José Atento
Em maio de 2014, eu escreví um artigo relacionado a tentativa de impor, através de lei, o ensino obrigatório do islamismo no Brasil. A tentativa fracassou, mas não o objetivo. Os mesmos grupos ligados ao projeto de lei que foi arquivado buscaram outras alternativas que fossem menos visíveis, algo como uma porta dos fundos. Uma destas alternativas é a de inserir livros escolares que exaltem o islamismo, não como uma ideologia de conquista e subjugação, mas como algo róseo e lindo. Isso se chama TAQUIA, a mentira sagrada!
Tomamos conhecimento de dois livros-texto, usados em partes diferentes do Brasil, um na Paraíba, e o outro no Amazonas. Estes livros-texto contém dezenas de páginas voltadas ao islamismo mas um silêncio quase sepulcral no tocante a outras religiões. Por que este favoritismo?
Neste artigo, iremos discutir o livro usado na Paraíba, Português, Matemática, Ciências, História, Geografia: 7o ano, módulo 1, Primeira Edição, 2015, publicado pela FTD EDUCAÇÃO, de São Paulo, SP.
A website indicada no livro-texto leva para a FTD Sistema de Ensino, grupo que oferece consultoria de ensino a escolas e produz material educacional. Eles possuem filiais em todos os estados do Brasil. Iremos listar aquilo que achamos de problemático no texto, tecendo comentários esclarecedores. O nosso intuito aqui é o de colaborar com o FTD Sistema de Ensino, dentro no nosso ponto-de-vista. E uma cópia das nossas observações estão sendo enviadas para eles.
Para facilitar a nossa análise, iremos nos referir a cada uma das páginas específicas, apresentadas como imagem abaixo. Perdão pela baixa resolução das imagens.
Página 32 – A folha de frente do “Capítulo 3 A Expansão do Islamismo” apresenta 3 imagens, uma de Meca, outra dentro de uma mesquita em São Paulo, e uma terceira de “garotas islâmicas” vestidas com o hijab em Amsterdã. A mensagem que estas imagens passam é que o islamismo está presente em todo o mundo, inclusive no Brasil. A outra mensagem é que a vertente sunita e salafista é a predominante. Isso é devido ao fato de se apresentar duas mulheres vestidas com o hijab. Mas, na verdade, existe uma discussão séria dentro do mundo islâmico de que o uso do véu não faz parte do islamismo, inclusive muitas muçulmanas não o usam. Apenas os salafistas obrigam seu uso. E, do lado do xiísmo, o komeinismo também obriga o véu, sob os protestos de milhões de mulheres iranianas (veja, por exemplo o movimento de protesto contra o véu feito pela página My Stealthy Freedom). Seria mais interessante, produtivo e feminista, se o livro texto apresentasse uma foto mostrando muçulmanas sem o véu.
O emprego do véu representa um retrocesso imposto pelo crescimento do salafismo e wahabismo, patrocinado pelos pedro-dólares dos países do Golfo. O uso do véu era motivo de chacota apenas algumas décadas atrás. Veja este vídeo, onde o presidente egípcio Gamel Abdel Nasser, rí do pedido feito para Irmandade Muçulmana (grupo salafista) para que o governo obrigasse todas as mulheres egípcias a usarem o hijab. Isso em 1958.
Página 33 – Várias correções são necessárias
(a) O texto diz “O islamismo é atualmente a religião com maior número de seguidores no mundo.”
ERRADO. Bastaria uma busca no Google para descobrir que o cristianismo possui mais seguidores: 31% da população mundial contra 23% do islamismo (wikipedia). No desejo de uma fonte mais elegante, que tal o Pew Research Center, que prevê que no ano de 2050 o cristianismo ainda será maior, porém com o islamismo bem próximo (31% contra 29%).
(b) “Os árabes nômades que habitavam essa península [Arábica] eram conhecidos como beduínos.” … “Os beduínos eram politeístas.” CORREÇÃO. O texto omite que existiam tribos que não eram beduínos. Por exemplo, na cidade de Yatrib (atual Medina) residiam 5 tribos judáicas (todas elas exterminadas por Maomé, algo que o texto também omite), além de comunidades cristãs, principalmente no atual Iêmen (igualmente exterminadas).
