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lei islâmica em ação

Não queremos Lei Islâmica (Sharia) no Brasil

Organização da Cooperação Islâmica (OIC)

Catar, pequeno, rico e financiador do extremismo islâmico

19 agosto, 2019 by José Atento 1 comentário

Um reportagem do The Telegraph, de 2014, já indicava que o fabulosamente rico Catar, que possui uma série de propriedades e negócios em Londres e afirma ser um dos melhores amigos no Oriente Médio, é um dos principais patrocinadores de violentos islamitas.

Recentemente, artigo de Rami Dabas, no Jihadwatch, discute o problema

Catar: pequeno, mas perigoso

13 DE JULHO DE 2019, por RAMI DABBAS

O Catar tem apoiado o terrorismo no Iraque, Síria, Iêmen, Líbia, Tunísia e Egito, e gastou enormes quantias de dinheiro em apoio e financiamento de grupos da jihad e atividades terroristas na Europa e em outras partes do Ocidente. O Catar tem apoiado o terrorismo da jihad a fim de ganhar uma posição em alguns países árabes e da região, de modo a contrabalançar seu pequeno tamanho e fraqueza relativa, bem como a falta de qualquer peso político ou militar no Oriente Médio. De fato, o Catar conseguiu penetrar em alguns países por meio do terrorismo e ajudar a formação de grupos terroristas armados como a Al Qaeda na Síria e no Iraque, desestabilizando a segurança. Os cataris também compram poder e influência política, ampliando o sonho do Catar de ser uma potência regional, ou pelo menos dando a ilusão de ser uma delas.

O principal defensor da Irmandade Muçulmana no Egito foi o Catar. A retumbante queda da Irmandade Muçulmana no Egito e a insistência do povo egípcio em se livrar do regime da Irmandade Muçulmana tiveram um grande impacto na psique do regime do Catar. Isso, por sua vez, teve um efeito muito negativo sobre as políticas do Catar em relação ao Egito e outros países árabes que rejeitaram o terrorismo da Irmandade Muçulmana, e que também trabalharam para erradicá-lo daquela região e do mundo.

O apoio do Catar ao terrorismo da jihad tornou-se uma ideologia política que se infiltrou nas instituições militares, de segurança, diplomáticas e até caritativas do Catar. Isso levou a um aumento sem precedentes na disseminação do terrorismo da jihad na região, acompanhado pelo surgimento de muitos grupos terroristas da jihad sob o apoio do Catar, que lhes fornece fundos e armas. Isso levou outros países árabes a boicotar o Catar a fim de interromper suas atividades terroristas, que violaram a segurança e a estabilidade da região.

As atividades da Irmandade Muçulmana financiadas pelo Catar na Europa, por sua vez, promoveram a islamização da Europa. A solidariedade do Catar com o Irã e sua coordenação com a Guarda Revolucionária Islâmica (que é designada como uma organização terrorista pelos Estados Unidos), a Força Quds e a inteligência iraniana têm trabalhado para minar a segurança e estabilidade dos países árabes vizinhos, em particular, e a do mundo inteiro. As atividades do Catar em apoio ao terrorismo na região do Golfo e em todo o mundo continuam.

O Catar também apóia as atividades das notórias ativistas anti-Ocidente Linda Sarsour e Ilhan Omar, por exemplo, e na tentativa de explorar jovens pobres, recruta-los para organizações terroristas como os houthis no Iêmen, o Hezbollah e as milícias jihadistas sectárias iraquianas, bem como para os remanescentes do Estado Islâmico (ISIS), a fim de desestabilizar a segurança nacional, especialmente no Egito e na Arábia Saudita, em retaliação por isolarem o Catar e seu aliado, a Irmandade Muçulmana. O Catar tem dificultado o progresso e o desenvolvimento nos países árabes que são contra a Irmandade Muçumana, visando segurança e estabilidade, atacando suas relações com o mundo e tentando atingir seus interesses e investimentos. Esta se tornou uma das principais razões para o apoio do Catar ao terrorismo da jihad.

O Catar se tornou um aliado do Irã e de seus representantes, bem como da Turquia de Erdogan e da Irmandade Muçulmana. O Catar tornou-se uma ferramenta do terrorismo iraniano e das intervenções turcas e uma ferramenta financeira para os representantes da Turquia na Europa. Por causa de suas alianças com o Irã e a Turquia, tornou-se um risco perigoso para a segurança dos países árabes e para o mundo em geral.

Por que o Catar é importante para os Estados Unidos? Simplesmente por causa da Base Aérea de Al Udeid, que é uma das bases mais importantes dos EUA no mundo. Ele foi usado por outros aliados dos EUA para operações militares, como o Reino Unido e a Austrália, durante as Guerras do Golfo e operações na Síria. O Catar é um estado minúsculo e rico que paga lobistas e políticos nos EUA para influenciarem algumas das políticas dos EUA. Por exemplo: “O Catar gastou 16,3 milhões de dólares fazendo lobby nos EUA em 2017, em comparação com 4,2 milhões de dólares em 2016, em uma tentativa de pressionar cerca de 250 pessoas que podem influenciar a política externa do presidente Trump.”

Catar. Pequeno, mas perigoso.

Leia mais sobre conferência “Catar: Aliado dos EUA ou Ameaça Global“, relatos da conferência (fevereiro de 2019) e vídeos.

Outros artigos sobre o Catar:

– Who’s Funding ISIS? Wealthy Gulf ‘Angel Investors,’ Officials Say, NBC, setembro de 2014

– Leaked Hillary Clinton emails show U.S. allies Saudi Arabia and Qatar supported ISIS, Salon, outubro de 2016

– Trump: Qatar must stop funding terrorism, CNN, junho de 2017

– Does Qatar Support Extremism? Yes. And So Does Saudi Arabia, New York Times, Agosto de 2017

Doha, capital do Catar

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Pacto Migratório da ONU: caminho aberto para a islamização da Europa e do mundo (incluindo o Brasil)

2 dezembro, 2018 by José Atento 6 Comentários

José Atento, 2 de dezembro de 2018

Este artigo trata do Pacto Mundial para a Migração Segura, Ordenada e Regular, um acordo construído pela ONU que visa submeter as fronteiras e soberania das nações do mundo ao controle de burocratas da ONU, que nunca foram eleitos, e, por conseguinte, não estão subordinados à vontade ou interesses dos cidadãos dos países-membros, mas sim subordinados aos interesses de grupos, sejam eles de governos (por exemplo a Organização para a Cooperação Islâmica – OIC), de grande corporações e bancos, e de ONGs financiadas por estes mesmos grupos de pressão.

O Pacto também criminaliza a crítica contra a imigração em massa, financiando o controle da mídia: criticar os termos deste acordo será considerado crime. 

O Brasil precisa ficar fora deste Pacto!!! 

O Pacto da ONU em vídeo

No dia 13 de julho de 2018, as Nações Unidas aprovaram o rascunho do Pacto Mundial para a Migração Segura, Ordenada e Regular. Este Pacto irá ser assinado em reunião da ONU a ser realizada nos dias 10 e 11 de dezembro, em Marraquesh, no Marrocos.  Este pacto teve dois co-autores principais, o embaixador mexicano Camacho e o embaixador suíço Lauber. O que sabe-se hoje é que a formulação deste Pacto teve forte participação do governo globalista do Canadá, sendo representado pelo seu Ministro da Imigração, Refugiados e Cidadania, Ahmed Hussen, ele próprio um ex-refugiado da Somália.

Em artigo na revista MacLean’s, o ministro Hussen assumiu a co-autoria do Pacto, afirmando que o Canadá irá liderar a sua implementação. Neste artigo, Hussen afirma que os objetivos do Pacto são claros e ambiciosos: acomodar imigrantes do Oriente Médio e da África subsaariana – maioria deles países islâmicos. Ele afirma também que o Brasil já mostrou interesse em reinstalar os refugiados” (isso devido a Lei de Migração aprovada pelo Congresso ano passado).

(Leia depois sobre a Lei da Migração no artigo Nova Lei de Migração elimina as fronteiras do Brasil, tornando-o na “Casa da Mãe Joana”)

Outros grandes globalistas, tais como a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Emmanuel Macron (ambos sem filhos) já se manifestaram. Merkel disse que os países europeus devem abrir mão de suas soberanias em prol da União Européia, elogiou o Pacto e rejeitou o nacionalismo. Macron a UE decida as questões relativas a relações internacionais, imigração e desenvolvimento.

Talvez fosse oportuno fazer uma pausa no artigo para sugerir algumas definições importantes para os termos globalização, globalismo e nacionalismo usados ao longo do artigo.

  • Globalização: interação entre pessoas, empresas e governos de diferentes nações, um processo impulsionado pelo comércio internacional e investimento, e auxiliado pela tecnologia da informação. Lida com economia e cultura. 
  • Globalismo: pessoas ou grupos sem representatividade política que se julgam no direito de definir os “interesses do mundo” independente dos interesses das nações individuais. É algo essencialmente político, visando uma “governança global.” Por exemplo: (a) União Européia (UE), controlada por burocratas em Bruxelas, tentando impor normas migratórias para os países-membros; (b) a Organização para a Cooperação Islâmica, tentando impor, a nível global através da ONU, a lei de blasfêmia islâmica.
  • Nacionalismo: crença de que as nações se beneficiam da sua atuação independente, em vez de coletiva, enfatizando objetivos nacionais, e não internacionais. Por exemplo, os países-membros da UE que definem sua política migratória em decorrência de eleições, ou seja, da vontade popular (por exemplo, os países do Leste Europeu). 

