José Atento
A visita de um promotor do wahabismo ao Brasil, o xeique saudita al-Arifi, passou quase desapercebida aos olhos da população se não fosse uma reportagem da Revista Veja e outra do Domingo Espetacular. A reportagem da Revista Veja é exata no que ela retrata. O xeique al-Arifi é um promotor da virulenta ideologia wahabista e, como retratado por nós anteriormente, tornou-se famoso no mundo por “pérolas” tais como fatwa permitindo que jihadistas lutando na Síria e Iraque estuprem as mulheres sírias, uma outra permitindo o estupro e o “casamento temporário” para os jihadistas lutando na Síria, vídeos que o mostram advogando o assassinato de infiéis ou descrentes através do esmagamento dos seus crânios ou cortando os braços e as pernas, bem como o espancamento de mulheres, além de ter sido banido da Grã-Bretanha acusado de aliciar jovens para o jihadismo. Apesar disso tudo (ou devido a isso tudo) ele é apreciado dentro do mundo do wahabismo e tem milhões de seguidores pela Internet. O xeique al-Arifi é importante e influente, e sua influência atinge o Brasil.
A influência do wahabismo no Brasil é procupante. O tratamento recebido pelo xeique al-Arifi, celebrado onde quer que ele tenha pisado, é uma indicação disso. Porém, talvez mais sério seja o fato de que muitos clérigos islâmicos brasileiros vem sendo educados na Arábia Saudita, sendo que outros clérigos extrangeiros têm vindo direto da fonte wahabista.
O restante deste artigo é um comentário sobre um vídeo do xeique Rodrigo Rodrigues, da Mesquita do Pari, em São Paulo no tocante a visita do xeique jihadista al-Arifi, e defesa das suas idéias. O xeique Rodrigo estudou o islamismo na Arábia Saudita e foi aluno do xeique al-Arifi. O artigo versa sobre idéias e não sobre pessoas. Não existe nada errado com conflito de idéias. Texto entre aspas representa o que vem direto do vídeo. Não foi feita transcrição do vídeo. O vídeo completo pode ser assistido na própria página do Facebook do xeique.
(PS. Se você for assistir o vídeo, por favor, não comente na página do xeique Rodrigo. Devemos respeitar as pessoas. O nosso conflito é de idéias)
O xeique Rodrigo começa atacando a Revista Veja, dizendo que “ela tem um histórico com a verdade e com a inverdade.” Ele diz que a revista “publicou algo que eu nem sei de onde eles tiraram as informações ou o que eles querem com isso.” E depois narra contatos com dois jornalistas da Veja, no ano passado, sendo que “um deles pegou o meu telefone” e “depois que fiquei sabendo que eram da Veja,” e que o interesse “era reportagem sobre os sírios, os refugiados sírios.” Ele continua dizendo “essa pessoa, segunda-feira, mandou um[a mensagem pelo] WhatsApp para mim. Eu não sei como ele tem o meu telefone, né?” A mensagem é então mostrada parcialmente na tela, e o que se vê é um diálogo entre o repórter e o xeique, onde o repórter se refere especificamente ao xeique al-Arifi e pede uma entrevista. Não é possível dizer se todo o diálogo foi mostrado. Aparentmente, a entrevista não se concretizou, e segundo o xeique Rodrigo, então, de repente, “apareceu esta reportagem aí.” Mais tarde, no minuto 12 do vídeo, ele se contradiz ao dizer não ter sido procurado pela Veja. O diáligo pelo WhatsApp, como mostrado no vídeo, é apresentado ao final deste artigo.
Ao atacar o mensageiro, e não a mensagem, o xeique Rodrigo comete uma falácia lógica (ad hominem). Ele ataca a Revista Veja dentro do ponto-de-vista que se foi publicado na Veja, não presta. Essa seria uma atitude típica de um ptista fanático sem cérebro. Porque quem tem cérebro (e um parêntese, muitos ptistas têm) pode não gostar de uma reportagem e justificar o seu ponto-de-vista, mas gostar de uma outra reportagem do mesmo veículo. Isso vale para qualquer veículo de comunicação, seja a Veja ou o Carta Capital.
Ele repete os ataques contra a Veja e contra os repórteres ao longo do vídeo.
Outra coisa a ser dita é que o repórter pediu uma entrevista, enfatizando que o assunto era sério, e mencionando que o xeique al-Arifi havia sido “barrado” na Inglaterra e Suíça. Não é explicado o porquê desta entrevista não ter ocorrido.
