José Atento
O Estado Islâmico é islâmico? Os muçulmanos do Estado Islâmico são muçulmanos? Com certeza eles não são metodistas nem budistas!
É claro que eles são muçulmanos seguindo o islamismo no seu modo mais puro, exatamente como Maomé e seus companheiros fizeram. E exatamente igual aquilo que vários países islâmicos reconhecidos internacionalmente e com assento na ONU fazem. E isto é mostrado neste artigo.
(não deixe de ler as atualizações ao final do artigo, incluindo a declaração do xeique Adel al-Kalbani, ex-Imã da Grande Mesquita de Meca)
Em face a cobertura de parte das barbaridades cometidas por grupos como o Estado Islâmico (na Siria, Iraque e Líbia) e o Boko Haram (na Nigéria e Camarões), em nome de Alá, em nome de Maomé, e em nome do islão, vários muçulmanos e apologistas têm vindo a público dizer que estas as atrocidades não representam o islão.
Será? Os muçulmanos que cometem estas atrocidades são muçulmanos de verdade? A Sharia que eles impõem é diferente da Sharia imposta por governos reconhecidos internacionalmente, tais como Arábia Saudita, Irã e Malásia?
Este artigo discute isso, mostrando que os membros destes grupos terroristas islâmicos são muçulmanos e que tudo o que eles fazem é não apenas consistente com a Sharia, mas exatamente igual ao que fazem os governos de países islâmicos, implementando a mesma Sharia.
O artigo também mostra que as atrocidades cometidas são iguais às atrocidades cometidas pelo profeta islâmico Maomé e pelos seus companheiros mais próximos, os salafis.
Pergunta: Os muçulmanos do Estado Islâmico são muçulmanos?
Sim, eles são muçulmanos e isso é fácil de provar. Para ser muçulmano basta recitar a Shahada, a declaração de fé, 3 vezes, perante um imã ou na ausência dele, perante qualquer outro muçulmano.
“Eu declaro que não existe outro deus, apenas Alá, e que Maomé é o seu profeta.”
Só isso. Não é preciso saber nada sobre a fé islâmica e o que ela exige e implica, por exemplo, que o islão só tem a porta de entrada, pois, deixar de ser muçulmano é um crime punível com a morte (algo semelhante à máfia).
Além do mais, os terroristas islâmicos impõem, sobre eles e sobre os outros, comportamentos que são exigências do islamismo: eles seguem os 5 pilares, e eles impõe a Sharia.
Só como revisão, os 5 pilares do islão são: (1) recitar a Shahada; (2) manter a 5 orações diárias (salah) regulamente; (3) pagar a esmola (zakat); (4) fazer jejum; e, (5) fazer a peregrinação a Meca (hégira) pelo menos uma vez durante a sua vida.
Quem vai dizer que os terroristas islâmicos não fazem isso?
Além disso, eles impõem a Sharia. E lembre-se que impor a Sharia é a tarefa mais importante, a nível prático, que cada muçulmano deve empreender (e o pior é que a maioria faz isso mesmo sem saber o que Sharia prescreve).
De modo que, sim, eles são muçulmanos.
Mas, e como os outros muçulmanos os consideram? Bem, os outros muçulmanos os consideram muçulmanos. Por exemplo, Abbas Schumman, o porta-voz da Universidade Al-Azhar, o mais importante centro teológico do islamismo sunita, disse recentemente: “Como uma entidade oficial, a Al Azhar nunca, em toda a sua história, proclamou qualquer pessoa ou organização como anti-islâmica …. ficar ocupado por esta pergunta não vai levar a nada”, porque “a Al Azhar não julgará o ISIS ou o seu Islã como anti-islâmico, pois não é o seu direito, nem a respeito do ISIS ou qualquer outra pessoa.”
O fato é que a afirmação do porta-voz da Al Azhar é contraditória, pois esta instituição por várias vezes acusou pessoas como anti-islâmicas. Como resposta a esta declaração, um ativista de direitos humanos egípcio disse: “O que? Não foram os ulemás e xeiques da Al Azhar que denunciaram como anti-islâmicos Naguib Mahfouz(*) e Farag Foda(*), e muitos outros dentre os intelectuais e escritores, cujas atividades foram interrompidas e alguns dos quais foram assassinados devido à posição da Al Azhar?”
