José Atento
Hoje, 24 de abril de 2015, marca-se o centenário do Genocídio Armênio, no qual um número estimado de 1,5 milhões de armênios perderam as suas vidas, numa ação de extermínio perpetrado pelo Império Otomano. Na data de hoje em 1915, conhecida como Domingo Vermelho, trezentos intelectuais, políticos, escritores, religiosos e profissionais armênios foram aprisionados em Constantinopla e levados à força para o interior da Turquia e selvagemente assassinados. A partir desta data, o extermínio dos armênios foi feito em escala industrial.
24/4/2021: Vídeo no Rumble, Bitchute, YouTube
O genocídio foi realizada durante e após a Primeira Guerra Mundial e implementado em duas fases: a matança generalizada da população masculina através de massacre e sujeição de recrutas do Exército para o trabalho forçado, seguida pela deportação de mulheres, crianças, idosos e enfermos em marchas da morte, nas quais eles foram forçados a caminhar pelo deserto sírio até a morte. Impulsionada por escoltas militares, os deportados das marchas da morte foram privados de comida e água e submetidos a roubo periódico, estupro e massacre.
O termo genocídio foi cunhado por Raphael Lemkin, em 1943, baseado no que ocorreu com os armênios.
Outros grupos étnicos indígenas e cristãos, como os assírios e os gregos foram igualmente exterminados pelo governo otomano, e seu tratamento é considerado por muitos historiadores como parte da mesma política genocida. A maioria das comunidades armênias da diáspora em todo o mundo são uma consequência direta deste genocídio.
A Turquia, o país sucessor do Império Otomano, se recusa a reconhecer o genocídio. Isso é sério. Aqueles que esquecem o passado estão condenados a repeti-lo. Aqueles que negam o passado, irão repeti-lo.
O que o Estado Islâmico (e Boko Haram, Al Shabab, etc.) faz hoje é coisa de criança perto do que os turcos fizeram 100 anos atrás! Em ambos os casos, inspirados pelas ações de Maomé.
Leia o texto e assista o vídeo! E ainda existem mais vídeos, notícias e artigos no final do artigo.
A Armênia foi o primeiro reino cristão da história (ano 301), e ocupou o leste da atual Turquia, norte da Síria e a atual Armênia propriamente dita. Foi sistemáticamente assolada pela primeira jihad islâmica pelos árabes, e mais tarde acabou conquistada pelos turcos seljúcidas, ficando sob o jugo do Império Otomano até o colapso deste. Os Armênios viveram como cidadãos de segunda-classe (dhimmi) conforme determina a lei islâmica Sharia, inclusive sujeitos ao devshirme. Mas, por constituirem uma grande parte da população eles conseguiam formar grandes comunidades agrupadas na Armênia histórica, ao leste, e em torno de Constantinopla e Ankara.
O eminente colapso do Império Otomano, no final do século XIX, levou a um aumento da pressão sobre os armênios, e massacres começaram a se tornar mais frequentes, como os massacres promovidos pelo Sultão Hamid II, entre 1894-1896 (resultando em 100 mil mortos). Esses eventos ocorreram usando-se subterfúgios tais como “guerra contra os infiéis” (não muçulmanos).
O Império Otomano estava perdendo a maior parte do território ocupado durante a sua Jihad contra a Europa, e povos e nações que existiam antes desta ocupação estavam re-conquistando a sua independência, tais como Grécia, Bulgária e Sérbia. O outrora poderoso exército otomano não era páreo contra os europeus tecnológicamente superiores. Muitos no império decadente viam isso como um “castigo divino de Alá para uma sociedade que não sabia como se recompor.” Mas vejam bem, apenas os armênios ainda não tinham reconquistado a sua independência. E os turcos iriam fazer de tudo para impedir isso de acontecer. Nesta época, mais especificamente em 1908, surgem os movimentos nacionalistas turcos, mais notadamente os Jovens Turcos, compostos por jovens oficiais do exército turco, que forçaram o Sultão a implantar um governo constitucional.
Assista ao documentário sobre o Genocídio dos Armênios, “Holocausto Oculto”. Audio em inglês com legendas em Português.