(c) “Ainda jovem, [Maomé] começou a se dedicar ao comércio e, poucos anos depois, já tinha suas próprias caravanas.” ERRADO. Maomé nunca teve caravanas, mas trabalhou em algumas como empregado do marido de Cadija, um mercador próspero. Esta assunto se complementa com o item (d) abaixo.
(d) “Aos 25 anos, casou-se com uma viúva rica chamada Cadija e passou a administrar os negócios da sua mulher.” ERRADO. Maomé foi convidado por Cadija, viúva do mercador para quem Maomé trabalhava, para se casar com ela. Ela tinha 40 anos de idade. Maomé não assumiu o negócio com o casamento, mas usou do dinheiro para financiar as suas idas até as grutas próximas de Meca, onde ele passava dias “meditando.” Após começar a ter as “revelações”, Cadija passou a financiar a sua “missão profética.” Com a morte de Cadija, Maomé perdeu sua fonte de renda (lembre-se, que ele não administrava nada) e, como se diz na gíria, torrou o dinheiro a ponto de estar pobre quando se mudou para Yatrib (atual Medina).
Página 34 – Apresenta-se uma cronologia incompleta. Por exemplo, não se menciona quando e como Maomé unificou a Península Arábica, algo feito através da Jihad (guerra para propagar a religião islâmica). Maomé se envolveu, em média, em um evento de violência a cada 6 semanas, desde a sua mudança para Yatrib (Medina), em 622, até a sua morte, em 632. Neste período Maomé tornou-se um senhor da guerra e assaltou caravanas, atacou tribos árabes indefesas, exterminou 5 tribos judáicas, assassinou seus oponentes, sequestrou por resgate, torturou em busca de tesouro, escravizou e vendeu escravos, autorizou o estupro de mulheres não muçulmanas (inclusive ele tendo estuprado algumas), sem contar a sua vida sexual que foi um escânda-lo (pedofilia, incesto, escravas sexuais e harém). A única personagem histórica com a qual Maomé poderia ser comparado é Gengis Khan, com a diferença que Gengis Khan era tolerante com as diferenças religiosas.
Outros fatos importantíssimos que foram ignorados pela cronologia foi o extermínio da civilização persa sassânida e da civilização hindú (sendo que no caso desta última, isso se constitui no maior genocídio da história), bem como do budismo no Afeganistão.
(a) “610 a 661” … “Esse é um período de relativa unidade entre os muçulmanos.” ERRADO. Além dos eventos de violência citados acima, feitos por Maomé, logo após a sua morte as tribos árabes deixaram de ser muçulmanas, ou seja, elas acharam que com a morte de Maomé, a vida voltaria a ser como era antes. Só que o primeiro califa, Abu Bakr (o pai de Aisha, a esposa que Maomé consumiu quando ela tinha 9 anos de idade) não queria perder o domínio e iniciou uma série de conflitos de conquista da Península Arábica chamado de Guerras da Apostasia ou Guerras da Compulsão (riba em árabe). Apostasia (ou seja, deixar de ser muçulmano) é um crime cuja pena é a morte (até hoje)!
(b) “750 a 1258″ Nesse período ocorre um grande desenvolvimento cultural …” Iremos tratar isso mais tarde.
(c) “645 O Califa Uthman aprova e dá início à difusão do texto sagrado, o Alcorão.” Esta difusão acontece através de guerras de conquista (Jihad) e com a subjugação dos povos conquistados (dimitude). Se isso não for mencionado passa-se a impressão que esta “difusão do texto sagrado” foi como um passeio no parque.
(d) “711 Os muçulmanos dominam a penísula ibérica.” PERGUNTA: Por que os árabes muçulmanos deixaram a Península Arábica, caminharam mais de 6 mil quilômetros pelo deserto, e invadiram a Península Ibérica? Que ideologia sórdida e que objetivos macabros os levaram a fazer isso, sem nunca terem sido provocados pelos habitantes da Península Ibérica?