(*) Naguib Mahfouz, prêmio Nobel de literatura, foi esfaqueado por um extremista em 1994; Farag Foda foi assassinado pelo grupo al-Gama’a al-Islamiyya em 1992. Ambos foram acusados de blasfêmia por clérigos da Al Azhar.
Ora, considerando que a Al Azhar é seletiva em acusar pessoas ou instituições como anti-islâmicas, e como ela se recusa a chamar o Estado Islâmico (ISIS) de anti-islâmico, a conclusão é que a Al Azhar considera o Estado Islâmico como islâmico e os seus adeptos como muçulmanos. Aliás, isto segue do Alcorão 4:148: “Alá não gosta que o mal seja expresso em público, exceto quando injustiça tenha sido feita.” De modo que, ao não condenar o Estado Islâmico (ISIS) a Al Azhar considera que eles não cometem injustiça alguma!
E, para finalizar, os muçulmanos que têm sido atraídos, primordialmente, para o Iraque e para a Síria (mas também para a Líbia e para a Somália) não são ateus, nem metodistas, nem evangélicos, nem budistas. Eles são atraídos atendendo ao chamado para lutarem e morrerem por Alá em uma jihad islâmica. O mesmo motivo que levou a todas as jihads islâmicas ao longo dos últimos 14 séculos. Eles atendem a este chamado porque eles são muçulmanos e porque eles sabem que morrer lutando em uma jihad é a única ação que garante ao muçulmano entrar no paraíso islâmico. E, caso eles não morram, eles estão lutando pela implementação total da Sharia, e podem usufruir das escravas sexuais infiéis conquistadas na Jihad e da pilhagem.
Mas José, eles vão para lá para lutar contra o imperialismo americano ou contra os judeus, ou contra os xiitas, etc. Amigo, os pretextos variam, e eles servem apenas para alimentar o ultraje e o ódio. Mas a motivação básica é claramente político-religiosa: lutar em uma jihad e implantar a Sharia sob as populações dos territórios conquistados.
Pergunta: As ações do Estado Islâmico são consistentes com a Sharia e igualmente praticadas por países islâmicos reconhecidos e com assento na ONU?
Sim. E não apenas isso, mas totalmente consistentes com os dizeres e ações de Maomé. E vamos por partes.
(1) O papel do Califa
Em primeiro lugar, é fundamental compreender que o Estado Islâmico é um Califado. A Sharia deixa bem claro que é uma obrigação do Califa empreender Jihad armada contra o infiel de forma implacável e sem descanso. O manual de lei islâmica Sharia ‘Umdat as-Salik wa ‘Uddat an-Nasik, certificado pela Universidade Al Azhar, diz (o25.9):
“(Quando o califa nomeia um governante em uma região, o dever deste governante inclui) se a área tem uma fronteira adjacente às terras inimigas, (ele irá) empreender a Jihad contra os inimigos, dividindo os despojos da batalha entre os combatentes e deixando de lado um quinto para destinatários merecedores.”
“O Califa faz guerra contra os judeus, cristãos e zoroastas até se tornarem muçulmanos ou então até aceitarem pagar o imposto do não-muçulmano, desde que eles tenham primeiro sido convidados para entrarem no Islã ou paguem a Jizya, o imposto dos não-muçulmanos, (de acordo com a palavra de Alá Altíssimo no Alcorão 9:29).”
É exatamente isso que o Estado Islâmico faz. E ele considera todos aqueles que se opõe a eles, mesmo muçulmanos, como inimigos.