O vídeo prossegue com o xeique Rodrigo acusando os repórteres, “Fernanda e Leonardo Coutinho”, de terem cometido uma “desonestidade intelectual, agiram de má fé,” dizendo não saber “se isso faz parte da política de vida deles ou se a Veja, esta instituição grande, exige dos seus funcionários faltarem com a verdade.” Isso aí é ad hominem em esteróides.
No vídeo, o xeique Rodrigo cita o começo da reportagem dizendo “que o Ocidente luta na guerra que espalha [pausa] muçulmanos que vivem no Ocidente [pausa] lutam em guerra que espalha destruição e morte no Iraque [pausa] e na Síria.” Ele leu o texto errado. O texto correto do começo da reportagem é: “O Estado Islâmico já atraiu mais de 30,000 jovens de 100 países para engrossar as fileiras de seu exército terrorista, desde 2014. O chamado para que muçulmanos que vivem no Ocidente lutem na guerra que espalha destruição e morte no Iraque e na Síria ou participem de atentados em seu próprio país geralmente começa com a pregação, pela internet ou em mesquitas, de líderes religiosos radicais, que apresentam a morte em nome da religião como algo altamente recomendável para quem quer provar o comprometimento com o Islã.”
A partir da sua leitura errada do começo da reportagem, o xeique diz que a reportagem da Veja afirma que “o culpado pela destruição e morte no Iraque são os muçulmanos.” Não, xeique Rodrigo, a Veja não diz isso. O xeique afirma que a violência que existe naquela região do mundo é consequência da invasão do Iraque em 2003. É claro que a derrubada do Sadam Hussein foi um erro. O Sadam, como nenhum outro, sabia que só se é possível tratar jihadistas com mão-de-ferro. Além do que, a queda de Sadam permitiu que os jihadistas, e não a coligação liderada pelos EUA, atacasse impiedosamente os cristãos iraquianos, membros do odiado “povo da cruz,” levando-os a um extermínio quase inevitável. O xeique Rodrigo não diz que quem inventou a jihad islâmica foi Maomé, no século VII, muitos séculos antes de Sadam Hussein ou George Bush.
Ao agir deste modo, citando o texto erradamente para introduzir um assunto desconexo, o xeique Rodrigo cometeu mais uma falácia lógica, chamada de espantalho (strawman): “ao exagerar, adulterar, ou apenas fabricar completamente o argumento de alguém, é muito mais fácil apresentar a sua própria posição como sendo razoável, mas este tipo de desonestidade serve para minar debate racional honesto” (Gula, 2007).
O xeique continua, dizendo que a reportagem “depois diz que o xeique saudita Mohammad Arifi pregou para crianças e visitou muçulmanos em São Paulo, Paraná e Santa Catarina.” O xeique Rodrigo afirma que o xeique al-Arifi não esteve no Paraná e em Santa Catarina. Dentro do contexto, isso é irrelevante. O mais importante são as afirmações de que o xeique Rodrigo estudou com o xeique al-Arifi e que ele foi o cicerone dele nesta sua viagem.
Na continuação do seu vídeo, o xeique Rodrigo menciona a reportagem, que, segundo ele, “também fala que o Dr. Mohammed Arifi visitou [pausa] prega luta na Síria contra o regime de Bashar Assad [pausa] peraí.” Ele então diz que “é normal que o povo invadido luta contra o invasor” e diz ainda que “qualquer pessoa normal ela é contra o regime ditador de Bashar Assad.” Ele então diz que “pode ter ditador em todo o mundo, mas se for contra os interesses norte-americanos e ingleses, daí é terrorismo.” O que se conclui destas frases é que o xeique Rodrigo está alinhado aos Estados Unidos (país que critica) pois os EUA são contra Bashar Assad e o xeique Rodrigo, como “uma pessoa normal” também é contra o Bashar Assad. Além do mais, a invasão da Síria ocorreu com o intuito de derrubar Bashar Assad, e o povo que o apoia luta contra o invasor.
