José Atento
A propaganda islâmica, usada por muçulmanos, e também por apologistas, é que a mulher sob o islão desfruta de um patamar inimaginável para as mulheres do resto do mundo. E para tal eles MENTEM.
Listo abaixo as declarações que são utilizadas em vídeos, blogs e na mídia social, que dão bem o tom do discurso tortuoso de quem pretende distorcer os fatos para enganar os menos cuidadosos. São sempre frases de efeito tentando mostrar um islamismo sanitizado e totalmente diferente do que estabelece a lei islâmica (Sharia) e diferente do que a prática da Sharia nos mostra. As declarações enganosas são apresentadas em vermelho, e o meu comentário vem se seguida.
“Deus (Alá) confirmou que a mulher é um ser humano completo, dotada de corpo e alma, e a igualou ao homem na prática religiosa e na recompensa da outra vida…”
Até onde eu saiba, todas as religiões consideram a mulher como ser humano dotado de corpo e alma. E daí? Isso não é novidade. Mas o problema no islão é que as mulheres ficam sempre atrás do homem nas mesquitas, ou algumas vezes mesmo no porão das mesquitas. Isso para mim não é igualar homens e mulheres em prática religiosa. O famoso comentarista Ibn Kathir diz (sobre o Alcorão 4:34):
“Homens são superiores às mulheres, e um homem é melhor que uma mulher.”
Um outro comentarista, Razi, diz:
“O homem é mais perfeito que a mulher na criação, e em inteligência, e na esfera religiosa, como na competência de ser um juiz, e um líder na oração.”
Ainda quanto à prática religiosa, existem algumas opiniões importantes de Maomé sobre as mulheres muçulmanas que vale a pena deixar registrado:
Maomé disse a um grupo de mulheres: ‘Eu nunca ví ninguém mais deficiente em inteligência e religião do que as mulheres’ (Bukhari, 1, 14, 301).
Uma mulher fica perto da face de Alá quando ela se encontra dentro da sua casa. E a oração de uma mulher dentro de casa é melhor do que a sua oração na mesquita (Ghazali, Kitab Adab al-Nikah, p. 65)
Uma mulher, um jumento e um cachorro atrapalham a oração (Muslim, 4:1034).
Quanto à recompensa na outra vida, no bordel, digo, paraíso islâmico, enquanto que os homens vão desfrutar das 72 virgens de seios volumosos, além dos meninos, as mulheres vão ficar dentro de casa esperando a sua vez, recatadas e puras.
“A mulher muçulmana não só tem o direito, mas também o dever de estudar e procurar o conhecimento”
“A mulher pode exercer qualquer função que não vá contra os princípios do Islam, que não agrida a sua natureza feminina e que não a ocupe totalmente, fazendo com que descuide da família, pois isso causa sérios prejuízos ą sociedade, pois acarreta na não educação materna, no abandono dos filhos que serão entregues as “mães artificiais”.
“No Islam, a mulher tem o direito de ser sustentada pelo pai, irmão ou marido, visto ser uma injustiça querer que ela trabalhe dentro e fora de casa.”
Eu agrupei as três afirmações acima porque elas se contradizem. Vejamos. Primeiro, diz-se que a mulher tem o direito e o dever de estudar e procurar o conhecimento (sem mencionar que conhecimento é este). Essa frase se contradiz com a frase seguinte que indica que as funções que a mulher pode exercer não devem impedir que ela se descuide da família. E, finalmente, a terceira frase que diz que a mulher deve ser sustentada pelos seus parentes homens, sendo uma injustiça que ela trabalhe fora de casa.
Para mim, fica claro com estas frases, colocadas em conjunto, que o papel da mulher muçulmana é o de ser mãe e dona-de-casa. Eu não vejo problema algum que mulheres façam a escolha de serem mães e donas-de-casa. Mas elas devem ter o direito de escolher outras atividades! E as mulheres que preferem desenvolver uma vida profissional fora das atividades domésticas? E os homens de hoje que acabam sendo mais “domésticos” do que as mulheres? E as mulheres que não desejam se casar?
Novamente, o problema com o islão é que ele aceita apenas o que ele define. No islão, falta a liberdade de escolha.
