Dias atrás eu postei um artigo intitulado Índia: Esquerdistas tentam sabotar o filme The Kashmir Files, que discute o genocídio muçulmano dos hindus na Caxemira sobre a polêmica gerada em torno do filme The Kashmir Files, que poderíamos traduzir como Os Arquivos da Caxemira. O filme descreve, dependendo do ponto-de-vista, da fuga ou expulsão dos hindus da Caxemira. Agora, eu faço um resumo da história da Caxemira de modo a prover um pouco de contexto ao filme e à questão da Caxemira.
(Para saber mais sobre a história da jihad islâmica contra a Índia, incluindo, claro, a Caxemira, leia o artigo Invasão islâmica da Índia: o maior genocídio da história).
O hinduismo e o budismo se fazem presentes na Caxemira desde tempos imemoriais. Do século IX ao século XII, a região parece ter alcançado considerável destaque como centro da cultura hindu. Uma sucessão de dinastias hindus governou a Caxemira até 1346, quando ficou sob domínio muçulmano. O período muçulmano durou quase cinco séculos, terminando quando a Caxemira foi anexada ao reino sique do Punjab, em 1819, e depois ao Reino Dogra de Jammu em 1846 (Britannica).
O domínio muçulmano foi caracterizado por períodos de conversão forçada da população local (para proteger suas vidas), mulheres e crianças feitas escravas e vendidas aos mercadores do Turquistão, destruição de símbolos religiosos e de templos hindus e budistas de importância histórica, como Brijbhihara e Vijiveshwara, construindo mesquitas sobre suas fundações, implementação de uma “política de extermínio” que pretendia erradicar todos os vestígios do hinduísmo de qualquer modo, culminando nas perseguições dos governos dos mogóis (mugais) que sucederam Aquebar (Akbar). Nesta época, os pandits (hindus da Caxemira) foram perversamente atormentados, suas casas queimadas e suas propriedades saqueadas. Centenas de brâmanes foram mortos, prostrados, mutilados e humilhados. Desesperados, os pais destruíam a beleza de suas filhas raspando suas cabeças ou cortando seus narizes e orelhas para salvá-las da degradação (kashmirasitis).
Vamos pular para o começo do século XX, quando o Império Britânico controlava o subcontinente indiano, mais notadamente uma área correspondente aos atuais países da Índia, Paquistão e Bangladesh. Após a segunda guerra mundial, esgotado economicamente e militarmente, os britânicos decidiram deixar o subcontinente, em um processo conhecido como Partição da Índia. Os britânicos decidiram dividir o subcontinente em dois países, Índia e Paquistão dentro do processo de independência. Os britânicos também permitiram que os governantes nominais de várias centenas de “estados principescos”, que eram coletores de impostos para os britânicos e serviam ao prazer britânico, decidissem se queriam se juntar à Índia, ao Paquistão, ou se manterem independentes. A maioria destes estados principescos decidiram se juntar à Índia ou ao Paquistão, baseados na quantidade de hindus ou muçulmanos na sua população. Mas o principado de Jamu e Caxemira resolveu não se juntar a nenhum deles. Hari Singh , o marajá da Caxemira, acreditou que adiando sua decisão poderia manter a independência da Caxemira.
Mas, assim que os britânicos deixaram o subcontinente indiano definitivamente, em 1947, o Paquistão tentou anexar a Caxemira, levando o seu líder a pedir ajuda à Índia, e aceitando se juntar a ela. A Índia atendeu ao pedido, o que gerou várias guerras e o conflito continua até os dias de hoje (ieer).
A Caxemira tem três grandes áreas étnicas: Ladaque no noroeste, que é majoritariamente budista; o Vale da Caxemira (controlado pela Índia) e a parte desde então controlada pelo Paquistão, de maioria muçulmana, e Jammu (no sul), de maioria hindu.
Em 1989 e 1990, houve uma insurreição contra o governo da Índia na região. Diversos grupos terroristas islâmicos começaram a atacar não apenas o exército indiano, mas também a população hindu em geral. É neste momento que começa o filme The Kashmir Files.
O filme mostra os jihadistas islâmicos atacando hindus, gritando, “convertam-se, deixem a Caxemira, ou morram”, dizendo para os homens deixaram a Caxemira mas deixando suas esposas para trás. O filme mostra algumas das diversas atrocidades que ocorreram, e que provocaram uma fuga generalizada de hindus da Caxemira. Considernado que o objetivo dos jihadistas era exterminar a cultura milenar hindu na região, seria justificável dizer que o que aconteceu foi mesmo um genocídio. Assista ao trailer do filme abaixo. O filme usa o termo pandits para se referir aos hindus da Caxemira.
O filme também trata da quinta-coluna existente dentro a Índia, que torpedeia por dentro, negando as raízes hindus da Índia. Isso é exemplificado no filme por uma professora universitária que reuniu os alunos defendendo a idéia de que, históricamente, a Caxemira nunca foi parte da Índia. Isso claro é falso, pois TODO o sub-continente indiano faz parte da Índia histórica, baseada nas culturas hindu e budista, e que nunca saiu da sua área de influência fazendo guerra de conquista, como o islamismo faz desde a sua incepção por Maomé. Essa professora representa uma porção da elite da Índia, que, com influências do humanismo e marxismo europeus, luta para continuar com a partição da Índia, por exemplo, sendo simpáticos à criação de um novo país, muçulmano, no norte da Índia, conectando o Paquistão e Bangladesh, formando um grande “arco islâmico.”
Em 2019, o governo indiano integrou definitivamente Jamu e Caxemira à Índia, passando a impor a constituição indiana em sua totalidade na região (Britannica). Essa decisão do governo indiano foi uma afirmação da sua soberania sobre a Caxemira, permitindo que os habitantes da região se tornem cidadãos indianos com todos os direitos e deveres.
Vídeo no Rumble, Odysee e Bitchute.
\India-Caxemira-Historia