Em 1913, três dos Jovens Turcos tomam o poder em um golpe e estabelecem um triunvirato. Eles eram Mehmed Talaat, Ismail Enver e Ahmed Djemal. Eles sonhavam em unificar todos os povos turcos, expandindo as fronteiras da Turquia para o leste através do Cáucaso até a Ásia Central. Isso criaria um novo império turco, uma “terra grande e eterna” chamada Turan, com uma única língua e uma única religião, o islão.
Porém, havia um problema. Na verdade, 2 milhões de problemas. Esse era o tamanho a população armenia que vivia na sua terra histórica e tradicional, bem no caminho do sonho dos Jovens Turcos de expansão para o leste. Este novo império teria que vir à custa do povo armênio.
Aliado a este recém-criado nacionalismo turco, veio o aumento dramático na agitação fundamentalista islâmica em toda a Turquia. Os armênios cristãos foram encravados com a marca de infiéis (não-crentes no Islão). Extremistas islâmicos, jovens, idealistas e radicalizados pelas madrassas, lançaram-se à violência e organizaram manifestações anti-armenias. Durante um tal surto em 1909, duzentas aldeias foram saqueadas e mais de 30 mil pessoas massacradas no distrito da Cilícia, na costa do Mediterrâneo. Ao longo da Turquia, ataques locais esporádicos contra armênios continuaram sem controle ao longo dos próximos anos.
Algo que também merece menção é o fato que os armênios tinham um nível maior de educação e escolaridade que os turcos, fato que ajudou na propaganda que os Jovens Turcos fizeram ao enaltecerem a característica mais simples dos camponeses turcos.
Em 1914 irrompe a Primeira Guerra Mundial e os Jovens Turcos decidem se alinhar a Alemanha e a Áustria. O governo turco decide desarmar toda a população armenia. Naquele instante, haviam 40 mil soldados armênios no exército turco, e eles foram igualmente desarmados. Eles foram colocados em batalhões de construção de estradas, em condições de trabalho escravo, ou foram usados como animais de carga humanos. Como as condições de trabalho eram brutais a quantidade de mortes era muito elevada. Aqueles que sobreviveram foram fuzilados. Pois havia chegado a hora de avançar contra os armênios.
Em termos formais, a ordem para eliminar a população armenia veio do triunvirato que governava a Turquia. As ordens de extermínio foram transmitidos em telegramas codificados para todos os governadores provinciais em toda a Turquia. Prisões começam na noite de 24 de abril de 1915, com 300 líderes políticos armênios, educadores, escritores, clero e dignitários em Constantinopla (atual Istambul) sendo retirados de suas casas, encarcerados e torturados brevemente, para em seguida, serem enforcados ou fuzilados.
O Genocídio havia começado.
Em termos islâmicos, a Jihad contra os infiéis e inimigos do islão foi convocada pelo Xeique ul Islam, o líder espiritual de todos os muçulmanos sunitas. Lembre-se, Constantinopla era a sede do Califado Islâmico, de modo que existia autoridade para se convocar uma Jihad.
O que seguiu é uma expressão daquilo que mais baixo seres humanos podem ser. E durante um período de 3 anos seguidos.
Execuções em massa:
- – Prisão em massa de armênios em toda a Turquia, levadas à cabo por soldados, políciais e voluntários turcos. Eles seriam levados para os arredores das cidades e mortos por fuzilamento, baionetas ou à facadas, e enterrados em covas comuns, ou simplesmentes largados à ceu aberto ou queimados.
Marchas da morte:
- – As mulheres, crianças e velhos foram obrigados a pegarem seus pertences sob o pretexto que seriam re-alocados para uma zona não-militar para a sua proteção. Na verdade, eles foram levados para marchas da morte na direção do deserto sírio.
- – As marchas da morte levariam meses, e passavam por montanhas e áreas desertas de modo a não se ter contato com vilas.
- – Os suprimentos de água e comida terminavam e não eram repostos. Quem parasse para descançar ou ficasse para trás apanhava até voltar para a marcha, senão era morta a tiros.
- – Uma prática comum era despir os armênios e forçá-los a andar nús sob o sol escorchante até que eles caissem mortos por exaustão ou desidratação.
