Por que a integração muçulmana falha na Dinamarca (e em qualquer outro país)? Abaixo trechos selecionados do artigo de Judith Bergman, Gatestone Institute, entizando a tradução de um relatório em sueco.
Em uma pesquisa recente realizada pelo Ministério Dinamarquês de Estrangeiros e Integração, 48% dos descendentes de imigrantes não ocidentais na Dinamarca disseram que pensam que deveria ser proibido criticar a religião, segundo Kristeligt Dagblad. Quarenta e dois porcento dos imigrantes que viveram na Dinamarca por três anos concordaram com a declaração, enquanto apenas 20% dos dinamarqueses étnicos concordaram com a declaração.
Os resultados da pesquisa foram publicados na mesma época em que um think tank dinamarquês, o UNITOS, publicou um relatório do ex-imã islâmico Ahmed Akkari: “O conflito de lealdade no Ocidente – por que Os muçulmanos são difíceis de integrar.”
No novo relatório, Akkari (citando o professor de ciências políticas da Universidade Aarhus, Mehdi Mozzafari) define o islamismo como a “ideologia baseada na religião, que contém uma interpretação totalitária do islamismo que busca conquistar o mundo”. Akkari sugere que as interpretações tradicionalistas do Islã exercem o monopólio do poder sobre os muçulmanos. Esse monopólio os impede de se integrar nas sociedades ocidentais, porque os impede de pensar e agir livremente em relação ao Islã. Akkari escreve:
“Aqui, meu argumento é que o Islã nunca foi totalmente assimilado em nenhuma sociedade e que os muçulmanos nunca se adaptaram totalmente às culturas não-muçulmanas. Com um número crescente de muçulmanos no Ocidente, isso terminará em conflito”. – Ahmed Akkari, “O conflito de lealdade no Ocidente – por que os muçulmanos são difíceis de integrar”.
“A maioria dos conflitos resulta do controle do islamismo da definição de ‘o que significa ser muçulmano’ … Muitos muçulmanos realmente não usam as mesquitas em suas vidas diárias e não escutam … os conselhos e orientações do imã. Estes são muçulmanos de cultura e formação. Embora sejam muitos, eles são incapazes de influenciar a compreensão ou a interpretação porque estes muçulmanos culturais não são legítimos … – Ahmed Akkari, “O conflito de lealdade no Ocidente – por que os muçulmanos são difíceis de integrar”.
“O islamismo trabalha contra a coesão com o Ocidente – mesmo quando prega entendimento e democracia – e produz uma contrapressão que se manifesta no terrorismo, gangues e grupos politizados. Ele mostra todo o seu cinismo ao tentar influenciar o poder político, não porque ele aceite a vida democrática, mas porque tenta se tornar forte o suficiente para superá-la … – Ahmed Akkari, “O conflito de lealdade no Ocidente – por que os muçulmanos são difíceis de integrar”.
“O problema com a minoria muçulmana no Ocidente … é que não se atreve a ser independente quando se trata de questões religiosas … porque a forte elite religiosa e cultural governa … e se apresenta como representantes auto-eleitos de Muçulmanos.” – Ahmed Akkari, “O conflito de lealdade no Ocidente – por que os muçulmanos são difíceis de integrar”.
“Como os islâmicos influenciam os círculos muçulmanos ocidentais, os partidos políticos ocidentais se envolvem com eles para obter mais votos, fazendo alianças infelizes com forças que … condenam o sistema estabelecido … O dilema é que, ao buscar votos islâmicos, eles fortalecem quem deseja … que a Dinamarca seja islamizada … um dilema semelhante a de quem buscasse os votos de um grupo neonazista, fascista ou stalinista”. – Ahmed Akkari, “O conflito de lealdade no Ocidente – por que os muçulmanos são difíceis de integrar”.
“O islamismo trabalha contra a integração dos muçulmanos com seu proselitismo ativo e porque o islamismo, com sua paleta de grupos mais ou menos fanáticos e extremistas, cria um tumor na sociedade pública”. – Ahmed Akkari, “O conflito de lealdade no Ocidente – por que os muçulmanos são difíceis de integrar”.