O xeique Rodrigo continua dizendo que segundo a reportagem “o xeique Dr. Mohammad Arifi diz que os xiítas são infiéis e devem ser mortos.” Para defende-lo, o xeique Rodrigo lança mão de uma tática manjada: só tem autoridade quem sabe árabe. O xeique faz isso perguntando “onde os repórteres escutaram o Dr. Arifi falando em árabe isto?” O fato é que al-Arifi espuma ódio contra os xiítas (ver vídeo abaixo). E, sim, em 2012, no Egito, ele descreveu os xiítas como “descrentes que devem ser mortos.”
Xeique al-Arifi promove matança de infiéis
Continuando, o xeique Rodrigo põe em dúvida o fato do xeique al-Arifi ter sido banido da Inglaterra. O fato é que ele foi banido, não só da Inglaterra (na verdade, da Grã-Bretanha), mas ele também teve, problemas na Tunísia, Argélia, Marrocos, e na Suiça e nos países do Acordo de Schengen (ou seja, praticamente, na União Européia toda) . O interessante é que o xeique Rodrigo, em outra parte do vídeo, reage ao fato do al-Arifi ter sido proibido de visitar a Suiça, balançando os ombros e dizendo “tanto faz.” Tanto faz ser banido da Suíça e da União Européia? Ele foi proibido porque?
Continuando, o xeique Rodrigo lê da reportagem “a sua retórica exaltava a nobreza dos muçulmanos que ofereciam a sua vida em combate para o islã.” E ele pergunta, “o que tem de mal isso? O países não celebram seus heróis de guerra? Ou só os muçulmanos não podem celebrar os seus?”
Existe um problema muito grande aqui.
É verdade que heróis de guerra são celebrados por países, algo que serve como fator unificador da nação. Mas, não se celebram todos os soldados mortos, e, principalmente, nunca se celebra soldado que tenha cometido alguma atrocidade. O heroísmo é feito em prol do país e da sua população, e nunca com objetivos outros, como por exemplo, ganhar a posteridade ou visando obter gratificação sexual. Mas veja agora os heróis do islão. Eles são aqueles que matam pela causa de Alá (Alcorão 2:191) e morrem matando (Alcorão 9:111), geralmente matando pessoas inocentes, muito embora Maomé, e seu alter-ego Alá, terem definido que não muçulmanos não são inocentes por terem recusado Alá e o seu mensageiro Maomé (Alcorão 48:29; Muslim, Livro 1, Número 33). Os não muçulmanos são as criaturas mais repugnantes (Alcorão 98:6). A recompensa para os heróis muçulmanos, mais comumente conhecidos como jihadistas, é a posteridade e a gratificação sexual. O homem que morre em jihad vai direto para o paraíso islâmico, onde a recompensa é sexo por toda a eternidade. O paraíso islâmico é um bordel.
Muçulmanos celebram assassinos. Isso mesmo. Uma pessoa que entra em um restaurante, ou em uma igreja, ou em uma mesquita diferente da sua, e se explode matando dezenas, visando garantir acesso ao paraíso islâmico (bordel) é, além de assassino, um doente mental. Assassinos também são os clérigos islâmicos (imãs e xeiques) que incultem esta idéia bárbara na cabeça do fiél muçulmano, levando-o a cometer o crime. E, ainda pior, são os familiares e amigos do criminoso que celebram a chacina e distribuem doces, porque, para eles, o fiél muçulmano assassino que matou os infiéis está no paraíso islâmico (bordel) usufruindo das virgens libidinosas de olhos como pérolas (Alcorão 78:33; 56:22). E, para ficar ainda mais repugnante, xeiques sauditas e governos islâmicos celebram o fiel muçulmano assassino e premiam sua família com dinheiro, até mesmo dando o nome do assassino a escolas e logradouros públicos.
O xeique Rodrigo diz que “eles pensam que as pessoas não lêm, não tem YouTube.” Na verdade, xeique, nós lemos e temos acesso ao YouTube. Os muçulmanos também, e por isso desejam deixar esta canoa furada chamada islão, mesmo com o risco de serem punidos, até mesmo com a morte, por seus parentes e pelo próprio governo de países islâmicos. Nós sabemos muito bem qual é a punição que a lei islâmica, Sharia, prescreve para os apóstatas do islão: a morte.
O xeique Rodrigo questiona a frase da reportagem que diz que dois jovens “que estavam na plateia de Al-Arifi, apareceram em um dos vídeos de propaganda do Estado Islâmico.” Ele então questiona a relação causa (al-Arifi) e consequência (jihadistas). O xeique Rodrigo deve considerar que quem fez esta relação foi o governo da Grã-Bretanha, tendo sido este um dos motivos que acarretaram no seu banimento.
