“Maomé é um bom apóstolo. Aqueles que o seguem são cruéis com os não-muçulmanos mas gentis entre sí” Alcorão 48:29
Jihad Hammadeh, é xeique da Mesquita Abu Bakr, em São Bernardo do Campo, e presidente presidente do Conselho de Ética da União Nacional das Entidades Islâmicas. De formação wahabista, formado pela Universidade de Medina, na Arábia Saudita, é responsável por 115 mesquitas e salas de oração no Brasil. É sírio de nascimento, tendo se mudado para o Brasil aos oito anos de idade. Ele ganhou notoriedade ao ser o consultor da novela O Clone (2001) da Rede Globo.
Em entrevista a Revista IstoÉ, o xeique Jihad se fez de vítima, extendendo isso, é claro, para todos os muçulmanos do Brasil, independentemente de como eles se sintam. Se fazer de vítima como arma de propaganda, para atrair a compaixão de alguns de modo praticar a dawa (pregação islâmica) sobre eles.
Mas, vítima do que, José? Vítima porque 10 pessoas foram presas por suspeitas de estarem associadas ao Estado Islâmico. Estranho, né?
O título da matéria da IstoÉ é Está difícil ser muçulmano. Aonde você vai, vira alvo.
Eu acho que a maior dificuldade em ser muçulmano é que cada vez mais pessoas sabem quem foi Maomé: senhor da guerra e terrorista, ladrão, assassino em massa, mandante de assassinatos, pervertido sexual, pedófilo, estuprador, mercador de escravos e pirata. E saber que o que seguiu Maomé foi Jihad (guerra para espalhar a religião islâmica), acompanhada de pilhagem, escravidão e extermínio de populações e cultura, ocupação das terras conquistadas e subjugação dos povos nativos. Tudo isso deve gerar um tremendo conflito interno em qualquer muçulmano sensato, saber que ele se submeteu a um ideologia criada por um criminoso do século VII, e que é responsável pelo extermínio de meio bilhão de seres humanos. E o pior, ele sabe que se ele deixar de ser muçulmano ele pode ser morto.
E as mulheres vestidas com hijabs e niqabs, como se sentem? Bem, elas sabem que ao serem vistas, elas estão dizendo para o mundo que elas concordam com o que a lei islâmica (Sharia) define como sendo os direito das mulheres, que inclue, seus maridos podem bater nelas, só podem se casar com um muçulmano (eles podem ter até quatro esposas, além de escravas sexuais), seu testemunho vale a metade do testemunho de um homem, etc. E cada vez mais as pessoas sabem disso!
Mas, vamos ver o que o xeique Jihad disse sobre estar difícil ser muçumano. Vamos ver se isso se compara com a dificuldade de ser cristão, ateu ou homossexual em terras sob a influência da Sharia. Vamos dar alguns exemplos de perseguição causada por governos de países com assento na ONU, e não por grupos jihadistas.
- Paquistão possui uma lei da blasfêmia usada para perseguir a minoria cristã. De acordo com um relatório recente, “As leis de blasfêmia no Paquistão“, publicado pelo Centro de Investigação e Estudos de Segurança, 247 casos de blasfêmia foram registrados entre 1987 e 2012; 52 das pessoas envolvidas foram mortas extrajudicialmente. No caso mais famoso de todos, Asia Bibi foi condenada à morte (estando presa desde 2010) por ter dito o seguinte para as suas amigas de trabalho: “Eu acredito em Jesus Cristo que morreu na cruz pelos pecados da humanidade. O que o seu profeta Maomé nunca fazer para salvar a humanidade?”
- Na Indonésia, o governo da Província de Achem impõem a Sharia de modo aberto, enquanto que o governo federal a impõe de modo velado, resultando em igrejas destruídas e imposição de diversas restrições sobre os não muçulmanos (inclusive muçulmanos Ahmadia).