Para saber o resultado da imigração muçulmana descontrolada basta olhar o que se passa na Europa Ocidental nos dias de hoje e o choque criado entre os frutos da civilização cristã européia (por exemplo, liberdade, direitos humanos, prosperidade e avanços científicos) com os frutos da civilização islâmica (por exemplo, submissão, direitos desiguais entre muçulmanos e não muçulmanos – leia um resumo aqui).  O que se vê hoje é criação de bairros predominantemente muçulmanos (que se tornam em “zonas proibidas”), o aumento da criminalidade, incluindo-se aí os crimes contra a mulher (assédio e estupro), ataques contra judeus, cristãos e ex-muçulmanos, e muito mais (vários exemplos no blog aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).

E quem ganha com a imigração em massa de muçulmanos para os países de base civilizacional cristã? Basicamente, três grupos globalistas, que, com objetivos diferentes, consideram a “base cristã” (mais precisamente, a base greco-romana e judáica-cristã) como entrave para o seu avanço.

  • A elite globalista (que se reunem por detrás do grupo Builderberg, incluindo-se os banqueiros famosos como os Rothschilds e Goldman Sachs, mega-investidores como George Soros, e governantes e políticos alinhados ao globalismo, ou seja, a elite globalista, que vê o restante da população mundial como mercadoria descartável).
  • A Esquerda Internacionalizante (da qual, infelizmente, a esquerda brasileira se alinhou) que adotou o Marxismo Cultural como sua bandeira (veja aqui o que é o Marxismo Cultural). 
  • A Organização para a Coorperação Islâmica (OIC), o bloco de 57 países muçulmanos que possue como objetivo promover a lei islâmica (Sharia) como fonte legal absoluta em todo o mundo e busca um controle global das comunicações de modo que qualquer crítica ao islamismo seja considerada como crime (leia sobre a OIC aqui). 
Apesar dos objetivos serem diversos (a elite globalista quer o domínio dos mercados, a esquerda internacionalizante sonha com a utopia comunista, e a OIC deseja ver o mundo transformado em um califado global) estes grupos trabalham em conjunto. Por exemplo, estes três grupos apoiam com toda a força a crescente imigração em massa de muçulmanos para a Europa, mesmo com todos os problemas que isso vem causando e com evidências que indicam que isso vai levar uma convulsão social ou mesmo a uma guerra civil. Mas cada grupo anseia um final diferente: a elite globalista acha que sociedades divididas são mais fáceis de serem comandadas, a esquerda internacionalizante acha que do caos surgirá a utopia comunista, e os islamistas por detrás da OIC vêm o caos como uma oportunidade para tomada do poder, tendo como ponto-de-apoio a população muçulmana recém estabelecida na Europa. 
Um outro exemplo desta “aliança profana” é a recém terminada reunião da “esquerda bolivariana” da América Latina realizada em Buenos Aires, da qual fazem parte o PT, PCdoB, PSOL, dentre outros. Além de líderes comunistas latino-americanos, também participaram representantes dos palestinos (Irmandade Muçulmana) e do Irã (Hezbollah). O que estes grupos estão fazendo no nosso continente? 
Imagem de destaque na página da ONU que trata do Pacto Migratório.
Alguma dúvida de quem vai se beneficiar com ele?

Agora, iremos destacar o que de mais nefasto existe no Pacto Mundial para a Migração Segura, Ordenada e Regular da ONU (link para o documento em inglês e espanhol).

  1. Imigração passa a ser considerada como direitos humanos. Este direito fundamental de imigrar deverá ser respeitado, fomentado, facilitado e assegurado pelos países membros da ONU. 
  2. Refugiados e imigrantes passam a pertencer a uma mesma categoria.
  3. Não existe referência a palavra “ilegal”,  ou seja, imigração pode acontecer sob qualquer motivo ou pretexto.
  4. O Pacto apenas fala dos “direitos” dos refugiados e imigrantes. Em momento algum fala sobre seus “deveres”, por exemplo, respeitar a cultura, valores e religião local. Não existe menção sobre a necessidade dos imigrantes se inserirem na sociedade que os acolhe. 
  5. Os países signatários se obrigam a trabalhar para diminuir os riscos e vulnerabilidades que os imigrantes possam vir a encontrar no trajeto até seus destinos (ou seja, prover segurança e custear o transporte).
  6. Todos os países signatários deverão manter websites oficiais (nas línguas que os imigrantes compreendam) que expliquem detalhadamente como os imigrantes podem entrar em seus países e conseguir emprego, educação, e acesso a serviços. Ou seja, além de apagar as suas fronteiras, os países ainda terão a obrigação de fazer propaganda para atrair os imigrantes.
  7. Os imigrantes serão “empoderados” (isso mesmo) para assegurar sua inclusão e coesão social integral nos países de destino.
  8. O Pacto determina a promoção do respeito mútuo pelas culturas, tradições e costumes de todas as comunidades. Ou seja, adota-se o lema do multiculturalismo cego de que todas as culturas são iguais. Ele consolida o multiculturalismo na esfera internacional. 
  9. Discordâncias não serão toleradas! O Pacto impõe que os países signatários censurem a imprensa para “dissipar narrativas enganosas que geram percepções negativas dos imigrantes”. Para tal, apenas financiar a parte da mídia que esteja alinhada à agenda de liberdade migratória irrestrita e promova o Pacto. A parte da mídia de cada país que não promover o Pacto deve ter seu financiamento cortado. Com isso, o Pacto diz promover o “pleno respeito pela liberdade dos meios de comunicação social” (ou seja, para os globalistas, censura é liberdade).
  10. Sem nunca definir os termos, o Pacto diz que pretende “eliminar todas as formas de discriminação, condenar e combater expressões, atos e manifestações de racismo, discriminação racial, violência, xenofobia e intolerância correlata contra todos os migrantes, em conformidade com o Direito Internacional dos Direitos Humanos.”

Mesmo não sendo juridicamente vinculativo, o Pacto se refere a obrigações, algo como “leis brandas” que restringem a soberania dos países. Contudo, cria-se um precedente internacional que pode ser explorado por ONGs nos tribunais internacionais, criando-se precedente e jurisprudência a nível de lei internacional. Ou seja, a aplicação do Pacto irá tornar seu conteúdo em lei internacional.

Na prática, os países signatários concordam em ceder a soberanias de seu país aos cuidados da ONU, controladas por burocratas que nunca foram eleitos e que não estão sujeitos ao escrutínio público, e silenciar todos aqueles que discordarem disso.

E o que é pior: a população dos países que irão receber estes refugiados e imigrantes nunca serão consultadas para saber se concordam com os termos deste Pacto. 
Agora, advinha se vai existir caravanas de refugiados ou imigrantes com destino a Arábia Saudita, Rússia ou China? Não. O destino é a Europa, América do Norte e América do Sul. 
Para finalizar, existe ainda um outro documento, o Pacto Global sobre Refugiados, parte da resolução anual do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, que deverá ser adotado antes do final de 2018. Alguns destaques:

  1. O conceito de refugiado é estendido às pessoas afetadas pelas mudanças climáticas e pela destruição ambiental (parágrafo 12).
  2. A cada quatro anos, a partir de 2019, um fórum global de refugiados verificará e produzirá um índice de como cada país cumpriu as obrigações do acordo (parágrafos 17-19).
  3. Será estabelecida uma rede acadêmica global com universidades, associações acadêmicas e institutos de pesquisa para criar oportunidades para os refugiados em educação, pesquisa e bolsas de estudos (parágrafo 43).
  4. Promover uma atitude positiva em relação aos refugiados transferidos de um país para outro (parágrafo 90).
Importante. Os seguintes países já anunciaram que não irão assinar o Pacto Migratório da ONU. São eles: EUA, Hungria, Polônia, Austria, Eslováquia, República Tcheca, Bulgária, Croácia, Japão, Austrália, e a Suíça está ainda decidindo se irá assinar ou não.
O Brasil também precisa ficar fora deste Pacto!!!

E modificar a Lei da Migração aprovada ano passado.

Sugestões para leitura adicional:
1. Anúncios na TV alemã e sueca promovem o genocídio e substituição do seu povo
2. Estados Membros da ONU: Migração é um Direito Humano

2. O Pacto Suicida 
3. PACTO GLOBAL DE MIGRAÇÃO DA ONU | O Brasil Vai Assinar (vídeo)
https://voiceofeurope.com/2018/11/un-migration-pact-will-flood-europe-with-59-million-migrants-mep-warns/
https://voiceofeurope.com/2018/11/un-pact-will-legalise-mass-migration-and-criminalise-criticism-of-migration-enf-group-warns/

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Europa mostra sua fraqueza e se curva à pressão de organizações islâmicas: o caso da ministra sueca Wallström

17 abril, 2015 by José Atento Deixe um comentário

A Europa está envelhecendo, empobrecendo e ficando fraca. Ela se assemelha a um velhinho que teve tudo na vida, dinheiro e influência, mas que agora está à caminho do asilo de velhos. Ele acha que tem autoridade, mas ninguém mais dá bola para ele.

No final do mês de março, a ministra das relações internacionais da Suécia, Margot Wallström, criticou a maneira como a Arábia Saudita trata as suas mulheres. Esta atitude foi coerente com aquilo que ela defende, pois ela se tornou ministra prometendo adotar uma postura pró-feminista na condução da política exterior da Suécia.

O que aconteceu em seguida mostra bem o “velho fraquinho” que a Europa se transformou.