(lei mais sobre o papel do Califa em O Califa, a Organização da Cooperação Islâmica e o Califado Moderno)
(2) A Sharia é a lei
A constituição do Califado Islâmico imposta pelo Estado Islâmico é a Sharia. A mesmo Sharia que foi imposta como lei em todas as terras conquistadas pelas invasões islâmicas ao longo da história islâmica, tenham sido estas invasões feitas pelos árabes, mouros, turcos, persas, tártaros, mugais, etc.). Não há diferença. E, hoje em dia, todos os países islâmicos tem preceitos constitucionais que colocam a Sharia no topo das respectivas legislações, variando apenas a intensidade da sua implementação. Isso fica claro, se olharmos a Declaração dos Direitos Humanos sob o Islão, endossada por 57 “países islâmicos” (este é um assunto discutido anteriormente no blog). Vamos aqui ressaltar apenas uma parte do preâmbulo e os dois artigos finais:
“Reafirmando o papel civilizatório e histórico da Ummah [nação] Islâmica a quem Alá fez a melhor nação …”
Artigo 24: Todos os direitos e liberdades estipulados nesta Declaração estão sujeitos à Sharia [lei islâmica].
Artigo 25: A Sharia [lei islâmica] é a única fonte de referência para a explicação ou clarificação de qualquer um dos artigos desta Declaração.
Ou seja, na dúvida consulte a Sharia porque é ela que vale! (quando puder, leia o livro Lei Islâmica (Sharia) para os não muçulmanos)
(3) Punições
Vamos ver as punições que o Estado Islâmico aplica, e compará-las com as punições que vários países islâmicos aplicam e o que a Sharia prescreve. Estas punições incluem o degolamento, a decepação de mãos e de pés, o apedrejamento, a crucificação e o enforcamento, para crimes tais como apostasia, adultério, roubo e homossexualismo. A Tabela 1 traz uma comparação interessante com respeito a Arábia Saudita. Nela se vê que os mesmos tipos de punições são aplicados aos mesmos “crimes” salvo algumas variações. Quem definiu isso tudo como “crime” e as respectivas punições foi o islão.
Tabela 1 – Comparação entre as punições aplicadas pelo Estado Islâmico e pela Arabia Saudita Vamos abaixo tratar dos crimes e punições, e ver que o que o Estado Islâmico aplica é também aplicado no restante do “mundo islâmico.”
(3.1) Blasfêmia
Difamar Alá, Maomé ou o islão é considerado blasfêmia, e a punição é a morte. Mas o problema aqui é o significado de difamação. Para o islão, difamação significa tudo aquilo que o islão discorde, mesmo que o que tenha sido dito seja a verdade. Ou seja, quem define o que é difamatório é a Sharia, que estabelece que o islão pode criticar tudo que seja “anti-islâmico”, mas criminaliza qualquer crítica direcionada ao islão, a Maomé, a Alá e a Sharia. Um exemplo, em Alepo, um adolescente, que vendia café em um barracão improvisado, se recusou a vender fiado “nem que Maomé ressuscitasse.” Por dizer isso ele foi executado (fonte). Mas isso foi feito por um grupo terrorista, certo? Bem, vejamos alguns exemplos oriundos de países reconhecidos internacionalmente:
- A Lei da Blasfêmia no Paquistão é um dos ultrages dos tempos modernos, mas o silêncio é total. Por exemplo, Asia Bibi foi condenada à morte por um gole d’água e dizer que Jesus era maior que Maomé. Ela está presa deste 2010 aguardando a sua execução.
- Na Arábia Saudita jovem foi condenado à morte por “destratar o Alcorão (fonte).
- No Egito, escritora é processada por escrever um tweeter criticando o islão (fonte).
- Na República Islâmica do Irã um homem foi executado por interpretar a história do Alcorão como um conto simbólico (fonte).
Eu venho tentando acompanhar a questão da “blasfêmia” no blog, listando alguns exemplos em Liberdade de Expressão e Blasfêmia – Exemplos. E outros artigos relacionados tais como Lei da Blasfêmia no Paquistão, A ‘Inocência dos Muçulmanos’ ou o porquê que muçulmanos se dispõem a matar para defender a “honra” de um senhor da guerra do século sétimo e Sim, o islão pode (e deve) ser criticado! Não se acovarde, e não deixe que os outros te intimidem!.
“Maomé é um bom apóstolo. Aqueles que o seguem são cruéis com os não-muçulmanos mas gentis entre sí.” Alcorão 48:29
O profeta é mais valioso para os crentes do que eles próprios. (Alcorão 33: 6).
