complementar a discussão sobre o crescimento demográfico do islamismo iniciada
em Islamização
da Europa. Pode o mesmo acontecer no Brasil?. Na oportunidade eu me foquei
nos países da Europa Ocidental por serem estes sob os quais os tentáculos da
Comunidade Européia (“Eurábia”) se fazem sentir a mais tempo (e, como
conseguinte, onde ocorre a islamização mais acelerada). Neste artigo eu enfoco
nos países da antiga cortina-de-ferro
e nos países da antiga Iugoslávia. O
dados são do Pew Research Center [1].
(Leia sobre o avanço demográfico do islamismo nas Américas aqui.)
positivo. Estes países ficaram isolados por algum tempo do que acontecia na
Europa ocidental, notadamente introdução da política oficial do
multiculturalismo e da imigração em massa.
apresentados na Tabela 1 (apêndice) e na Figura 1. Chama-se a atenção o já alto
número de muçulmanos na Rússia, Bulgária e Geórgia, e o irrisório número nos
demais países. A explicação para este fato é histórica.
fragmenta em 4 canatos (nome derivado de Khan, que significa “líder de um
território”), sendo a Horda Dourada um deles. A Horda Dourada ocupava as
estepes russas e o atual Cazaquistão. Era um povo de origem mongol e turca,
comumente chamados de tártaros. Eles adotaram o islã como religião, ao
reconhecerem a inspiração que o islã oferece para aqueles que saqueiam e
estupram, pilham e matam. Esta é a origem histórica para os muçulmanos na
Rússia. O Canato da Horda Dourada foi conquistado pelos czares Ivã, o Terrível,
e Catarina, a Grande, e incorporado ao território Russo na sua expansão para o
Leste. O crescimento atual da população muçulmana na Rússia é devido à
conjunção de diversos fatores, principlamente a baixa taxa de natalidade da
mulher russa eslava, e o aumento da imigração das antigas repúblicas
sovieticas. O retorno da liberdade religiosa na Rússia também permitiu um
florescimento do islão.
século 15 ao século 18), a Bulgária foi ocupada pelo Império Otomano. Os
Otomanos usavam da arma demográfica como ferramenta de dominação (de modo tão
eficiente que até mesmo Maquiavel menciona isto no seu famoso livro, O
Príncipe) promovendo a migração de turcos e uma massiva construção de mesquitas
e madrassas, ao mesmo tempo em que tratavam os nativos búlgaros como dhimis, os
cidadãos de terceira classe como
prescrito pela lei islâmica [2]. Essa
herança justifica o percentual atual. A maior parte dos muçulmanos búlgaros são
de origem turca, mas existe um grupo conhecido como os Pomak que são os muçulmanos de etnia búlgara (eslavos e brancos). A
tendência de crescimento deve-se a maior taxa de natalidade entre a população
muçulmana. Deve-se levar ainda em consideração a onda recente de imigrantes
muçulmanos oriundos do Oriente Médio, com inclinações para o Wahabismo (a
vertente islâmica da Arábia Saudita) ou outras vertentes extremistas. Existe
ação de ONGs islâmicas para atrairem Pomaks para atividades de terrorismo
(devido a sua aparência européia) [3]. A
Bulgária também tem uma “fronteira porosa” com a Turquia (a Turquia permite que
imigrantes, legais e ilegais, cruzem o seu território a caminho da Europa.
Muitos destes imigrantes tem o interesse de buscarem refúgio na Europa
Ocidental).
Georgia é algo fascinante. Pode-se considerar um milagre que um país chamado
Georgia exista hoje. Por exemplo, no século 8, os jihadistas árabes ocuparam a
capital Tiblisi. No século 16 ela foi repartida entre os turcos otomanos e os
persas safavidas, dois impérios muçulmanos. Apesar de emprobrecida, a população
permaneceu cristã. O percentual de muçulmanos vem desta época.
cortina-de-ferro têm um percentual muito pequeno. Que eles se protejam.