- – Os guardas que acompanhavam as caravanas organizavam com bandidos locais, turcos e curdos, o assalto das mesmas, de modo a se apropriarem dos bens que ainda eram carregados pelos armênios, e matarem quem eles desejavam.
- – Estima-se que 75 por cento dos armênios nestas marchas pereceram, especialmente as crianças e os idosos. Aqueles que sobreviveram ao calvário foram levados para o deserto, sem uma gota de água. Sendo jogados de penhascos, queimados vivos, ou afogadas em rios.
- – E os teimosos que insitiam em viver foram internados nos campos de extermínio, os mais notórios estavam no Deserto de Deir er-Zor, na Síria. Estima-se que 300 mil armênios foram mortos nestes campos (mas as mulheres mais bonitas eram vendidas para os beduínos árabes). Para os armênios, Deir er-Zor é sinônimo de Auschwitz. (Ainda hoje, cavando-se um um simples buraco com as mãos, recupera-se ossos dos armenos, tamanha foi a quantidade dos mortos.)
Estupro e escravidão sexual:
– Durante as marchas da morte, uma quantidade extraordinária de abuso sexual e estupro de meninas e mulheres jovens ocorreu nas mãos dos guardas e bandidos curdos. A maioria dos mulhers jovens mais atraentes foram sequestradas e forçadas a uma vida de servidão involuntária.
Roubo da propriedade dos armênios:
– As propriedades dos armênios expulsos de suas casas foram apropriadas pelos turcos, e símbolos ou monumentos destruídos ou usados para outros propósitos (por exemplo, lápides de túmulos usadas como degrau de escadas para que os armênios fossem pisados continuamente).
– Em alguns casos, crianças foram separadas das suas famílias armenias, forçadas a renunciarem ao cristianismo e convertidas à força ao islamismo. Elas receberam nomes turcos.
Onde entra Maomé nisso? Existem uma série de ações que são permitidas em uma Jihad contra os infiéis, e Maomé praticou todas elas. Elas incluem roubar propriedade, vender como escravo, estuprar, tomar mulheres como escravas sexuais, executar prisioneiros, enterrar em valas comuns, torturar para obter informação, e banir para o deserto. Quando o líder espiritual muçulmano ul Islam convocou a Jihad, ele abriu uma Caixa de Pandora.
Durante o genocídio armênio, a paisagem turca ficou repleta de corpos em decomposição. Em um ponto, Mehmed Talaat reagiu ao problema enviando uma mensagem codificada para todos os líderes provinciais: “Fui informado que em determinadas áreas cadáveres insepultos ainda estão para serem vistos. Peço-vos a dar as instruções rigorosas para que os cadáveres e os seus detritos em seus vilarejos sejam enterrados.”
Mas as suas instruções foram geralmente ignoradas. Os envolvidos no assassinato em massa mostraram pouco interesse em parar para cavar sepulturas. Os cadáveres à beira da estrada e os deportados emagrecidos eram uma visão chocante para os estrangeiros que trabalhavam na Turquia. Testemunhas incluiram alemãos ligados ao governo turco, missionários americanos e diplomatas norte-americanos estacionados no país. Parte do que nós sabemos deve-se ao seu testemunho.
E o resto do mundo sabia disso?
O mundo sabia o que estava acontecendo, mas estava envolto em uma grande guerra. O Império Otomano estava aliado a Alemanha e Áustria que eram antagônicos a Inglaterra, França e Rússia (e mais tarde os EUA), de modo que declarações por parte destes últimos não iriam surtir efeito, e os primeiros não iriam se meter em “assuntos internos” de um aliado. Mesmo assim, existem declarações oficiais de governos daquela época.
Ainda neutro na guerra, o Embaixador dos EUA na Turquia, Henry Morgenthau, informou a Washington: “Quando as autoridades turcas deram as ordens para essas deportações, eles estavam apenas dando a sentença de morte para toda uma raça”. Os aliados (Grã-Bretanha, França, Rússia) reagiram a notícia dos massacres emitindo uma advertência à Turquia dizendo que iriam responsabilizar todos os membros do Governo Otomano, assim como seus agentes.
Jornais chegaram a noticiar o que estava acontecendo.
