José Atento
Porque será que os adeptos da “religião da paz” marcharam com seus exércitos 7.500 km pelo Norte da África, cruzaram o Estreito de Gilbraltar, marcharam pela Espanha, cruzaram os Pirineus, e atacaram a França? Isso aconteceu no ano 721. E esta marcha não foi pacífica, para compartilhar a ilusória “sabedoria do Alcorão”, mas sim marcada por guerras, destruição, pilhagem, estupro, e escravidão dos povos conquistados ao longo do caminho. (O que eles estavam fazendo tão longe de casa?)
A resposta a esta pergunta é simples. O islão não é da paz, mas sim uma ideologia político-religiosa que visa conquistar e subjugar os não-muçulmanos. Só existe paz com o islão com a rendição incondicional dos não-muçulmanos, sendo que estes ou se tornam muçulmanos ou se submetem à ordem política do islão. É assim desde o tempo de Maomé. É assim para sempre.
Neste artigo, eu discuto eventos sobre o ataque da Jihad Islâmica contra o que nós chamaríamos hoje de França. Na época, era o reino dos francos, constituído por povos germânicos cristãos que deram origem ao povo francês.
Quando os muçulmanos atacaram a França, o país era governado pelos francos. Os francos eram uma tribo gótica (germânica), que eventualmente se tornou no povo francês como o conhecemos hoje. Os francos eram relacionados a um outro clã gótico, os visigodos, que reinavam na Espanha quando as hordes islâmicas atacaram a Espanha. Os visigodos que fugiram para a França levaram consigo os contos de crueldade insensata dos muçulmanos, incluindo tortura selvagem, engano e subterfúgio, e crueldade brutal. Estes fatos serviram para endurecer ainda mais a determinação franca para derrotar os invasores muçulmanos.
Após a jihad ter pisado sobre a Espanha, em 711, o grande sonho do chefe muçulmano Emir Musa era o de marchar pelos Pirinéus, varrer a França, e se juntar aos muçulmanos saqueadores do leste através de Bizâncio (Constantinopla), de modo tornar o Mar Mediterrâneo um “lago muçulmano.”
Porém, Musa também nutria secretamente a ambição de ser Emir da Europa independente do califa, para quem ele havia desviado uma parte desproporcional da riqueza obtida com a pilhagem durante a campanha da conquista espanhola. Isso levantou suspeitas do Califa à cerca de Musa, o que levou ao seu banimento. Musa foi substituido por um outro saqueador jihadista chamado Abd-ur-Rahman, que conduziu a agressão muçulmana contra a França.
Uma observação, nesta época o “sucessor de Maomé” era o Califa al-Walid I, do Califado Omíada.
É sempre bom lembrar que invasão da França pelo Califado Omíada ocorreu 375 anos antes da Primeira Cruzada, 1055 anos antes da Independência dos EUA e 1227 anos antes da criação do Estado de Israel. Isso é para que ninguém venha com a desculpa esfarrapada que a Jihad é invenção dos EUA ou de Israel. Ou uma reação às cruzadas.
O mapa abaixo oferece uma visão geral sobre até onde os jihadistas conseguiram chegar, indicando as batalhas de libertação.
A invasão começa em no ano 719 quando os jihadistas muçulmanos invadem a Septimânia, uma das últimas regiões de refúgio dos visigodos espanhóis. A horde árabe-berbere, sob o comando de Al-Samh, seguiu norte conquistando Barcelona e entrando na Septimânia e conquistando Narbona. De 720 em diante, Narbona tornou-se a capital da Septimânia muçulmana, sendo usado como base para razzias (ataques ligeiros visando pilhagem e captura de escravos, seguindo o exemplo de Maomé). Uma mesquita foi estabelecida em Narbona, dentro da igreja de Sainte-Rustique.
A rigor, a Septimânia não era território franco, mas sim visigodo. Porém, ela se tornou uma ponta-de-lança na jihad contra os francos, que se iniciou com a Batalha de Aquitânia, nas cercanias de Toulouse.
9 de junho de 721: Jihad Contra a França, Batalha de Aquitânia
Os exército omíada (sarraceno) cercou a cidade francesa de Toulouse durante 3 meses. O Ducado da Aquitânia, sob a liderança do Duque Odo, liderando um exército formado por “romanos”, bascos e francos, rompeu o sítio e derrotou o exército islâmico liderado por Al-Samh, que acabou morrendo na batalha. Essa vitória não apenas rompeu o cerco de Toulouse, mas também bloqueou a primeira onda da jihad islâmica contra a França por mais de uma década.
Os Jihadistas voltariam a atacar a França em 732, ainda mais sedentos por sangue, pilhagem, e escravos
Durante a década de 720, Anbassa, quem substituira Al-Samh, sitiou as cidades de Carcassone e Nimes. Os massacres e destruição que afetaram particularmente o vale do Rio Ebro e Septimânia, desencadearam um fluxo de refugiados que encontraram abrigo principalmente no sul da Aquitânia através dos Pirineus e em Provence.
732: Jihad contra a França, Batalha de Bordéus (Batalha do Rio Garonne)
Confiante na sua superioridade, Abdul Rahman Al Gafiqi, seguiu para o norte até se defrontar com um exército inferior em números de infantaria e cavalaria. Eram os francos, sob o comando de Carlos, Duque e Príncipe dos Francos. A ferocidade com a qual Carlos lutou contra os árabes invasores, e o emprego da sua arma pessoal, um machado em forma de martelo, lhe rendeu o título de “Carlos Martelo”. Ao final da batalha, os jiahdistas foram derrotados e Abdul Rahman Al Gafiqi foi morto.