Contudo, lembre-se de que os muçulmanos (ortodoxos) tendem a se agruparem de
modo a que eles possam impor o seu “modo de vida” (inclusive aos
não-muçulmanos) nos arredores da área na qual eles se estabelecem e são maioria.
pelos países da antiga Iugoslávia. Os
dados estatísticos são apresentados na Tabela 2 (apêndice) e na Figura 2.
Chama-se a atenção o já alto número de muçulmanos na Albânia, Kosovo, Bósnia,
Montenegro, Macedônia e Slovênia, e o menor número nos demais países. A
explicação para este fato é histórica.
antiga Iugoslávia foi vítima do imperialismo turco-otomano dos séculos 14, 15,
16, 17, 18 e 19, que fez tremendo estrago sentido até hoje. E, lembre-se, a
utilização da “arma demográfica” pelos otomanos foi tão eficiente que Maquiavel
a usou como exemplo de como conquistar território. Lembre-se também que Maomé usou
esta tática, de modo que usar a “jihad demográfica” é sunna, ou seja, um ato sagrado feito por Maomé, e que, deste modo,
é um exemplo para ser seguido.
chama-se a atenção ao enclave islâmico da Albânia, e a Kosovo, este último o
mais novo enclave islâmico, tornado possível graças à intervenção dos EUA e da
OTAN em favor dos muçulmanos (atendendo a apelos dos sauditas), no final da
década de 1990. Repare também que os países que não foram ocupados pelos
Otomanos (a maior parte da Sérbia, a Slovenia e a Croácia) têm um percentual
pequeno, porém crescente. Repare o rápido crescimento da população muçulmana na
Macedônia, fronteira com a Albânia e com Kosovo.
da ocupação da Albânia pelos turcos otomanos, a Albania era um país cristão. No
começo do século 16, os turcos os turcos se apossaram da Albânia. Os turcos estabeleceram seu domínio sobre a Albânia justo quando o Renascimento começou a se desenrolar na Europa, de modo que, separado do contato
e intercâmbio com a Europa Ocidental,
a Albânia não teve a oportunidade de participar
ou de se beneficiar das conquistas humanistas da época. Conquista
da Albania pelos turcos otomanos também causou grande sofrimento e grande destruição da economia do país, no
comércio, na arte e na cultura. Além
disso, para escapar da perseguição imposta por seus conquistadores, cerca de um quarto da população do país, fugiu para o sul da Itália, Sicília, e para a costa da Dalmácia. Embora os turcos tenham governado a Albânia por
mais de quatro séculos, eles não
foram capazes de estender sua autoridade
em todo o país. Nas regiões montanhosas, a autoridade turcas
foi apenas uma soberania
formal, pois os montanheses se recusaram a pagar impostos (jizia), servir no exército, ou entregar suas armas
– muito embora eles tenham paga um
tributo anual para Constantinopla (por algum tempo).
Os albaneses se rebelaram, de tempos em
tempos, contra a ocupação otomana. A fim de freiar os estragos causados pela resistência
albanesa – que foi parcialmente
motivada por sentimentos religiosos,
a saber, a defesa da fé cristã – bem
como para trazer a Albânia
espiritualmente mais próxima da Turquia,
os turcos otomanos iniciaram uma campanha
sistemática, ao fim do século 16, com o intuito de islamizar
a população. Esta campanha continuou durante o século seguinte, ao
final do qual dois terços das pessoas haviam se convertido ao Islã. Uma das principais razões que
levaram os albaneses a se tornarem
muçulmanos foi para escapar à
violência e a exploração turca,
sendo um exemplo o imposto esmagador
que os cristãos tinham que pagar caso eles se recusassem a se converter para o
islamismo (jizia) [4].
Pew Center mostram que em 2030, os muçulmanos vão tornar-se mais
de 10% do total da população em
10 países europeus: Kosovo (93,5%), Albânia (83,2%), Bósnia-Herzegovina (42,7%), República da Macedónia (40,3%), Montenegro (21,5%),
Bulgária (15,7%), Rússia (14,4%),
Geórgia (11,5%), França (10,3%) e
Bélgica (10,2%).