Agora, apenas um detalhe. Maomé inventou o islão com 3 motivos: criar um exército para conquistar Meca, enriquecer, e satisfazer seus desejos sexuais. O papel da mulher muçulmana, desde o tempo de Maomé, passando pelos califas, e até os dias de hoje, é o de ter filhos e criá-los, de modo a manter o influxo de soldados para lutarem na jihad. Os homens iam para a guerra e morriam. Os que voltavam se casavam com as mulheres excedentes (poligamia), garantindo a geração de mais filhos muçulmanos (mais soldados). E nas terras conquistadas, os homens se casavam com as mulheres infiéis conquistadas (poligamia), garantindo a geração de mais filhos muçulmanos (mais soldados). Isso se chama: Jihad Demográfica. Ainda sendo usada nos dias de hoje no Ocidente, visando garantir maioria para poder exigir a implementação a lei islâmica.
“A mulher no Islam têm direito a herança.”
Isso é verdade, porém com restrições. A lei islâmica prescreve que “a parte do homem deve ser duas vezes maior do que a parte da mulher.” E sem esqueçer que, em caso de divórcio, a guarda dos filhos pertence ao homem.
A lei islâmica prescreve isso, e, para os muçulmanos de verdade, isso é perfeito e final, pois advém de Alá e das tradições de Maomé (Suna).
“A mulher tem o direito de escolher com quem irá casar.”
Isso não é verdade.
(1) Para começar, um mulher muçulmana pode se casar apenas com muçulmanos! Isso já limita este direito de escolha, não é verdade?
(2) Mas existe um outro problema. O islão define, e a Sharia regulamenta, a segregação entre os sexos, seja nas mesquitas, seja nas escolas, seja no dia-a-dia da mulher muçulmana. E a lei islâmica ainda prescreve que a mulher deve sair de casa com a companhia de um chaperone para evitar contato com homens fora do círculo familiar. Isso faz com que o contato com o sexo masculino seja muito reduzido. A consequência disso é a grande incidência de casamentos entre parentes próximos, geralmente primos. E muito desses casamentos são arranjados, de modo que a mulher não tem outra escolha senão a de aceitar a escolha familiar.
(3) Além disso, a Sharia define que a escolha do marido é uma prerrogativa do guardião!
m2.2 Permissão para casar é dada pelo guardião legal, mesmo que a mulher não tenha dado a sua permissão.
(4) E, ainda existe um outro problema, o dos casamentos precoces. Como não existe limite de idade para o casamento na lei islâmica, é comum que meninas ainda pequenas se casem com homens adultos, muitas vezes com idade para serem seus avós. É claro que estas crianças não têm discernimento e nem direito de escolha. De modo que quanto mais islâmicamente devoto é o ambiente ou a família da muçulmana, menores as chances da mulher ter direito de escolher com quem ela irá se casar.
“O Islam garantiu ą mulher o direito ao prazer sexual”
Na verdade, o islão garantiu à mulher o direito de ser um objeto sexual do homem. Senão, vejamos.
(1) A lei islâmica prescreve a remoção do clítoris. Vamos e venhamos que sem o clítoris o prazer feminino se reduz ao nada.
(2) O marido tem direito a ter relações sexuais a hora que ele quiser. Ou seja, a mulher muçulmana tem que estar “ligada” o tempo todo, ou ela vai ter relações sexuais indesejadas.
(3) O marido pode estuprar a esposa.
(4) O marido pode “educar a esposa”, seja admoestando-a, seja isolando ela em algum cômodo da casa, ou seja batendo nela, com uma varinha que tem até nome.
O Mensageiro de Alá disse: Sempre quando um homem chamar a sua esposa para a cama, e ela recusar, e ele passar a noite de mal humor, os anjos irão amaldiçoá-la até que ela se levante pela manhã (Mishkat al-Masabih, English translation, Book I, Section ‘Duties of husband and wife’, Hadith No. 61)
O Profeta disse, “Nenhum de vocês deve açoitar a sua esposa como se açoita um escravo, e depois querer ter relação sexual com ela ao final do dia (Bukhari Volume 7, Book 62, Number 132).
A promessa de “virgens de peitos volumos” no paraíso islâmico reforça a visão de que a mulher é nada mais do que um objeto sexual.
“No Islam, é estabelecido o casamento como único entre homem e mulher.”
Correto. A mulher apenas pode apenas se casar com um único homem. Porém, o homem pode se casar com até 4 mulheres simultaneamente (pode ter mais mulheres caso se divorcie e se case de novo), pode ter sexo com mulheres que a “sua mão-direita possuir” (escravas sexuais), pode usufruir do casamento temporário (desde que pague a noiva temporária – a prostituta, e pague ao imã que celebra o casamento – o cafetão).
Considerando que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu Artigo I, diz que todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos, a conclusão lógica é que o islão é arcáico, misógino e contra os direitos humanos das mulheres.
“A posição da mãe é três vezes superior a do pai”
Eu não sei de onde vem esta afirmação. O que eu sei é que, no islão, o homem é superior à mulher.