Uma reportagem do The Spectator, escrita por Nick Cohen, mencionou o seguinte:

Algumas semanas atrás, Margot Wallström, a ministra das Relações Exteriores da Suécia, denunciou a subjugação das mulheres na Arábia Saudita. Como o reino teocrático impede as mulheres de viajar, realizar negócios oficiais, ou casar sem a permissão dos responsáveis do sexo masculino, e como as meninas podem ser forçadas a casamentos ainda crianças, onde são efetivamente estupradas por homens de idade, ela estava dizendo nada mais do que a verdade. Wallström condenou os tribunais sauditas por condenarem [o blogueiro] Raif Badawi a 10 anos de prisão e 1.000 chicotadas por ele ter criado um site que defende o secularismo e a liberdade de expressão. Estes são “métodos medievais”, disse ela, e uma “tentativa cruel para silenciar as modernas formas de expressão”. E mais uma vez, quem pode argumentar contra isso?

As reações desta crítica verdadeira seguiram o padrão estabelecido no caso dos Versos Satânicos de Rushdie, e aplicado deste então, desde as caricaturas dinamarquesas até as reações às publicações do Charlie Hebdo.

A Arábia Saudita retirou seu embaixador e parou de emitir vistos para empresários suecos. Os Emirados Árabes Unidos se juntou a ela. A Organização da Cooperação Islâmica, que representa 57 países de maioria muçulmana, acusou a Suécia de não respeitar os padrões éticos, ricos e variados, do mundo – padrões tão ricos e variados, aparentemente, que incluem a flagelação de blogueiros e o encorajamento dos pedófilos. Enquanto isso, o Conselho de Cooperação do Golfo condenou “interferência inaceitável nos assuntos internos do Reino da Arábia Saudita”, e eu não discartaria a possibilidade de motins anti-Suecos acontecerem em breve.”

A Europa permaneceu calada. Uma mulher, política de esquerda, que tem a coragem de promover aquilo no qual ela acredita, sendo assediada internacionalmente, e a reação da classe política européia é o silêncio. A Suécia sendo acusada de ser islamofóbica por defender o direito das mulheres, e país algum vai ao seu socorro.

É importante ressaltar que a ministra Wallström reconheceu a Palestina em outubro do ano passado. O interessante é que quando ela fez isso, nem a Liga Árabe, nem  Organização da Cooperação Islâmica, e nem o Conselho de Cooperação do Golfo a condenaram por “interferência inaceitável nos assuntos internos de Israel.”

A crítica da ministra Wallström não foi apenas retórica.

Ela disse que era antiético para a Suécia continuar com o seu acordo de cooperação militar com a Arábia Saudita. Em outras palavras, ela ameaçou a capacidade de empresas suecas de armas de ganhar dinheiro. Negação de visto de negócios para os suecos da Arábia Saudita ameaçou afetar os lucros de outras empresas também. Você pode pensar dos suecos como os sociais-democratas de verdade, que estão sempre dispostos de trilhar o caminho de sua justiça. Mas isso nunca foi totalmente verdadeiro, e não é certamente verdade quando há dinheiro em jogo.

O estabelecimento sueco se rebelou. Trinta principais executivos assinaram uma carta dizendo que quebrar o acordo de comércio de armas “punha em perigo a reputação da Suécia como um parceiro comercial e de cooperação”. Ninguém menos do que Sua Majestade o Rei Carl Gustaf XVI convocou Wallström no fim de semana para lhe dizer que ele queria um compromisso. A Arábia Saudita transformou com sucesso uma crítica da sua versão brutal do Islã em um ataque a todos os muçulmanos, independentemente de serem ou não Wahhabis, e Wallström, e seus colegas, estão claramente nervosos com as acusações de islamofobia. Os sinais são de que ela irá dobrar sob a pressão, especialmente quando o resto da Europa liberal não mostra nenhum interesse em apoiá-la. 

Finalmente, e mais revelador, na minha opinião, é que o ocorrido mostra-nos que os direitos das mulheres sempre vem por último. Para ter certeza, existem tempestades no Twitter sobre os homens sexistas, e meios de comunicação que alimentam frenesis sempre que uma figura pública usa “linguagem inapropriada”. Mas quando um político tenta fazer uma campanha pelos direitos das mulheres que sofrem em uma cultura clerical brutalmente misógina, ela não é aplaudida. Pelo contrário, ela se vê defronte de um silêncio envergonhado e extremamente revelador.

Pobre Europa.

Margot Wallström, Ministra das Relações Exteriores da Suécia

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A coisa está mesmo feia: até os monges budistas protestam contra o islã

21 março, 2013 by José Atento 1 comentário

Quando os pacíficos monges budistas começam a se manifestar contra a islamização isto é um sinal que o mundo está mesmo em perigo.
Isso aconteceu em outubro de 2012, em Myanmar (antiga Burma). Os monges não desejam que a Organização da Cooperação Islâmica (OIC) abra um escritório em Myanmar. Cerca de mil monges, acompanhados por centenas de transeuntes que se juntaram espontâneamente à manifestação. Ela ocorreu de fronte da embaixada de Bangladesh na cidade de Sittwe, capital do estado de Arakan. Bangladesh tem sido um país onde a cultura budista nativa original continua sendo massacrada (os muçulmanos invadiram militarmente a atual Bangladesh no século doze) e os monges estavam protestando contra isso também. 
 Os monges temem a interferência da OIC nos assuntos internos de Myanmar. “A OIC é uma organização estrangeira estabelecida por países islâmicos e não têm nada a ver com o nosso país. Nós não queremos que a OCI aqui para interferir nos assuntos da nossa casa, abrindo os seus escritórios em nosso país. Estamos protestando contra ela.” (Reuters; European Freedom Initiative).
O cartaz diz: a Terra é para todos, não apenas para os muçulmanos
 Os monges desejam evitar a jihad demográfica em Miamar
Os monges não desejam que a cultura budista seja aniquilada em Miamar. Eles sabem que o islão é um aniquilador de culturas

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O Califa, a Organização da Cooperação Islâmica e o Califado Moderno

11 abril, 2012 by José Atento 1 comentário

O islamismo é um sistema político-religioso poderoso que deve ser regido por um Califa. O califa é o chefe de Estado e o governador da Ummah Islâmica, a comunidade islâmica regida pela lei islâmica (Sharia). A palavra califa significa “sucessor” ou “representante”. Maomé foi um líder político, militar e religioso. Após a morte de Maomé, em 632 DC, os primeiros líderes da nação muçulmana foram chamados de “Khalifat Rasul Allah”, os sucessores políticos do Mensageiro de Alá (referindo-se a Maomé). Desde então, e até o século 20, houve uma sucessão de califas até que em 1924 a Assembléia Nacional Turca dissolveu o Califado. Desde então, o retorno do Califado é um desejo da Ummah (nação) Islâmica.

A lei islâmica define o papel do Califa [1]

Os livros islâmicos definem Jihad como: “a guerra contra não-muçulmanos para estabelecer a religião.” (o9.0). Jihad não é apenas um dever individual do muçulmano, mas também é o principal dever do chefe de Estado muçulmano (o Calipha):

“Ao califa  muçulmano é confiado a tarefa de levar o seu povo para a guerra e o comando ofensivo e agressivo da Jihad. Ele deve organizar a Jihad contra qualquer governo não-muçulmano que impeça a dawah (pregação para espalhar o Islão) em sua terra.” (o25.0 – o25.9).

Sharia o25.9 diz:

“(Quando o califa nomeia um governante em uma região, o dever deste governante inclui) se a área tem uma fronteira adjacente às terras inimigas, (ele irá) empreender a Jihad contra os inimigos, dividindo os despojos da batalha entre os combatentes e deixando de lado um quinto para destinatários merecedores. “

Também:

“O Califa faz guerra contra os judeus, cristãos e zoroastas até se tornarem muçulmanos ou então até aceitarem pagar o imposto do não-muçulmano, desde que eles tenham primeiro sido convidados para entrarem no Islã ou paguem a Jizya, o imposto dos não-muçulmanos, (de acordo com a palavra de Alá Altíssimo – 9: 29). “


Zia-Ul-Haq, ex-presidente do Paquistão, disse que “jihad em termos de guerra é uma responsabilidade coletiva da Ummah (nação) muçulmana.”

Um dos mais eminentes estudiosos islâmicos do século 20, Sheikh Maolana Maududi, disse:

“O Islã quer destruir todos os estados e governos, em qualquer lugar da face da terra, que se oponham à ideologia e ao programa do Islã, independentemente do país ou do nação que o governe. O propósito do Islã é a criação de um estado com base na sua própria ideologia e programa … o objetivo da jihad islâmica é eliminar o governo de um sistema anti-islâmico e estabelecer um sistema islâmico. O Isla não pretende limitar esta revolução para um único Estado ou alguns países. O objetivo do Islã é o de promover uma revolução universal.”

Algumas pessoas parecem pensar que essas leis são apenas relíquias históricas, nos livros, mas não na prática ou no controle das mentes de muçulmanos. Mas esse é o tipo de negação que não podemos nos permitir. Essas leis governam os corações, mentes e ações da maioria dos indivíduos e países muçulmanos ao redor do mundo de hoje. Estas escrituras são ensinadas, pregadas e promovidas como a palavra incontestável e eterna de Deus e financiadas pelos petrodólares sauditas em todo o mundo, incluindo em países ocidentais como o Reino Unido e os Estados Unidos.

Nenhum líder muçulmano pode sobreviver em um país muçulmano se ele anunciar o fim da Jihad contra os países não-muçulmanos e afirmar que todas as referências à Jihad na lei islâmica não se aplicam hoje. Tratar países não-muçulmanos vizinhos e individuos como iguais, com respeito e em paz, sem tentar convertê-los ao Islão, é simplesmente contra a Lei Islâmica.

