Nos dias de hoje, ser chamado de racista é praticamente a pior coisa que você pode ser chamado. É por isso que os “progressistas” adoram acusar os outros de serem racistas, pois os faz sentir, imediatamente, moralmente superiores, e a pessoa com quem estão discutindo se sente imediatamente mal. Mas o que é realmente estranho em tudo isso é como nossa compreensão do termo “racista” foi alterada completamente ao longo dos anos.
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Racismo significava apenas odiar alguém por ter uma cor de pele diferente da sua, o que o tornava inatamente superior ao outro. No entanto, a definição moderna de racismo mudou completamente seu significado original, mantendo, porém, o mesmo impacto que o significado original possuía.
Uma visão fria da história permite-nos ver que as relações raciais vêm melhorando ao longo das últimas décadas. No entanto, alguns esquerdistas não ficaram muito felizes com isso e perceberam que era preciso redefinir o conceito de raça. Eles sentiram que precisavam de mais elementos para justificar sua visão de mundo, que se baseia em separar as pessoas em grupos distintos e antagônicos. A partir de então, muitas pessoas começaram a se apoiar na filosofia pós-estruturalista, a ideia de que o racismo é uma estrutura tão enraizada na sociedade que é impossível se desfazer dele. Não importa as opiniões e comportamentos você tenha, o que importa é a sociedade e instituições à qual você pertence.
Este conceito pós-estruturalista se tornou a desculpa preferida usada pelos esquerdistas para explicar por que certos grupos minoritários não tinham um desempenho tão bom quanto outros, por exemplo, nas escolas. É claro que os esquerdistas ignoram que certos grupos minoritários, como judeus e indianos, se saem muito bem mesmo sendo minoritários, pois isso destrói a hipótese pós-estruturalista, e isso não interessa a eles.
Os últimos 20 anos viram um aumento maciço nos gastos governamentais, acadêmicos e corporativos em todos os tipos de ação afirmativa e investimentos em programas para promover igualdade e diversidade. À medida que esses programas se tornaram mais abrangentes, isso começou a irritar muitas pessoas, que começaram a ver que não estamos mais vivendo em uma meritocracia. Aqueles que prestam atenção perceberam que essas “ações afirmativas” não mudaram o equilíbrio na sociedade, que permaneceu praticamente o mesmo. No entanto, os progressistas não ficaram desapontados com isso. Pelo contrário, eles afirmavam que a solução para o problema inexistente era insistir em mais “ações afirmativas”, ou seja, seria necessários mais dinheiro e financiamento para que a indústria racial progressista pudesse continuar funcionando.
Mas eles também precisavam de algo novo, e é aí que chegamos aonde estamos hoje. Não são apenas os sistemas e instituições que são racistas, mas sim que as pessoas, notadamente as brancas, nasceram com um preconceito inconsciente que as impede de deixar de ser racista. E é claro que eles têm um argumento pronto contra aqueles que discordam disso. Quem afirmar que é injusto presumir um preconceito inconsciente, especialmente para torná-lo parte da política, você será acusado de ter “raiva branca”, talvez até de “fragilidade branca”. Mas se você olhar com calma e imparcialidade para esta situação, verá como tudo se tornou absurdo.
Racismo simplesmente significa ser contra uma outra raça por suas características imutáveis. No entanto, isso não é mais o que significa para os progressistas. O que isso realmente significa, além de suas desculpas de instituições estruturais e preconceitos inconscientes, é que você não adere à ideologia progressista. Então, agora não importa se você não odeia alguém simplesmente pela cor da pele ou origem étnica, você é racista se você não concordar com a ortodoxia progressista.
E é aí que você chega a situações absurdas quando esquerdistas se desentendem, e um acusa o outro de racismo. Um exemplo recente é o desentendimento entre Rachel Riley, uma esquerdista inglesa que defende Israel no Twitter, e Jeremy Corbyn, um político inglês esquerdista e pró-islâmico. Aqui, temos uma mulher esquerdista criticando um político esquerdista por ser racista enquanto ele segura uma placa acusando Israel de ser racista. E no Twitter, os esquerdistas se acusam de racismo, independendo de quem eles apoiam.
As pessoas envolvidas nesse imbróglio estão presas em uma ideologia esquerdista na qual elas jogam os mesmos jargões umas nas outras, tentando fazer com que as outras pareçam más. E é daí que vem grande parte do absurdo do mundo moderno. Quando se tenta desconstruir o significado de tudo e se tenta ajustá-lo à ideologia progressista, as coisas essencialmente se tornam sem sentido. Ao não se conseguir definir qualquer coisa com precisão, torna-se impossível fazer política alguma precisa, e isso vai criar muita bagunça na sociedade em geral.
Argumento semelhante pode ser feito para o termo islamofobia.
E os islâmicos se beneficiam disso tudo.