(e) “1453 Após longo cerco a Constantinopla, os turcos-otomanos conquistaram a capital do Império Bizantino” PERGUNTA: Por que os turcos deixaram as estepes da Ásia Central, caminharam para o oeste, ao longo dos séculos, invadindo e pilhando os povos no seu caminho, exterminando uma das mais ricas civilizações da história (a bizantina) apenas parando nos portões de Viena, duas vezes? Que ideologia sórdida e que objetivos macabros os motivaram a fazer esta guerra sem fim, contra povos que nunca os perturbaram na Ásia Central?
A conquista árabe criou as condições para um estado de guerra quase permanente na Península Ibérica que colocou especial ênfase na destruição e na exibição de inimigos mortos, com um animado comércio de escravos como um incentivo adicional. Isto continuou durante todo o período abrangido por este livro, e em escala e intensidade que excedeu qualquer coisa que pudesse ser encontrada em outros lugares na Europa Ocidental nestes séculos. Mesmo em Córdoba, no seu apogeu cultural, terá sido difícil escapar do fedor de decomposição da carne humana das cabeças decapitadas exibidas nos portões e os corpos daqueles publicamente crucificados, deixados a apodrecerem na frente do palácio.
- Roger Collins, Caliphs and Kings, Spain, 796-1031, Willey Blackwell, 2012
- Dário Fernández-Morera, The Myth of Andalusian Paradise, Muslims, Christians, and Jews under Islamic Rule in Medieval Spain, ISI Books, 2016
- Olivia Remie Constable (Ed.), Medieval Iberia, Readings from Christian, Muslim, and Jewish Sources, University of Pensilvania Press, 2011.
Página 37 –
(a) “A Caaba … significa “Casa de Deus.” ERRADO. O Dicionário Árabe-Inglês Hans Wehr traduz Caaba com cubo ou estrutura cúbica; templo; objeto de veneração, foco de interesse.
Página 38 – A cultura islâmica. Uma compreensão correta do islamismo e de como a “cultura islâmica” foi forjada requer que se tenha em mente que o islamismo surgiu às margens das civilizações mais avançadas da época. Os conhecimentos científicos, as artes e a cultura do Império Romano do Oriente (notadamente na Síria e no Egito), da Pérsia Sassânida, e da Civilização Hindú foram obliterados pelas ondas de invasores muçulmanos, e o que restou foi usado, desde que não contrariasse o Alcorão.
(a) As ciências. “Os pensadores muçulmanos davam grande valor ao conhecimento. Eles resgataram obras filosóficas, literárias, científicas e técnicas dos antigos gregos e traduziram-nas para o árabe, preservando esses conhecimentos antigos. Também recuperaram conhecimentos chineses, persas e indianos, aprimoraram esses saberes e os difundiram para o Ocidente.” VÁRIOS ERROS EM UM ÚNICO PARÁGRAFO.
Não existiu resgate pois nada havia sido perdido. E não existiu recuperação pois nada estava quebrado. A Europa não tinha esquecido textos ou a cultura grega. O filósofo cristão Boécio traduziu Aristóteles para o latim no século VI. Monges na Abadia de Mont Saint-Michel traduziram Aristóteles muito antes que as traduções árabes chegassem à Europa a partir da Espanha. Cassiodoro, ministro do rei Teodorico, da Ibéria Visigótica, fundou, no ano de 540, um mosteiro dedicado a proteção dos textos clássicos. O Papa Gregório, o Grande, instruiu os monges de Monte Cassino para fazerem o mesmo, no século VI. Os textos gregos não tinham sido “perdidos” para serem encontrados graciosamente pelo Islã, mas tinham sido mantidos e comentados no Império Romano do Oriente (Bizantino). Tudo isso, pelo menos um século antes da criação do Islã. Nada havia sido perdido.
Foram os cristãos da província romana da Síria que traduziram os textos de Aristóteles, em primeiro lugar do grego para o siríaco, e depois para o árabe, a língua oficial do Califado. Ou seja, as traduções ocorreram duas vezes.
