Este artigo (e vídeo) apresenta mais uma evidência de que vale tudo para propagar o islamismo, buscando-se falar aquilo que irá impressionar positivamente o islamismo dependendo do público para o qual a mensagem está sendo dirigida, independente se aquilo que está sendo dito é verdade ou não.
O vídeo mostra um muçulmano, sinceramente não quem é, que está aparentemente respondendo à pergunta:
O islam é contrário à democracia? Qual regime político está de acordo com o islam?
A resposta foi a seguinte:
Quando você conhece o sistema político e o sistema econômico do islão, você vai perceber que o islão é o conjunto das coisas boas que existem em todos os demais sistemas. É uma Terceira via.
Inicialmente a pergunta é se o islamismo é contrário à democracia. Conforme vimos em diversos artigos [1, 2, 3], diversas autoridades islâmicas, e estudiosos muçulmanos, afirmam que o islamismo não é um sistema político democrático porque as leis já foram estabelecidas por Alá e seu mensageiro Maomé, qual forma estabelece as suras 4:80 e 7:157 do Alcorão. O islamismo político está muito bem estabelecido através das escolas de jurisprudência islâmica, tanto aquelas que regem o mundo sunita bem como aquelas que regem o mundo xiita. O leitor interessado pode se referir às referências indicadas no final deste artigo.
Com respeito a resposta deste muçulmano, veja como ela é evasiva. Ele não se refere a democracia, que foi o tema da pergunta, mas sim ele diz que o sistema político e o sistema econômico do islamismo contêm todas as coisas boas que existem em todos os demais sistemas. Ora, basta uma análise muito rápida para verificar que isso não é verdade.
Do ponto de vista econômico, o modelo estabelecido por Maomé está descrito no capítulo 8 do Alcorão, que estabelece o modo pelo qual a pilhagem será distribuída. Neste capítulo, intitulado a pilhagem, Alá estabelece que 1/5 da pilhagem, o roubo dos bens dos káfirs, os não muçulmanos, pertence à Maomé. Pode-se considerar que na ausência de Maomé, esta percentagem da pilhagem passa a ser propriedade do califa, ou do emir, ou do governante muçulmano, como foi e tem sido ao longo da história islâmica. A lei islâmica sharia estabelece a chamada zakat [4], que é o imposto que cada muçulmano deve pagar ao estado Islâmico. O interessante é que uma parte da zakat deve ser redirecionada para financiar a jihad. E o que é a jihad? Conforme a própria lei islâmica, jihad significa guerra para espalhar a religião islâmica (leia mais sobre a jihad nas referências indicadas no final deste artigo [5, 6]). E, finalmente, a lei islâmica sharia estabelece o quanto judeus e cristãos que vivem em um estado governado pela lei islâmica devem pagar de imposto: 50%. Este pagamento, chamado de Jizya, foi estabelecido pelo próprio Maomé quando ele conquistou, de forma brutal e sangrenta, o Oásis de Caibar [7]. A Jizya foi sacramentada por Alá na sura 9:29 do Alcorão. Ela também faz parte das Condições de Umar [8], que definem o status de cidadão de terceira classe que judeus e cristãos possuem sob um estado Islâmico [9], incluindo como eles devem se vestir de modo diferente dos muçulmanos a fim de serem identificados por esses. se você pensa que Hitler foi o primeiro a mandar judeus se vestirem diferente você está enganado. Isso começou com os estados islâmicos, incluindo tanto judeus enquanto cristãos.
Eu não sei a sua opinião, mas para mim um sistema econômico baseado na pilhagem, no financiamento da máquina de guerra da jihad, e da taxação exorbitante de cidadãos de segunda classe (neste caso cristãos e judeus) pode ser chamado de “coisa boa que existe em todos os sistemas econômicos.” Se isso é ser uma terceira via, como o muçulmano do vídeo disse, é uma terceira via tortuosa e ruim.