- A Arábia Saudita, o paraíso do xeique Jihad, fazer análise crítica do islamismo dá cadeia. Lá, ateísmo é considerado terrorismo, blogueiros que questionam o islão vão para a cadeia, entrar no país com muitas bíblias dá cadeia, igrejas são proibidas, se algum cristão for pego rezando vai preso, e muçulmano que deixar o islão é executado.
- No Irã, ex-muçulmanos presos ou mortos, a lista é longa: Mostafa Bordbar, Saeed Abedini, Benham Irani, Farshid Fathi Malayeri, Youcef Nadarkhani, … (fonte, fonte, fonte, fonte, fonte), e homossexuais são executados.
Vamos destacar alguns trechos da entrevista do xeique Jihad. Você pode ler o artigo inteiro aqui.
O xeique Jihad reclama que muçulmanos têm mais visibilidade. Claro, por que eles não se vestem normalmente? Por que esta necessidade de se vestir diferente para satisfazer a afirmação política de que o “islão está aqui”? Veja o que o xeique Jihad disse:
O preconceito está crescendo, existe uma onda. O estereótipo de que o islamismo está ligado ao terrorismo piorou muito desde 2001. É especialmente desagradável quando as pessoas começam a se afastar se você põe a mão no bolso para pegar qualquer coisa, como uma carteira ou um celular.
Realmente, isso é um problema, mas, por favor, não culpe a população. Culpe os sauditas por exportarem o wahabismo. O site The Religion of Peace diz que desde 11 de setembro de 2001, aconteceram 28.944 ataques jihadistas ao redor do mundo. E agora, xeique Jihad? Veja este vídeo, que é uma pegadinha. As pessoas reagem com medo quando uma pessoa fantasiada como árabe joga uma bolsa e grita Allahu Akbar. Agora, me digam, as pessoas estão corretas por fugirem ou elas são islamófobas e racistas?
O xeique Jihad continua:
Recentemente a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) lançou um cartaz mostrando como reconhecer um terrorista, dizendo que pessoas com roupas estranhas são suspeitas. Qualquer muçulmano pode se encaixar nessa descrição. Houve na comunidade islâmica um alvoroço. O próprio governo brasileiro está criando medo e discriminação. O legado deixado pode ser muito ruim para a sociedade brasileira.
Interessante. O xeique está culpando o governo por proteger a população. E o que significa “o legado deixado pode ser muito ruim para a sociedade brasileira”? Alguma ameaça?
O xeique Jihad se refere às mulheres muçulmanas que querem se vestir diferente, e, como tal, se colocando à parte da sociedade:
Sim, muito mais. Certa vez eu encontrei um grupo de palestinos desembarcando em Brasília. Uma senhora estava de véu e uma das funcionárias do aeroporto mandou retirá-lo. Mas com muita rispidez, muita agressividade. Primeiro a senhora disse que não iria, depois ficou com medo e obedeceu, na frente de todo mundo. Foi coagida. O lugar possui quartinhos para fazer revistas nesses casos. O que aconteceu foi puro preconceito. Uma freira com a cabeça coberta, com certeza, não seria tratada da mesma forma.
Em primeiro lugar, quem está afirmando que a funcionária do aerporto foi ríspida e agressiva é o xeique Jihad. Em geral, funcionários de segurança de aeroporto tratam as pessoas bem pois eles são treinados para isso. Será que não foi exatamente o contrário? Puro preconceito? Quem julga isso, O xeique Jihad?
E quanto a sua frase “uma freira com a cabeça coberta, com certeza, não seria tratada da mesma forma”, vamos refletir. Não existem freiras-bomba. Não existem registros de freiras que tenham tentado esfaquear os outros. E, te digo mais, se a segurança de aeroporto pedir para uma freira tirar o chapéu, ela irá tirá-lo, mesmo em público! Quem é o preconceituoso neste caso, xeique Jihad?