Os líderes muçulmanos que se atrevem a ir contra essa teologia são chamados de traidores e fantoches do Grande Satã Ocidental. Essa é uma descrição que nenhum líder muçulmano quer ser rotulado. Quando o presidente Anwar Sadat do Egito assinou o tratado de paz com Israel em 1979, ele disse a seus confidentes que ele sabia que estava assinando sua própria sentença de morte. Ele entendeu que segundo a Sharia, ele deve ter guerra permanente com o não-muçulmano Israel.

Como pode um líder muçulmano ou indivíduo evitar as centenas mandamentos do Alcorão e dos Hadith que comandam os muçulmanos a matarem os judeus e os cristãos? Alcorão 9:29: “Combatei aqueles que não crêem em Alá até que paguem a Jizya com submissão voluntária e se sintam subjugados” Alcorão 9:05: “Matai os infiéis onde quer que você os encontre”. Alcorão  47.4: “Quando você encontrar os incrédulos, corte suas cabeças.”

O retorno do Califado tem sido um sonho da Ummah. Mas, existindo tantos países islâmicos, qual líder poderá reinvidicar para sí o título de Califa e restituir o Califado? A solução foi a criação de uma organização composta pelos chamados países islâmicos, a Organização da Cooperação Islâmica (OIC), que atualmente promove a Jihad Demográfica e a Jihad Legal.

A OIC e o Califado moderno [2].

A Organização da Cooperação Islâmica (OIC) é uma organização religiosa e política. A OIC compartilha da visão estratégica e cultural da Liga Mundial da Irmandade Muçulmana: a de uma comunidade religiosa universal, a Ummah, baseada no Alcorão, na Sunna e na ortodoxia canônica da Sharia. A OIC representa 56 países e a Autoridade Palestina (considerada como um Estado), constituindo a Ummah universal, uma comunidade de mais de um bilhão de muçulmanos.

O OIC tem uma estrutura única entre as nações e as sociedades humanas. O Vaticano e as várias igrejas são, de fato, destituídas de poder político, mesmo que participem da política, porque no cristianismo, como no judaísmo, as funções religiosas e políticas têm que ser separadas. Religiões asiáticas, também, não representam sistemas que reúnem estratégia, religião, política e lei dentro de uma única estrutura organizacional.

Não só a OIC desfruta de um poder ilimitado através da união e coesão de todos os seus corpos, mas também a isso, acrescenta a infalibilidade conferida pela religião. Reunindo 56 países, incluindo alguns dos mais ricos do mundo, controla a parte do leão dos recursos energéticos globais. A União Européia (UE), longe de antecipar os problemas causados ​​pela concentração de poder e investir na diversificação e autonomia das fontes de energia desde 1973, atuou para enfraquecer os EUA internacionalmente, a fim de substituí-lo pela ONU, uma agente dócil à OIC. Na esperança de angariar algumas migalhas de influência, a UE privilegiou uma imigração maciça de muçulmanos para a Europa, pagou bilhões de dólares para a União do Mediterrâneo e para a Autoridade Palestinina, enfraqueceu os estados europeus, minou a sua unidade, e envolveu-se na bandeira da justiça palestina, como se isso pudesse fornecer algum sistema de proteção contra a jihad global, que se esforça para se concentrar sobre Israel.

Religião emerge como o principal aspecto da OIC a partir da sua linguagem e suas metas. Parece que o OIC está restaurando, no século 21, o Califado, o órgão supremo de controle para todos os muçulmanos. Em seus Estatutos (2008), os Estados-Membros confirmam que a sua união e solidariedade são inspiradas por valores islâmicos. Eles afirmam o seu objetivo de reforçar, dentro da arena internacional, os interesses comuns e a promoção dos valores islâmicos. Eles comprometem-se a revitalizar o papel pioneiro do Islão no mundo, aumentando a prosperidade dos Estados membros, e – em contraste com a dos Estados europeus – assegurando a defesa das soberanias nacionais e integridades territoriais. Eles proclamam o seu apoio para a Palestina, tendo al-Quds Al Sharif, o nome arabizados de Jerusalém, como sua capital, e exortam uns aos outros para promoverem os direitos humanos, liberdades fundamentais, o estado de direito (Sharia), e da democracia de acordo com os seus sistemas constitucionais e legais – em outras palavras, o cumprimento da Sharia.

Eles também se comprometem a estimular nobres valores muçulmanos, a preservar seus símbolos e sua herança comum, e para defenderem a universalidade da religião islâmica – ou seja, a propagação universal do Islã (Da’wa). Eles afirmam que eles estão a promover os direitos das mulheres e incentivar a sua participação ativa em todas as esferas da vida, de acordo com as legislações dos Estados-Membros. Eles concordam em inculcar as crianças muçulmanas com os valores islâmicos e apoiar as minorias muçulmanas e comunidades fora dos Estados-Membros, a fim de preservar sua dignidade e sua identidade cultural e religiosa.

Os objetivos estratégicos dos Estatutos da OIC buscam “assegurar a participação ativa dos Estados-Membros [da OIC] nas políticas globais, econômicas e sociais, e nos processos de decisão para garantir os seus interesses comuns” (I-5) e “promover e defender uma posição unificada sobre questões de interesse comum em fóruns internacionais” (1-17).

Entre suas metas, os Estatutos da OIC especificam a propagação, promoção e preservação dos ensinamentos e valores islâmicos, a difusão da cultura islâmica, e a preservação do patrimônio islâmico (I-11). O artigo I-12 promove a proteção e defesa da verdadeira imagem do Islão, a luta contra a difamação, e o incentivo ao diálogo entre civilizações e religiões. Outros objetivos tratam da proteção dos valores familiares inerentemente islâmicos (I-14) e a preservação de direitos, dignidade e identidade religiosa e cultural das comunidades muçulmanas e das minorias muçulmanas em Estados não membros (I-16). Essa questão aponta para a autoridade da OIC sobre os imigrantes muçulmanos no exterior e sua pressão sobre os governos dos países não-muçulmanos através de canal de diálogo, incluindo a Aliança das Civilizações, cujo relatório apoia programas da OIC bem como redes inter-fé e redes de imigração.

A OIC apoia todos os movimentos jihadistas considerados por ela como resistência a “ocupação estrangeira”, incluindo-se aí a Caxemira indiana “ocupada”, e condena a “humilhação e opressão” dos muçulmanos na Índia.

Os Estatutos determinam que o Tribunal Internacional de Justiça Islâmica passe a ser o principal órgão legal da Organização (Cap. X, art. 14) e que “a Comissão Permanente Independente de Direitos Humanos deve promover os direitos civis, políticos, sociais e econômicos consagrados nos convênios e declarações da organização [OIC] e instrumentos de direitos humanos universalmente acordados, em conformidade com os valores islâmicos”(Art. 15). Isso implica que os convênios que não estejam em conformidade com os valores islâmicos não serão seguidos.

Pode-se notar que o presidente sudanês, Omar al Bashir, acusado (de acordo com critérios ocidentais de justiça) de genocídio cometido no sul do Sudão e em Darfur, não foi incomodado pelo Tribunal Islâmico de Justiça. Seus colegas da OIC não o consideram de forma nenhuma um criminoso e o recebem com grande respeito, como o faz primeiro-ministro turco Erdogan.

O Tribunal Islâmico de Justiça tem um mandato internacional e poderia julgar estrangeiros, muçulmanos e não-muçulmanos (blasfemos, apóstatas, ou os resistentes à Jihad) que violaram as leis da sharia em qualquer lugar. Além disso, a reivindicação da OIC para ser a guardiã e a protetora dos imigrantes muçulmanos que vivem em todos os países que não são membros da OIC implica uma extensão de sua competência e influência política sobre todos os muçulmanos da Europa, América do Norte e do Sul e outros Estados não-membros. Esta situação agrava o perigo incorrido por muçulmanos europeus não religiosos, sejam eles ateus, apóstatas, ou livre-pensadores.

Dentro de sua organização, os Estatutos da OIC apresentam características semelhantes aos da União Européia. No entanto, em termos de seu espírito, as funções, princípios e objetivos, os Estatutos da OIC são uma antítese dos Estatutos da União Européia. Mesmo empregando a linguagem das organizações internacionais, o significado das palavras é diferente por se encontrarem enraizadas no mundo conceitual do Alcorão, o que contradiz a base do pensamento ocidental secular. Assim, o artigo 32-2 afirma: “O Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da OIC recomendará as regras de procedimentos da Cúpula islâmica”. Isto implica uma visão e compreensão política islâmicas.

Uma instituição que combina política e religião se coloca na borda externa do pensamento ocidental, que é ancorado na separação entre política e religião. Mesmo que a interferência entre os dois campos tenha persistido, o princípio da separação tem facilitado a emancipação nas arenas intelectuais e políticas da autoridade religiosa e do desenvolvimento do pensamento crítico.

A aspiração atual da Ummah de se submeter a um califado que incorpora uma instituição político-religiosa combinada só pode surpreender o ocidental e destacar o fosso que separa os dois. Enraizados no individualismo, os europeus cultivam a busca da felicidade e prezam a liberdade de pensamento e a exploração racional, científica, que são percebidos como o maior privilégio do ser humano e a sua melhor aventura.

Por outro lado, a aspiração ao Califado indica o desejo de uma autoridade suprema, devendo a sua infalibilidade à Alá e seu intermediário humano, Momé. De acordo com Ibn Khaldun, esta instituição, que coloca a política ao serviço do expansionismo religioso mundial, foi criada como instrumento para uma islamização obrigatória da humanidade. Confrontado hoje com este arcaísmo político, um Ocidente dividido e quebrado busca refúgio na recusa a encarar a realidade e se fixa com o fim do minúsculo Israel como se fosse o seu salva-vidas. Fazendo água por todos os lados, este Ocidente que abandona sua própria identidade em favor do multilateralismo e do multiculturalismo e aruína da sua cidadania através da compra de segurança tem pouca chance de sobrevivência.