Islamização da Europa. Pode o mesmo
acontecer no Brasil?.
sabe qual a incerteza associada aos dados estatísticos atuais e às
projeções para 2030. Os números fornecem apenas uma fotografia da realidade, não
se sabendo o quão acurados eles são: eles podem ser maiores ou menores. Será
que as projeções levam em conta o maior número de nascimentos de muçulmanos do
que de nativos europeus? (Maomé é o nome mais popular dentre os recém-nascidos
na Inglaterra e País de Gales desde 2007) [4]
Será que as projeções levam em conta o envelhecimento da população nativa
européia?
natalidade é simples: os nativos europeus em média têm menos filhos que os
muçulmanos. Além disso, existe a prática da poligamia islâmica que tem sido de
certo modo incentivada através de assistência social, os casamentos entre
homens muçulmanos e mulheres não-muçulmanas (os filhos destes enlaces são
muçulmanos), bem como a questão dos casamentos entre mulheres muçulmanas e
homens não-muçulmanos: tais casamentos acontecem apenas se o homem se converter
para o islão.
percentuais podem parecer pequenos. Porém, os números de muçulmanos já é o
bastante para que eles exijam que a sociedade européia aceite ou mesmo adapte
os estilo de vida nativo ao estilo de vida dos muçulmanos. Como consequência,
criam-se sociedades paralelas, e, cada vez mais, antagônicas. E para piorar,
existe a complacência ou mesmo a cooperação por parte das elites européias que
não fazem cerimônia em gerar mecanismos legais que protejam e incentivem as
práticas islâmicas antagônicas. Em alguns países o número de muçulmanos já é
suficiente para decidir uma eleição.
The Future of
the Global Muslim Population, Projections for 2010-2030. The Pew Forum on religion
and public life, Pew Research Center, 2011.
[2] The Bulgarian people under the
rule of the Ottoman Empire 15th-l8th CC, History of Bulgaria, Embassy of the Republic of Bulgaria, visitado em janeiro de 2013.
Islamic Extremism in Bulgaria, Sofia News Agency, julho 2011.
retakes top spot in English baby names, CNN, 2012.
muçulmanos na Europa Oriental e antigas repúblicas soviéticas
Europa Oriental e antigas repúblicas soviéticas
|
Em 1990
|
Em 2010
|
Projeção para 2030
|
Bulgária
|
13.1%
|
13.4%
|
15.7%
|
Rússia
|
9.2%
|
11.7%
|
14.4%
|
Geórgia
|
11.4%
|
10.5%
|
11.5%
|
Ucrânia
|
0.2%
|
0.9%
|
1.0%
|
Moldova
|
0.1%
|
0.4%
|
0.4%
|
România
|
0.2%
|
0.3%
|
0.4%
|
Hungria
|
0.2%
|
0.3%
|
0.3%
|
Belorússia
|
0.1%
|
0.2%
|
0.2%
|
Polônia
|
menos que 0.1%
|
0.1%
|
0.1%
|
Eslovaquia
|
menos que 0.1%
|
0.1
|
0.1%
|
Lituânia
|
0.1%
|
0.1%
|
0.2%
|
Estônia
|
0.1%
|
0.1%
|
0.6%
|
Letônia
|
0.1%
|
0.1%
|
0.1%
|
República Tcheca
|
menos que 0.1%
|
menos que 0.1%
|
menos que 0.1%
|
muçulmanos na antiga Iugoslávia
Antiga Iugoslávia
|
Em 1990
|
Em 2010
|
Projeção para 2030
|
Kosovo
|
87.8%
|
91.7%
|
93.5%
|
Albânia
|
70.0%
|
82.1%
|
83.2%
|
Bósnia-Herzegovina
|
42.8%
|
41.6%
|
42.7%
|
Macedônia
|
23.1%
|
34.9%
|
40.3%
|
Montenegro
|
16%
|
18.5%
|
21.5%
|
Sérbia
|
5.6%
|
3.7%
|
5.1%
|
Slovenia
|
1.5%
|
2.4%
|
2.4%
|
Croácia
|
1.2%
|
1.3%
|
1.3%
|