Alá disse “Maomé, diga para os crentes que eles devem amar menos os seus familiares e as suas riquezas do que Alá, o Seu Mensageiro e a luta em Sua causa (jihad).” (Alcorão 9:24).
Maomé disse: ‘Nenhum de vocês será considerado como um crente (muçulmano) até que eu seja mais amado do que a sua família, sua riqueza e toda a humanidade.’ (Bukhari Volume 001, Livro 002, Hadith Número 014).
“A punição para aqueles que fazem guerra contra Alá e Seu Profeta e fazem corrupção na terra (fitna), é de assassiná-los, de crucificá-los, ou cortar uma mão e um pé em lados opostos …” (Alcorão 5: 33).
“Fitna é pior do que matança” (Alcorão 2: 191).
Fitna é uma palavra árabe que significa discórdia, contenda, agitação, fragmentação. Criticar o islão, Maomé ou a Sharia é fitna, é fazer guerra contra Alá e seu profeta.
E lembre-se que Maomé mandou assassinar todos aqueles que o criticaram.
Exposição pública de corpos degolados na Arábia Saudita. (3.2) Homossexualismo Virou rotina os “soldados sagrados de Alá” do Estado Islâmico atirarem gays de cima de prédios, e os apedrejarem após caírem (fonte, fonte, fonte). É também rotina gays serem presos, açoitados ou executados pelos governos de países islâmicos, todos eles com assento na ONU:
- O Brunei passou uma lei que condena gays ao apedrejamento (fonte).
- Irã executa gays (fonte).
- Arábia Saudita açoita gay com 450 chicotadas (fonte).
- Gays presos no Egito após “casamento gay” (fonte).
Agora veja o que o site “Islam Question and Answer” sob a supervisão do Xeique Muhammad Saalih al-Munajjid diz sobre o punição para a homossexualidade:
“Os Sahaabah [companheiros de Maomé] foram unanimes sobre a execução de homossexuais, mas divergiam quanto à forma de como eles deviam ser executados. Alguns deles eram da opinião de que eles deviam ser queimados pelo fogo, que foi o ponto de vista de ‘Ali e também de Abu Bakr [ambos foram califas]. E alguns deles pensavam que eles deviam ser jogados para baixo de um lugar alto, e, em seguida, terem pedras jogadas neles. Essa era a visão de Ibn ‘Abbaas.”
Já o manual de lei islâmica Umdat al-salik wa al-nasik, diz que a punição para a sodomia é o apedrejamento até a morte (lei o12.0). De modo que, de novo, não existe diferença entre o Estado Islâmico e os países islâmicos.
(3.3) Apostasia
Nós já vimos anteriormente que quando um muçulmano deixa o islão, tornando-se um apóstata, ele comete um crime contra a nação islâmica (a ummah) cuja punição é a morte. Isso é considerado como uma traição contra a nação islâmica. Além disso, os que os governos que usam o islão para legitimar o seu poder têm feito ao longo dos séculos até os dias de hoje é acusar os seus oponentes de apostasia, tornando fácil a sua condenação. O Estado Islâmico aplica a punição para a apostasia, por exemplo:
- Garoto de 17 anos crucificado pelo crime de apostasia (fonte).
- Ativista de direitos humanos Samira Salih al-Nuaimi é presa, torturada e posteriormente morta (fonte).
- ISIL/ISIS crucificam 8 conversos ao cristianismo como inimigos acusando-os de apostasia (fonte)
Governos de países islâmicos aplicam a lei islâmica e prendem ou matam ex-muçulmanos, por exemplo:
- Mohamed Cheikh Ould Mohamed, blogueiro e ex-muçulmano, é condenado à morte na Mauritânia (fonte)
- Sudão: Mulher grávida enfrenta a morte por deixar o islão e se casar com um não-muçulmano cristão (fonte).
- Irã: ex-muçulmanos presos ou mortos, a lista é longa: Mostafa Bordbar, Saeed Abedini, Benham Irani, Farshid Fathi Malayeri, Youcef Nadarkhani, … (fonte, fonte, fonte, fonte, fonte).