[1] Nornie Darwish, Roots of the Gaza Conflict. Frontpage Magazine.

[2] Bat Ye’or, OIC and the Modern Caliphate. American Thinker.

Leia mais sobre a OIC neste artigo:  Organização da Cooperação Islâmica (OIC), Apostasia, Blasfêmia, e a Difamação do Islão. 

Atualização em agosto de 2020

Será que Erdogan irá mesmo re-editar o califado?

Vamos rever as datas da extinção do califado turco-otomano e criação de uma Turquia moderna.

Em 1 de novembro de 1922, o parlamento de uma Turquia revolucionária, sob a liderança de Atatürk, aboliu o sultanado otomano, depondo o sultão (e califa), Maomé VI, pondo um fim a 623 anos de governo da monarquia otomana. Em 24 de julho de 1923, o Tratado de Lausanne reconheceu a recém-formada República da Turqia, como sucessora do Império Otomano. A república foi proclamada em 29 de outubro de 1923, na sua nova capital Ancara. Contudo o parlamento turco havia eleito um califa, Abdulmecid II (foto abaixo), em novembro de 1922, que foi deposto e exilado em 3 de março de 1924. De modo que, tecnicamente falando, o califado islâmico foi extindo em 3 março de 1924 (uma data que deveria ser comemorada).

Alguns suspeitam que o atual presidente turco, Ecep Erdogan, e o parlamento turco que ele controla, irá ressurgir o califado no centenário do Tratado de Lausanne, ou seja 24 de julho de 2024. Apenas o futuro nos dirá.

Abdulmecid II – o último califa do Império Turco-Otomano

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Organização da Cooperação Islâmica (OIC), Apostasia, Blasfêmia, e a Difamação do Islão

22 março, 2012 by José Atento 5 Comentários

Pergunta para os companheiros de Esquerda e para os amigos ateístas: Qual a sua reação se existisse uma organização cristã internacional, composta por 57 países cristãos, formando o maior bloco votante na ONU, com o objetivo de implementar uma teocracia cristã global? É claro que você se oporia a isto. Seria algo ultrajante, não é mesmo?

A verdade é que esta organização existe, mas não para implementar uma teocracia cristã, mas sim para impor o Islão e a Lei Islâmica (Sharia) no mundo todo. Esta organização se chama Organização da Cooperação Islâmica (OIC).

Onde está o ultraje agora?

A OIC vem tentando criminalizar, junto à ONU, qualquer tipo de análise crítica sobre o Islão sob o pretexto de defender a religião (ou seja, o Islão) do que ela chama de “difamação.” Só que o conceito islâmico de difamação é diferente do nosso. Para o Islão, difamação significa tudo aquilo que o Islão discorde, mesmo que o que tenha sido dito seja a verdade. Ou seja, quem define o que é difamatório é a Sharia, que estabelece que o Islão pode criticar tudo que seja “anti-islâmico”, mas criminaliza qualquer crítica direcionada ao Islão. 

Isto é uma perversão dos direitos humanos, que existem para proteger as pessoas e não para proteger religiões ou os sistemas políticos. As pessoas precisam de proteção, inclusive das religiões.

O objetivo principal da Sharia com respeito à liberdade religiosa é o de erradicar a apostasia (rejeição do Islã), através da eliminação de fitna (qualquer coisa que possa levar um muçulmano a rejeitar o Islão) e o estabelecimento da dhimmitude – a humilhação e subjugação dos judeus e cristãos como cidadãos de segunda classe (ou não-cidadão párias); a discriminação sistemática incapacitante e um apartheid religioso violento. Não há liberdade religiosa no Islão, pois o Islão sobrevive como um totalitarismo político-religioso que se recusa rejeição.

Nesta questão não existe meio-termo nem compromisso. As duas únicas opções que existem são aceitar ou rejeitar a versão islâmica dos fatos.

Este artigo apresenta a OIC e seus objetivos, mostrando que, para a OIC, a Sharia é a base de tudo. O artigo discute os conceitos islâmicos de liberdade de consciência e de expressão, bem como o de que os direitos humanos como um todo devem ser subalternos à Sharia. O artigo mostra a linha de ação da OIC junto à ONU bem como junto a países e a comunidades de países. Não existe reação contrária a ação da OIC, que continua avançando.

Globalismo e islamismo de mãos dadas

O que é a OIC

A Organização da Cooperação Islâmica, anteriormente chamada de Organização da Conferência Islâmica, e conhecida pela sigla OIC (do inglês Organization of the Islamic Cooperation), é o maior bloco de nações existente hoje em dia. A OIC foi fundada em 1969, sendo composta pelos 57 países que se auto-intitulam “islâmicos.” Os países que compõem a OIC são: Algéria, Azerbaijão, Jordânia, Afeganistão, Albânia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Uzbequistão, Uganda, Irã, Paquistão, Bahrain, Brunei, Bangladesh, Benin, Burkina-Faso, Tajiksitan, Turquia, Turqueministão, Chad, Togo, Tunísia, Djibouti, Arábia Saudita, Senegal, Sudan, Síria, Suriname, Serra Leoa, Somália, Iraque, Oman, Gabão, Gâmbia, Guiana, Guinea, Guinea-Bissau, Palestina, Comoros, Kirguistão, Quatar, Kazakstão, Camarões, Costa do Marfim, Kuwait, Líbano, Líbia, Maldivas, Mali, Malásia, Egito, Marrocos, Mauritânia, Moçambique, Níger, Nigéria, Iêmen. Países Observadores: Bósnia, República Central Africana, Tailândia, Rússia, e o Chipre Turco (a parte do Chipre ocupada militarmente pela Turquia desde 1974).

Coletivamente, a OIC representa a Ummah (comunidade global de todos os muçulmanos), sendo o maior bloco votante nas Nações Unidas.

A OIC se comporta como a representante legal do Califado moderno.

Membros da OIC em verde (azul: país obervador; vermelho: suspenso)
By M.WongM – Own work, CC BY-SA 3.0, Link

Objetivos da OIC

Os objetivos da OIC são diversos. Ao ler-se o seu Estatuto (que começa como se fosse um capítulo do Alcorão, dizendo “Em nome da Alá, o mais Compassivo, o mais Misericordioso”) encontra-se uma lista que a princípio parece inofensiva. Mas, ao se lidar com o Islão é sempre importante lembrar que as palavras têm um significado diferente. Por exemplo, ao se ler como objetivo o de “preservar e promover os valores islâmicos de paz, compaixão, tolerância, igualdade, justiça e dignidade humana,” é preciso compreender como estas palavras são definidas sob o Islão (ver Dicionário de Termos Islâmicos). Outro exemplo, quem se opõem a um objetivo como o de se “promover direitos humanos nos Países Membros”? Mas a frase termina com “de acordo com os seus sistemas legais e constitucionais.” E como a lei islâmica (Sharia) é a base da constituição destes países (em níveis diversos), deve-se entender que qualquer direito humano que contrarie a Sharia, a Sharia tem precedência por ser parte do sistema legal e constituicional dos Países Membros (é por isso que nenhum país da OIC condena, por exemplo, o apedrejamento de adúlteras ou a pena de morte para muçulmanos que deixam o Islão). Entendeu o truque?

Talvez os objetivos mais importantes, pelo menos do ponto de vista do impacto sobre os não-muçulmanos, são os de “defender a universalidade da religião islâmica,” de “inculcar nas crianças valores islâmicos,” de “assistir minorias muçulmanas” que residam fora dos Países Membros, e o de “combater a difamação do islão” (o grifo é meu, vamos tratar disso mais tarde).

Para a OIC, a Sharia é a base de tudo

A “Declaração de Cairo”, também conhecida como “Declaração dos Direitos Humanos no Islão,” data de 1990, e foi ratificada por todos os Estados-Membros da OIC. Tanto o seu preâmbulo quanto os artigos finais (24 e 25) deixam claro que a Declaração de Cairo tem como objetivo substituir os conceitos ocidentais de direitos humanos, retratados, por exemplo, no Bill of Rights dos EUA, no Charter of Rights and Freedoms do Canadá, e consolidados na Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU (de 1948).

O preâmbulo de abertura da Declaração de Cairo repete a injunção corânica que afirma a supremacia islâmica (Alcorão 3:110): “Vocês são a melhor nação jamais trazida para a humanidade … vocês creem em Alá.” O preâmbulo continua dizendo:

“Reafirmando o papel civilizatório e histórico da Ummah Islâmica a quem Alá fez a melhor nação …”

E ainda no preâmbulo

“Acreditando que os direitos fundamentais e as liberdades universais no Islão são uma parte integral da religião islâmica e que ninguém, como matéria de princípio, tem o direito de suspendê-los, em todo ou em parte, ou violar ou ignora-los tendo em vista serem eles comandos divinos, que estão contidos nos Livros Revelados por Deus, e foram enviados através do último dos Seus Profetas para completar as mensagens divinas precedentes, deste modo, fazendo a sua observância um ato de adoração e a sua negligência ou violação um pecado abominável, e, de acordo, cada pessoa é responsável individualmente – e a Ummah coletivamente responsável – pela sua salva-guarda.”

Na conclusão da Declaração do Cairo, os Artigos 24 e 25 mantém que,

  • Artigo 24: Todos os direitos e liberdades estipulados nesta Declaração estão sujeitos à Sharia (lei islâmica).
  • Artigo 25: A Sharia (lei islâmica) é a única fonte de referência para a explicação ou clarificação de qualquer um dos artigos desta Declaração.

