Vamos aqui dar continuidade a dois artigos anteriores ([1] e [2]) nos quais tratamos da situação política de diversos países da Europa frente à islamização, dentre eles Hungria, Polônia, Áustria, República Tcheca, Sérvia, Alemanha, Reino Unido, Eslováquia e Portugal, bem como das eleições presidências da França e das tendências para as eleições gerais na Itália. Neste artigo, iremos tratar especificamente do resultado das eleições gerais italianas.
O choque sísmico causado pela vitória de uma coligação patriota de centro-direita na Suécia (algo a ser tratado em um próximo artigo) parece um tremorzinho perto do que foi causado pela vitória da coligação patriota e conservadora nas eleições gerais italianas de 25 de setembro, liderada por Giorgia Meloni, do Partido Irmãos da Itália (Fratelli d’Italia – FdI), conquistando a maioria absoluta do parlamento italiano.
O Partido Fratelli d’Italia, cujo nome é a primeira linha do hino nacional italiano, tem com slogan Deus, Pátria e Família. É o maior partido patriota a ascender ao poder na Europa Ocidental. Junto com os outros dois partidos da coligação, o Lega (de direita) e o Forza Itália (centro-direita), formam a maior coligação patriota de toda a Europa. Esta coligação elegeu 230 deputados e 115 senadores, garantindo maioria nas duas casas.
Na última eleição-geral, em 2018, o Fratelli d’Italia havia conseguido apenas 4% dos votos.
A trajetória do conservadorismo patriota na Itália começou em 2018, quando o Partido Lega, liderado por Matteo Salvini, chegou ao poder em uma coligação com o Partido Cinco Estrelas (centro-esquerda) de Giuseppe Conte. O sucesso eleitoral de Salvini se deveu à sua defesa dos três aspectos que começavam a mais preocupar os italianos: defesa das fronteiras frente à imigração ilegal descontrolada, defesa da cultura italiana e defesa da independência econômica do país. Como ministro do interior, Salvini viu sua popularidade aumentar para mais de 60% devido ao cumprimento de sua promessa nas eleições de fechar as fronteiras da Itália para a imigração ilegal ([3] e [4]). A imigração ilegal diminuiu 90%! Isso, claro, desagradou os globalistas da União Europeia que pressionaram Giuseppe Conte, a coligação foi desfeita, e Salvini deixou o governo. O partido de Salvini foi substituído pelo Partido Democrata por ser o partido preferido de Macron, Merkel e dos globalistas da União Europeia [5]. A imigração ilegal retornou, em patamares ainda maiores, apenas estancados levemente devido à crise do COVID-19.
Apesar de ter sido alijado do governo, as ações de Salvini, em apenas um ano, serviram para empurrar a Janela de Overton para a direita, redefinindo opiniões em assuntos ligados a identidade, cultura e imigração. Pode-se considerar que a atuação de Salvini abriu o caminho para a grande vitória eleitoral nas eleições gerais de 25 de setembro.
O Fratelli d’Italia anunciou que imigração e defesa das fronteiras será uma das suas prioridades. Outros assuntos que irão sofrer revés estão ligados ao aborto e a ideologia de gênero. Giorgia Meloni também promete atacar de frente o problema da baixa taxa de natalidade, que põe em risco da própria existência da Itália.
Giorgia Meloni considera, corretamente, que os dois assuntos, imigração e demografia, estão intimamente relacionados. E ela acusa os globalistas da União Europeia, e seus lacaios na grande imprensa e universidades, de forçarem o aumento da imigração como alternativa para compensar o desastre demográfico causado pelas políticas promovidas pelos globalistas, como aborto, homossexualidade e trangenderismo.
Falando em União Europeia e globalismo, a vitória de Giorgia Meloni está atravessada nas suas gargantas. Em entrevista nos Estados Unidos, a presidente (não eleita) da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, chegou a ameaçar a Itália caso os italianos não votassem como os globalistas desejavam. Ela disse [6]:
“Vamos ver. Se as coisas forem em uma direção difícil – e eu falei sobre Hungria e Polônia – nós temos as ferramentas.”
“Nós temos as ferramentas” que podem ser usadas contra a Itália caso os italianos votem errado. Ou, no linguajar do socialismo globalista, só é democracia quando resultado de uma eleição for o que as elites globalistas desejam.
A ameaça de von der Leyen segue no rastro da retenção de um repasse de 7,5 bilhões de euros destinados a Hungria, dentro do combate à COVID-19 [7], sob a alegação que a Hungria está desrespeitando as normas democráticas da União Europeia (ou seja, o povo húngaro elegeu, por quatro eleições consecutivas, Victor Orban, que defende as fronteiras e a cultura húngaras).
Existe também a reação de jornais controlados pelo grande capital corporativo globalista, tais como CNN, The New York Times, Washington Post, The Guardian, The Atlantic, que começaram a descrever Giorgia Maloni como a própria reencarnação de Mussolini. Quem escreve nestes jornais não são jornalistas, mas sim ativistas de esquerda disfarçados de jornalistas.
Independente de tudo, o resultado da eleição mostra que os italianos estão dispostos a se sacrificarem na defesa da sua nação, seu povo, sua cultura e sua identidade.
Existe esperança nestes tempos tortuosos.
Referências
[1] Situação política da Europa frente à islamização (abril de 2022)
[2] França: voto muçulmano reelege Macron; esquerda identitária vence na Eslovênia; as tendências na Itália
[3] Itália: ação dura contra imigração ilegal aumenta a popularidade de Salvini
[4] Ação firme da Itália fecha contrabando de refugiados feito por ONGs a partir da costa da Líbia
[5] Revolta do Globalismo afasta Salvini do governo italiano e tenta bloquear o Brexit
[6] Von der Leyen’s warning message to Italy irks election candidates
[7] EU proposes to suspend billions in funds to Hungary
\Islamizacao Europa – 2022-Italia-Giorgia-Maloni-Deus-Patria-Familia