Qassem Soleimani era general da Guarda Revolucionária Iraniana, uma divisão primordialmente responsável por operações militares clandestinas fora do Irã. É um grupo terrorista, reconhecido como tal por dezenas de países no mundo. Os líderes ocidentais o consideravam central nos laços do Irã com grupos terroristas, incluindo o Hezbollah e o Hamas. Soleimani tinha assumido um papel central na política atual no Iraque e, deste modo, era detestado pelos iraquianos, que se manifestam há meses contra um governo que eles consideram uma fachada do Irã.
A trajetória de Qassem Soleimani é banhada de sangue, até mesmo na América do Sul, com o atentado contra a AMIA (Asociação Mutual Israelita Argentina) em 1994. Fontes judiciais argentinas destacaram a homenagem que Soleimani fez a Moughnieh, o cérebro do grupo Jihad Islâmica, do Hezbollah, que armou o carro-bomba com 300 quilos de amonia usado para explodir a AMIA, matando 85 pessoas.
Qassem Soleimani, esse homem baixo e silencioso, foi um dos assassinos em massa mais vis da história moderna. Ele participou da fundação do Hezbollah, ajudou o Hamas a controlar Gaza, ajudou Assad no massacre de centenas de milhares de pessoas e autorizou o assassinato de judeus em todos os lugares, da Bulgária a Buenos Aires. Centenas de israelenses e americanos foram mortos por sua ordem, inclusive no conhecido ataque contra a embaixada americana em Benghazi, em 2012. Esta manhã, um avião militar americano com seu nome aguardava sua chegada ao Aeroporto Internacional de Bagdá. Ele havia declarado guerra aos Estados Unidos no dia anterior ao atacar a embaixada americana em Bagdad, matando um americano. No dia seguinte, ele encontrou o seu destino.
O vídeo do analista Rodrigo Constantino, explica bem a situação que levou Soleimani à sua morte e as possíveis implicações.
Enquanto iranianos celebram a morte de Soleimani (como em Nova York), ou são agredidos por partidários do regime islâmico (como nas ruas de Toronto), no Brasil, alguns muçulmanos vão celebrar a morte do “mártir Soleimani” e do “mártir Al-Muhandes” (um outro psicopata assassino que também acabou morto – líder do Hezbollah). O evento estava sendo promovido pelo grupo Centro do Iman Al Mahdi de Diálogo no Brasil. A narrativa é 100% islâmica. Ao usar a palavra mártir, e um verso do Alcorão e um dizer (hadice) de Maomé, este grupo se solidariza com o terrorismo a nível internacional praticado pela República Islâmica do Irã. O Alcorão define o mártir islâmico como aquele que mata e morre:
Lembre-se disso. O mártir islâmico mata!
Nada de se estranhar vindo de um sistema político-religioso (din) formulado a partir de um Senhor da Guerra (Maomé), cujo império foi forjado por conquistas militares e subjugação dos povos conquistados.
Veja que, mesmo no Brasil, associa-se terrorismo como algo que agrada a divindade do islamismo: Alá.
Mas que muçulmanos pensem assim, ainda vai, pois afinal eles são doutrinados para isso. Mas que cristãos caiam neste engodo? Caramba!
Veja o que aconteceu no Canadá. Uma líder religiosa (pastora?) da Igreja Unida do Canadá (que é um antro do Marxismo Cultural neste país), Karen G Rodman, também organizou uma vigília para os mártires (isso mesmo). A inculturação e a submissão da Esquerda canadense é tamanha que eles já adotaram o mesmo linguajar e atitudes dos jihadistas islâmicos!
Enquanto isso, parabéns ao ministro Ernesto Araújo pelo posicionamento do Brasil com respeito aos “acontecimentos no Iraque e a luta contra o terrorismo.” O primeiro parágrafo da nota já dá o tom:
Ao tomar conhecimento das ações conduzidas pelos EUA nos últimos dias no Iraque, o Governo brasileiro manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo e reitera que essa luta requer a cooperação de toda a comunidade internacional sem que se busque qualquer justificativa ou relativização para o terrorismo.
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a-imprensa/21184-acontecimentos-no-iraque-e-luta-contra-o-terrorismo
PS. E já que eu mencionei Bengazi, vale a pena assisitir ao filme 13 Horas, os soldados secretos de Bengazi, que descreve o ataque à embaixada americana em Bengazi, descrita por quem participou da defesa da embaixada.
Eu irei encerrar este artigo com um link para uma discussão muito oportuna que ocorreu no programa Os Pingos nos I’s. É longo (49 minutos) mas vale à pena pois fazem uma discussão muito abrangente.
Todas as decisões militares iranianas na América Latina passaram por Soleimani
A repercussão positiva da morte de Soleimani – e sua conexão com a América Latina. (Intervencionistas)
\Iran-2020-Morte de Qassem Soleimani, sanguinário líder da Força Quds iraniana, celebrada no Brasil (e Canadá) 2019-2020