O texto citado captura a indelével influência da lei islâmica (Sharia). A Declaração de Cairo invoca a supremacia islâmica baseada em “revelações divinas,” o que torna sagrado e permanente a noção de desigualdade entre a comunidade de Alá e os infiéis. Vê-se também a enorme diferença entre a Declaração de Cairo, que sanciona a gritante desigualdade existente na Sharia, e os documentos de direitos humanos ocidentais (como os mencionados acima) que não se referem a nenhuma religião em particular ou a superioridade de um grupo sobre outro, ressaltando a igualdade absoluta entre todos os seres humanos. 

(Leia depois o artigo Lei Islâmica (Sharia): resumo do que não presta)

Liberdade de Consciência e Apostasia [1]

O conceito básico dos direitos humanos é o de que os seres humanos têm liberdade de consciência, de “falar e de crer,” sem o risco de represália. Este direito, o da liberdade de consciência, ou pensamento (liberdade de formar a sua própria opinião), é quem dá embasamento a todos os demais. Veja o que disse o Juiz Benjamin Cardozo da Suprema Corte dos EUA, em 1937:

“Liberdade de pensamento… é a matriz, a condição indispensável, de praticamente todas as outras formas de liberdades.”

Este princípio de liberdade de consciência está contido no Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que torna explícito o direito fundamental que uma pessoa tem de mudar de religião: 

“Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.”

A implicação gravemente negativa do embasamento na lei islâmica da Declaração de Cairo torna-se mais aparente na sua rejeição à liberdade de consciência, no seu Artigo 10, que diz:

“O Islão é uma religião de natureza pura. É proibido exercer qualquer forma de compulsão sobre o Homem ou explorar a sua pobreza ou ignorância com o propósito de convertê-lo para outra religião ou para o ateísmo.”

De maneira preocupante, os Artigos 19 e 22 da Declaração do Cairo reiteram o princípio declarado em outras partes do documento, que claramente se aplicam à “punição” dos chamados “apóstatas” do Islão:

  • “[19d] Não existirá crime ou punição exceto como previsto na Sharia.”
  • “[22a] Todos têm o direito de expressar a sua opinião livremente de um modo que não seja contrário aos princípios da Sharia.”
  • “[22b] Todos terão o direito de advogar o que é correto, e propagar o que é bom, e avisar sobre o que é errado e mal de acordo com as normas da Sharia islâmica.”    
  • “[22c] Informação é uma necessidade vital para a sociedade. Ela pode ser explorada ou mal-usada de modo que possa violar a santidade e dignidade dos Profetas, minar os valores morais e éticos, ou desintegrar, corromper ou fazer mal a sociedade ou enfraquecer a sua fé.”

A pena de morte como punição para aqueles que deixam a religião islâmica (apostasia) está firmemente enraizada nos textos fundamentais do Islão – tanto no Alcorão (em versos tais como 2:217 , 4:89, e as suas exegesis clássicas por renomados comentaristas tais como Qurtubi, Baydawi, Ibn Kathir, and Suyuti) e os Hadith (a coleção das palavras e atos do profeta islâmico Maomé aceitas a acordadas como verídicas), bem como na sagrada lei islâmica (a Sharia). Por exemplo, Maomé é relatado como tendo dito “Mate aquele que trocar sua religião,” nas coleções de Hadith de Bukhari e Abu Dawud. Existe também consenso nas quatro escolas de jurisprudência islâmica Sunita (Maliki, Hanbali, Hanafi, and Shafi’i), bem como entre os juristas Shiítas, que os apóstatas do Islão devem ser postos à morte. Averroes (1126–1198), o renomado filósofo e estudioso das ciências naturais, e que foi também um importante jurista da Escola Maliki, oferece a seguinte opinião legal sobre a punição para a apostasia:

“Um apóstata … é para ser executado por acordo no caso de um homem, por causa das palavras do Profeta: “Matai os que mudam o seu din [religião]” … Pedir ao apóstata para se arrepender foi estipulado como uma condição … antes da sua execução.”

O contemporâneo (ou seja, 1991) manual de Lei Islâmica “, Umdat al-Salik (pp. 595-96), que é endossado pela Universidade Al-Azhar (Cairo), afirma:

“Deixar o Islã é a forma mais odionda de incredulidade (kufr) e o pior …. Quando uma pessoa que tenha atingido a puberdade e seja sã voluntariamente deixa o islã, ela merece ser morta. Nesse caso, é obrigatório … pedir para que ela se arrependa e volte ao islamismo. Se ela fizer isso ela pode ser aceita, mas se ela se recusar, ela deve ser imediatamente morta.”

Esta legitimidade doutrinal e histórica, a de assassinar apóstatas do Islã como um comando da Sharia, é confirmada por Heffening em sua resenha acadêmica escrita para a obra de referência a Enciclopédia do Islã:

“Em Fiqh (jurisprudência islâmica), há unanimidade de que o apóstata masculino deve ser condenado à morte … A mulher, por outro lado, é presa … até que ela adote o Islã novamente, .. [ou], ela também é condenada à morte.” [Heffening, W. “murtadd.” Enciclopédia do Islã Segunda Edição. Editado por: P. Bearman, Th. Bianquis, C.E. Bosworth, E. van Donzel e W.P. Heinrichs.]

Como observou o historiador David Littman, escrevendo no início de 1999, Adama Dieng, na época um proeminente jurista senegalês muçulmano, alertou a comunidade internacional sobre o impacto profundamente perigoso a Declaração do Cairo. Dieng, falando para a Comissão Internacional de Juristas e para a parisiense Federação Internacional dos Direitos Humanos na Comissão de Direitos Humanos, em fevereiro de 1992, lamentou a Declaração do Cairo, que sob a rubrica da Sharia, deliberadamente restringiu certas liberdades fundamentais e direitos – mais notadamente, a liberdade de consciência. Ele também argumentou que a Declaração do Cairo introduziu “em nome da defesa dos direitos humanos,” uma discriminação inaceitável contra não-muçulmanos e mulheres, enquanto sanciona a legitimidade das práticas abomináveis – punições da Sharia (de castigos corporais, a mutilação, e apedrejamento) – “que atacam a integridade e a dignidade do ser humano.”

Pesquisa de opinião da agência Pew publicada em agosto de 2009 refletem, nitidamente, a profundidade e a prevalência do apoio popular entre as massas muçulmanas para essas visões terríveis – sancionada pela sua liderança teo-política-islâmica dentro da OIC – e antitética ao fundamento das liberdades ocidentais. Especificamente, os resultados da pesquisa revelam que entre os muçulmanos paquistaneses, há:

“… apoio amplo para punições severas: 78% em favor para a morte daqueles que deixam o islã [apóstatas]; 80% a favor de chicotadas e cortar as mãos para crimes como furto e roubo, e 83% a favor do apedrejando de adúlteros.”

Ver abaixo “O que pensam os muçulmanos” e ver link “Muçulmanos querem a Sharia.”

O renomado estudioso islâmico, Bernard Lewis descreveu a gravidade de se deixar a fé islâmica nos seguintes termos terríveis:

“A apostasia é um crime, bem como um pecado, e o apóstata está condenado tanto neste mundo como no próximo Seu crime é traição – deserção e traição da comunidade à qual ele pertence, e que ele devia lealdade; sua vida e os bens são confiscados Ele se torna como um membro morto de um corpo e deve ser extirpado.”

“Apostafobia”

O fato é: por causa das nova formas de comunicação, através de satélite, internet e tecnologias de telefonia móvel, os muçulmanos desiludidos estão rejeitando e deixando o Islão em números sem precedentes. Este fato tem gerado uma reação por parte dos “ditadores do Islão”, reação esta chamada de “apostafobia” [3]. Apostafobia é definida como o receio da perda de autoridade através da perda de adeptos, que se manifesta principalmente como repressão intransigente e negação das liberdades fundamentais, por meios violentos e subversivos. Consequentemente, a apostafobia dos ditadores do Islã está crescendo.

Um modo de confrontar a apostaphobia seria, por exemplo, a ONU defender as convenções internacionais de direitos humanos que protegem o direito fundamental e universal dos indivíduos à liberdade religiosa, e não procurar reinterpretar e alterar esses convênios para proteger as religiões e ditadores religiosos apostofóbicos a partir da ameaça que representa para eles a liberdade religiosa. Como vai ser visto abaixo, isto não acontece. Ao invés disso, o que acontece na prática é o ataque a estes direitos fundamentais por parte da OIC, usando da sua maioria dentro do sistema das Nações Unidas.

Estratégia de ação da OIC para coibir a Liberdade de Expressão e impor o que ela entende como “Difamação”

Desde 1997, a OIC vem pressionando a ONU para adotar o conceito de “difamação da religião.” O problema é que ao se ler o que a OIC propõe, apenas o Islão é mencionado como religião, e é a Sharia quem decide o que é difamatório.

Desde o início, a agenda da OIC é a de ter toda a crítica ao Islã considerada como difamatória para que ela possa ser criminalizada.

A Intifada das Caricaturas de Maomé:

O plano de ação da OIC fica bem caracterizado se olharmos a sequência de fatos que levaram à chamada Intifada das Caricaturas de Maomé. Em sequência cronológica:

Setembro 2005: O jornal dinarmaquês Jyllands-Posten publica as caricaturas de Maomé. NOTA: não há tumultos.

Outubro de 2005: caricaturas de Maomé são reimpressas no Cairo durante o Ramadã. NOTA: não há tumultos.

Dezembro 2005: Encontro de Cúpula da OIC em Dakar, no Senegal. Neste encontro a OIC formula o seu Plano de 10 Anos, que inclui um item intitulado “Combate à islamofobia”.

