Com a volta da corrupção no Brasil algumas pessoas compartilharam nas mídias sociais um vídeo no qual um líder muçulmano no Brasil defende cortar a mão como punição de criminosos. As pessoas que compartilhavam esse vídeo incluíam comentários tais como “se for para cortar a mão de corruptos eu aprovo.”
Vejamos o vídeo.
Não pode roubar porque se roubar a mão é cortada, não é preso. A pessoa não é presa. A mão dela é cortada, e ela é solta.
E se roubar de novo, a outra mão é cortada?
Não, o pé esquerdo.
(Vídeo em Rumble, YouTube, Bitchute e Odysse)
A aplicação de punições bárbaras ao invés de resolver um problema na verdade cria muitos outros. Em primeiro lugar, ela não resolve o crime. Os piores criminosos e os piores corruptos não vão sofrer esse tipo de punição. Na verdade, são eles que determinam quem irá sofrer a punição. Se cortar a mão de corrupto resolvesse alguma coisa, muitos dos xeiques dos países do Golfo, seja a Arábia Saudita, Catar, etc. seriam manetas. Você conhece algum xeique maneta? Você já viu algum aiatolá do Irã maneta? Quem vai virar maneta são os ladrões de galinha e os inimigos políticos. Pense bem você. Algum corrupto no Brasil iria perder a mão? Algum desses grandes criminosos que frequentam as altas esferas estariam manetas se houvesse a punição de cortar as mãos no Brasil? Seriam exatamente os ladrões e os corruptos que estariam decidindo quem iria ser punido. Seria o caso da raposa tomando conta do galinheiro.
O outro problema que existe nessa punição tão draconiana é que não existe retorno se algum erro for cometido. No caso de um inocente ser condenado e ter sua mão ou seus pés decepados, acabou, já era, não existe retorno. O inocente ficaria aleijado para sempre. Agora, mesmo que a pessoa fosse culpada de um crime, cortar a mão é algo tremendamente idiota, porque não dá oportunidade da pessoa se recuperar.
Vou dar aqui um exemplo real, sem claro, citar nomes. Um contador, tentando resolver seus problemas financeiros, desviou dinheiro de uma empresa da qual ele fazia a contabilidade. Ele foi descoberto e condenado. Se ele tivesse sido condenado segundo a lei islâmica ele teria se tornado um aleijado, perderia pelo menos uma mão. Ao invés disso, ele foi condenado a um ano de prisão em um sistema semiaberto. Ele trabalhava durante o dia e de noite ficava na cela. Isso permitiu que ele continuasse trabalhando, sustentando a sua família, e tendo condições de restituir o dinheiro que ele havia desviado. Ou seja, ele foi punido e teve a oportunidade de se reintegrar à sociedade sem ter se tornado um peso para o sistema de saúde. Não se constrói uma sociedade aleijando os seus cidadãos.
Primeiro, corta-se a mão direita. Se roubar de novo, o pé esquerdo, para que a pessoa ainda continue tendo condições de trabalhar, de manusear, dando mais uma chance para ela.
Como é que é? Manusear o quê se a pessoa teve a mão cortada? E que chances um maneta ou um perneta teria no mercado de trabalho?
Meu Deus, vocês cortam a mão do ladrão? Não, a gente não corta a mão do ladrão. A Sharia ou a religião islâmica não corta a mão do ladrão. Quem corta a mão do ladrão é ele mesmo. É igual você colocar a mão numa serra. Você sabe que colocar a mão ali vai cortar a tua mão. Quem cortou foi a serra, não eu que coloquei a minha mão ali.
Essa é preciosa. quer dizer que a lei islâmica Sharia prescreve as punições, condena as pessoas a sofrerem essas punições, mas são os condenados que se aplicam a punição? Essa não entendi. A pessoa leva a sua mão para uma serra por livre espontânea vontade? Quer dizer então que no degolamento a pessoa a ser degolada pula de pescoço para cima da espada? A pessoa a ser açoitada, ela pula para cima do chicote, é isso? Não é o chicote que vai nas costas dela é o contrário? No apedrejamento de adúlteras, então, é a mulher que pula para cima das pedras, não são as pedras não são atiradas em cima dela? Vamos e venhamos, vocês me saem com cada uma!
Agora, vamos dar uma olhada na lei islâmica para ver que a coisa é ainda pior do que parece. A lei islâmica apresenta o conceito de enormidade. Enormidade é definida como qualquer pecado que implique uma ameaça de punição futura explicitamente mencionada pelo Alcorão ou hadice, uma penalidade legal prescrita (hadd) ou ser amaldiçoado por Alá ou seu mensageiro. Roubar é uma enormidade.
Lei islâmica p21.1* “Ala altíssimo diz, ladrões homens ou mulheres, cortem suas mãos em retribuição pelo que ganharam com uma punição exemplar de Alá.”
Lei islâmica Sharia p21.2* “O Profeta disse, Alá amaldiçoou o ladrão cuja mão é cortada por roubar uma corda.”
Cortar a mão por ter roubado uma corda? Isso é meio excessivo, não?
Uma outra enormidade é o chamado excesso na religião.
Lei islâmica Sharia p75.23*, segundo os exegetas, excesso na religião se refere ao extremismo de judeus em relação a Jesus ao acusar Maria de fornicação, e ao extremismo dos cristãos por considerar Jesus como Deus, pois tanto o excesso quanto a negligência são maus, e ambos podem ser incredulidade.
Veja bem, considerar Jesus como Deus dentro do conceito da Trindade, um Deus único em três pessoas, é um conceito fundamental do cristianismo. Mas o Islamismo considera isso como sendo incredulidade. Na verdade, o Islamismo considera isso como sendo a maior de todas as enormidades, que é atribuir associados a Alá altíssimo. A falta de compreensão, e mesmo de tolerância, do islamismo com respeito ao conceito cristão da Santíssima Trindade pode ser considerada como uma enormidade passível de punição. A lei islâmica chama isso de atribuir associados Alá, em árabe, shirk.
Importantes exegetas muçulmanos, como por exemplo ibn Kathir, chegam a dizer que lutar contra os judeus e cristãos é legal porque eles são idólatras e descrentes. Isso equivale a fazer guerra contra Alá e o seu mensageiro, e espalhar corrupção na terra. E qual é a punição para aqueles que são acusados de fazer guerra contra lá e espalhar corrupção na terra? É que eles sejam mortos ou crucificados ou tem uma mão e um pé cortado de lados opostos ou seja um banidos da terra (p22.1). De modo que não é apenas ladrão de galinha e inimigos políticos que tem suas mãos cortadas. Cristãos também são passíveis dessa punição apenas por expressarem o fundamento da sua fé.
E você sabe qual o motivo que obriga as mulheres muçulmanas a usarem véu e se cobrirem todas? Leia este artigo e você vai se surpreender.
* Ahmad ibn Naqib al-Misri (d. 769AH) ‘Umdat al-Salik (Reliance of the Traveller), The Classic Manual of Islamic Law, Amana Publications
\078(d)-Cortar-as-maos
Linda diz
Qual o nome do sheik que disse essas coisas?
José Atento diz
Eu fui recomendado a omitir isso.
Luís Fernando diz
Essa religião continua na barbárie.
Não evoluiu.
eu diz
“Com a volta da corrupção no Brasil”
A corrupção tinha acabado?
Taís diz
Seu blog é de extrema importância, ainda mais agora na era das influencers muçulmanas, o discurso atual é que elas sofrem preconceito religioso aqui no Brasil…mas não falam nada sobre as perseguições dos regimes islâmicos no mundo por ai