Eu procuro me ater ao islamismo como a ideologia política poderosa que é. A religião islâmica é apenas uma forma de enjaular os seus adeptos de modo a se tornarem propagadores da ideologia, prontos para mentir e para matar por ela. Mas, considerando que eles tentam “converter” pessoas para se juntar à sua causa política, e que dentro deste grupo encontram-se os cristãos (que são um número considerável no Brasil) eu criei uma série com recursos para ajudar os cristãos a rebaterem o discurso distorcido dos pregadores muçulmanos. Acredite: eles são treinados para isso nas mesquitas e madrassas.
Este artigo apresenta mais um exemplo de que vale tudo, até mentir, quando o objetivo é propagar o islamismo. Este conceito teológico islâmico chama-se taquia (taqiyya), e já foi discutido em artigos anteriores.
(Vídeo em Rumble, Odysee, YouTube, Bitchute)
Um dos argumentos que muçulmanos são treinados para usar contra cristãos, é de os acusar de serem pagãos, politeístas ou idólatras, por adorarem três deuses ao invés de apenas um, criando uma confusão proposital do conceito da trindade. Mas, na tentativa de criar confusão, eles acabam atirando no seu próprio pé.
Em uma discussão (live) apresentada no YouTube, um pregador islâmico, conhecido pelo codinome Jake The Muslim Metaphysician, disse que um acadêmico judeu, o Professor Benjamim Sommer, havia afirmado que o conceito de trindade é oriundo do paganismo da antiguidade. Só que o professor Sommer não diz nada disso. Pelo contrário, o professor Sommer diz que o modelo da trindade é uma ideia antiga no Oriente Médio, que aparece tanto no Antigo Testamento, quanto no misticismo judaico.
Ou seja, o pregador muçulmano distorceu as palavras de um acadêmico para satisfazer a sua narrativa. Ele usou da falácia lógica “apelo à autoridade” na certeza de que a maioria das pessoas não vai perder tempo verificando se aquilo que ele disse é verdade ou não.
Benjamim Sommer é professor da Bíblia e idiomas semíticos antigos na Universidade Hebraica de Jerusalém, e autor do livro The bodies of God and the world of ancient Israel (Os corpos de Deus e o mundo da antiga Israel), publicado em 2009 pela Cambridge University Press. O professor Sommer diz:
“Na verdade, uma das conclusões mais radicais a que cheguei, para minha própria surpresa quando estava escrevendo este livro, e isso não era absolutamente o que eu pretendia fazer porque, de várias maneiras que podemos discutir se você estiver interessado. Na verdade, estou um tanto desconfortável com minha própria conclusão aqui, mas como um estudioso, devo dizer como eu a vejo, uma das conclusões a que cheguei, para minha surpresa quando terminei este livro, é que nós, judeus, não temos objeções teológicas à doutrina da Trindade. Cheguei à conclusão de que nós, judeus, não temos o direito teológico de nos opor à Trindade. Teologicamente, acho que o modelo da Trindade é uma velha ideia do antigo Oriente Próximo que aparece no Tanakh (Antigo Testamento) e que, de uma maneira diferente, aparece também no misticismo judaico.”
Nós, judeus, não temos objeção teológica à doutrina da trindade.
— Benjamim Sommer
Benjamim Sommer demonstra a existência de uma fluidez na noção de monoteísmo.
Em uma citação do seu livro, Benjamim Sommer diz “Nenhum judeu sensível às próprias fontes clássicas do judaísmo, entretanto, pode culpar o modelo teológico que o cristianismo emprega quando admite a crença em um Deus que tem um corpo terreno, bem como um espírito santo e uma manifestação celestial, pois esse modelo, como vimos, é perfeitamente judeu.”
Nenhum estudioso neste campo afirma que essas crenças vêm do paganismo, eles estão dizendo que vêm diretamente da Bíblia hebraica.
Teologicamente, eu acho que o modelo da trindade é uma ideia antiga no Oriente Médio, que aparece no Tanakh (Bíblia), e aparece também de uma maneira diferente no misticismo judaico. Como acadêmico, eu devo descrever as coisas como eu as vejo.
— Benjamin Sommer
Mais um exemplo de outro estudioso judeu, o professor Daniel Boyarin, que leciona na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Ele escreve em seu livro chamado The Jewish Gospels (Evangelhos Judaicos): naquela época “haviam muitos judeus que acreditavam em algo parecido com o pai e o filho e até mesmo em algo parecido com a encarnação do filho no messias, uma época em que a questão da diferença entre o judaísmo e o cristianismo simplesmente não existia como agora. Jesus, quando ele veio, veio em uma forma que muitos judeus estavam esperando, uma segunda figura divina encarnada em um humano. A questão não era se um messias divino estava vindo, mas apenas se esse carpinteiro de Nazaré era aquele que esperávamos. Não surpreendentemente, alguns judeus disseram sim e outros disseram não. Hoje, chamamos o primeiro grupo de cristãos e o segundo de judeus. Não é um ramo judaico do paganismo. Essas são expressões judaicas da fé baseadas nas escrituras hebraicas.”
Existe um hadice que começa falando sobre como Maomé é como os profetas que vieram antes dele. Ele compara isso a alguém que constrói uma casa e está prestes a ser concluída, mas você precisa daquele tijolo final, aquela peça final daquela casa para fazê-la completa. Então, ele disse que eu sou o tijolo final. Portanto, Maomé está reivindicando ser a continuação dos profetas antes dele. Mas, se fosse verdade que o Islã é o cumprimento do que veio antes dele, então como ele pode se afastar da raiz judaica e da raiz cristã de coisas como as múltiplas pessoas de Deus?
Um parêntesis. Não é de hoje que muçulmanos atacam (por ignorância ou por má fé) o conceito da trindade, e acusam cristãos de idolatria. Se esse ataque se limitasse apenas a uma discussão teológica, ainda vai. O problema é que isso serve como justificativa de violência contra cristãos e judeus, tanto no passado quanto no presente.
Leia depois o artigo Tafsir diz que “lutar contra os judeus e cristãos é legal porque eles são idólatras e descrentes”.
The bodies of God and the world of ancient Israel
Benjamin Sommer, Cambridge University Press, 2009
The Jewish Gospels: The Story of the Jewish Christ
Daniel Boyarin, The New Press, 2013
\Recursos-Trindade-Jesus-é-Deus\Video-54d-Trindade-no-Judaismo–Sommer-Boyarin
jose valdemir da silva diz
Mas os muçulmanos acreditam na VERDADE DA TRINDADE BÍBLICA, corão 50:38.43.