“Os homens têm autoridade sobre as mulheres porque Alá fez o homem superior à mulher” (Alcorão 4:34).
Na página 36 do livro, A Mulher e o Islamismo, Ahmed Zaki Tuffaha escreveu: “Alá estabeleceu a superioridade do homem sobre a mulher pelo verso acima (Sura 4.34), o que não permite a igualdade entre o homem e a mulher. Porque aqui o homem está sobre a mulher devido à sua superioridade intelectual.”
Aisha (a criança que foi forçada a se casar com Maomé) disse para Maomé: “Você nos fez as mulheres serem iguais aos cães e aos jumentos” (Muslim 4, 1039).
“O uso do véu não é uma invenção do Islam.”
Isso é verdade, mas o problema não reside aí. As mulheres de diversas civilizações, ao longo da história, têm se vestido de maneira diferente. Por exemplo, a mulher chinesa, ao longo dos séculos, nunca foi chegada a usar um véu. As mulheres da África Negra não usavam véu algum bem como tinham os seios de fora. As hindús, cobriam a cabeça com um véu longo mas deixavam as costas à mostra. No Egito Antigo, era um véuzinho chinfrin, talvez apenas para proteger do sol. Na Grécia e Roma antigas, não existia esta neurose de esconder os cabelos. A Europa medieval herdou do cristianismo a tradição do véu, mas ele nunca foi algo compulsório, e foi caindo em desuso com o passar do tempo.
Isso é evolução.
No islamismo, a coisa toda se engessa em virtude da inviolabilidade do Alcorão e da Suna (tradições) de Maomé. De modo que, sim, o islão não inventou o véu. Mas o islão é a única ideologia do mundo que o defende com unhas e dentes, a ponto de ameaçar fisicamente, e levar a cabo as ameaças, as mulheres que não desejam usar o véu ou viver cobertas por verdadeiras “barracas ambulantes.”
“A mulher muçulmana também pode votar … ela teve este direito há 1400 anos.”
Na verdade, essa é uma outra afirmação vazia, porque a democracia é algo anti-islâmico. Senão vejamos. O clérigo saudita Muhammad Musa al-Sharif, em entrevista a TV al-Daleel, em 19 de Fevereiro de 2010, disse existir uma prominência da lei islâmica sobre as leis feitas pelos seres humanos. A lei de Alá, a Sharia, a lei islâmica, deve governar o mundo. Toda a lei que não segue a Sharia é anti-islâmica. Logo, não existe eleição para definir as leis.
Outro tipo de eleição seria para eleger o Califa. Mas a história islâmica nos mostra que as sucessões dos califas sempre foram sangrentas, um golpe dentro do outro. Bem, não existiram eleições aqui também.
Ora bolas, se não existe eleição, que negócio é esse de “direito de votar obtido há 1400 anos”?
“O Alcorão eleva a condição da mulher e a valoriza devolvendo a mulher o lugar que lhe é de direito no seio da sociedade.”
Esta frase traduz bem o supremacismo islâmico, que tenta passar uma idéia de que antes do islão tudo era ruim, e que a partir do islão tudo melhorou, e que não existe nada mais correto do que o que foi codificado na Sharia. O fato é que o islão engessa tudo a padrões de comportamento da Arábia, Século Sétimo (e nós estamos no Século Vinte e Um).
Eu vou mencionar alguns termos que definem bem o que o islão define como “direitos da mulher”: remoção do clítoris, estupro marital, crime de honra, menor porção da herança para a mulher, estupro é culpa da mulher, segregação entre os sexos, poligamia, pedofilia, ser fábrica de filhos.
A chave do sucesso da mulher muçulmana é resumida por:
Todas as mulheres que ao morrerem tiverem o marido satisfeito com elas entrarão no Paraíso (Mishkat al-Masabih, English translation, Book I, Section ‘Duties of husband and wife’, Hadith No. ii, 60).
Ou seja, para garantir o paraíso, elas precisam fazer tudo o que o marido deseja de modo a satisfazê-lo plenamente.
Palavras finais
Termino este meu artigo mencionando uma frase de Clarisse Lispector, mencionada no Facebook “Manifesto pela Honra Libanesa”
“Porque há o direito ao grito, então eu grito.”
É bom viver no Brasil onde existe o “direito ao grito,” pois nos paraísos islâmicos, regidos pela lei islâmica Sharia, este direito ao grito não existe.
Leia mais em:
Vanessa diz
Nunca pare esse trabalho maravilhoso, recompensas virão. 🌹