Aí, o xeique Rodrigo menciona o assassino norueguês Andres Breivik, a quem ele chama de “terrorista cristão,” e tenta fazer uma equivalência moral entre a chacina que este psicopata cometeu com a psicopatia do jihadismo islâmico. Como se sabe, em 2011 Andres Breivik executou dois atos terroristas que culminaram com a morte de 77 pessoas, dentre elas 69 crianças em uma colônia de férias. Algo bárbaro e covarde. Em primeiro lugar, Breivik não é cristão. Ele se diz pertencer ao Odinismo. E acha até que Jesus é patético. Mas, mesmo que fosse, os seus atos demonstram que ele não é um seguidor de Jesus, que só pregou e fez o bem. Quanto a Maomé, em Meca ele ameaçou e amaldiçoou todos aqueles que o rejeitaram como profeta. Se mudando para Medina, ele começou a matar todos que o “magoaram” ao rejeitá-lo como profeta, incluindo 900 prisioneiros degolados em uma única noite aos gritos de “Allahu Akbar.” Maomé assaltou caravanas e aldeias, foi um terrorista, foi um torturador, estuprou e incentivou seus seguidores a estuprarem mulheres não muçulmanas, sequestrou por resgate, e foi um escravocrata, inclusive sexualizando as escravas. A cada vez que Maomé dizia “Quem irá me livrar de …?” um novo assassinato era perpetrado por seus companheiros, os salafis (precessores piedosos).
Maomé instigava os seus seguidores a matar qualquer um que o criticasse ou que ficasse no seu caminho. Devido a isso, até hoje, muçulmanos não toleram ou chegam a ficar violentos ao sinal da menor análise crítica a Maomé, mesmo correta (desenho do livro It’s All About Muhammad, A Biography of the World’s Most Notorious Prophet)
E, por favor, não venham com esta conversa que “Jesus é muçulmano.” O Jesus muçulmano é muito diferente em carácter e atitudes do Jesus dos Evangelhos. O Jesus muçulmano é um mentiroso e um hipócrita, pois ele permitiu que uma outra pessoa morresse na cruz em seu lugar, com Alá enganando a todos. Alá é o Pai da Mentira (um dos nomes da Alá é “O Melhor dos Enganadores”).
E para aqueles que acham que estes “atributos sagrados” de Maomé não são descritos nas escrituras islâmicas, Ali Sina, do site FaithFreedom.org, tem um desafio: ele oferece 50 mil dólares para quem provar que Maomé não foi um criminoso (além de uma pessoa com desvios sexuais sérios). O desafio permanece intacto desde 2001.
De modo que se Breivik se inspirou em alguém, é muito provável que ele tenha se inspirado em Maomé, já que as ações de Breivik são características de um psicopata.
Devemos lembrar que a única contribuição de Maomé para o mundo foi péssima: o emprego de guerra para espalhar uma religião, conceito esso conhecido como Jihad.
Continuando com o vídeo, o xeique Rodrigo reage a afirmação (correta) de que “o Wahabismo é a matriz ideológica de organizações terroristas como a Al Qaeda, o Boko Haram, da Nigéria, e o Estado Islâmico.” A saída do xeique Rodrigo foi sair pela tangente, citando o filme Rambo 3, e insinuando que o jihadismo islâmico é uma invenção dos Estados Unidos. É claro que a política externa dos EUA tem sido um fiasco, mas, novamente, a jihad islâmica foi inventada por Maomé no século VII e praticada desde então por muçulmanos na expansão e manutenção do califado. E quanto ao Wahabismo, ele surgiu no século XVIII por um clérigo louco, digo, um maometano fiel seguidor de Maomé, Abd al-Wahhab, que pregava o fundamentalismo islâmico nos moldes dos precessores piedosos, os salafis.
É fácil demonstrar que o Wahabismo saudita é a matriz ideológica do Estado Islâmico, pois eles fazem a mesma coisa. Isso foi é discutido no artigo O Estado Islâmico é islâmico e representa o verdadeiro rosto do islão. Resumidamente, a Arábia Saudita e o Estado Islâmico têm em comum: ambos seguem a Sharia, ambos aplicam punições severíssimas pelos “crimes” de apostasia, blasfêmia (contra o islão, Maomé ou a Sharia), homossexualismo, adultério, roubo, promovem a escravidão sexual e casamentos forçados, a imposição rigorosa da vestimenta islâmica para as mulheres, a proibição de música e expressões artísticas, e a opressão contra toda e qualquer manifestação religiosa que não seja a islâmica.