Item VII. Combate à islamofobia

  1. Enfatizar a responsabilidade da comunidade internacional, incluindo todos os governos, para garantir o respeito por todas as religiões e combater a sua difamação.
  2. Afirmar a necessidade de combater a islamofobia, através da criação de um observatório na Secretaria Geral OIC para monitorar todas as formas de islamofobia, emitir um relatório sobre o assunto anualmente, e assegurar a cooperação com as organizações governamentais e não governamentais (ONGs), a fim de combater islamofobia.
  3. Esforçar-se para que as Nações Unidas adotem uma resolução internacional para combater a islamofobia, apelando a todos os Estados a promulgarem leis para combatê-la, incluindo punições de dissuasão.
  4. Iniciar um diálogo estruturado e sustentado, a fim de projetar os verdadeiros valores do Islã e capacitar os países muçulmanos para ajudarem na guerra contra o extremismo e o terrorismo.

Assim que o Encontro de Cúpula da OIC terminou, a Liga Árabe começou a trabalhar. O resultado foi a Intifada das Caricaturas de Maomé em fevereiro e março de 2006, que deixou um rastro de morte e destruição do Levante ao sul da Ásia e África, com grandes protestos de rua e arruaças em várias grandes cidades, particularmente em Londres.

Dentro do mesmo espírito, o relator especial, Doudou Diène, diz que a “difamação” do Islã surge da “islamofobia infundada” que se expressa como “o ódio dos muçulmanos”, que por sua vez dá origem ao “extremismo”. Sua conclusão: aqueles que “difamam” o Islã devem ser responsabilizados pelo extremismo islâmico (ou seja, a culpa é das vítimas).

No entanto, de acordo com Diène, anti-semitismo não é de origem religiosa ou racial, mas política e a culpa é de Israel. Da mesma forma, segundo ele, a cristianofobia que é evidente na “América do Sul, África e Ásia” (NOTA: o Oriente Médio não estava em sua lista, nem existe menção a perseguição dos cristãos em “terras muçulmanas”) é causada pelo proselitismo agressivo e anti-ético dos cristãos evangélicos.

Relatório do Observatório da Islamofobia

Em março de 2008, a OIC apresentou o seu primeiro Relatório do Observatório da Islamofobia na 11ª sessão da OIC, em Dakar. O relatório propôs que a visão do mundo do Islã seja corrigida e que “castigos de dissuasão” para “difamação” sejam estabelecidos. (NOTA: conforme o item VII, letra (b), do Plano de 10 Anos).

O Relatório do Observatório da islamofobia afirmou que, para existir paz, a versão correta da história e do Islã (ou seja a versão aprovada pela OIC) deve ser entendida, promovida e aceita; claramente qualquer outra coisa é islamofobia “sem fundamento” ou incitamento a  “difamação” do Islão, responsável pelos violentos, destrutivos e de retaliatórios (como distinto de imaturo, irracional e criminoso) tumultos e arruaças causadas por muçulmanos no mundo de hoje. Alega-se ainda que a islamofobia existe em parte porque não há nenhum instrumento legal para combatê-la, portanto, um “instrumento vinculativo legal” deve ser criado “para combater a ameaça da islamofobia”.

Ação junto a ONU

Em 2008, o Conselho de Direitos Humanos da ONU (que se tornou notório por ser composto por países não muito afetos a “direitos humanos” como Líbia e Síria) aprovou moção que exige que o Relator Especial do Conselho “relate casos em que o abuso do direito de liberdade de expressão constitui um ato de discriminação racial ou religiosa.” Ou seja, ao invés de promover direitos humanos, o Relator Especial deve policiar o que a OIC deseja.

A reação do International Humanist and Ethical Union em 2008, após a aprovação desta moção, ilustra bem o que ela significou [2]:

“Houve uma mudança sísmica no equilíbrio de poder no sistema da ONU. Por mais de uma década os Estados islâmicos vem flexionando seus músculos. Ontem, eles atingiram. Não pode deixar de existir qualquer pretensão de que o Conselho de Direitos Humanos podem defender os direitos humanos. A liderança moral do sistema da ONU passou dos Estados que criaram a ONU, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, comprometidos com os conceitos de igualdade, liberdade individual e do Estado de Direito, para os Estados islâmicos, cuja lealdade é para com uma visão estreita e medieval definida exclusivamente em termos de direitos do homem para com Alá, e aos seus companheiros de viagem, os Estados que vêem seus futuros e seus interesses econômicos e políticos como sendo melhor servidos por suas alianças com os Estados islâmicos.”

O ataque da OIC no âmbito da Assembléia Gerald a ONU foi o de aprovar todos os anos uma Resolução Não-Vinculativa sobre combater a “difamação de religiões.” Só que o apoio a estas resoluções caiu e, em dezembro de 2011, o alcance do texto da resolução foi diluído, onde o conceito de “difamação” foi substituido pelo de “incitamento.”  Esta mudança foi considerada por muitos como uma vitória da liberdade de expressão, quando na verdade esta mudança foi consistente com a nova estrategia da OIC.

A nova Estratégia da OIC

A OIC lançou a sua nova estratégia na Conferência Mundial das Nações Unidas contra o Racismo (Durban II) em abril de 2009, com o objetivo de substituir o conceito de “difamação” pelo de “incitamento,” refletindo o artigo 20.2 do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (PIDCP): “Qualquer defesa de ódio, nacional, racial ou religioso, que constitua incitamento a discriminação, hostilidade ou violência, deverá ser proibida por lei. “

 A OIC afirmou que a islamofobia – “uma nova forma de racismo” – deve ser eliminada, a fim de preservar a paz e evitar um “holocausto” muçulmano (veja como ela joga com as palavras – no jargão do futebol, a OIC joga para a platéia).

No dia 24 de março de 2011, a Comissão de Direitos Humanos da ONU adotou, sem voto, a Resolução 16/18: “Combater estereótipos, intolerância, a estigmatização negativa, a discriminação, a incitação à violência, e a violência contra pessoas tendo como base religião ou crença.”

A Resolução 16/18, “Combate à intolerância …”, é ainda mais perigosa do que as resoluções anteriores que tratam do “combate à difamação da religião.” Ela não representa um retrocesso da OIC ou um avanço da liberdade. Pelo contrário, a mudança de foco, da difamação à incitação, não é só apenas consistente com a estratégia da OIC desde o início de 2009, mas ela representa um  avanço do objectivo primordial do OIC: a criminalização da crítica do Islã.

O trabalho da OIC junto a países e comunidades de países

O trabalho da OIC não se resume apenas a ONU. A OIC tem feito um grande trabalho junto à Comunidade Européia (que sente a pressão da sua crescente comunidade islâmica) bem como junto aos Estados Unidos, que vem implementando uma política de apaziguamento com o mundo islâmico (iniciado já no governo Bush e acelerada no governo Obama – ver link específico).

Nos dias 12 e 14 de dezembro de 2011, a OIC se reuniu em Washington, com o governo dos EUA (administração Obama) para discutir o que se tornou conhecido como o Processo de Istambul, que trata da aplicação da Resolução 16/18, aprovada sem votação em 24 de março 2011. A primeira dessas reuniões, lançada pelo Secretário-Geral da OIC, para implementar a 16/18, foi realizada em Istambul, em Julho de 2011, e a terceira será realizada em  Julho de 2012, e será organizada pela União Europeia A ironia na reunião com os EUA, e da Resolução em sí, é que a OIC tem sido ativa na tentativa de limitar a liberdade de expressão sobre a sua religião, em vez de proteger a liberdade de religião como um todo. Isso tem sido evidente desde a Declaração do Cairo pela OIC em 1990, que declarou que a liberdade de expressão deve ser consistente com a lei islâmica Sharia. A intenção da OIC é a de limitar a liberdade de expressão ao invés de protege-la [4].

Os outros objetivos da OIC

Outros objetivos da OIC que merecem um comentário são os seguintes:

  • “defender a universalidade da religião islâmica.”

Se você conversar com um muçulmano ele irá te dizer que o Islão é a mais perfeita religião e que Maomé é o “selo” ou o “último dos profetas” (mesmo levando em consideração os crimes que Maomé cometeu, todos sancionados por Alá). É claro que várias outras religiões dizem o mesmo, que as suas revelações são as mais perfeitas, que não pode haver nada novo, etc. Mas o Islão é a única que definiu como crime o ato de negar ou contestar este fato! É isso hoje o que acontece nos países de maioria islâmica, é isso o que já acontece na Europa, e se a OIC conseguir introduzir na lei internacional que criticar o Islão é um crime, isso vai implicar na aceitação universal da “versão islâmica dos fatos.” Na prática, vai ser a lei islâmica sendo posicionada sobre toda e qualquer lei internacional.

  • “inculcar nas crianças valores islâmicos”

O islamismo é forte na doutrinação de crianças. Se você acha que o cristianismo se usa disto, fique sabendo que com o Islão é muitas vezes pior. E não é apenas a doutrinação de crianças muçulmanas, mas também a doutrinação de crianças infiéis, para que elas sejam expostas a uma versão sanitizada do Islão visando ou a sua posterior conversão ou que elas, como adultos, aceitem a sua condição de dhmmis (cidadãos de segunda-classe sob o Islão) (link para doutrinação e dihmis).

  • “assistir minorias muçulmanas” que residam fora dos Países Membros.