O Islã destruíu as civilizações com as quais ele entrou em contato, tais como a Pérsia Zoroastra, o Sinde Hindú, e a porção oriental do Império Romano do Oriente, cristão. Muitas das invenções, como os “números árabes”, atribuídos os árabes e o Islã, tinham sido desenvolvidos por outras civilizações, ou por súditos não muçulmanos do califado. O Islã invadiu terras européias, capturado ou comprado milhões de cristãos para a escravidão ao longo de toda a Idade Média. E, muito importante, a cultura grega era para o Islã um universo alienígena, porque o Islã não poderia lidar com a pintura e escultura grega representacional, narrativa, drama, e teoria política, entre outras coisas.
(b) “Os conhecimentos difundidos pelos muçulmanos contribuíram para o desenvolvimento das ciências modernas, desempenhando um papel importante nas áreas da Medicina, Química, Biologia, Física, Matemática, Astronomia, Arquitetura, História, Filosofia e Música.”
Este é um dos maiores mitos que existem sobre o islamismo. O quanto não se perdeu com as invasões islâmicas? Na Índia, as universidades de Nalanda, Vallabhi e Odantapuri foram arrasadas. A cidade de Hipona (Hippo Regius), centro de saber que alojou nada mais do que Santo Agostinho, foi praticamente nivelada. Em Alexandria, o que restava da sua outrora grande biblioteca foi finalmente perdido (ao ordenar a destruição da biblioteca, o Califa Umar disse “Se esses livros estão de acordo com o Alcorão, não temos necessidade deles, e se eles são contrários ao Alcorão, devem ser destruídos”). Na verdade, o que existiu de centelha de conhecimento foi algo que ocorreu apesar do islamismo, e deve-se a homens dedicados, muitos deles nem muçulmanos eram, mas sim, zoroastras, judeus e cristãos que adotaram nomes arabizados e tinham que escrever em árabe, sendo este o idioma do califado. A grande contribuição destes homens de ciência da antiguidade foi a de registrar, em árabe, os textos dos sábios gregos, hindús e persas.
Bagdá, uma cidade persa, tornou-se um centro de atração para estes pensadores, no que é referido como a casa da sabedoria (“era de ouro”, que durou pouco mais de cem anos), onde existia pensamento crítico, até que Al-Ghazali a destruiu. Al-Ghazali (1050-111) é considerado o muçulmano mais influente depois de Maomé. Al-Ghazali impôs a linha de pensamento de que não existem leis naturais pois se elas existissem elas estariam restringindo o poder de Alá, que pode tudo. Deste modo, Al-Ghazali destruiu o raciocínio lógico baseado na “causa e consequência” sepultando de vez a influência positiva das culturas greco-romana e persa.
E mais uma coisa. O Islã proíbe a música, de modo que não existe papel importante algum. Eu sugiro que a referência a música seja retirada desta lista.
(c) Seria mais correto dizer “conquistas islâmicas” do que “expansão islâmica” como usado no livro-texto, pois a “expansão islâmica” não foi pacífica, mas sim fruto de conquistas militares.
Referências úteis sobre o tema:
- Emmet Scott, The Impact of Islam, New English Review Press, 2014.
- Emmet Scott, Mohammed and Charlemagne Revisited: the History of a Controversy, New England Review Press, 2013.
- Sylvain Gouguenheim, Aristote au Mont Saint-Michel: les racines grecques de l’Europe médièval, Editions du Seuil, 2008.
- Rémi Brague, Europe, La Romaine voie, Folio Essais, 1992.
- Henri Pirenne, Mahomet et Charlemagne: Byzance, Islam et Occident dans le haut Moyen Age, 1937.
Mais detalhes sobre a Jihad Islâmica e seu desenvolvimento:
- Paul Fregosi, Jihad in the West, Muslim conquests from the 7th to the 21st centuries, Prometheus Books, 1998.
- M. A. Khan, Islamic Jihad, a legacy of forced conversion, imperialism, and slavery, iUniverse, 2009.