- Na Malásia, a carteira de identidade de uma uma hindú diz que ela é muçulmana, e ela sofre perseguição das autoridades por tentar alterá-la (fonte).
- No Egito, Bishoy Boulous, um ex-muçulmano, também tenta mudar a religião expressa na sua carteira de identidade. Por este motivo, ele foi preso (fonte).
O artigo Apostasia explica o raciocínio tortuoso para justificar o assassinato de ex-muçulmanos. Uma lista de exemplos tem sido compilada em Apostasia – Exemplos. A punição para quem deixar o islão torna o islão semelhante à máfia!
Maomé disse: “Matem todos aqueles que deixarem a religião” [Bukhari, 9:84:57].
Vale lembrar que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu Artigo 18, diz que:
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
(3.4) Adultério
O manual de lei islâmica Umdat al-salik wa al-nasik (lei o12.0), diz que a punição para a fornicação é de chicotadas para solteiros, e morte para os casados. Igualzinho aquilo que o Estado Islâmico faz, e igual aquilo que muitos governos de países islâmicos impõem. Exemplos do Estado Islâmico:
- Jihadistas do Estado Islâmico apedrejam adúlteras até a morte (fonte, fonte)
- A brutal sequência de fotos mostrando a execução de uma “mulher adúltera” pelo ISIS
Exemplos de governos reconhecidos internacionalmente:
- Irã se moderniza: pena para adultério deixa de ser apedrejamento. Agora, a pena é o enforcamento (fonte)
- Arábia Saudita executa homem acusado de feitiçaria e adultério (fonte)
(3.5) Roubo e banditismo
O manual de lei islâmica Umdat al-salik wa al-nasik (lei o14.0), diz que a punição para a roubo é cortar a mão direita se a pessoa roubar a primeira vez, cortar a mão esquerda, o pé direito e por fim o pé esquerdo. Igualzinho aquilo que o Estado Islâmico faz, e igual aquilo que muitos governos de países islâmicos impõem. Isso segue direto do Alcorão 5:33 (cortar as mãos e os pés) e 5:38 (cortar as mãos).
(4) Além do que é apresentado na Tabela 1, existem outras feições que merecem ser mencionadas
(4.1) Escravidão sexual e casamentos forçados
Essa é um dos mais repugnantes aspectos do islão. Eu discuti isso em Estupro e Escravidão Sexual. A permissão de se ter escravas sexuais vem do exemplo de Maomé. E o Estado Islâmico vem fazendo isso à luz do dia, sem que os grandes nomes do movimento feminista se manifeste: era para estarem botando a boca no trombone! Diariamente!
Maomé foi um estuprador. Maomé incentivou seus companheiros a estuprarem. E Alá assinou em baixo. Leia Estupro e Escravidão Sexual para o contexto. Leia também sobre o “casamento temporário” que, na situação, é uma forma religiosamente sancionada de estupro.
A base corânica vem do Alcorão 4:3, que se refere às “mulheres que a sua mão direita possuir”; o Alcorão 4:24 proíbe o homem muçulmano de ter sexo com uma mulher já casada, exceto aquelas que a sua “mão direita possuir”; e o Alcorão 33:50 diz claramente quem são as “mulheres que a sua mão direita possuir”: elas são aquelas conquistadas como espólio de guerra.
Quer exemplos? Existem muitos, citamos alguns que narram como cristãs e iazides são vendidas como escravas (fonte), escravizadas sexualmente (fonte), estupradas por vários homens em sequência (fonte), se matando (por exemplo, se atirando em precipícios) pois a morte é uma escolha mais humana (fonte), sendo mortas por não cooperarem (fonte, fonte), o abuso sexual de meninas pré-puberes (fonte), um horror só.
E isso sem contar que o Estado Islâmico está ordenando a remoção do clítoris das meninas e mulheres, algo comumente chamado de mutilação da genitália feminina (fonte).
Leia aqui um resumo dos “direito das mulheres” sob o islão.
