A obra-prima A Divina Comédia, de Dante Alighieri, descreve o inferno colocando Maomé dentro dele como uma pessoa que causou discórdia e separou as pessoas. Por conta disso, Maomé tem o seu peito cortado (separado) sistemáticamente. A obra foi escrita no século XIV. Agora, no século XXI, a obra é taxada de racista e islamófoba, e publicar alguma menção sobre Maomé no inferno de Dante é algo próximo a um crime. Sinal dos tempos.
Se existir algo parecido com o inferno, é razoável pensar que Maomé deve estar lá mesmo. Não apenas por ter dividido as pessoas e o mundo, gerando discórdia e cizânia, mas principalmente pelos crimes cometidos durante a sua vida (Maomé foi um Senhor da Guerra e terrorista, ladrão, assassino, mandante de assassinatos, pervertido sexual, pedófilo, mercador de escravos e pirata), alegando serem todos eles ações sancionadas divinamente, bem como pelos crimes que seus seguidores mais ardorosos cometem em seu nome, nos últmos 1.400 anos.
Dante tinha razão.
“A Divina Comédia” foi escrita pelo italiano Dante Alighieri (1265-1321) no século XIV, é considerada como uma obra-prima da literatura italiana e universal. Ela descreve a epopéia de Dante até o paraíso, passando pelo inferno e pelo purgatório, conduzido pelo espírito do poeta romano Virgílio. O inferno é dividido em círculos e abismos, nos quais os condenados se agrupam em função dos pecados cometidos. A descrição do inferno segue um padrão greco-romano.
No nono Abismo do oitavo Círculo do Inferno estão as pessoas que semearam discórdia. São aqueles considerados como hereges, que com a sua ação dividiram as pessoas. Eles estão andando em círculo, com seus corpos horrivelmente mutilados. No momento em que eles completam uma volta ao redor do círculo, suas feridas se costuram, apenas para serem abertas novamente e novamente.
Entre aqueles sendo punidos neste local está Maomé.
Inferno XXVIII, 19-42.
Os poetas estão no nono abismo do oitavo círculo,
o dos Semeadores de Discórdia,
cuja punição é serem mutilados.
Maomé mostra suas entranhas para Dante e Virgílio
enquanto do lado esquerdo está o seu sobrinho Ali,
sua cabeça aberta desde o queixo até topete.
Dois aspectos singularizam este canto: o primeiro deles é a pujança visual da descrição naturalista que Dante faz dos corpos mutilados daqueles que cumprem pena neste local do inferno. O outro aspecto é o linguajar algumas vezes rude empregado em alguns versos, por exemplo:
“Rasgado desde o queixo até onde se peida. Por entre as pernas pendiam os intestinos; apareciam as vísceras e o triste saco, que merda faz daquilo que se engole.”
Mas qual o motivo que levou Dante a apresentar Maomé como um semeador de discórdia? Maomé sempre dividiu as pessoas, primeiro entre aqueles que o aceitavam como profeta e o seguiam, e entre os demais. Se para os primeiros ele prometia como recompensa riquezas nesta vida e prazeres carnais na próxima vida, para os segundos ele amaldiçoava e prometia retaliação nesta vida e sofrimento eterno na próxima.
Maomé é o Apóstolo de Alá. Aqueles que o seguem são cruéis com os descrentes mas misericordiosos uns para com os outros (Alcorão 48:29)
Maomé dividiu o mundo entre a Casa da Submissão (Dar-al-Islam) e a Casa da Guerra (Dar-al-Harb). Na primeira, o islão reina supremo, enquanto que na segunda, os muçulmanos empreendem a jihad, por todos os modos, para derrotar os kufar (não-muçulmanos) e implantar o islão.
E Maomé introduziu uma divindade, Alá, que apenas ama aqueles que o seguem. Alá odeia quem o rejeita ou simplesmente ignora.
Sim, Maomé dividiu as pessoas e o mundo.
Quanto a Ali, assim como seu sogro Maomé, também criou uma cisão. Enquanto Maomé dividiu o mundo, Ali fez o mesmo, só que no âmbito do próprio Islamismo, pois sua reivindicação do califado não foi aceita por muitos, do que resultou a cisão entre sunitas e xiitas.
É claro que a descrição de Dante é alegórica e ficcional, apesar de ser precisa. Mas no mundo covarde e politicamente correto que vivemos, isso é irrelevante. Veja o que aconteceu na Europa.
Em 2006, Cesare Cavalleri, diretor da revista Studi Cattolici, publicou uma parte do Canto 26 de “A Divina Comédia”, na qual Dante descreve Maomé no inferno. Os muçulmanos criaram uma polêmica de tal ordem que integrantes do Opus Dei obrigaram o diretor do semanário a pedir pedir desculpa aos muçulmanos (Estadão).
Em 2012, o Telegraph da Inglaterra trouxe uma notícia com o título Divina Comédia de Dante é ofensiva e deve ser banida. Na notícia, uma consultora das Nações Unidas pedia que a Divina Comédia fosse banida a nível mundial por retratar Maomé no inferno. Acontece que a Divina Comédia também apresenta uns judeus e uns gays no inferno por serem, respectivamente, avarentos e contra a natureza. Não apenas isso, mas o inferno de Dante tem até um papa! Judeus, homossexuais e católicos não se sentem ofendidos com uma obra literária, notadamente uma da magnitude da obra de Dante.
Nos dias de hoje, Dante Aleghieri seria chamado de islamófobo, processado, ameaçado de morte, ou talvez até mesmo assassinado.
Vários artistas famosos criaram suas ilustrações próprias desta cena sobre Maome no Inferno de Dante. Em cada uma delas, Maomé é aquele com o torso aberto por um corte. Veja estas ilustrações abaixo.
Geradores de Discórdia, por Botticelli (1481)
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