2008, a book not mentioned by Scott and demonized by academic
specialists), Europe had not forgotten Greek texts, or culture. The
Christian philosopher Boethius translated Aristotle into Latin in the
sixth century. Monks at the abbey of Mont Saint-Michel translated
Aristotle before Arabic translations reached Europe from Spain. – See
more at:
http://www.libertylawsite.org/book-review/when-the-spirits-collided-islam-and-christianity-in-the-course-of-western-civilization/#sthash.pYy6XRJd.dpuf
2008, a book not mentioned by Scott and demonized by academic
specialists), Europe had not forgotten Greek texts, or culture. The
Christian philosopher Boethius translated Aristotle into Latin in the
sixth century. Monks at the abbey of Mont Saint-Michel translated
Aristotle before Arabic translations reached Europe from Spain. – See
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http://www.libertylawsite.org/book-review/when-the-spirits-collided-islam-and-christianity-in-the-course-of-western-civilization/#sthash.pYy6XRJd.dpuf
Página 39 –
(a) Aqui comete-se um erro muito comum de se atribuir a muçulmanos a produção literária no idioma árabe. Deve-se lembrar que o árabe se tornou o idioma oficial do califado, de modo que escritores cristãos, judeus, zoroastras e muçulmanos usavam o mesmo idioma. No tocante a As Mil e Uma Noites, este texto não é uma criação de muçulmanos, mas sim uma coleção de histórias e contos populares do Oriente Médio e do sul da Ásia compilados em árabe durante a Idade de Ouro islâmica.
Um outro exemplo desta confusão é o livro O Profeta, escrito por Kahlil Gibran, um libanês e cristão maronita.
(b) Ao se mencionar Ibn Sina (Avicena) é importante também mencionar Cláudio Galeno (129-217 dC), médico e pesquisador grego, que influenciou enormemente a ciência médica ocidental, e de quem Avicena traduziu e baseou seus conhecimentos.
Página 40 –
“1. Explique quais fatores motivaram a expansão islâmica.” Essa pergunta é muito importante, mas o texto não oferece recursos para se compreender o que é jihad: guerra para propagar a religião (Islã). Este conceito único do islamismo o tornou a maior máquina assassina da história!
Por exemplo, ao invadir militarmente o norte da África, as hordes islâmicas foram confrontadas por Dahlia, a Rainha dos Bérberes (chamada de al-Kahina, a bruxa, pelos muçulmanos invasores). Ela havia dito “seus clérigos são bem-vindos, mas não seus exércitos.” Os exércitos jihadistas islâmicos invadiram assim mesmo.
Outro fator motivador para a expansão islâmica foi o tráfico de escravos. O texto ignora os 14 séculos de escravidão negra, hindú e européia que o islamismo promoveu! Nós temos certeza que os professores de história do FTD Sistema de Ensino terão o máximo de interesse em verificar os livros escritos sobre a escravidão islâmica, e acrescentar informações sobre isso no texto.
Página 41 – Distração
Página 42 – Já tratamos anteriormento sobre “Al Andaluz” (página 35), sugerindo algumas referências. Iremos tratar de algumas frases que consideramos como merecedoras de revisão.
(a) “Nos oito séculos em que permaneceram na península Ibérica, os muçulmanos deram importantes contribuições culturais para os povos que viviam nessa região.” ERRADO. Os muçulmanos invasores eram culturamente muito inferiores que os visigodos cristãos que viviam na Península Ibérica. A brutalidade das invasões fez com que comunidades cristãs inteiras fugissem para o norte da península, e a resistência contra a ocupação foi uma tônica durante este período. As grandes celebrações culturais que existem nos dias de hoje, tanto em Portugal quanto na Espanha, festejam as vitórias dos exércitos cristãos sobre os ocupadores muçulmanos durante a Reconquista.
(b) “As pesquisas científicas e a literatura, por exemplo, foram incentivadas pelos estudiosos árabes.” … “Filósofos e médicos muçulmanos que viviam na península ficaram conhecidos no Ocidente pela importância de suas pesquisas.” ERRADO. Vai ser difícil achar algum exemplo que passe pelo teste da história. Essas afirmações são mais mitos do que realidade.