Nós não queremos o Wahabismo, nem o Salafismo, e nem “ismo” islâmico algum no Brasil! Conforme o xeique disse “o povo brasileiro não é trouxa.”
O Wahabismo é intolerante e violento, e neste aspecto a Revista Veja está correta, e, baseado nas referências já mencionadas anteriormente, o xeique al-Arifi apenas prega o Wahabismo, como ele é.
O xeique questiona a frase “o interesse dele pelo Brasil não deve ser ignorado pelas autoridades” como se esta frase tivesse saído do nada. Pelo contrário, pelo que já expomos acima, as autoridades devem se preocupar sim, e muito, com a difusão do wahabismo no Brasil, com a sua intolerância e violência.
O xeique caçoa da preocupação de que brasileiros possam ser recrutados. O problema é real. Existem diversos brasileiros simpatizantes da jihad armada nas redes sociais. Não se caçoa de problema sério. A Revista Veja, ao levantar este problema, está mostrando maturidade. Olhar para o lado ou fingir que o problema não existe não o resolve, principalmente sabendo-se o que é o Wahabismo.
Ao final do vídeo, o xeique usa da palavra chave “islamofobia.” Conforme já falamos várias vezes, islamofobia é uma palavra inventada pela Organização da Cooperação Islâmica (OIC) para calar as críticas ao islão. Mas isso não cola. Tudo é passível de crítica, principalmente ideologias (sim, o islão, ao se apresentar como um “modo de vida completo” é uma ideologia). A melhor descrição de islamofobia foi dada pelo escritor Christopher Hitchens:
“Islamofobia é uma palavra criada por facistas, usada por covardes, para intimidar tolos.”
O xeique diz que “no Brasil vivemos longe dos conflitos” e que “a Revista Veja deseja trazer os conflitos para cá.” Na verdade, o crescimento do islamismo é que está trazendo conflitos. Por exemplo, o anti-semitismo é correlacionado com o aumento do número de muçulmanos. E isso é visível pela quantidade crescente de grupos e associações, e reuniões e manifestações contra os judeus, camufladas como manifestações pró-Palestina. Eu prefiro as palavras conciliadores do Papa Francisco:
“Atacar os judeus é anti-semitismo, mas um ataque direto sobre o Estado de Israel também é anti-semitismo.” Ele continuou: “Pode haver divergências políticas entre governos e sobre questões políticas, mas o Estado de Israel tem todo o direito de existir com segurança e prosperidade.”
A preocupação espelhada pela Revista Veja é real, e a reportagem está embasada em informações publicamente disponíveis. Quem associou o xeique al-Arifi a terrorismo foi ele mesmo ao longo dos anos, e as referências mostram isso. O Wahabismo no Brasil é mais uma coisa ruim para nos procuparmos, dentro de tantas outras. É uma pena que um líder islâmico importante como o xeique Rodrigo, não perceba isso.
Ao final, são apresentados snapshots relativos a processos contra a Veja e contra a (excelente) jornalista Joice Hasselmann (que não tem nada a ver com a reportagem). O fato é que ser processado é um fato da vida para os meios de comunição. E, quando isso acontece, significa que o meio de comunicação acertou em cheio.