Hoje, podemos não perceber o significado da vitória dos francos (ou ferrenguis como os muçulmanos os chamavam) sobre os árabes, a poucos quilômetros ao sul de Paris. Se não fosse por esta vitória, a Europa como um todo poderia ter sido conquistada, tornando-se muçulmana, e a história da Europa e talvez a de todo o mundo teria sido muito mais ensangüentada e mais escura, como é o Oriente Médio de hoje.
Esta batalha também é conhecida como “tours” do verbo francês “virar.” Sim, foi uma “virada da maré” e a primeira grande vitória dos “infiéis” contra os muçulmanos.
Esta batalha não terminou a jihad contra a França. Ela, porém, definiu um limite e uma tendência. Os francos não estavam poluidos pelo politicamente correto. Eles não estavam interessados em conversar ou negociar, nem em tentar entender quais podiam ser os motivos que estavam levando aqueles “pobres muçulmanos” invasores a cometerem tanta violência. Que a atitude dos francos sirva como lição histórica. Não é possível ser “bonzinho” com quem deseja eliminar o seu modo de vida e roubar a sua liberdade.
737: Jihad contra a França, Batalha de Avignon
Os árabes tinham ocupado a cidade de Avignon, em 734, depois de ter sido entregue a Yusuf ibn ‘Abd al-Rahman al-Fihri, governador omíada de Narbona. Em 736, Carlos Martelo enviou seu irmão que cercou a cidade. Carlos Martelo estava se defrontando com uma segunda leva de jihadistas que estavam invadindo pelo mar. Avignon foi reconquistada em 737.
737: Jihad contra a França, Batalha de Narbona
A batalha de Narbona foi travada em 737 entre as forças de Yusuf ibn ‘Abd al-Rahman al-Fihri, governador Omíada de Narbona, e um exército franco liderado por Charles Martel. O sítio que se seguiu foi quebrado quando reforços jihadistas foram enviados. Carlos Martel seguiu para interceptá-los, e o que se seguiu foi a Batalha do Rio Berre.
737: Jihad contra a França. Batalha do Rio Berre
Carlos Martelo interceptou os reforços, compostos por um contingente considerável de jihadistas enviados da Espanha ocupada (Al-Andalus), liderados por Uqba ibn al-Hayyay para aliviar o cerco de Narbona. A batalha resultou em uma vitória significativa para Martel, e serviu para impedir a expansão omíada para além dos Pirineus.
737: Jihad contra a França: Batalha de Nimes
Carlos Martelo fez uma limpeza na Septimânia, incluindo Nimes. Nesta campanha, ele também assegurou Agde, Béziers, Maguelonne e Montpellier. Ele destruiu as fortificações impedindo que elas servissem para os jihadistas caso eles voltassem.
Após esta campanha em 737, Carlos Martelo voltou pra casa. Narbona continuava sob o controle dos jihadistas omíadas. A reconquista completa ficaria à cargo do novo rei franco, Pepin, o Breve, filho de Carlos Martel.
752-759: Jihad contra a França: Sítio a Narbona
O novo rei Franco, Pepino, o Breve, empreendeu uma campanha para limpar a Septimânia, de uma vez por todas, de todos os traços jihadistas. O problema é que alguns nobres infiéis resolveram se aliar com os jihadistas por motivos geopolíticos: eles temiam o avanço dos francos. Isso tornou a tarefa de Pepino mais difícil, porém não impediu que o seu objetivo final fosse alcançado. Em 759, as tropas jihadistas árabes-bérberes se renderam e deixaram Narbona, ocupada por 40 anos.
Uma pausa aqui. Veja bem que os jihadistas se renderam e puderam deixar Narbona. Eles não foram executados! Esta era a “ética da guerra medieval” que os povos romanizados da Europa (como os francos) adotavam. Isso era o oposto da ótica jihadista que seguia o Alcorão, que diz que “pilhar é bom e justo” e o exemplo de Maomé, que se fez rico através da pilhagem.
Consequência
Pepino, o Breve, completou o trabalho iniciado por seu pai, Carlos Martelo, e pelo Duque Odo. O filho de Pepino, Carlos Magno, iria extender os limites do império franco para além da Septimânia e dos Pirineus, criando uma barreira entre o Emirado Omíada e a França. Esta barreira, uma área tampão conhecida como a “Marca (fronteira) Hispânica”, iria se tornar um foco para a Reconquista da Península Ibérica.
Lição da História
- Quando jihadistas se encrustram em um lugar, fica muito difícil e custoso tirá-los de lá. Vejam bem, eles invadiram a Septimânia em 711, e apenas foram expulsos em 759, ao custo de vidas humanas e materiais.
- Não existe este negócio de “ser bonzinho” contra quem deseja destruir o seu estilo de vida e a sua liberdade.
- É importante que os infiéis sejam conduzidos por motivos éticos. Se cada infiél for olhar para o seu próprio interesse, ou pior, se aliar com jihadista, a luta se torna muito mais difícil. Vimos isso acontecer no caso de Pepino, o Breve. E vemos isso acontecer hoje com as elites européias, e a esquerda internacional, se aliando aos islamistas do mundo. Um outro exemplo é quando vemos ateus, cristãos e homossexuais se degladiando … enquanto isso os muçulmanos devotos fazem a festa e penetram pelas beiradas.
Bibliografia
Collins, Roger (1989). The Arab Conquest of Spain 710-797. Oxford, UK / Cambridge, USA: Blackwell. p. 213. ISBN 0-631-19405-3.
Fouracre, Paul (2000). The Age of Charles Martel. Pearson Education. ISBN 0-582-06476-7.
History of Jihad Against France, History of Jihad.
\Jihad-contra-a-França-721-759
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