O “talaq triplo” é um ordenamento jurídico do Alcorão que permite que um homem se divorcie instantaneamente da esposa (seja ela a primeira, segunda, terceira ou a quarta), apenas dizendo a ela (seja por voz, por texto, por e-mail) “eu me divorcio” três vezes. A mulher não tem apelação! Mas o pior é que se por qualquer motivo o marido se arrepender e quiser ter a ex-esposa de volta, ele só poderá reavê-la se ela se casar com um outro homem, consumir o casamento, e se divorciar dele (ou seja, apenas se o novo marido quiser – o desejo da mulher é irrelevante!). Atenção: a mulher não tem o direito a pronunciar o talaq triplo, apenas o homem!
Texto da Associated Press, via Boolmberg:
O governo da Índia aprovou nesta quarta-feira uma portaria para implementar uma decisão da Suprema Corte que derruba a prática muçulmana que permite que os homens se divorciem instantaneamente.
Esta decisão do governo foi tomada como consequência do Parlamento indiano não ter legislado um ano depois da corte ter determinado que a prática de permitir que os homens se divorciassem simplesmente pronunciando a palavra árabe para divórcio – “talaq” – três vezes, violava os direitos constitucionais das mulheres muçulmanas.
A maioria dos 170 milhões de muçulmanos na Índia são sunitas, governados pela Lei Islâmica para questões e disputas familiares. As leis incluem permitir a prática, conhecida como “talaq triplo”, pela qual os homens podem se divorciar simplesmente dizendo a palavra talaq três vezes – e não necessariamente consecutivamente, mas a qualquer momento, e por qualquer meio, incluindo telefone, mensagem de texto ou postagem em mídias sociais.
O governo terá mais seis meses para obter aprovação do Parlamento para que a portaria se torne lei. Mas enquanto isso, aqueles que a violarem podem ser processados sob a portaria.
A Índia está fazendo o que toda sociedade não-muçulmana deveria fazer: defender sua própria integridade social e cultural. Ou seria a submissão o único caminho para evitar que sejamos chamados de “islamofóbico”?
Mas, uma vez que o triplo talaq está no Alcorão, é certo que os gritos de “islamofobia” e os protestos contra esta decisão jurídica que iguala os direitos de homens e mulheres iam ocorrer, e eles não demoraram (com a taquia de sempre).
O artigo Clérigos muçulmanos se opõem à nova ordenança traz críticas à decisão do governo por parte de duas organizações islâmicas. Uma é a Imarat Shariah, que acusa o governo central de interferir na lei pessoal muçulmana, baseada no Sharia (Alcorão e Hadith). A outra organização é a Maulana Shamimuddin Munami, do Sajjad Nashin Khanqah Munamia, que também se opôs ao decreto e o chamou de golpe político. Eles ainda afirmam que (pasmem) as mulheres têm mais direitos no Islã do que em qualquer outra religião.
A questão toda é a qualidade dos direitos que a lei islâmica oferece às mulheres. Leia o artigo Direito das mulheres sob o islão, que os resume, e tome as suas próprias conclusões.
Eis a base corânica do talaq triplo no Alcorão:
“O divórcio é duas vezes. Então, mantenha-a de maneira aceitável ou liberte-a com um bom tratamento. E não é lícito que você aceite qualquer coisa que você tenha dado a menos que ambos temam que eles não sejam capazes de manter os limites de Alá. Mas se você tem medo de que eles não guardem os limites de Alá, então não há culpa sobre nenhum deles em relação àquilo pelo qual ela se resgata. Estes são os limites de Alá, então não os transgridas. E quem transgrede os limites de Alá, são aqueles que são os malfeitores. E se ele se divorciou dela três vezes, então ela não lhe é lícita depois, até que ela se case com outro marido que não ele. E se o último marido se divorciar dela, não há culpa da mulher e de seu ex-marido por retornarem um ao outro se acharem que podem manter os limites de Alá. Estes são os limites de Alá, que Ele deixa claro para um povo que conhece. ”(Alcorão 2: 229-230)
\Talaq-triplo-India-proibe-Muslos-gritam-islamofobia
Anônimo diz
Elas estão á mando dos machos, é claro.
Unknown diz
José como estamos em ano eleitoral você poderia falar sobre os candidatos a presidente é suas propostas ou opiniões sobre o islamismo