O xeique Jihad nega que o o Estado Islâmico represente os ideais islâmicos. Bem, isso foi tratado no artigo O Estado Islâmico é islâmico e representa o verdadeiro rosto do islão. Leia e tire suas conclusões. (Não existe diferença entre o Estado Islâmico e a Arábia Saudita, onde o xeique Jihad estudou)
O xeique Jihad compara a Bíblia com o Alcorão, quando na verdade eles são bastante diferentes. Enquanto que a Bíblia tem descrições violentas, de eventos em um passado longínquo, e termina com os ensinamentos de Jesus Cristo, o Alcorão possui comandos de ações violentas a serem praticados. Os versos do Alcorão de Meca, que seria menos violento, foi suplantado pelos versos de Medina, que são uma declaração de guerra contra toda a humanidade. O Alcorão termina em Medina. Leia sobre o Alcorão e sobre a questão Judaísmo e Cristianismo: tão violentos quanto o Islã?
O xeique Jihad nega que o Islã defenda a destruição de importantes símbolos de outras religiões. Na verdade, Maomé fez isso, e, devido ao seu exemplo, a destruição dos símbolos religiosos dos outros é algo 100% islâmico.
Respondendo a pergunta se os muçulmanos querem viver num estado islâmico, nos moldes de país defendido pelo grupo terrorista, o xeique Jihad disse que “os muçulmanos querem um estado justo.” A questão aí é o conceito de justiça. Segundo o islamismo, justiça significa o estado no qual a Lei Islâmica Sharia é a única lei da terra, e todas as decisões judiciais são baseadas apenas sobre ela.
E, no final da matéria, o xeique Jihad culpa os outros pelo estágio letárgico do mundo islâmico, dizendo que “depois da 1ª Guerra Mundial, os colonizadores deixaram as nações da região em estado de caos.” Na verdade, o retrocesso do mundo islâmico ocorreu no começo do século XI quando Al-Ghazali destruiu a lógica.
Uma última coisa que merece ser comentada é a sua afirmação de que “graças aos muçulmanos, os filósofos gregos chegaram até os dias de hoje. Se não fosse por eles, não estaríamos usando o computador ou o celular, já que foi o povo que inventou o número zero.” Aqui temos duas inverdades. A primeira é que os textos dos filósofos greco-romanos foram preservados durante o Império Romano do Oriente*. A segunda inverdade é que foram os hindús que inventaram os números que adotamos hoje, inclusive o zero. Os árabes apenas serviram de ponte entre a Índia e a Europa.
A Europa não tinha esquecido textos ou a cultura grega. O filósofo cristão Boécio traduziu Aristóteles para o latim no século VI. Monges na Abadia de Mont Saint-Michel traduziram Aristóteles muito antes que as traduções árabes chegassem à Europa a partir da Espanha. Cassiodoro, ministro do rei Teodorico, da Ibéria Visigótica, fundou, no ano de 540, um mosteiro dedicado a proteção dos textos clássicos. O Papa Gregório, o Grande, instruiu os monges de Monte Cassino para fazerem o mesmo, no século VI. Os textos gregos não tinham sido “perdidos” para serem encontrados graciosamente pelo Islã, mas tinham sido mantidos e comentados no Império Romano do Oriente (Bizantino). Tudo isso, pelo menos um século antes da criação do Islã. Nada havia sido perdido.
Foram os cristãos da província romana da Síria que traduziram os textos de Aristóteles, em primeiro lugar do grego para o siríaco, e depois para o árabe, a língua oficial do Califado. Ou seja, as traduções ocorreram duas vezes.
O Islã destruíu as civilizações com as quais ele entrou em contato, tais como a Pérsia Zoroastra, o Sinde Hindú, e a porção oriental do Império Romano do Oriente, cristão. Muitas das invenções, como os “números árabes”, atribuídos os árabes e o Islã, tinham sido desenvolvidos por outras civilizações, ou por súditos não muçulmanos do califado. O Islã invadiu terras européias, capturado ou comprado milhões de cristãos para a escravidão ao longo de toda a Idade Média. E, muito importante, a cultura grega era para o Islã um universo alienígena, porque o Islã não poderia lidar com a pintura e escultura grega representacional, narrativa, drama, e teoria política, entre outras coisas.
\Islamizacao do Brasil – 2016 xeique Jihad se faz de vitima Revista IstoE