(c) “Os muçulmanos também influenciaram a agricultura ibérica. Antes de conquistarem a península, os islamitas haviam aprimorado as técnicas de irrigação e de cultivo que haviam aprendido com outros povos. Então, ao se estabelecerem na região, transmitiram aos agricultores cristãos seus conhecimentos.” ERRADO. Em primeiro lugar, conforme já pudemos dizer acima, a Península Ibérica era um dos celeiros do Império Romano. De modo que os muçulmanos invasores, culturalmente e tecnológicamente inferiores, aprenderam com os visigodos que não fugiram e não foram mortos ou escravizados. Em segundo lugar, a base econômica nos primórdios do islamismo era a pilhagem e o tráfico de escravos. Os muçulmanos demoraram a se dedicar a outras atividades, tais como a agricultura. Contudo, está correto que eles aprenderam agricultura e irrigação com os povos que eles conquistaram (“outros povos”), que eram na sua maioria cristãos do Oriente Médio (superiores tanto culturalmente quanto tecnológicamente). De modo que o texto deveria deixar isso claro para não se passar uma visão errada para os alunos.
O interesse dos jihadistas era prosseguir com as suas conquistas e não construir uma civilização. Tanto é que eles continuaram a jihad invadindo a França.
(d) Liberdade religiosa. O texto está correto, porém incompleto. É importante dizer que este imposto pago ao líder muçulmano pelos cristãos, a Jizya, é um imposto de proteção a ser pago dentro de um contrato de dimmi ou zimi. E que ele implica uma série de comportamentos por parte dos cristãos. Uma explicação sobre este assunto importantíssimo se encontra no artigo Dimi, Dimitude, Jizya. A humilhante vida de um não muçulmano regido pela lei islâmica (Sharia). O cumprimento ou não das obrigações por parte dos cristãos não impedia que cristãos fossem escravizados e vendidos no mercado de escravos, tanto em Al Andaluz como no norte da Áfica.
(e) Sobre a influência do árabe no idioma português. Os nativos da península ibérica falavam o latim vulgar. A porção populacional nativa que caiu sob o jugo islâmico teve que se adaptar ao idioma dos conquistadores, surgindo assim o dialeto moçárabe. O mais curioso é notar que a quantidade de termos derivados do árabe ainda em uso é muito pequena se contarmos os 500 anos de dominação islâmica em Portugal. O idioma português não deriva do dialeto moçárabe.
(f) “Para lembrar”
- “O islamismo é a religião com maior número de seguidores na atualidade.” ERRADO. Isso foi comentado na página 33: o cristianismo continua tendo mais seguidores.
- “Os sábios muçulmanos do passado deram uma importante contribuição para o desenvolvimento de diversas áreas do conhecimento.” COMPLEMENTAR DIZENDO que isso foi feito ao traduzirem textos clássicos greco-romanos, persas e hindús para o árabe, e durou cerca de cem anos, até que Al-Ghazali destruísse o pensamento lógico no islamismo.
\Islamizacao do Brasil – 2016 Material Didático Ensino islâmico Escolas 1o e 2o graus
Anônimo diz
Televisão francesa denuncia islamização das favelas
http://information.tv5monde.com/info/fete-de-l-aid-de-plus-en-plus-de-bresiliens-choisissent-l-islam-116726
Repercussão foi nenhuma. Achei só um site jornalístico que comentou o assunto.
http://cristalvox.com/islamismo-radical-nas-favelas-do-brasil/
Anônimo diz
Sobre essa islamização das favelas… é só mostrar pros traficantes o que acontece com eles quando estiver tudo dominado… eles vão pra faca. Aposto que vão reagir rapidinho.
Adriana Lovalho diz
A FTD Sistema de Ensino pertence ao Grupo Marista que é da Congregação Católica dos Irmãos Maristas, e isso é um absurdo,uma vez que a missão do Grupo Marista é "Desde 1817, o Instituto Marista se dedica à educação de crianças e jovens com a missão declarada de tornar Jesus Cristo conhecido e amado." (vide site do Grupo Marista http://m.marista.edu.br/institucional/quem-somos/ ) e
"Missão: A nossa Missão é educar e evangelizar crianças e jovens, fundamentada em São Marcelino Champagnat, para formar cristãos e cidadãos comprometidos na construção de uma sociedade sustentável, justa e solidária." (http://m.marista.edu.br/institucional/quem-somos/ )
Acho que todos nós cristãos deveríamos questionar esse contrasenso com a direção do Grupo Marista, sobre por quê pregam uma missão e nos seus livros didáticos se pratica o contrário de sua missão.