(4.2) Imposição rigorosa da vestimenta islâmica para as mulheres
O que o Estado Islâmico faz em termos de obrigar as mulheres a se cobrirem com a niqab (deixando apenas os olhos à mostra) é igualzinho aquilo que fazem a Arábia Saudita e o Irã.
Na Arábia Saudita, as mulheres são obrigadas a usarem o niqab, passíveis de serem punidas ou espancadas pela “polícia da virtude” (‘mutauain’), ou como chamada oficialmente “Comitê para a promoção da virtude e prevenção do vício.” No Irã, a “polícia religiosa islâmica” faz o mesmo impondo o chador. Outros países ou regiões também possuem estas patrulhas islâmicas, como a Indonésia, o norte da Nigéria, a Malásia, e a Faixa de Gaza. Esta imposição e exemplo do aspecto monocultural do islão vem do Alcorão 9:71:
E (para) os fiéis e as fiéis, eles são guardiões uns dos outros; eles usufruem do bem e proibem o mal, observam a oração e pagam o zakat, e obedecem a Alá e Seu Mensageiro; (para) esses, Alá vai mostrar misericórdia para com eles; porque Alá é Poderoso, Prudentíssimo.
(4.3) Proibir música e expressões artísticas
Música e expressões artísticas são proibidas pela Sharia. Por exemplo, O manual de lei islâmica Sharia ‘Umdat as-Salik wa ‘Uddat an-Nasik diz:
r40.1 Instrumentos musicais devem ser banidos.
– Flautas, instrumentos de corda e similares são condenados.
– Aqueles que ouvirem cantores terão as suas orelhas enchidas com chumbo no Dia do Julgamento.
– Canções criam hipocrisia.
r40.2 É ilegal usar instrumentos musicais ou ouvir o mandolin, alaúde, címbalo e flauta. É permissível tocar o tamborim em casamentos, circuncisões, e outras horas, mesmo que ele tenha sinos nos lados. Bater em tambores é ilegal.
Exemplos
- ISIS bane música e impõe o véu em Raqa (al-monitor). (jan 2014)
- ISIS bane música, esportes e ensino da evolução (week). (out 2014)
- ISIS queima instrumentos musicais acusando-os de anti-islâmicos (cbc). (fev 2015)
Mas não pense que é “loucura do ISIS” pois isso acontece também em outros lugares:
- Irã: líder supremo diz que música não condiz com os valores islâmicos (guardian).
- Grã-Bretanha: alunos retirados da aula porque “o islão proíbe instrumentos musicais” (dailymail).
- EUA: imã das duas maiores mesquitas de Sacramento, Califórnia, declara que música foi proibida por Maomé (Sacramento).
- Grã-Bretanha: patrulha islâmica acaba com festa dizendo que música é proibida (PTI).
Leia mais sobre a proibição de música e instrumentos musicais. O fato é que quanto mais islamicamente fundamentalista um país ou um muçulmano, música e instrumentos musicais são considerados como anti-islâmicos.
(4.4) Destruir templos ou símbolos de outras religiões
Este assunto foi apresentado no artigo Obrigação de destruir “ídolos”: a Jihad islâmica contra a Arte e a História da Humanidade (Islam Q&A), que explica que os companheiros mais próximos de Maomé destruíram símbolos dos outros como uma forma de impor a sua visão religiosa intolerante. O Estado Islâmico vem fazendo isso sistematicamente, destruindo não apenas símbolos religiosos xiitas e cristãos, mas também sítios arqueológicos e artefatos históricos de valor incalculável.
(4.5) Orações
Não existe diferença entre as orações dos muçulmanos do Estado Islâmico e os demais muçulmanos. Por exemplo, Raymond Ibrahim relata que orações do líder religioso da Mesquita de Safa em Mersa Matruh, que diz que “o califado Islâmico vai voltar e que Jerusalém, embora roubada pelas mãos dos Judeus, será retomada pelos Muçulmanos mais uma vez.” O clérigo celebra o ISIS dizendo que “o futuro do Islã, a glória dos Muçulmanos e a humilhação dos Politeístas – o Islã está chegando e Alá o fará vitorioso sobre toda a terra.” Ele ainda diz que “cabe a todos os Muçulmanos comprometerem-se com os costumes do Islã, seguir o exemplo do Mensageiro de Alá e ser fiel ao Livro de Alá e sua Sunna” – exatamente como o Estado Islâmico (ISIS) está fazendo.
