Alguns dias atrás, escrevemos sobre a cristã nigeriana Débora Yakubu, que foi arrastada do alojamento da universidade onde estudava, linchada, apedrejada, e seu corpo queimado, devido a uma acusação falsa de ter blasfemado contra o Maomé, o autodeclarado profeta islâmico. Os assassinos filmaram tudo, orgulhosamente, com a certeza de serem heróis para a comunidade muçulmana. Isso aconteceu no norte da Nigéria, onde os muçulmanos são maioria. Os assassinos foram presos, o que revoltou os muçulmanos que saíram às ruas quebrando e queimando lojas, casas e igrejas, forçando o bispo católico a se esconder. Segundo a multidão muçulmana, claro, os assassinos são heróis por defenderem a honra do islamismo.
Vídeo disponível no Rumble, Bitchute, Odysee e YouTube.
Autoridades muçulmanas têm a mesma opinião que a multidão muçulmana enfurecida. Em artigo para a Gazeta do Povo, o jornalista Luciano Trigo mencionou o ímã Ibrahim Maqari, um dos líderes religiosos da comunidade islâmica da Nigéria, que declarou que lamentava o método adotado para matar a estudante, mas não a sua morte. Ele escreveu nas redes sociais: “A ação, de forma geral, foi condenável, pela forma como a jovem morreu. Ela merecia a morte, disso não resta dúvida, a questão é quem deveria matar e como ela devia morrer”. Maqari também escreveu: “Todos devem saber que nós, muçulmanos, não toleramos que ultrapassem algumas linhas vermelhas. A dignidade do Profeta (que a paz esteja com ele) é uma dessas linhas vermelhas”.
(leia depois o artigo O Islã determina: mate até mesmo aquele que achar que Maomé foi um ser humano comum, com erros e defeitos)
Agora, tomamos conhecimento de mais um novo caso de quebra-quebra generalizado provocado por uma multidão muçulmana enfurecida devido a mais uma acusação de blasfêmia contra outra mulher cristã. Isso aconteceu no estado de Bauchi. A multidão islâmica enfurecida invadiu e incendiou mais de uma dúzia de propriedades comerciais e residenciais de cristãos, inclusive uma igreja, depois que eles não conseguiram prender uma senhora cristã de 40 anos que eles queriam linchar. Eles a acusam de blasfêmia contra o islamismo depois dela ter compartilhado um vídeo de um ex-muçulmano, explicando por que ele renunciou ao Islã, em um grupo de WhatsApp. E qual o problema com isso?
(Leia aqui por que o islamismo manda matar o muçulmano que deixar a fé islâmica)
Como consequência de mais esta ação pacífica da religião da paz, diversas pessoas ficaram feridas, inclusive o pastor da igreja, em estado grave.
A foto abaixo (reubenabati) mostra algo bastante representativo do que acontece quando uma multidão muçulmana enfurecida sai destruindo e matando pela causa de Alá. No primeiro plano, vemos a polícia assistindo passivamente o quebra-quebra. A polícia apenas intervêm depois que danos suficientes tenham sido feitos contra as propriedades dos cristãos. Isso é para mostrar quem manda.
Outra característica é que o quebra-quebra começou após as orações de sexta-feira, a principal oração da semana na mesquita. Ao invés de saírem calminhos depois da oração, e cheios de amor no coração, os muçulmanos saíram irados após ouvirem um sermão sobre o incidente.
Mas, de onde vem isso? Alcorão 5:33: “A recompensa daqueles que travam uma guerra contra Alá e Seu Mensageiro e espalham corrupção na terra, é apenas que eles devam ser mortos ou crucificados, ou tenham as mãos e os pés cortados em lados opostos, ou sejam exilados da terra. Essa é a sua desgraça neste mundo, e um grande tormento é deles na outra vida.”
Ibn Kathir, importantíssimo exegeta muçulmano, define “guerra contra Alá e Seu Mensageiro e espalhar corrupção na terra” como “descrença e atos de desobediência” contra Alá, Maomé e a lei islâmica (Sharia).
(Leia mais em Matar uma pessoa (ou seja, um muçulmano) é como matar toda a humanidade.)
No islamismo, não existe isso de amar seus inimigos e fazer o bem a quem o odeia (Lucas 6). O que existe no islamismo é não tenha amizade com cristãos e judeus (Alcorão, 5:51), já que os descrentes, inclusive, claro, cristãos, são as mais repugnantes das criaturas (Alcorão 98:6).
Leia mais sobre o significado de “amar ao seu irmão” no islamismo, no artigo Não existe “Regra de Ouro” no Islã (vídeo 9).
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Atualização (5 de outubro)
Rhoda Ya’u Jatau, de 45 anos de idade, está sendo julgada depois de ser mantida incomunicável por mais de quatro meses. Os muçulmanos a acusaram de blasfêmia e tentaram matá-la. Agentes de segurança do Departamento de Serviços de Estado, a polícia secreta da Nigéria, a prenderam em 20 de maio, e ela foi encarcerada quando multidões muçulmanas invadiram sua casa tentando matá-la. Ela foi acusada de “incitar distúrbios públicos, excitar o desprezo pelo credo religioso e ciberperseguição” (Morning Star)
\066(e) Nigeria-outra-crista-acusada-blasfemia-2022