Imagens horríveis mostraram militantes islâmicos vestidos de preto, andando pelas ruas, e ateando fogo em locais de culto antes de disparar uma chuva de balas de rifles automáticos contra policiais e espectadores inocentes, na região do Dagestão, uma província no sul da Rússia, predominantemente muçulmana, que faz fronteira com a Geórgia e o Azerbaijão.
Os alvos dos militantes islâmicos incluíam uma delegacia de polícia, bem como sinagogas e igrejas ortodoxas nas cidades daguestânicas de Makhachkala e Derbent. Quinze das vítimas eram policiais; um era um padre ortodoxo que foi morto em sua igreja. Cinco agressores foram mortos pelas forças de segurança, disseram autoridades regionais.
O chefe do distrito de Sergokalinsky, no Daguestão, foi preso quando os policiais descobriram que dois de seus filhos haviam participado dos tiroteios. Durante o interrogatório, ele admitiu aos investigadores que sabia que seus filhos tinham “ideias extremistas” e eram adeptos rigorosos do wahabismo — uma seita particularmente radical do islamismo — antes de afirmar que não teve contato com eles.
Outro dos atiradores seria um lutador de artes marciais mistas afiliado à academia administrada pelo ex-campeão peso-leve do UFC Khabib Nurmagomedov, uma das pessoas mais celebradas internacionalmente no Daguestão.
Antes de ser morto a tiros, um dos terroristas postou um vídeo assustador mostrando a sinagoga em Makhachkala em chamas, declarando: ‘Eis que, inxalá… Aqui está a sinagoga deles queimando.
‘Inxalá, Alá seja louvado, que esses infiéis… sejam humilhados. Nós os mataremos assim, os humilharemos, e a palavra de Alá será exaltada.
‘Inxalá, Allahu Akbar!’
Uma sinagoga na capital regional Makhachkala foi tomada pelas chamas em meio aos ataques, com fumaça saindo do prédio. Outro grupo de agressores ateou fogo a uma segunda sinagoga em Derbent, a cidade mais ao sul da Rússia, que fica cerca de 130 quilômetros ao sul.
Também em Derbent, os homens armados também atacaram duas igrejas ortodoxas, onde teriam cortado a garganta do Padre Nikolai Kotelnikov, de 66 anos, que serviu mais de 40 anos em Derbent.
A sinagoga atacada e incendiada pelos homens armados em Derbent é o único local de culto da antiga comunidade judaica da cidade.
O presidente do conselho público da Federação Russa de Comunidades Judaicas, Boruch Gorin, escreveu ontem à noite que não foi possível apagar o incêndio na sinagoga.
Ele escreveu: “A sinagoga em Makhachkala também foi incendiada e queimada”, antes de acrescentar que os bombeiros do local religioso em Derbent foram instruídos a deixar a sinagoga em chamas devido ao risco de “terroristas permanecerem lá dentro”.
Os ataques aos locais religiosos em todo o Daguestão ocorreram poucos meses depois de um ataque terrorista mortal em Moscou, que tirou a vida de 145 pessoas.
O Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISIS-K), uma seita particularmente brutal do ISIS, massacrou espectadores inocentes que foram ver a banda russa Picnic no local do show Crocus City Hall em março deste ano.
No Daguestão, em outubro, uma multidão, aparentemente em busca de passageiros judeus, invadiu um avião que chegava de Tel Aviv.
E no início deste mês, vários homens, detidos por acusações de terrorismo, lideraram um motim de curta duração na prisão da cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia. Os amotinados fizeram guardas reféns e publicaram vídeos — não verificados — alegando afinidade com o Estado Islâmico, antes de serem mortos a tiros pelas forças de segurança.
Fonte: Daily Mail e The New York Times
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