Poderia ter sido pior
É incrível pensar que a tragédia poderia ter sido pior. Explico. A Rússia estava batalhando com a Turquia na região do Cáucaso e havia penetrado em parte do território turco. Eles lutavam na terra ancestral dos armênios. Mas veio a revolução comunista na Rússia, em novembro de 1917, e os russos se retiraram, deixando o campo aberto para os turcos avançarem e para concluirem o genocídio, bem como conquistarem mais território para o Leste (que era o objetivo inicial dos Jovens Turcos). Em maio de 1918, o exército turco começou seu avanço matando 100 mil armênios. Em desespero, os armênios conseguiram armas e resistiram ao avanço turco. Os armênios lutaram pela sua sobrevivência na localidade de Sardarabad (atual Armavir), conseguindo repelir os turcos. Este evento histórico é conhecido como a Batalha de Sardarabad. O que restou da população armenia foi salva! Nas palavras do historiador Christopher J. Walker, caso os armênios tivessem perdido essa batalha “é perfeitamente possível que a palavra Armênia fosse hoje apenas usada para indicar um termo geográfico antigo.” Esta batalha permitiu o estabelecimento da República da Armênia.
Reações após a guerra e a justiça negada
No apagar das luzes da Primeira Guerra Mundial, que terminou em novembro de 1918, o triunvirato dos Jovens Turcos, Talaat, Enver e Djemal, renunciou abruptamente seus cargos no governo e fugiu para a Alemanha, onde lhes tinha sido oferecido asilo. Nos meses seguintes, a Alemanha se recusou a enviar os Jovens Turcos de volta para casa para serem julgados. Eles acabaram assassinados por ativistas armênios.
Durante a Conferência de Paz de Paris, o presidente dos EUA tomou um interesse particular pela causa armênia, e como resultado dos seus esforços, o Tratado de Sevres (10 de agosto de 1920) reconheceu um estado armênio independente numa área que abrangia grande parte da antiga pátria histórica.
No entanto, o nacionalismo turco não aceitou isso. Os líderes turcos moderados que assinaram o tratado foram expulsos em favor de um novo líder nacionalista, Mustafa Kemal, que não apenas se recusou a aceitar o tratado, mas ocupou as terras em questão, para em seguida expulsar qualquer sobrevivente armênio, incluindo milhares de órfãos.
Ninguém veio em auxílio da República da Armênia e ela entrou em colapso. Apenas uma pequena parte da área oriental da Armênia histórica sobreviveu ao ser anexada à União Soviética pelo Exército Vermelho. Os armenios não puderam resistir os ataques simultâneos da Turquia e da URSS e acabou particionada, tendo apenas uma pequena parte do seu território histórico se tornado uma república soviética.
Para piorar, os turcos começaram uma campanha de destruição e negação de quaisquer vestígios do património cultural armênio, incluindo obras-primas de valor inestimável de arquitetura antiga, bibliotecas e arquivos antigos. Os turcos ainda arrasaram cidades inteiras, como a outrora próspera Kharpert, Van e antiga capital de Ani, para remover todos os vestígios dos três mil anos da civilização armênia.
Não é exatamente isso que o Estado Islâmico faz hoje em dia ao destruir a história assíria e babilônica?
Um jovem político alemão, Adolf Hitler, observou a reação tímida das grandes potências do mundo para a situação dos armênios. Depois de obter poder total na Alemanha, Hitler decidiu conquistar a Polônia em 1939 e disse a seus generais: “Assim, por enquanto, eu tenho enviado para o Oriente apenas as minhas ‘Unidades Avançadas da Morte’ com as ordens para matar sem dó nem piedade todos os homens, mulheres e crianças de raça ou língua polaca. Só desta maneira iremos ganhar o espaço vital de que precisamos. Quem ainda hoje em dia fala sobre os armênios?”
Até hoje, a Turquia se nega a reconhecer os seus atos bárbaros. Mas, considerando que eles foram feitos atendendo ao chamado a uma Jihad, isso não é de se estranhar, pois foi tudo feito dentro do que estabelece a lei islâmica.