Conclusão
Dentro do exposto, fica muito difícil dizer que o Estado Islâmico não é islâmico ou que os muçulmanos que aderiram e ele não são muçulmanos. Na verdade, tudo o que é feito pelo Estado Islâmico é 100% islâmico e maometano. E tudo com as bençãos de Alá.
Atualização em dezembro de 2015: Padre iraquiano diz que “não existe essa coisa de islã moderado … o ISIS é cem por cento islã”
Os adjetivos criados no mundo ocidental, tipo “radical”, “moderado”, são apenas modos de satisfazer o politicamente correto. No mundo islâmico, existe o islão e acabou. (Tião Cazeiro)
Atualização em fevereiro de 2015: jornalista iraquiano destrói mito que Estado Islâmico não tem laços com o islão
Fadel Boula desafia o mito que o Estado Islâmico, ou outras organizações jihadistas, não tem relação com o islão. Em um artigo publicado no jornal Al-Akhbar ele explica que estas organizações seguem o salafismo e acreditam que os seus objetivos coincidem com a vontade de Alá e os princípios fundamentais do islão. “O terror que está agitando o mundo de hoje não é um desastre natural como um furacão, uma tempestade ou um terremoto, e não é perpetrado por tribos selvagens”, escreveu Boula. “Ele é perpetrado por pessoas que se alistam [porque eles são] inspirados por uma ideologia religiosa. [Essas pessoas] defendem a execução e a disseminação [dessa ideologia como um conjunto de] princípios dogmáticos que deve ser imposta pela força da espada, e que [ordena o] assassinato, expulsão e destruição onde quer que vá.” Ele fez uma comparação com o modo pelo qual o Estado Islâmico trata os cristãos com o que foi feito pelo segundo Califa Umar Al-Khattab [583-644 d.C.] durante a conquista da Síria dentro da jihad islâmica que seguiu a morte de Maomé. (Investigative Report)
Atualização em abril de 2015: reportagem da Deutch Welle que faz a ligação entre o Estado Islâmico e a Arábia Saudita
Arábia Saudita e a proximidade com o Estado Islâmico
Clérigo Saudita afirma “nós e ISIS compartilhamos da mesma ideologia”
O xeique Adel al-Kalbani, o antigo Imã da Grande Mesquita em Meca, afirmou que o Estado Islâmico e os salafistas da Arábia Saudita compartilham das mesmas ideias. O que os difere é a maneira de aplicá-las. Ele disse isso em entrevista a uma TV de Dubai.
Artigo da Folha menciona os “doutores islâmicos” que dão sustentação teológica ao Estado Islâmico
Reportagem mostra quem são os intelectuais, tanto medievais quanto contemporâneos, que a organização jihadista Estado Islâmico evoca para justificar atentados. Como não existe um equivalente ao Vaticano para os muçulmanos, as correntes principais dessa religião não conseguem desautorizar a leitura violenta. São eles: Ibn Hazm (Século X), Ibn Taymiyyah (Século XII), Muhammad Ibn Abd al-Wahhab (Século XVIII), Nasir Al-Din Al-Albani (Século XX), Abu Muhammad Al-Madqisi (Século XX), Turki Al-Binali (Século XX) (Folha de São Paulo).
Muçulmano confirma que Estado Islâmico é islâmico e 100% baseado nas ações de Maomé
Ex-muçulmano ensina ao Presidente Obama o que é o Islã
ISIL = Estado Islâmico
YouTube, Bitchute
Atualização em novembro de 2022: Recém-converso, Andrew Tate explica que Estado Islâmico é o verdadeiro islamismo
Andrew Tate é ex-kickboxer e “celebridade” nas mídias sociais. Ele vem elogiando o islamismo faz tempo e resolveu se tornar muçulmano, pois o islamismo diz para homens como ele exatamente o que eles querem ouvir.
\Estado Islâmico e o verdadeiro rosto do islão