Este é o segundo artigo que trata do Ramadã, o mês mais sagrado no calendário islâmico. No primeiro artigo, tratamos de como o islamismo se impõe, citando exemplos de Maomé, que queimou casas de muçulmanos que não rezavam, e da lei islâmica Sharia que ordena o fiél a impor o islamismo sobre o vizinho muçulmano, mesmo usando de meios violentos.
Neste artigo, vamos tratar sobre como o Ramadã é visto pelos mujahadin (os guerreiros sagrados do islamismo) como o mês da Jihad.
Vídeo no Bitchute, Rumble e YouTube.
Em primeiro lugar, vamos rever a definição de Jihad, apresentada pela lei islâmica:
o9.0: Jihad significa guerra contra não-muçulmanos, e é etimologicamente derivada da palavra mujahada que significa guerra para estabelecer a religião. Esta é a jihad menor. Quanto à jihad maior, esta é a guerra espiritual contra o eu interior (nafs) …
Parece bom, não é, a jihad maior é a espiritual. Mas, o fato é que toda a ênfase, no Alcorão, nas tradições de Maomé nos hadices e na biografia de Maomé (a sira) é todo na jihad menor, a jihad armada.
Aliás, que religião diferente, para pior, é o islamismo, com este seu comando de guerrear contra seguidores de outras religiões e ateus?
Eu apresento o link para dois artigos sobre Jihad Islâmica abaixo:
* Jihad, como definida pela Lei Islâmica
* O significado de “Jihad” explicado por autoridades islâmicas
E como o Ramadã se enquadra neste contexto? Se não, vejamos.
O que a propaganda islâmica nos diz é que o Ramadã é uma oportunidade de expressar sua obrigação com os cinco pilares do Islã: fé, oração, caridade, jejum e peregrinação. Mas para os militantes islâmicos, Ramadan permite não apenas reafirmar sua observância religiosa, mas também fortalecer suas convicções ideológicas políticas. Veja o que diz o professor Nizar Hamzeh, especialista em islã político da Universidade Americana de Beirute:
“O Ramadã é um mês de compromisso e renovação de sua fé e também de sua causa, seja pela jihad militar ou não militar. É um mês de martírio e compromisso com a ideologia islâmica”.
Ao longo da história islâmica, o Ramadã tem sido visto como um momento de vitória para os exércitos muçulmanos – e um período em que aqueles que são martirizados têm uma maior garantia de um lugar no paraíso.
O xeique Maher Hammoud, um importante clérigo sunita em Sidon, no sul do Líbano, diz que o Ramadã é percebido por todos os muçulmanos como “o mês da jihad”.
“Não é a maneira islâmica de explodir lugares como a Cruz Vermelha ou a polícia iraquiana. Mas, em princípio, o Ramadã é um mês abençoado e conhecido como um mês para a jihad”.
Mas ele tenta minimizar dizendo que muçulmanos têm diferentes interpretações do que constitui uma jihad legítima, por exemplo,
“atirar em um soldado israelense será visto por muçulmanos moderados como algo satisfazendo o conceito de jihad, mas explodir um café em Tel Aviv pode não ser visto pelos muçulmanos moderados como uma forma correta de jihad.”
Em artigo em 2012, o antigo Grão-Mufti egípcio Ali Goma menciona as vitórias militares dos exércitos islâmicos que ocorreram durante o mês do Ramadã. Ele menciona a Batalha de Badr, um evento chave no nascimento do islamismo, que ocorreu durante o mês do Ramadã, no ano de 624 dC (ano 2 DH) porque a milícia de Maomé, incluindo ele, saiu para assaltar uma caravana, sendo confrontrada por árabes de Meca que queriam defender a caravana, claro. Quem é o ladrão aqui, ein? A escaramuça terminou com a vitória dos muçulmanos.
Outros eventos militares da religião da paz que ocorreram durante o mês “sagrado” do Ramadã e foram mencionados pelo Grão-Mufti incluem a conquista de Meca em 630 (ano 8 DH); o ataque contra os cristãos da cidade de Tabuk, no ano 631 dC (ano 8 DH); a invasão da província do Império Romano do Oriente (também chamados de Império Bizantino) da Síria Palestina no Ramadã do ano 636 CE (ano 15 AH); a invasão do Egito, também uma província bizantina, no Ramadã do ano de 641 (ano 20 DH); a invasão do vale do Rio Indo, no ano 644 (ano 23 DH); a invasão do reino visigodo na Península Ibérica, em 711 (ano 91 DH); e a batalha de Amorium, contra os bizantinos, em 838 (ano 223 DH). O Grão-Mufti também menciona a guerra de 1973 contra Israel (a chamada Guerra do Ramadã), conflito esse que os muçulmanos celebram como uma grande vitória, apesar deles terem perdido a guerra.
