entre os cristãos da época.
A história original versa sobre sete jovens cristãos que viviam em Éfeso, na época do Império Romano, durante o reinado do Imperador Décio, que reinou entre os anos de 249 e 251. Éfeso ficava na atual Turquia. Isso corresponde com o período conhecido como A Perseguição de Décio. Quando ele se tornou imperador, ele baixou um decreto dizendo que todos deveriam fazer sacrifício para os deuses romanos, para legitimar o seu governo. Judeus foram excluídos desta regra, mas não os cristãos, que não eram reconhecidos como um grupo religioso, a recusa dos cristãos em oferecer sacrifício para os deuses romanos foi vista como um desafio a lei e uma ameaça à unidade do Império Romano. O Papa da época, Fabiano, foi preso e executado por se recusar a obedecer a lei.
Nesta época, sete jovens residentes de Éfeso se recusaram a fazer o sacrifício aos deuses, fugiram da cidade, e se esconderam em uma gruta próxima. Eles deram suas propriedades aos pobres, levaram apenas algumas moedas com eles, e entraram em uma gruta no Monte Anchilos para rezar e se preparar para a morte. O Imperador Décio, que estava em Éfeso, ordenou que fechassem a gruta e deixasse os sete morreram de fome.
A história então segue para a época do Imperador Teodósio I, que reinou entre 408 e 450. Teodósio era cristão e o cristianismo já era a religião oficial do Império Romano. Operários que estavam construindo um estábulo na colina onde a gruta se encontrava acabaram abrindo-a sem se dar conta disso. Foi então que os sete adormecidos acordaram e famintos escolheram um deles, Malchus, para ir comprar comida na cidade. A intenção deles era se alimentar e se entregarem ao Imperador Décio para o martírio. Qual não foi a surpresa de Malcus ao notar que a cidade estava completamente diferente, com cruzes. Em todos os lugares ele ouvia as pessoas falando abertamente sobre Jesus, mas para ele, até ontem, ninguém podia falar sobre Jesus. Ele foi levado ao bispo que quis saber quem ele era e onde ele tinha conseguido aquelas moedas velhas que tinham a face do Imperador Décio. Malcus perguntou que cidade era aquela, e soube que era Éfeso. Malcus então disse ser de Éfeso e que ele tinha fugido da cidade no dia de ontem para se proteger no Imperador Décio. Claro que ninguém acreditou nele. Malcus então levou o bispo e outras testemunhas até a gruta onde eles encontraram os outros seis jovens. Maravilhados com o ocorrido, eles chamaram o Imperador Teodósio que também se tornou testemunha.
Curiosamente na época do Imperador Teodósio existia uma controvérsia na igreja criada por alguns heréticos de que não poderia haver ressurreição dos mortos. O incidente dos sete adormecidos de Efésios, que teriam morrido e ressuscitado, pôs fim à discussão. De modo que esta história cristã possui um contexto teológico. Após sua morte, os sete adormecidos foram enterrados na gruta, onde uma grande igreja teria sido erguida. Eles são celebrados tanto pela Igreja Ortodoxa quanto pela igreja Romana, sendo celebradas, respectivamente, no dia 4 de agosto e 27 de julho. Os nomes variam pouco entre o grego e o latim (em português, os nomes são: Maximiano, Malcus, Martiniano, Dionísio, João, Serapião e Constantino).
É assim então a história cristã.
Como Maomé plagiou essa história no Alcorão
A história do Ashab al-Kahf, o povo da gruta, faz parte da surata número 18, que é chamada exatamente de al-Kahf, ou a gruta. Surata é como os capítulos do Alcorão são chamados. Apesar do título, apenas 17 dos 110 versículos desta surata tratam do assunto. Isso é normal porque o Alcorão é um livro muito confuso. Por exemplo, versículos 1 a 3 tratam de queimar no inferno, os versículos de 4 a 8 tratam dos cristãos malditos, os versículos 9 a 26 tratam do Povo da Gruta, os versículos 27 a 29 de novo tratam de queimar no inferno, e do versículo 30 em diante apresentam histórias esquisitas sobre o paraíso.
O Alcorão é um livro confuso, muito embora o alcorão diga que o alcorão é o melhor livro. Podes crer, o alcorão diz exatamente isso.
Então, vamos a versão islâmica. O Povo da Gruta vivia numa época quando pessoas adoravam falsos deuses, e aquelas que acreditavam no Deus único eram perseguidas. Um dia essas pessoas tiveram que fugir para salvar suas vidas e se esconderam em uma gruta próxima para passarem a noite. Eles adormeceram, e quando acordaram todos tinham a impressão de terem dormido por apenas algumas horas. Mas como eles estavam famintos, eles decidiram que um deles deveria voltar para a cidade para comprar comida. Ao chegar lá, ele reparou que a cidade mudou, os prédios eram diferentes, e ele viu símbolos indicando o Deus único, Alá. Ele tenta comprar comida, mas ninguém aceita o seu dinheiro. Logo, ele percebe que se passaram 300 anos, e que as pessoas agora adoram Alá. Ele então volta para gruta e todos adormecem novamente. As pessoas da cidade os encontram eventualmente e constroem uma casa de oração no local.
