A festa foi bonita, mas durou pouco. A esperança depositada no novo governo egípcio, apoiado pelos cristãos
coptas, levou muito pouco tempo para desmoronar. O novo governo quer a lei
islâmica (sharia) soberana sobre a nova constituição.
O sonho de
um governo secular pós-Irmandade Muçulmana ruiu muito rapidamente. Andrew Bostom traz uma notícia desanimadora [1]. Ele diz:
copta do Egito está alarmada sobre o roteiro constitucional emitido nesta
segunda-feira pelo presidente interino Adly Mansour.
ativista copta, a União da Juventude Maspero do Egito – criada usando o nome em
homenagem ao brutal massacre de Maspero [2], durante o qual os militares
egípcios alvejaram e mataram dezenas de
cristãos coptas, ferindo outros 300 – respondeu com angústia compreensível à declaração
do presidente interino Adly Mansour. A União da Juventude Maspero caracterizou
como “chocante” o documento de 33 artigos, que descreve o roteiro
para o período de transição previsto para durar seis meses.
artigo da declaração combina os artigos 1º, 2º e 219º da Constituição sendo suspensa
[3] – artigo 219 tinha sido adicionado anteriormente por supremacistas islâmicos
muçulmanos para esclarecer o significado de “princípios da sharia
islâmica” mencionado no segundo artigo. Aqui estão os artigos da Constituição do Egito,
recentemente suspensa, que, deve ser dito, tinha sido recentemente aprovada em
dezembro de 2012, por um total de 64,0% dos egípcios, (10.543.893/16.472.241),
incluindo 67,5% (162.231 / 240.224) de egípcios vivendo no exterior [4].
Artigo 1 º:
A República Árabe do Egipto é um Estado independente e soberano, unido e
indivisível, e o seu sistema é democrático. O povo egípcio faz parte das nações
árabes e islâmicas, orgulhoso de pertencer ao vale do Nilo e da África, e do
seu alcance asiático, um participante positivo na civilização humana.
Artigo 2 º:
O islão é a religião do Estado e o árabe é a língua oficial. Os princípios da
Sharia islâmica são a principal fonte da legislação.
Artigo 219:
Os princípios da Sharia islâmica incluem evidências gerais, as regras
fundamentais, as regras de jurisprudência e fontes credíveis aceitas nas doutrinas
sunitas e pela comunidade como um todo.
… afirma
que a República Árabe do Egito é um sistema democrático baseado na cidadania,
que o islã é a religião do Estado, o
árabe é a língua official, e os
princípios da lei sharia derivados de cânones sunitas estabelecidos são a sua
principal fonte de legislação. [Ênfase nossa]
(Um parênteses: texto semelhante ao usado na “Declaração dos Direitos Humanos no Islão“, aprovada pela Organização da Cooperação Islâmica.)
carta constitucional traz terríveis e trágicas
consequências para os cristãos coptas, e diminui qualquer esperança de
estabelecer um consenso, moderno e secular,
que o Egito tão desesperadamente necessita.
Juventude Maspero emitiu esta declaração lamentosa:
A
[declaração constitucional] não é compatível com os ideais da revolta de 30 de junho
… que ocorreu em prol de um Estado civil, defendendo a diversidade religiosa
e cultural.
deprimente espetáculo que se desdobra no Egito confirma a triste sabedoria desta
observação, feita pelo grande historiador indiano do islã, KS Lal [6]:
Maomé não
podia mudar a revelação; ele só poderia explicá-la e interpretá-la. Existem
muçulmanos liberais e conservadores; existem muçulmanos sabedores de teologia e
muçulmanos desprovidos deste conhecimento. Eles discutem, eles interpretam, eles
racionalizmr – mas tudo isso, dando voltas e voltas dentro do círculo fechado
do Islã. Não há nenhuma
possibilidade de se sair dos fundamentos do Islã; não existe abertura para se introduzir
qualquer inovação.”
isso, a perseguição aos cristãos coptas continua, como vem sendo desde que o
islã ocupou o Egito no século sétimo.
[1] Mama
Mia, More Sharia in Egypt, Andrew G. Bostom, American Thinker, jul/2013
[2] Egypt’s Massacre of Christians: What the Media Does
Not Want You To Know, Raymond Ibrahim, Gatestone Institute, Out/2011
[3] Egypt’s
draft constitution translated, Egypt Independent, dez/2012
[4] Full
unofficial results of Egypt’s constitution referendum: A visual breakdown,
Ahram Online, dez/2012
[5] Egypt’s
Maspero Youth Union says constitutional declaration ‘shocking’, Ahram Online, jul/2013
[6] Sharia
versus Freedom: The Legacy of Islamic Totalitarianism, Andrew G. Bostom
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