A simpatia, muitas vezes preocupantemente excessiva, da esquerda política brasileira com o islamismo é algo que já deve estar claro. Isso não vem de hoje. Quando no poder, governos de esquerda estreitam o relacionamento com países e grupos dos mais radicais, tais como o Irã e a Irmandade Muçulmana, da qual o Hamas é uma filial.
Após um hiato de seis anos, com Temer e Bolsonaro, o retorno de Lula representou a volta deste alinhamento macabro.
Nada deixou isso mais visível do que o reinício do conflito na Terra Santa, após o ataque covarde do Hamas contra civis israelenses, em sete de outubro do ano passado, e a reação israelense visando exterminar o Hamas da Faixa de Gaza.
(Leia depois: Quem começou o conflito dos muçulmanos contra os judeus? Maomé)
Vamos rever as posturas do presidente Lula desde os massacres cometidos pelo Hamas em sete de outubro de 2023, citando a fonte:
- No dia do ataque do Hamas, Lula expressou condolências às famílias das vítimas e repudiou o terrorismo. À medida em que a ofensiva israelense sobre Gaza aumentava, o presidente passou a criticar Israel (O Globo).
- A explicação do governo brasileiro para não chamar o Hamas de grupo terrorista. Em mensagem sobre o conflito, o presidente optou por dizer que os atos praticados na região eram terroristas, sem estender a classificação ao grupo (Outubro/2023, Carta Capital).
- Lula diz que resposta de Israel é “tão grave” quanto ataque do Hamas (Novembro/2023, France24).
- Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou a ofensiva das forças israelenses na Faixa de Gaza após o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023 com o Holocausto nazista e a Adolf Hitler: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não tem paralelo em outros momentos históricos. Na verdade, isso existia quando Hitler decidiu matar os judeus” (Fevereiro/2024, Reuters).
- Como reação a essa afirmação absurda, o governo israelense o declarou “persona non grata” por Israel na segunda-feira (19), ou seja, ele não é bem-vindo no país (Fevereiro/2024,BBC, FT).
- Líder do Hamas agradece apoio de Lula à Palestina. Dirigente do grupo terrorista diz que todos estão “honrados” pelas declarações do Estado brasileiro sobre a guerra (Março/2024, R7).
- Carta recuperada sobre Hamas vira dor de cabeça para o PT: Em 2021, parlamentares petistas divulgaram uma nota contra a definição do grupo como terrorista (Veja).
Reações às posições de Lula no exterior têm sido recebidas com críticas, críticas essas que também crescem no Brasil com a crise na Venezuela. Por exemplo, artigo no The Hill afirma que o presidente do Brasil está do lado errado da história: “O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, é um inimigo da democracia. Ele pede a repetição das eleições na Venezuela, chama Israel de genocida e apoia a brutalidade de Vladimir Putin contra a Ucrânia. São todos atos repreensíveis, principalmente vindos do atual presidente do G20 e da maior democracia da América Latina”. Recentemente, a própria Folha de São Paulo começou a criticar Lula.
Recentemente, veio a vergonha total: a participação do vice-presidente Alckmim na posse do novo presidente do Irã. Durante a cerimônia, o vice-presidente sentou-se ao lado de líderes de grupos jihadistas terroristas internacionais: o porta-voz dos Houthi, Mohammed Abdulsalam, o líder da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah, e o vice-líder do Hezbollah, o general Naim Assem e líder do grupo palestino Hamas, Ismail Haniyeh (CNN). Esse momento negro da diplomacia brasileira foi registrado para a eternidade em uma foto.
Junte-se à isso as declarações do presidente Lula de apoio ao Hamas, e fica claríssimo o alinhamento do Brasil àquilo que de pior existe no mundo.
Internacionalmente, a Esquerda está aliada ao islamismo. E a Esquerda Radical está aliada ao Islamismo Radical. A primeira opção é péssima. O Brasil, lamentavelmente, se enquadra na segunda opção.
\Islamizacao do Brasil – 2024-Lula-Hamas-Ira