E, para concluir este artigo, nada melhor do que resumir o que de pior existe na lei islâmica, Sharia (números em colchetes são referências encontradas no artigo)
- Açoitamento, apedrejamento ou enforcamento das mulheres quando são
estupradas e não têm quatro testemunhas para provar que ela foi
estuprada (DNA do esperma ou qualquer outra prova não vale). [1] - Açoitamento, apedrejamento, ou execução de mulheres se elas cometem adultério – o homem recebe açoites. [1]
- A remoção do clitóris é prescrita (circuncizão feminina), e geralmente feita quando a mulher é ainda uma criança. [1]
- Mulheres não muçulmanas podem ser estupradas e escravizadas sexualmente. [2]
- Amputação de pedaços dos dedos, dos dedos da mão, da mão toda;
partes dos braços, pernas; crucificação; para certos crimes como roubo,
ou a distribuição de livros não-islâmicos (por exemplo, bíblias) aos
muçulmanos. [3] - É um crime expor os muçulmanos a qualquer outra religião. [4]
- É crime capital dizer qualquer coisa que um muçulmano considere como
sendo uma crítica ao islão, a Maomé, a Alá, e a Sharia (lei da
blasfêmia). [5] - Se um muçulmano deixa o islão ele / ela deve ser morto (a apostasia é um crime). [6]
- Punições que variam desde a arrancar a língua fora até a pena de
morte para aqueles que ‘calúniam o islão’, caluniam Maomé’, ou caluniam a
Sharia’ (caluniar, neste caso, significa expressar publicamente uma
visão crítica, ou dizer algo que algum muçulmano não goste, ficando
“ofendido”). [3], [5] - Proibição de bebida alcoólica. [7]
- Dependendo do nível de fundamentalismo, música, arte, canto, são proibidos. [8]
- As mulheres têm metade dos direitos do homem nos tribunais. [1]
- Filhas tem (apenas) a metade dos direitos de herança que os filhos
têm, enquanto as viúvas recebem apenas um oitavo da herança. [1] - As mulheres têm que se vestir com lenços ou coberturas completas –
dependendo de quão fundamental forem o homem a quem elas pertencem (pai
ou marido) ou o país onde elas moram. [1] - As esposas podem ser espancadas (“educadas”). [1]
- As esposas podem ser estupradas. [1]
- Os homens podem divorciar-se da esposa, as mulheres não podem divorciar-se do marido. [1]
- Os homens podem ter até quatro esposas, e ele pode divorciar-se
delas como lhe convêm – então, se casar novamente para trazer o número
total de mulheres até 4. Homens que viajam podem participar de
“casamentos temporários”. [1] - Não existe limite de idade para casamento, e casamentos infantis
forçados são permitidos. As meninas são as maiores vítimas disto. [1] - “Crimes de honra” sobre as mulheres que tenham “desonrado” a família. [9]
- Uma mulher muçulmana só pode se casar com um muçulmano, ao passo que
os homens muçulmanos podem se casar com mulher não-muçulmana. [1] - Se uma mulher não-muçulmana se casar com um muçulmano, seus filhos ou filhas devem ser criados como muçulmanos. [1]
- As mulheres devem obter permissão dos maridos para as liberdades diárias; [1]
- Não muçulmanos em geral tem duas opções quando confrontados com o
islão: aceitarem se integrar ao grupo (“conversão”) ou serem mortos.
Cristãos e judeus têm uma terceira opção: se tornarem um dhimmi. [10] - Os não muçulmanos que se tornarem em dhimmi devem respeitar a
lei islâmica, mas eles têm menos direitos do que uma mulher muçulmana, e
vivem, basicamente, dependentes das boas graças dos muçulmanos. [4] - O dhimmi deve pagar um imposto extra chamado de jizya (que significa em termos gerais ‘imposto de proteção’), que pode ser aplicado até mesmo após a sua morte. [4]
- Os dhimmis não podem construir nem reparar seus locais de
culto, e eles não podem tocar os sinos da igreja. Eles não podem mostrar
bíblias ou torás, em público. Eles tem que se vestir diferente, de modo
a se distinguirem como dhimmis. Eles irão executar as tarefas que os muçulmanos não desejam fazer. Os dhimmis não terão acesso à escada social. [4] - A homossexualidade é um crime cuja punição é a morte. [11]
NÃO QUEREMOS SHARIA NO BRASIL!
Mensagens do WhatsApp entre o xeique Rodrigo e o reporter da Veja
Clique na imagem para melhor visualização.
Referências
Rober J. Gula, Nonsense: A Handbook of Logical Fallacies, Axios Press, 2007.
[1] Um jihadista no Brasil, Revista Veja, 26/2/2016.
[2] Segmento do programa Domingo Espetacular, da Rede Record.
[3] Clérigo saudita radical, banido na Grã-Bretanha, está no Brasil, 30/1/2016.
[4] Fatwa permits rape of Syrian women, Newsmax, 17/3/2016.
[5] Islamic cleric decrees it OK for Syrian rebels to rape women, The Washington Times, 3/4/2013.
[6] Saudi Cleric Muhammad Al-Arifi, MEMRI TV, Al-Rahma TV (Egito), 19/7/2010.
[7] Saudi Cleric Muhammad Al-Arifi, MEMRI TV, LBC TV (Líbano), 9/9/2007.
