É sempre salutar quando muçulmanos dizem a verdade abertamente. Este é o caso do artigo Jihadistas são todos os muçulmanos, escrito pela professora Francirosy Campos Barbosa, no blog Caros Amigos, e republicado em Academia.
Francirosy é professora de Antropologia do Departamento de Psicologia Social da USP, Campus de Ribeirão Preto. No seu perfil no Twitter, ela se apresentava como “Antropóloga, professora da USP de Ribeirão Preto. Pesquisadora de Comunidades Muçulmanas. Esquerda Militante. Feminista. Antisionista. Muslim.”
O seu perfil da FAPESP indica que ela fez um Pós Doc em Teologia Islâmica na Universidade de Oxford, sob a supervisão de Tariq Ramadan.
Tariq Ramadan é neto de Hassan al-Banna, o fundador da Irmandade Muculmana no Egito. Ele é conhecido por suas posições duplas, sendo acusado de ter dois discursos, um moderado destinado aos europeus, e outro fundamentalista quando expresso em árabe. O seu modo de atuação já foi tema de um livro, Brother Tariq, The Doublespeak of Tariq Ramadan (Irmão Tariq, o discurso duplo de Tariq Ramadan), escrito por Caroline Fourest em 2008. Segundo a autora, Ramadan, como seu avô (Hasan al-Banna), promove o fundamentalismo rígido e pode ser precisamente classificado como “um líder de guerra.” Recentemente, ele defendeu os ataques jihadistas em Bruxelas. Mais informações sobre Tariq Ramadan podem ser encontradas aqui.
Talvez, seja difícil ainda para jornalistas e outras pessoas entenderem o conceito de Jihad, traduzido equivocadamente como Guerra Santa (em referência às Cruzadas). A palavra Jihad vem da palavra árabe ja-ha-ba que significa esforço, empenho, dedicação, tanto que a palavra Ijtihad, um dos termos da Jurisprudência Islâmica, significa esforço intelectual. São dois os principais conceitos de jihad: jihad nafs (esforço individual, aquele que vai lidar com o ego de cada muçulmano para que se esforce a ser uma pessoa melhor), jihad como guerra (qital), quando o muçulmano tem que se defender, resistir às invasões, às agressões, ao colonialismo, como podemos ver na Palestina, que resiste a tanta violência promovida pelos sionistas israelenses. Essa é a sua Jihad, resistir aos ataques e à violência perpretada há mais de 60 anos em suas terras. Eles jamais vão se render à violência, vão resistir, porque a resistência é alcorânica, o direito à defesa é alcorânico.
Lei islâmica o9.0: Jihad significa guerra contra não-muçulmanos, e é etimologicamente derivada da palavra mujahada que significa guerra para estabelecer a religião. Esta é a jihad menor. Quanto à jihad maior, esta é a guerra espiritual contra o eu interior (nafs) …
داھج jihād fight, battle; jihad, holy war
(against the infidels, as a religious duty)
Estão em discordância até com o próprio termo que significa ISLAM, que é paz.
ماسا islām submission, resignation, reconciliation (to the will of God); — ماساا the religion of Islam; the era of Islam; the Muslims
A professora termina o seu artigo com as seguintes palavras:
Reafirmo que todos os muçulmanos são jihadistas, pois é obrigação de todos o esforço, a dedicação e o empenho em suas atividades. Se se perguntar a um professor muçulmano qual é a sua jihad, ele dirá que é ser um professor melhor a cada dia. Se se perguntar a um médico, advogado, pedreiro, agricultor, todos vão dizer que a sua jihad é se dedicar em fazer sua atividade cada dia melhor e se empenhar em serem seres bons muçulmanos. Esta é a jihad maior de todo muçulmano.
Está faltando um pouco, ou muito, de jihadismo em alguns jornalistas para compreender a diversidade ímpar que são as comunidades islâmicas no Brasil.
Francirosy Campos Barbosa
\Islamizacao do Brasil – 2016 Francirosy Todo Muslo e Jihadista
Ela é a tipica brasileira(o) q se ilude fácil e não questiona nada. Fica deslumbrada com uma cultura diferente da nossa e, por ser diferente, acha bonito. Por causa dos ignorantes q as coisas não melhoram nesse mundo.
A Professora Pós-doutora Francirosy estuda o Islã e a cultura árabe há décadas. Obviamente que podemos divergir de suas ideias, mas chamá-la de brasileira típica deslumbrada, escondendo-se atrás da alcunha "anônimo" é, no mínimo, falta de informação.
Muita agressividade e raiva gratuita, fiquei passada com a quantidade de ódio numa página só, SubhanaAllah
Distinto jihadista anônimo. Você poderia ser mais específico e indicar onde o ódio se encontra? Grato.