“Muitas mesquitas foram formadas para ser um espaço espiritual e religioso para os crentes, e não como lugares onde a violência, o ódio e as agendas políticas deveriam dominar. No entanto, as principais mesquitas na Dinamarca são caracterizadas exatamente por uma influência pseudo-islâmica sob o controle de pequenas porém fortes elite de líderes islâmicos. Nesse mundo, influência, não números, conta e, portanto, não é possível dizer que o islamismo político seja fraco, apenas porque existe em apenas um quarto de todas as mesquitas, o que eu estimo.” – Ahmed Akkari, “O conflito de lealdade no Ocidente – por que os muçulmanos são difíceis de integrar”.
“Eles usam o apoio da esquerda para fortalecer o controle sobre as escolhas dos muçulmanos. Eles o fazem permanecendo como seus representantes (muitas vezes sem lhes pedir legitimidade da representação) … A esquerda apóia as posições e representantes da (elite) muçulmana, ajudando-os a se candidatarem em eleições, ou a dialogando e cooperando com eles durante e após as eleições. A esquerda … mostra boa vontade para o diálogo com a elite do poder (muçulmano). Ela amplia seus votos com este relacionamento e o usa ativamente …” – Ahmed Akkari, “O conflito de lealdade no Ocidente – por que os muçulmanos são difíceis de integrar”.
Akkari escreve que até um quarto de todos os muçulmanos na Dinamarca ouve as agendas dos islâmicos na Dinamarca até certo ponto, e que as últimas eleições provaram isso, com o número de votos para os Enhedslisten, de extrema-esquerda, e para o Det Radikale, de centro-esquerda. Venstre subiu significativamente em áreas com uma concentração de muçulmanos. Grupos eleitorais foram formados para influenciar o voto muçumano (a exemplo do que ocorreu no Canadá) resultando no voto islâmico em bloco nos partidos de esquerda pró-imigração islâmica.
Akkari escreve que os extremistas “prosperam com negligência e falta de consistência” e que “estabelecer e apoiar representantes oficiais da Sharia … é uma forma de legitimação de um sistema de justiça alternativo …”
“… a identificação de leis especiais para os muçulmanos, como carne halal em todas as instituições, regras especiais para nadar e socializar com outras pessoas, exceções especiais da lei atual sobre divórcio, direitos das mulheres … etc … enfraquecerão o aplicação soberana da lei pelo Estado. Não deve haver apaziguamento quando se trata desses casos, porque trata-se de mais do que respeito por uma minoria. [Essas concessões] são vistas como uma vitória para as mensagens do islamismo e levarão mais muçulmanos a cair em um sério dilema entre as normas da sociedade dinamarquesa e as normas da comunidade minoritária islâmica. Esse dilema não serve a ninguém – muito menos aos próprios muçulmanos. É preciso haver clareza … para que todos funcionem nos mesmos termos, de acordo com a Constituição e as normas culturais vigentes”. – Ahmed Akkari, “O conflito de lealdade no Ocidente – por que os muçulmanos são difíceis de integrar”.
Akkari continua:
“… O maior problema nas sociedades ocidentais hoje parece ser que elas não têm um entendimento comum de como lidar com essas questões. A questão acaba sendo deixada ao sabor das tendências e coalizões políticas que mudam de direção depois de todas as outras eleições … as mudanças demográficas no Ocidente não estão sendo levadas à sério, principalmente frente ao crescimento das culturas muçulmanas e da resistência das culturas muçulmanasem favor da dissolução das culturas indígenas. Até mesmo os Estados Unidos, com a sua política de “caldeirão”, viu um aumento nas culturas muçulmanas, onde os jihadistas se tornaram visíveis após o famoso e trágico 11 de setembro de 2001.” – Ahmed Akkari, “O conflito de lealdade no Ocidente – por que os muçulmanos são difíceis de integrar”.
O alerta de Akkari se aplica não apenas à Dinamarca, mas também à maioria dos países da Europa Ocidental. Alguém está ouvindo?
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