Os riquíssimos países do Golfo Pérsico, Arábia Saudita, Kuweit, Emirados Árabes Unidos, investem bilhões de dólares financiando a propagação do wahabismo, a mais virulenta das vertentes do (já virulento) islamismo, altamente intolerante e incompatível com as leis seculares e as liberdades civis.
Contudo, eles se negam a ajudar as vítimas dos conflitos que eles ajudam a criar, ao se negarem a recolhe-los como asilados. E isto se refere tanto aos refugiados sírios e iraquianos, como aos refugiados palestinos.
Neste artigo, alguns eventos mais recentes são revistos.
Funcionário do governo do Kuwait explica o motivo de não receberem refugiados sírios
Em um vídeo, o Sr. Al Shalami, funcionário do governo do Kuwait, disse o porquê deles não receberem refugiados.
Vamos recapitular:
- O Kuwait, e os outros Estados do Golfo, são “muito valiosos” para aceitarem refugiados.
- É muito caro para relocá-los no Kuwait. É melhor para eles para irem para a Turquia ou para o Líbano (ou, talvez para a Europa, apenas “ao virar da esquina”).
- Não é bom para eles aceitarem pessoas que são “diferentes deles” (mas, os “refugiados” são semelhantes aos europeus?).
Vejamos. Depois que Saddam Hussein invadiu e ocupou o Kuwait, em 1990, dezenas de milhares de kuwaitianos se tornaram refugiados e se tornaram refugiados nos países da vizinhança. Eles imediatamente correram para pedir a ajuda dos EUA e da Europa, pessoas que eram “diferentes deles.” Mas agora, para ajudar aqueles que são idênticos, tanto étnica quanto religiosamente, eles se recusam.
E há pessoas que ainda afirmam que os europeus são racistas.
Arábia Saudita tem dinheiro e infra-estrutura montada para receber milhões de pessoas
Quem vai ao Hajj, em Meca, pode se alojar em uma tenda com ar condicionado e demais serviços e conforto. Esta “cidade das tendas” em Meca pode acomodar 3 milhões de pessoas e só é usada uma vez por ano, ficando vazia no resto do tempo.
Mas para refugiados não existe nada. E os imigrantes ilegais, ao serem descobertos, são presos e mantidos em centros de triagem onde as condições são horríveis, antes de serem deportados.
Um pouco mais sobre a postura hipócrita da Arábia Saudita com respeito a abrigar refugiados
Um artigo de outubro de 2014 dizendo que a Arábia Saudita iria expulsar 1 milhão de imigrantes ilegais. Só no começo de 2014, o país já havia deportado 370 mil, includindo etíopes que cruzaram a fronteira ilegamente, e somális que fugiam da guerra. A Arábia Saudita não ratificou a Convenção dos Refugiados, de 1955, e não tem um sistema de asilo. (IBT)
Arábia Saudita se recusa a receber muçulmanos negros para a peregrinação
Arábia Saudita nega visto para centenas de muçulmanos de Uganda que desejavam participar da peregrinação anual, a Hajj. (IBT) Considerando que a peregrinação é uma exigência, o certo seria a arábia Saudita abrir a entreda para todos os muçulmanos do mundo, do mesmo jeito que o Brasil reeles receberem
E os refugiados palestinos? Os árabes os rejeitam!
“Os árabes não se importam com os palestinos e querem mais que eles continuem sendo problema de Israel. Países como o Líbano e a Síria preferem que os palestinos vivam como “animais na floresta” do que conceder-lhes direitos básicos como emprego, educação e cidadania.” ( Ahmad Abu Matar)
“Não causa espanto saber que os refugiados da Síria não tenham interesse em se fixar em países árabes. Eles sabem que seu destino no mundo árabe não será melhor do que o dos palestinos que vivem na Jordânia, Síria, Líbano e em outros países árabes.” (Khaled Abu Toameh)
Uma decisão recente da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) deixou a Jordânia e outros países árabes extremamente preocupados com a possibilidade deles serem forçados a concederem cidadania a milhares de palestinos. Nas últimas semanas, muitos jordanianos expressaram profunda preocupação de que as medidas da UNRWA possam fazer parte de uma “conspiração” para forçar o país a ter que abrigar refugiados palestinos.
Taher al-Masri, ex-primeiro-ministro da Jordânia, comentando sobre a grave crise financeira da UNRWA, que teve como consequência a redução de serviços aos refugiados palestinos que vivem na Jordânia, Síria, Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza, disse o seguinte: “a Jordânica tem o direito de proteger sua identidade nacional ao se recusar a receber refugiados não-jordanianos.”