Então, essa história islâmica.
A história dos sete adormecidos de Éfeso é uma história boa para contar para os filhos pequenos para colocá-los para dormir, não é verdade? Mas enquanto cristãos não têm essa história nas suas escrituras, e as consideram mais lenda do que outra coisa, os muçulmanos acreditam nisso. Claro, está escrito no Alcorão.
Ora, as pessoas podem acreditar no que quiser mesmo em Contos da Carochinha, esse não é o problema. O problema é que a história no Alcorão é um plágio. Quem escreveu o alcorão copiou uma história que surgiu séculos antes da invenção do islamismo, e que era popular entre os cristãos que viviam nas terras conquistadas militarmente e ocupadas pelos exércitos invasores muçulmanos.
Mas, se o Alcorão contém um Conto da Carochinha, quer dizer então que o Islamismo é um conto da Carochinha?
Mas vale aqui a pergunta. Será que o todo-poderoso Alá não sabia disso? Parece que não. Esta lenda foi incorporada no Alcorão como revelação divina, o que apenas comprova que o autor do Alcorão era um árabe ignorante que vivia no meio do deserto e adorava plagiar e tomar para si o que pertencia os outros. Provavelmente, Maomé tomou conhecimento desta lenda durante uma caravana a Síria. Ele achou a lenda tão real que resolveu copiá-la. Sinceramente, isso pega muito mal para o islamismo.
Vamos comparar esta lenda com a narrada pelos cristãos primitivos e com a narrada pelo Alcorão. Na história original cristã são sete jovens, mas na versão plagiada (no Alcorão) o número varia entre 3, 5 ou 7e não tem um cachorro, que certamente não era preto, pois se fosse preto os muçulmanos teriam o matado. De modo que, em termos efetivos, Alá não sabia quantos eram. Ou seja. Maomé não se lembrou direito da história. Quanto ao motivo da fuga deles, bem, nesse caso, Maomé se lembrou direitinho que eles estavam fugindo da perseguição. A versão original cristã diz que o evento ocorreu em Éfeso, enquanto o plágio no Alcorão não se refere a lugar nenhum. O original cristão é bem específico, afirmando que o evento ocorreu nos domínios do Império Romano, enquanto o plágio no Alcorão também não menciona nada, ou seja, Alá também não sabe disso. O original cristão menciona os imperadores Décio e Teodósio do Império Romano, enquanto, mais uma vez, Alá desconhece este detalhe. E, finalmente, o original cristão é bem específico de quando o evento teria ocorrido, nos séculos terceiro e quinto, durante o reinado dos imperadores Décio e Teodósio. Mais uma vez, o alcorão se omite nesse aspecto.
De modo que a impressão que realmente dá é que Maomé ouviu a história, e ele se esqueceu dos detalhes, mas ele ficou só com o enredo principal, e foi isso que ele usou no Alcorão, dizendo ser uma revelação de Alá, só que não.
E quanto ao possível local onde este evento teria ocorrido, os cristãos afirmam que aconteceu no Monte Anchilos, que fica próximo a Éfeso, e realmente existe uma gruta com temas cristãos, ou pelo menos o que resta dela após séculos de depredação pelos turcos muçulmanos. Mas para os muçulmanos isso pode ter ocorrido em diversos lugares, a própria Éfeso é uma opção. Mas a mais popular seria uma gruta na atual Jordânia. Claro, a Jordânia é perto da Arábia em Kahf al-Raqim. E o próprio Maomé esteve na Jordânia no final da sua vida atacando uma comunidade cristã, que por sinal nunca tinha feito nada contra ele que justificasse a agressão militar. Existem diversos outras grupos que também alega serem a gruta original.
E o que fazem os muçulmanos ao serem confrontados com essa realidade? Eles negam, negam, negam, ou então vem com a fantasiosa afirmação de que foram os cristãos que copiaram a história, porque ela estava escrita no Alcorão, e o alcorão é eterno.
Então, neste vídeo, nós vimos que:
- O alcorão plagiou e distorceu não apenas histórias da Bíblia, mas também histórias populares entre cristãos e judeus.
- A fábula dos sete adormecidos de Éfeso é apenas mais um exemplo disso.
- Ao ser incluído no Alcorão, a fábula passou a ser algo que muçulmanos devem aceitar como verdadeiro.
- A falta de detalhes da narrativa crônica dos sete adormecidos de Éfeso indica que Maomé sabia a ideia geral da fábula, mas esqueceu dos detalhes.
Referências:
- ENCICLOPÉDIA CATÓLICA: Os Sete Dormentes de Éfeso (newadvent.org)
- Santos Sete Jovens Dormentes de Éfeso (c. 250)
- Alcorão 18
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