O mundo hoje assiste a um acelerado processo de islamização provocado por maciça imigração de muçulmanos e alta demografia praticada por estes grupos (alidado ao fato do crime de apostasia, mencionado acima). Estes são os fatos que dão suporte a afirmação de que o Islão é a religião que mais cresce no mundo. O que acontece é que uma grande proporção dos muçulmanos que migram para outros países se dedicam ao que eu chamaria de “colonialismo cultural.” Eles se agrupam em guetos por vontade própria, incomodando os habitants locais nativos até que eles se mudem. Nestes guetos, eles formam uma comunidade à parte onde a lei islâmica passa a ser aplicada, ou de forma informal ou mesmo com a aprovação do governo (como na Inglaterra). A construção de mesquitas, inclusive de mega-mesquitas, em lugares cuja presença de muçulmanos seja minima ou nenhuma é parte desta estratégia.

Esta estratégia é defendida abertamente. Por exemplo, em 2011, o presidente turco Erdogan disse que os turcos residentes na Alemanha não devem se assimilar (Spiegel). Em 2008 ela havia dito que “assimilação é um crime contra a humanidade” (Middle East Online).  

O que pensam os muçulmanos

Muçulmanos querem Sharia (link) por diversos motivos. Os mais ortodoxos acreditam piamente que ela é a lei de Alá e que ela deve ser estabelecida em todo o mundo. Os mais culturais, talvez não saibam muito o que realmente a Sharia é, acreditam que houve uma época que a civilização islâmica foi importante, e que talvez adotando a Sharia vai facilitar o retorno de um passado vagamente glorioso. De qualquer modo, a Sharia é intocável. Um percentual muito pequeno de muçulmanos é contra a Sharia.

Exemplos:

  • A eleição do Hamas, em 2007, cuja plataforma incluiu a implementação da Sharia na Faixa de Gaza (Haaretz).
  • Em 2011, os Egitos votaram maciçamente nos partidos Salafistas e na Irmandade Muçulmana: ambos advocam abertamente uma introdução total da Sharia no Egito (Guardian).
  • Partido Enahada ganha as eleições na Tunísia prometendo volta a “valores islâmicos” (Telegraph).
  • Várias pesquisas de opinião indicam que a maoria, ou uma minoria significante, dos muçulmanos desejam Sharia: 40% na Grã-Bretanha (Telegraph); 37% na Irlanda (Humphrys); maioria na Indonésia apoiam guerra contra não-muçulmanos, morte aos apóstatas  e destruição de igrejas (Free Republic, Jakarta Post), e, maioria dos jornalistas apoia o fundamentalismo islâmico (Jakarta Post); 80% no Paquistão como visto acima (Pew)
  • Irmandade Muçulmana: apenas bêbados, drogados e adúlteros rejeitam a Sharia (Raymond Ibrahim; Youm7)

Como o Ocidente (não) reage

Líderes, politicos, ativistas e feministas nos países do Ocidente (Europa, Canadá e EUA) têm, em geral, tido uma atitude de acomodação e apaziguamento com respeito a ação da IOC (e com respeito a islamização como um todo) por diversos motivos, alguns nobres (porém inocentes) outros nem tão nobres (por exemplo, corrupção). Este assunto, a (falta de) reação do Ocidente vai ser tratado mais tarde de modo mais específico. 

Alguns exemplos dos motivos da falta de reação do Ocidente incluem:

  • Projeção dos valores culturais ocidentais ao islamismo: a minha cultura é tão boa; o que os islamistas dizem ou fazem é produto de um mal-entendido. No fundo eles pensam igual a mim.
  • Multiculturalismo, regido por uma única regra: todas as culturas são iguais (e quem apresentar alguma evidência que contradiga esta regra é acusado de racismo).
  • Anti-Semitismo (este grupo inclui aqueles que acreditam que os judeus controlam o mundo, e são simpáticos ao Islão por ele ser contra os judeus, Israel ou os “sionistas.”)
  • Anti-cristianismo, que considera o cristianismo como uma praga na Terra. Ajudar os muçulmanos significa ajudar a reduzir ou extinguir o cristianismo.
  • Anti-capitalismo (sem se preocupar em saber que o Islão defende uma forma diferente de capitalismo). 
  • Anti-EUA (esta turma, geralmente, é capaz de vender até a mãe se isso ajudar a destruir os EUA, seja lá o que isso signifique).
  • Anti-imperialismo (sem se preocupar em saber que o Islão foi e é imperialista).
  • Anti-colonialismo (sem se preocupar em saber que o Islão foi e é colonialista).
  • Sentimento de culpa (principalmente na Europa): é preciso reparar o mal causado pelo passado de potência colonial.
  • Jogo geo-político (existem aqueles politicos que vêm uma aproximação com a OIC como uma forma de ampliar a influência ou importância do seu país no mundo – como o caso do Brasil que deseja mais votos para a sua eleição no Conselho de Segurança da ONU).
  • Corrupção (existem aqueles que simplesmentem se vendem aos petro-dólares árabes).

Calar aqueles que criticam o Islão já é um fato corriqueiro na Europa e no Canadá, onde os governos multam ou levam para os tribunais aqueles que ousam dizer a verdade (diversos exemplos listados em Islamização do Mundo e Colapso do Ocidente, e em Liberdade de Expressão e Blasfêmia).

Considerações Finais

O Brasil tem muitos problemas. Corrupção. Impunidade. Tráfico de drogas. Só para mencionar-se alguns deles. Porque nós precisamos nos preocupar com a Organização da Cooperação Islâmica e com a lei islâmica? Porque eles se preocupam conosco. O objetivo final de Organização da Cooperação Islâmica é o de que todos os países, incluindo o Brasil, aceitem a narrativa islâmica dos fatos, independente dela estar certa ou não, e criminalizem tudo e todos que se manifestarem contráriamente a ela. A OIC age a nível internacional em instituições nas quais o Brasil faz parte. Qual é a reação do governo do Brasil com respeito a ação da OIC? O governo do Brasil concorda com ela? Qual seria a reação do governo do Brasil se a OIC se aproximasse, digamos, do Mercosul, para ver instituido no âmbito do Cone Sul a criminalização de qualquer crítica ao Islão, abrindo as portas para a islamização do Brasil e seus vizinhos?

O maior problema e empecilho de qualquer conciliação entre a civilização islâmica e todas as demais, no nosso caso particular a civilização ocidental da qual fazemos parte, é o fato de que elas não são sociedades paralelas, mas sim sociedades assimétricas. Os padrões éticos e comportamentais são conflitantes.

Existe um problema sério que advém do processo de secularização da sociedade. A secularização em sí não é um mal. O que é mal é que no bojo do processo existe um esforço de se redefinir um padrão civilizatório, baseado nas cultura Greco-romana, judáico-cristã, construido ao longo dos séculos, para algo que não têm base alguma. A remoção dos fundamentos cristãos dos direitos humanos irá provocar o colapso da civilização ocidental. Isso não significa que todos nós devemos ser cristãos, apenas que reconhecemos nossa dívida cultural ao cristianismo, possuindo um alicerce para a nossa doutrina, um guia para nossas ações, um ponto de referência e um sinal de esperança.

O secularismo que devemos aprovar se opõe a teocracia, a submissão do Estado às hierarquias eclesiásticas, e da interferência de igrejas com decisões democráticas. Ele não se opõe a religião, nem trata o cristianismo como um conto de fadas dos sem intelecto.

Mas o secularismo de hoje é diferente. A cultura secular da Europa de hoje é fortemente ideológica, é avessa à crítica, é intolerante das acusações, é resistente a contradição, e é  impermeável aos argumentos contrários. É uma cultura anti-religiosa. Ela trata a religião como superstição, como um vestígio de uma era mitológica, como o legado de um tempo remoto da história humana, como as sobras de imaturidade intelectual … A única contribuição do cristianismo que o secularismo está disposto a admitir é o consolo dos tolos – um pouco como contos de magia, astrologia, contos, ou histórias pitorescas para os ingênuos [5].

Mas, apesar do Estado ser agressivo com os princípios cristãos, ele tolera a cultura islâmica fundamentalista. A Europa oferece um diálogo com o Islão, pela mesma razão ela não quer conversar consigo mesmo: a rejeição de suas próprias raízes. A dura verdade é que o Ocidente tem medo do Islão, porque tem medo da religião, e de sua própria religião, antes de tudo. Precisamos nos lembrar das nossas origens para resolver a crise moral da Europa e do Ocidente, e para preservar o orgulho na nossa civilização e defendê-la contra ataques. Sem abraçar este pilar central da nossa identidade cultural, o Ocidente não tem chance alguma contra um inimigo que não sofre crise de identidade, que é assertivo, que não é prejudicado por culpa cultural ou vive se questionando, e que não hesita em afirmar a sua superioridade religiosa.

Referências

Além dos links, as seguintes referências foram usadas na elaboração deste artigo:

[1] Andrew G. Bostom, “Apostasy and the Islamic Nations.” American Thinker, 21/Setembro/2009.

[2] “Vote on freedom of expression marks the end of Universal Human Rights.” International Humanist and Ethical Union, 30/Março/2008.

[3] Elizabeth Kendal, “UNHRC Resolution 16/18 – the OIC, the UN and Apostaphobia.” Religious Liberty Monitoring, 21/Agosto/2011.

[4] Michael Curtis, “Islam and Free Speech: OIC vs. Universal Declaration of Human Rights.” Stonegate Institute, 8/Fevereiro/2012.

[5] Marcelo Pera, “Why We Should Call Ourselves Christians: The Religious Roots of Free Societies.” Arnoldo Mondadori Editore, 2008.

Arquivado em: Apostasia, Liberdade de Expressão, Organização da Cooperação Islâmica Marcados com as tags: Apostasia, Blasfêmia, Difamação do Islão, Islamofobia, Islão Político, Lei Islâmica, Organização da Cooperação Islâmica (OIC)

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