As observações de Ensour, bem como as de al-Masri, são mais uma prova de que a Jordânia e o resto do mundo árabe não estão interessados em ajudar a solucionar o problema dos refugiados palestinos. Jordânia, Líbano e Síria.
Leia mais no artigo Jordânia, não queremos palestinos aqui.
Arábia Saudita se oferece para construir 200 (duzentas) mesquitas para os refugiados na Alemanha
A Arábia Saudita não permite a construção de igrejas em seu território. A Arábia Saudita se recusa a acolher “refugiados,” mesmo sendo “irmãos muçulmanos.”
A Arábia Saudita financia a construção e manutenção de mesquitas, bem como o treinamento de imãs (inclusive no Brasil). As mesquitas construídas e mantidas pelos sauditas têm tido um papel importante no crescimento do fundamentalismo e do terrorismo islâmicos.
A Europa deveria reciprocar esta oferta enviando um milhão de torcedores de futebol arruaçeiros (hooligans), e depois se oferecer para construir centros para ensiná-los a destruir propriedade e abusar da população local, e viver às custas de contribuição do governo, sempre reclamando serem discriminados. Apenas os hooligans homens iriam, é claro. Mas nem mesmo os hooligans usam mulheres e crianças como “escudo humano” quando saem para fazer a suas arruaças.
Mas o governo da União Européia não vê isso, talvez sob a influência da “generosidade dos petro-dólares saudita”, e obriga os países do continente a absorverem mais e mais “refugiados.” Talvez o próximo califa grite Allahu Akbar com sotaque alemão, enquanto decepa a cabeça dos infiéis idiotas. Quem sabe, a capital do próximo califado venha a ser Berlim.
A notícia ganhou repercussão em vários jornais (por exemplo, Mail). E mais tarde, para salvar as aparências, a Arábia Saudita disse que tudo não passava de um mal entendido (IBT).
Não apenas isso. Eles também não estão os resgatando do Estado Islâmico. A médica tem várias perguntas:
- Qual a solução islâmica para o problema humanitário?
- Onde estão as feministas muçulmanas, que foram barulhentas para reclamar da Inglaterra e da França por banirem o hijab? Elas estão em silêncio frente ao tratamento que as mulheres recebem do Estado Islâmico. As únicas mulheres que mostram compaixão são as mulheres ocidentais.
- Onde estão os poderosos exércitos árabes, que tentaram aniquilar Israel várias vezes? Por que eles não estão lutando contra o Estado Islâmico?
- E onde estão as entidades islâmicas na Europa e nos EUA (por exemplo, a CAIR ou a ISNA) que ficam reclamando da “islamofobia do ocidente”? Não é este mesmo Ocidente que está aceitando refugiados muçulmanos?
Aqui estão os motivos pelos quais os países muçulmanos não fazem nada:
- Os países muçulmanos sabem que a ação dos países ocidentais irá minimizar as consequências negativas da sua falta de ação.
- Os países ocidentais vêm rapidamente para o resgate, abrindo suas carteiras e seus países, para provar ao mundo que eles não são islamófobos.
- Os países árabes não têm compaixão e nem ação para resgatar um ao outro, apesar da retórica de unidade árabe / islâmica. A Arábia Saudita e os países do Golfo nunca abrem suas fronteiras para os muçulmanos pobres em perigo. Mesmo o Egito rejeitou os refugiados de Darfur que mais tarde foram forçados a ir para Israel, que os acomodou.
- Os países árabes ricos em petróleo tornam muito difícil para outros árabes os visitarem, exceto para a peregrinação (Hajj). Eles são muito tribais e se recusam a diluir sua cultura com um influxo de estrangeiros. Trabalhadores de países do terceiro mundo são tratados de forma desumana e raramente recebem residência permanente, cidadania ou direitos iguais aos cidadãos.
- Os árabes preferem gastar seus petrodólares para expandir sua influência no Ocidente, em vez de construir uma vida melhor para os seus próprios cidadãos ou apoiar outras nações muçulmanas que são financeiramente menos favorecidas.
- Grupos islâmicos acreditam que os refugiados da Síria, Iraque e Afeganistão vão espalhar a Sharia na Europa, que é o principal objetivo da jihad.
- Ao limpar a área de cidadãos que não estão a contribuir para o empoderamento do Estado Islâmico, abre-se caminho para o Estado Islâmico se expandir para além da Síria e do Iraque. A Europa e os EUA estão absorvendo a oposição ao Estado Islâmico, então por que ficar no caminho?
- Viver, salvar vidas e evitar tragédias humanas não são mais importantes do que a jihad na cultura árabe.