Lembre-se o que o presidente turco Erdogan disse em 2009, referindo-se ao mandato de prisão emitido pela Corte Internacional de Justiça contra o presidente do Sudão al-Bashir, devido ao Genocídio em Darfur. Erdogan disse: “Nenhum muçulmano poderia perpetrar um genocídio.” (Asbarez)
A propósito, em 2005 a Turquia baniu qualquer referência ao genocídio armênio. Mencionar o genocído armênio na Turquia é crime (Telegraph).
Um artigo sobre o assunto no O Globo: O ‘massacre esquecido’: centenas de milhares de gregos e assírios foram mortos por otomanos.
Um artigo no Aventuras na História: Genocídio Armênio, as atrocidades do holocausto turco.
Fotos e imagens – Gráfico
Deixei para o fim algumas fotos mais chocantes que ilustram o genocídio, traçando um paralelo com o que está acontecendo hoje. Ou seja, a única diferença entre o Genocídio dos Armênios pelos turcos e as barbaridades promovidas pelos jihadistas do Estado Islâmico é a escala. Ambos são movidos pelos mesmos ideais de Jihad!
O restante do artigo contém fotos, lista de referências, e alguns outros vídeos (em inglês).
Expulsar populações inteiras para o deserto
Crucificação … o Estado Islâmico faz o mesmo
Existiram campos de extermínio em Der-es-sor (grafia mais correta seria Deir ez-Zor), na Síria. Esta é uma imagem do filme “Armênia Violentada – Leilão das Almas” (veja-o abaixo), e mostra mulheres armenas sendo crucificadas. Uma delas está sendo “salva da cruz”, tornando-se escrava de um beduíno. Os turcos venderam muitas mulheres armênias para os mercados de escravos.
Degolamentos … o Estado Islâmico (e a Arábia Saudita) fazem o mesmo
Enforcamento … e Estado Islâmico (e Arábia Saudita, e Irã) faz o mesmo
Execuções em massa
Duas primeiras fotos, dos armênios mortos pelos turcos. A última foto, Estado Islâmico executando káfirs (não-muçulmanos)
Referências:
Akçam, Taner (2006). A Shameful Act: The Armenian Genocide and the Question of Turkish Responsibility. New York: Metropolitan Books. ISBN 0-8050-7932-7.
Balakian, Grigoris (2009). Armenian Golgotha, A Memoir of the Armenian Genocide, 1915-1918. Translated from the Armenian by Peter Balakian. New York: Vintage Books. ISBN 978-1-4000-9677-0.
Armenian Genocide. United Human Rights Council. Retrieved April 24, 2015.
Uma lista com outros vídeos
Infelizmente, sem legendas em português (se alguém souber de algum destes documentários, ou outros, com legendas me avise por favor)
(1) Documentário da PBS, EUA – muito boa apresentação que segue uma narrativa histórica, com causas e consequências. https://vimeo.com/19586714
(2) Documentário “1915 AGHET” que enfoca a negação do Genocídio pelo governo e povo turco.https://youtu.be/ybSP04ajCDg
(3) “Ravished Armenia – Auction of Souls” (Armênia Violentada – Leilão das Almas) foi um filme mudo feito em 1919, em Hollywood, basead no livro de uma sobrevivente do Genocídio. O filme foi perdido, mas um segmento de 20 minutos pode ser recuperado.
(2) Segmento do programa da TV americana “60 Minutes” de 2013. “os restos mortais dos armênios são tantos na área que tudo o que você precisa fazer é cavar a areia com as próprias mãos e você encontra pedaços de ossos humanos que estão lá por 98 anos.”
(5) Resgatando mulheres armênias no Deserto de der Zor
(6) Testemunho de quem sofreu
Um livro em português … Não se deve esquecer.
Atualizações
Dia da Memória do Genocídio Armênio: Revisitando a maior matança que o islamismo já fez contra cristãos
Artigo de Raymond Ibrahim traduzido por Júlio Severo.