PS. Só para registro, outros confitos no Ramadã: a batalha de Al-Zallaqa em 1086, na qual os muçulmanos, que ocupavam militarmente a Península Ibérica, derrotaram os castelhanos perto da cidade de Badajoz, na atual fronteira com Portugal; a Batalha de Al-Mansoura, ano 648 (10 de dezembro de 1250), com a vitória sobre a cruzada liderada pelo rei Luís IX; e, a a batalha de ‘Ain Jalout contra os mongóis, em 1260 (ano 658 AH).
O Grã-Mufti termina dizendo:
“Assim, o mês do Ramadã passou para a história muçulmana como o mês da conquista; O mês em que Alá Todo-Poderoso quis espalhar a luz do Islã, sua moral e seus valores entre toda a humanidade.”
Vamos citar alguns outros intelectuais muçulmanos:
O clérigo egípcio e professor da Al-Azhar, Dr. Fuad Mukheimar, dedicou um artigo ao tópico do Ramadã em novembro de 2001. Nele, ele esclareceu a relação entre jejum e jihad:
“A educação para o jejum não se limitou a preparar Muçulmanos para batalhar e imbuí-los com o significado da vida militar, também incluiu travar várias batalhas honrosas durante o mês do Ramadã – a tal ponto que este mês passou a ser chamado de ‘O Mês da Jihad’. A nação do Islã passou a ser chamada “a nação combatente da jihad” e seus valores morais ficaram conhecidos como “os valores da guerra”
Hussein Shehata, membro da Irmandade Muçulmana e professor da Universidade Al-Azhar:
“O jejum [durante o Ramadã] é um dos meios mais poderosos de educar o espírito humano para a jihad. O jejum envolve um esforço espiritual para agir contrariamente ao que é aceito e abandonar completamente os desejos … também ensina os muçulmanos a ter paciência, resistência, resistência e sacrifício, que são todos os traços do combatente jihadista.”
Um artigo de Kattenbroek e Bergema, ambos do The Hague Centre for Strategic Studies, analisou 25.360 ataques terroristas desde 11 de setembro por 81 organizações terroristas, usando dados do Global Terrorism Database (GTD). Uma análise deste conjunto de dados mostra que o número médio de ataques durante o Ramadã é quinze por cento maior do que durante o restante do ano. Ao final do artigo, os autores tentam minimizar as evidências que eles mesmo apresentam no seu artigo, justificando que é preciso combater a narrativa do ‘nós contra eles.’ Mas o fato é que esta “narrativa” é propagada por intelectuais muçulmanos, como vimos anteriormente.
O site The Religion of Peace mantém uma contagem do terrorismo islâmico. Particularmente, no mês do Ramadã, a contagem se chama de maratona, mais precisamente, a “Bombatona do Ramadã.” No Ramadã do ano passado, foram 163 atos resultando em 821 mortes. No mesmo período, não se registrou terrorismo por parte de outras religiões, ao passo que um apenas muçulmano foi morto por uma multidão após os atentados em igrejas e hotéis em Sri Lanka na Páscoa, que mataram 258 pessoas.
Neste vídeo:
- Revimos o conceito de Jihad.
- Clérigos e intelectuais muçulmanos afirmam que o Ramadã é o mês da jihad, inclusive citando o jejum como um treinamento para a guerra.
- Ex-Grão-Mufti egípcio Ali Goma afirma que o Ramadã é o mês da conquista, mencionado conquistas militares dos exércitos jihadistas.
- Estudo recente de pesquisadores do The Hague Centre for Strategic Studies confirmam um maior número de terrorismo islâmico no mês do Ramadã.
Atualização (notícia de 2017) – Talibã rejeita pedido da ONU para suspensão das hostilidades durante o Ramadã como “ignorância da religião”
“Nossa luta é Jihad e uma adoração obrigatória. E cada ato obrigatório de adoração tem 70 vezes mais recompensa no Ramadã,” declarou o porta-voz Zabihullah Mujahid. (VOA)
Referências:
Jihad subindo no mês sagrado islâmico
https://www.csmonitor.com/2003/1030/p01s01-wome.html
Yijad y Ramadán: el vínculo entre la yihad y el mes sagrado del islam en el fundamentalismo islámico
http://www.ieee.es/en/Galerias/fichero/docs_marco/2018/DIEEEM12-2018_Yihad_Ramadan_EnriqueAriasGil.pdf
Ramadán – Mes de la espiritualidad, devoción, yihad y martirio
https://www2.memri.org/espanol/ramadan-mes-de-la-espiritualidad-devocion-yihad-y-martirio/9171
The Holy Month of Jihad? Measuring Terrorist Activity During Ramadan in the Post-9/11 Era
https://smallwarsjournal.com/jrnl/art/holy-month-jihad-measuring-terrorist-activity-during-ramadan-post-911-era
Este é o segundo vídeo de uma série sobre o Ramadã. O link para todos os vídeos desta série:
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