José Atento
Não deve ser novidade para os leitores deste blog que existe um esforço em curso para a islamização gradativa a nível mundial, mas particulamente dos países mais poderosos e influentes do Ocidente, particularmente os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, com a certeza de que irá ocorrer um efeito cascata no resto do mundo. O principal meio de ação é baseado em propaganda (vendendo uma visão adocicada do islamismo) e demografia (imigração de muçulmanos, conversão, e conquista das mulheres infiéis para se casarem com homens muçulmanos e se converterem ou aceitarem que os filhos sejam criados como muçulmanos), tudo com o financiamento dos petrodólares e construção maciça de mesquitas e madrassas. (E isto está acontecendo no Brasil.)
Existem diversos planos para esta implantação. Por exemplo, a Irmandade Muçulmana tem como objetivo, desde 1991, penetrar no tecido social e do governo dos EUA, como apresentado durante o processo judicial contra a Holy Land Foundation, em 2007 (Clarion Project):
“A Ikhwan [Irmandade Muçulmana] deve entender que seu trabalho nos Estados Unidos é uma espécie de grande jihad buscando a eliminação e destruição da civilização ocidental por dentro e “sabotar” a sua casa miserável por suas próprias mãos e pelas mãos dos fiéis [muçulmanos] para que ela seja eliminada e a religião de Deus [Alá] seja feita vitoriosa sobre todas as outras religiões.”
É inacreditável pensar que em apenas algumas décadas os objetivos da Irmandade Muçulmana estivessem tão próximos de darem frutos. É claro que tudo foi facilitado pelo fato de que a Civilização Ocidental já estava em processo de enfraquecimento pelo Relativismo Cultural (mais conhecido pelo termo “politicamente correto”).
Uma outra visão pode ser resumida nas Sete Etapas Fáceis de como implantar um Califado Global como apresentadas no livro “Al-Zarqawi, al-Qaida Segunda Geração”, escrito pelo jornalista jordaniano Fouad Hussein, após entrevistar alguns dos jihadistas mais procurados do mundo. O que segue foi retirado de um artigo publicado na revista alemã Spiegel, em agosto de 2005, intitulado The Future of Terrorism: What al-Qaida Really Wants, escrito por Yassin Musharbash.
Um califado islâmico em sete etapas fáceis
Primeira Etapa: A primeira fase conhecida como “o despertar” – isso já foi realizada e durou de 2000 a 2003, ou mais precisamente a partir dos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 em Nova York e Washington até à queda de Bagdá em 2003. O objetivo dos ataques de 9/11 era provocar os EUA a declarar guerra ao mundo islâmico e, assim, “despertar” os muçulmanos. “A primeira fase foi julgada pelos estrategistas e cérebros por trás da al-Qaida como muito bem sucedido”
Segunda Etapa: A segunda fase conhecida como “Abrindo os Olhos” é o período de 2003 até 2006, período em que os terroristas esperam fazer a comunidade ocidental ciente da “comunidade islâmica”. Hussein acredita que esta é uma fase em que a Al-Qaeda quer uma organização para se transformar em um movimento. A rede está apostando no recrutamento de jovens durante esse período. Iraque deve tornar-se o centro de todas as operações globais, com um “exército” criado lá e bases estabelecidas em outros estados árabes.
Terceira Etapa: A terceira fase conhecida como “Surgindo e se levantando” e de 2007 a 2010. “Haverá um foco na Síria”, mas os quadros de luta já estão sendo preparados e alguns estão no Iraque. Ataques a Turquia e – ainda mais explosivo – em Israel, são previstos. Idealizadores da Al-Qaeda consideram que os ataques a Israel iriam ajudar o grupo terrorista a se tornar uma organização reconhecida. Países vizinhos do Iraque, como a Jordânia, também estão em perigo.
Quarta Etapa: A quarta fase entre 2010 e 2013, a Al-Qaeda terá como objetivo provocar o colapso dos governos árabes. A estimativa é de que “a perda insidiosa do poder dos regimes levará a um crescimento constante na força dentro de al-Qaida.” Ao mesmo tempo, os ataques serão realizados contra fornecedores de petróleo e contra a economia dos EUA e esses ataques serão orientadas usando o terrorismo cibernético.
Quinta Etapa: A quinta fase será o ponto em que um Estado islâmico, ou Califado, pode ser declarado. O plano é que, desta vez, entre 2013 e 2016, a influência ocidental no mundo islâmico será tão reduzida, e Israel tão enfraquecido, que a resistência não vai ser temida. Al-Qaeda espera que, em seguida, o Estado islâmico seja capaz de trazer uma nova ordem mundial.
Sexta Etapa: A sexta fase, a partir de 2016 haverá um período de “confronto total.” Assim que o califado for declarado o “exército islâmico” vai instigar a “luta entre os crentes e os não crentes”, segundo os planos de Osama bin Laden.
Sétima Etapa: A sétima fase, esta fase final é descrita como “vitória definitiva.” Aos olhos dos terroristas, o resto do mundo estará tão impotente pelos “um bilhão e meio de muçulmanos”, que o Califado, sem dúvida, terá sucesso. Esta fase deve ser concluída até 2020, embora a guerra não deva durar mais do que dois anos.
É inacreditável pensar que muitos dos eventos que acompanhamos desde 2005, tais como a “Primavera Árabe”, a guerra na Síria, a declaração do Califado pelo Estado Islâmico, e o aumento do fundamentalismo islâmico (salafismo) eram apresentadas como etapas a serem vencidas.
Me parece que estamos na quinta etapa. O que esperar da sexta etapa, que preve “luta entre os crentes e os não crentes”? Será seguida por uma “vitória definitiva”?
O que “vitória definitiva” significa? Implantação da Sharia a nível global, por exemplo, através da Organização das Nações Unidas?
Será que a coisa vai ser tão simples assim?