Em 1922, os cristãos constituíam 11% da população residente nos territórios governados pela Autoridade Palestina e pelo Hamas. Hoje, em 2024, eles são apenas 1%.
Esta conclusão aterrorizante é o resultado de um estudo do Centro de Segurança e Relações Exteriores de Jerusalém (JCFA), como relatado pelo Jerusalem Post.
Segundo o estudo, a discriminação religiosa e legal, a profanação de locais sagrados, a exclusão social, a violência e a coerção estão por trás do declínio de até 90% da população cristã nestas áreas.
O time de pesquisadores descobriu uma emigração em massa de cristãos, particularmente de cidades historicamente significativas como Belém.
Em 1950, Belém e as aldeias vizinhas eram 86% cristãs. Isso diminuiu desde 1994, quando a Autoridade Palestina assumiu o controle da cidade. O último censo em 2017 mostrou que apenas 10% das famílias residentes em Belém eram cristãs. Mas muitas deixaram, ou estão deixando, a cidade devido a dificuldades socioeconômicas sistêmicas e instabilidade, discriminação e assédio, incluindo clérigos cristãos, por palestinos muçulmanos e pela Autoridade Palestina dominada pelo islamismo.
Belém também serve como exemplo de cristãos que passaram por conversões forçadas ao islamismo, um fenômeno sobre o qual o bispo Alexios, de Gaza, alertou em 2016. “Os cristãos que se converteram ao islamismo o fizeram sob ameaças e violência“, disse Alexios na época.
A cidade de Belém é exemplo de “apagamento demográfico cristão”.
Informação oriunda de outra fonte corrobora este estudo. Em entrevista para o canal The Philos Project, a analista Neveen Elias, discute os desafios enfrentados pelos cristãos na Cisjordânia. Ela deu como exemplo o fato de as celebrações natalinas terem sido canceladas em 2023 para se solidarizar com os palestinos em Gaza. Porém, nenhuma festividade muçulmana foi cancelada para se solidarizar com os palestinos em Gaza. Para o Natal deste ano, os cristãos assinaram uma petição para celebrar o Natal em Jerusalém, de modo a celebrarem este feriado cristão em liberdade.
Segundo o estudo, a população cristã em Gaza diminuiu de 5.000 antes do Hamas assumir o controle da área, em 2005, para apenas 1.000 em outubro de 2023.
A exemplo do que acontece em diversos outros países governados por muçulmanos, foram coletados casos de violência e assédio contra cristãos, especialmente meninas (conversão forçada), seja nas na área governada pela Autoridade Palestina, seja na área sob o controle do Hamas. Como os clãs muçulmanos se utilizam de violência para resolver disputas, os cristãos temem retaliação já que existe falta de aplicação da lei.
Muito embora a lei islâmica não seja implementada em toda a sua plenitude (por exemplo, não existe cobrança da jizya), apenas o duplo padrão na solução de disputas, sempre desfavoráveis aos cristãos, já são o suficiente para tornar a vida dos cristãos em um incômodo diário, capaz de minar a resistência de qualquer um, a ponto de se desejar mudar.
O islamismo sempre se usou deste tipo de estratégia vil ao longo dos séculos, para tornar a vida dos dimis (não muçulmanos vivendo nos territórios ocupados pelos muçulmanos) tão insuportável que a única opção para se livrar do assédio e violência contínuos era o de se converter ao islamismo.
Leia mais sobre isso nos artigos:
- Dimi, Dimitude, Jizya. A humilhante vida de um não muçulmano regido pela lei islâmica (Sharia)
- As “Condições de Umar” impostas sobre os dhimmis (cristãos e judeus sob a Sharia)
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