Do ponto de vista político, o modelo estabelecido por Maomé, sacramentado por Alá, e consolidado da lei islâmica sharia, se baseia na desigualdade de direitos entre homens e mulheres muçulmanos, na desigualdade de direitos entre muçulmanos e os káfirs (os não muçulmanos), e na aplicação contínua de punições brutais.
Por exemplo, o homem muçulmano pode ter 4 esposas simultaneamente (Alcorão 4:3) e pode se divorciar delas a qualquer momento e por qualquer motivo bastando para isso dizer 3 vezes a palavra mágica talaq [10]. A mulher muçulmana só pode ter um marido, e precisa ter motivos muito bons para ter um divórcio concedido a ela. O homem muçulmano também pode ter escravas sexuais referidas no Alcorão 4:3 como “as mulheres que a sua mão direita possui.” Além disso, o homem muçulmano pode ainda tirar proveito do chamados casamentos temporários, geralmente arranjados pelos clérigos muçulmanos.
Outros exemplos de desigualdade entre os sexos são:
- Direitos de herança: à mulher cabe a metade da parte do homem (Alcorão 4:11, Alcorão 4:176)
- O testemunho de duas mulheres equivale ao testemunho de um homem (Alcorão 2:282)
- As esposas podem apanhar (Alcorão, 4:34)
- As mulheres só podem se casar com um muçulmano. Os homens muçulmanos podem se casar com quaisquer mulheres, sejam muçulmanas ou infiéis (Alcorão 2: 221)
E isso é apenas a ponta do iceberg [11]
Com respeito à desigualdade de direitos entre muçulmanos e não muçulmanos em geral, e ao tratamento de cristãos e judeus como cidadãos de terceira classe segundo a lei islâmica, em particular, a chamada dimitude [9], isso faz parte da estratégia de sufocar as minorias religiosas, tornando suas vidas tão miseráveis que a única solução seria se converter ao islamismo para se livrar da perseguição.
E ainda existe o tratamento daqueles que desejam deixar a fé islâmica [12], cuja punição é a morte, e o tratamento dos homossexuais [13], cuja punição é, adivinhe, também a morte.
Tem muito mais [14, 15], mas vou parar por aqui. Mas esse assunto é muito importante e eu estou listando diversas referências no final deste artigo. Não deixe de consultá-las!
Com sinceridade, eu não conheço legislação alguma no mundo que discrimine tanto as mulheres e as minorias religiosas, e que queira matar homossexuais e ex-adeptos da religião tanto quanto o islamismo. A rigor, o islamismo é contrário a todos os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Apenas muçulmanos fervorosos defendem isso. Eles não têm escolha. Essa é a lei de Alá. Islão significa submissão à lei de Alá. Por causa disso, não existe democracia no islamismo.
Não deixe de ler:
Direitos das Mulheres sob o islão
Lei Islâmica (Sharia): resumo do que não presta
Referências
1. Democracia e Direitos Humanos são anti-islâmicos
2. Democracia é anti-islâmica até mesmo no Brasil
3. No islamismo, não existe separação entre Estado e Religião
4. O que é a zakat, o dízimo islâmico
5. Jihad: como definida pela lei islâmica
6. Jihad, como explicada por autoridades islâmicas
7. Islã é Paz? A conquista militar e subjugação dos judeus de Kaibar por Maomé e seus jihadistas (capangas)
8. As “Condições de Umar” impostas sobre os dhimmis
9. Dimi, Dimitude, Jizya. A humilhante vida de um não muçulmano regido pela lei islâmica (Sharia)
10. Índia proíbe “talaq triplo”, o ‘divórcio instantâneo islâmico’ – muçulmanos clamam ‘islamofobia’
11. Direitos das Mulheres sob o islão
12. Apostasia
13. Gays sob o islão – Teologia e Exemplos
14. Lei Islâmica (Sharia): resumo do que não presta
15. Lei islâmica (sharia) para os não-muçulmanos
\061(e)-Dawa-Brasil-Q&A-Sharia&Democracia