[8] Isis: Meet the cleric ‘encouraging British Muslims’ to fight jihad, Channel 4 News, 26/6/2014.
[9] Saudi Cleric Muhammad Al-Arifi Vilifies Shiites, Calling Iraqi Ayatollah Sistani “an Infidel”,
MEMRI TV, Clip No. 2336, 11/12/2009.
[10] Egypt: Lynching of Shia Follows Months of Hate Speech, Human Rights Watch, 27/6/2013.
[11] The Arab World is at war with itself, Al Jazeera, 26/11/2015.
[12] Saudi Sheikh Muhammad al-Arifi performs preaching tour of Tunisia, Citizenside, 12/11/2012.
[13] Saudi preacher Mohamed Al-Arifi undesirable in Algeria, Ennahar Online, 7/3/2016.
[14] Moroccans
reject fanatical Saudi Imam ‘Mohamed Al-Arifi’ due to his calls for
jihad against the Shia Muslims & supporting ISIL, Islam Media Analysis, 22/10/2015
[15 Manama: Saudi religious scholar Mohammad Al Arifi has been banned from entering Switzerland and the Schengen area, Gulf News UK, 17/3/2016.
[16] Schengen Area Country List, Schengen Visa Info, acessado em 7/3/2016.
[17] Resultado da Jihad contra a Igreja de Nossa Senhora da Salvação, no Iraque, em 2012, 8/7/2013.
[18] The Qaradawi Fatwas, The Middle East Quaterly, Summer 2004, Vol. 11, No. 3.
[19] The Daily star: family of first Lebanese suicide bomber in Syria celebrates death, Live Leak, 5/8/2013.
[20] Families of 2 terrorists express joy and celebrate sons’ Martyrdom, PMW, 3/2/2016.
[21] PA and Hamas honor Sbarro suicide bomber who murdered 15, PMW Bulletin, 5/5/2014
[22] New Palestinian Government Holds Parade for Suicide Bomber Responsible for Massacring Americans, Breibart, 5/5/2014.
[23] Paycheck for Terrorism: $5,300 for Suicide Attack, The Daily Signal, 21/8/2014.
[24] Names of Schools in the PA, PMW, acessado em 12/3/2016.
[25] PA seeks to name West Bank street after terrorist who killed 2 Jews in Jerusalem, Jerusalem Post, 28/10/2015.
[26] Apostasia, 9/2/2013.
[27] Breivik: Jeg er ikke kristen (Breivik: Eu não sou cristão). Vårt Land (em norueguês). 15 November 2015.
[28] Breivik mener Jesus er “patetisk” (Breivik acha Jesus “patético”). Dagen (em norueguês). 19 November 2015.
[29] Breivik sier han tror på Odin (Breivik diz que acredita em Odin). Tromso (em norueguês). 19 november 2015.
[30] Sina’s Challenge, Faith Freedom (o desafio existe desde 2001)
[31] Jihad, como definida pela lei islâmica, 5/2/2012.
[32] O Estado Islâmico é islâmico e representa o verdadeiro rosto do islão, 15/6/2015
[33] Organização da Cooperação Islâmica (OIC), Apostasia, Blasfêmia, e a Difamação do Islão, 21/3/2012.
[34] Lei islâmica (Sharia): resumo do que não presta, 7/11/2015.
Referências adicionais sobre o Xeique al-Arifi e seu banimento da Grã-Bretanha
Banned preacher under scrutiny over links to young Cardiff men fighting with Isis in Iraq and Syria, ITV, 23 de junho de 2014.
Radical Saudi Preacher Mohammad al-Arefe Banned From The UK After ‘Jihadi Recruitment’ Claim, The Huffington Post UK, 27/6/2014.
Saudi Cleric: Islam Has No Minimum Age For Marriage, Johnathan Turley, 15/7/2011.
Saudi Imam Reportedly Issues Fatwa Allowing Jihadists To Rape Women In Syria, Johnathan Turley, 2/1/2013.
Controversial Saudi preacher needs psychiatric help, MBC statement suggests, Al Arabiya News, 25/12/2012.
Valentine’s Day is ‘immoral,’ says Saudi cleric, Al Arabiya News, 14/2/2014.
‘Saudi clerics use social media to spread hate’, Jerusalem Post, 5/10/2012.
\Islamizacao do Brasil – Iman Saudita Resposta