Conversão forçada dos órfãos armênios
Existem 2,5 milhões de armênios muçulmanos na Turquia de hoje. Estes armênios são descendentes dos armênios que acabaram se convertendo para o islamismo para evitarem a morte. Outros, são descendentes de crianças armênias que foram separadas dos seus pais e acabaram sendo criadas como muçulmanas por famílias turcas. (asekose)
Genocídio Armênio, órfãos cristãos foram feitos soldados para lutarem contra seus antepassados armênios
Meninos armênios que ficaram órfãos devido ao Genocídio Armênio de 1915 foram recrutados no exército turco por Kazim Karabekir para lutar contra a Armênia durante a guerra turco-armênia de 1920. Esta fotografia foi tirada durante a Missão Militar Americana na Armênia (1919) liderada por General James G. Harbord (Foto: Biblioteca do Congresso dos EUA / Domínio Público).
Recentemente, o governo turco abriu uma site onde os cidadãos turcos podem procurar suas raízes ancestrais até meados dos anos 1850. Há centenas de histórias em mídias impressas e sociais que causaram desapontamento e choque entre vários turcos que descobriram que em vez de terem origem puramente turcas, eles tinham raízes albanesas, árabes, gregas e, pior de tudo, armênias. Há até relatos de que alguns membros de um partido ultra nacionalista e racista turco foram condenados ao ostracismo, expulsos do partido, entraram em depressão e se suicidaram ao encontrar raízes familiares armênias. (Raffi Bedrosyan)
Vídeo com Desenhos Retrata como Muçulmanos do Império Otomano matavam os Cristãos Arménios
EUA: Congresso aprova resolução reconhecendo o Genocídio Armênio como tendo sido mesmo genocídio.
O emprego desta palavra é importante! Vítimas ou seus descendentes podem processar a Turquia, a sucessora do Império Otomano. PS. A deputada jihadista Ilham Omar votou contra (Daily Mail, CNA)
Como muçulmanos europeus vêm o Genocídio Armênio, Grego e Assírio?
Enquanto que o mundo se lembra dos terríveis crimes cometidos durante o genocídio (1914-1923) contra armênios, gregos e assírios, quando os turcos mataram 3,5 milhões de pessoas, o governo da Bósnia e Herzegovina coloriu o prédio da prefeitura de Sarajevo, um dos edifícios históricos da cidade, com a bandeira turca. Nojento, horrível, aterrorizante, desagradável.
Uma grande parte da Bósnia Herzegovina é povoada por muçulmanos, junto com a Albânia e Kosovo, enclaves islâmicos na Europa.
Dez mil armênios mortos a jogados dentro de um desfiladeiro
Este é o famoso desfiladeiro em Chunkush (hoje na província de Diyarbakir, na Turquia), vala comum para 10.000 armênios. Tem mais de 120 metros de profundidade. As fotos mostram o desfiladeiro, descendentes das vítimas do genocídio na cerimônia memorial pelas famílias assassinadas e imagens das ruínas da igreja de Surp Garabed.
Chunkush Era uma vila de 10.000 habitantes antes de 1915, com vida vibrante e uma bela igreja. A grande maioria dos moradores foi jogada no desfiladeiro. Poucas meninas foram poupadas para serem tomadas como noivas por turcos e curdos. Seus descendentes contaram suas histórias sombrias em entrevistas para livros sobre o Genocídio Armênio.
O historiador Raymond Kevorkian escreve:
“Os homens foram tratados primeiro, de acordo com um procedimento clássico: amarrados em pequenos grupos de menos de 10, foram entregues a açougueiros que os puncionaram ou os mataram com machados e depois jogaram os corpos no abismo. O método usado nas mulheres era bem parecido, exceto que elas eram sistematicamente despidas e revistadas e depois cortadas na garganta, após o que os cadáveres também eram jogados no abismo. Algumas delas preferiram pular no abismo, arrastando seus filhos com elas; assim, elas enganaram seus assassinos em parte do espólio.”
EUA, 2021: presidente Biden reconhece o genocídio armênio!
Apesar do Congresso dos EUA já ter reconhecido o assassinato em massa e deportações de armênios como genocídio, nenhum presidente havia feito isso. Esta atitude sinaliza uma deterioração da relação turco-americana. Em termos de justiça, nada acontecerá enquanto os turcos continuarem a negar o passado. E, o que é pior, continuando com o mesmo sentimento que levou seus antepassados a cometerem as atrocidades. (BBC)