A professora adjunta de artes liberais Erika Lopez Prater foi demitida da Hamline University, uma faculdade particular de artes liberais em St. Paul, Minnesota, depois que ela mostrou duas imagens de obras de arte islâmicas representando o Profeta Maomé para seus alunos em uma aula on-line no ano passado. Tecnicamente, ela não foi demitida. Ela teve negada a renovação do seu seu contrato. Mas o motivo foi esse.
O que aconteceu foi que ela exibiu duas obras de arte islâmica, dos séculos XIV e XVI, que são bastante conhecidas e disponíveis na Internet. As obras são uma representação bem conhecida de Maomé recebendo sua primeira revelação do anjo Jibril, em um manuscrito de Rashid al-Din, um estudioso e historiador muçulmano persa do século XIV, e uma ilustração turca otomana do profeta, do século XVI, em um texto escrito por Mustafa ibn Vali.
A decisão da Hamline privilegiou uma visão muçulmana ultraconservadora sobre o assunto, que coincide com o antigo clichê ocidental de que os muçulmanos são proibidos de ver imagens do profeta. Na verdade, representações de Maomé nas obras de arte islâmicas, e centenas delas existem, têm uma longa tradição, particularmente em regiões como a Pérsia, Turquia e Índia. Muitas dessas representações acompanharam manuscritos criados entre os séculos XIV e XX.
O interessante é que a professora notificou os alunos, por meio de comunicação escrita e verbal, de que a imagem seria mostrada, permitindo que os alunos desligassem seus vídeos durante a aula, se eles assim desejassem. A aula teria ocorrido em em 6 de outubro de 2022.
O que aconteceu foi que uma aluna muçulmana, Aram Wedatalla, presidente da Associação de Estudantes Muçulmanos da Universidade Hamline (MSA), que participou da aula on-line, reclamou com a administração da universidade posteriormente. E ele usou do jargão do marxismo cultural, se fazendo de vítima, para criar terror no coração dos descrentes (Alcorão 8:12). Na sua reclamação, ele disse “como muçulmano e negro, não sinto que pertenço e acho que nunca pertencerei a uma comunidade em que eles não me valorizam como membro, e eles não mostram o mesmo respeito que eu lhes mostro.”
Tal alegação seria prontamente ignorada em uma sociedade sadia. Mas não vivemos em uma sociedade sadia.
A direção da universidade decidiu realizar várias sessões de mediação com o MSA e consultores relacionados para resolver a situação. Em um anúncio posterior, a universidade determinou que a liberdade acadêmica “não deveria e nem poderia ser usada para desculpar comportamentos que prejudicam outras pessoas”.
A decisão de apresentar as imagens foi descrita como “indenizavelmente imprudente, desrespeitosa e islamofóbica” em um e-mail enviado pela vice-reitora da Hamline para estudantes de graduação
Repercussão
Uma carta aberta da Aliança da Liberdade Acadêmica (AFA) enviada para a universidade, descreve o tratamento da Universidade Hamline de seu ex-funcionário como uma “violação flagrante” da liberdade acadêmica, e que envia uma “mensagem assustadora” a outros professores. A professora foi “denunciada e finalmente demitida sem o devido processo.”
Uma carta aberta da Fundação para os Direitos e Expressão Individuais (FIRE), que advoga professores e estudantes, instou a universidade a reconsiderar sua decisão.
A Professora está processando a universidade por difamação e discriminação religiosa, por ela ter sido demitida e marcada como islamofóbica pela universidade.
A presidente da Universidade Hamline, Fayneese Miller, anunciou sua aposentadoria no próximo ano, como decorrência do modo desastroso que a sua administração tratou o assunto. Miller é presidente da universidade desde 2015. O professor de administração pública Jim Scheibel, que chefia o conselho da faculdade de Hamline, disse que, embora a faculdade pedisse a renúncia de Miller, o conselho de administração “determinou o futuro da presidente.”
Reflexão
O que aconteceu é apenas mais um exemplo de que uma considerável parte da sociedade nos países ocidentais, inclusive no Brasil, não perde tempo em se render e se curvar para qualquer reclamação feita por muçulmanos, vistos por eles como vítimas eternas.
Como se diz popularmente, se você quiser saber quem manda em você, basta ver quem você não pode reclamar, ou para quem você se curva automáticamente.
\EUA-Professora-demitida-por-mostrar-imagem-de-Maome
Luis Fernando diz
Quando a gente pensa que já viu de tudo dessa religião, agora aparece mais essa.
Sem comentários.