O Reino Unido era um paradigma de liberdade de expressão. Mas agora transformou-se num regime repressivo.
Nós presenciamos neste século 21 a erosão de muitas conquistas do século 20, uma delas erosão da liberdade de expressão. A facilidade que a internet, e mais recentemente as mídias sociais, nos proporcionaram para o intercâmbio de ideias, repentinamente se tornou algo perigoso para aqueles que detém o poder. Opiniões que divergem de uma narrativa oficial passaram a ser combatidas e cerceadas. E o que é pior, é que as pessoas que expressam essas opiniões divergentes passaram a ser criminalizadas de algum modo, seja perdendo a capacidade de acesso as mídias sociais ou até mesmo sofrendo sanções mais severas, como tendo contas bancárias congeladas ou mesmo sendo processados e presos. E eu não me refiro há lugares governados por regimes ditatoriais ou de exceção. Eu me refiro a países que, até bem pouco tempo, eram considerados como bastiões da liberdade de expressão, tais como países da Europa Ocidental, Estados Unidos e Canadá.
Os exemplos desse cerceamento à Liberdade individual de expressão são vários, mas neste artigo eu vou me concentrar no que vem acontecendo com Russell Brand, um artista e comediante britânico. Russel Brand era adorado pela esquerda liberal do Reino Unido, E seu estilo de vida extravagante, quem incluía drogas e sexo, era celebrado como parte da modernidade e dos novos tempos. Mas algo interessante aconteceu na vida de Russel Brand e ele acabou se tornando um crítico da sociedade e do sistema político e econômico que a governa. Russel Brand começou a fazer comentários políticos e sociais no YouTube e arregimentou mais de 6 milhões de seguidores, fora os outros milhões de seguidores em outras redes sociais tais como o Twitter, atual X, e o Rumble.
As opiniões de Russel Brand podem ser exemplificadas nesta sua intervenção durante um programa de televisão comandado pelo comediante americano Bill Maher:
A pandemia criou, pelo menos, 14 novos bilionários da indústria farmacêutica. Empresas farmacêuticas luraram mil dólares por segundo com a vacina do COVID-19. Mais de dois terços do Congresso americano recebeu doações de empresas farmacêuticas durante as eleições de 2022. O presidente da Pfizer disse em entrevista para a revista Time que sua empresa desenvolveu a vacina pelo bem da humanidade, não para ganhar dinheiro, porém, a Pfizer lucrou 100 bilhões de dólares em 2022. E, permita-me concluir com outro fato. O público americano, bem como o alemão, financiou o desenvolvimento da vacina, mas, na hora de dividir o lucro, eles pegaram tudo. Na hora de financiar, vocês pagaram. Quando existe um sistema econômico no qual empresas farmacêuticas se beneficiam com emergências médicas, quando o complexo industrial militar se beneficia com guerras, quando empresas de energia se beneficiam com crises energéticas, vocês terão um estado de crises eternas. O interesse das pessoas comuns está separado do interesse das elites.
Odysee, Bitchute, Rumble, YouTube.
Esta semana uma campanha orquestrada pela rede britânica de TV Canal 4 e pelo jornal britânico The Times, e reverberada pela grande imprensa, acusou Russell Brand de ter tido sexo com uma menina de 16 anos há 20 anos. Com base nessa acusação, Russell Brand teve seus programas na BBC de Londres e seus shows de comediante em teatros sumariamente cancelados. A sua conta no YouTube também foi desmonetizada. Ou seja, de 1 hora para outra, e baseado em uma acusação, não comprovada, de algo que teria ocorrido em um passado longínquo, Russel Brand perdeu todas as suas fontes de rendimento. Ele foi cancelado em uma campanha de assassinato de caráter.
Logo no dia seguinte, descobriu se que um dos pivôs desta campanha contra Russell Brand vinha do próprio parlamento britânico. A diretora do Comitê de Imprensa e Esportes do parlamento britânico, Caroline Dinage, enviou cartas para o Rumble e para o TikTok, pedindo para que eles também abraçassem a campanha para silenciar Russel Brand. Na carta, ela explicitamente diz que o seu objetivo é impedir que Russel Brand continue ganhando dinheiro. Na sua resposta, o presidente do Rumble chamou a carta do parlamento britânico de “perturbadora” e se recusou a obedecê-la.
“Consideramos profundamente inapropriado e perigoso que o Parlamento do Reino Unido tente controlar quem tem permissão para falar na nossa plataforma ou ganhar a vida com isso.
“Selecionar um indivíduo e exigir seu banimento é ainda mais perturbador dada a ausência de qualquer conexão entre as alegações e seu conteúdo no Rumble. Não concordamos com o comportamento de muitos criadores do Rumble, mas nos recusamos a penalizá-los por ações que não tem nada a ver com nossa plataforma.
“Embora possa ser política e socialmente mais fácil para Rumble juntar-se a uma turba da cultura do cancelamento, fazê-lo seria uma violação dos valores e da missão da nossa empresa. Rejeitamos enfaticamente as exigências do Parlamento do Reino Unido.”
O que se aprende disso tudo é que, hoje em dia, se você sair da narrativa oficial, os donos do poder irão usar de todos os meios, legais, ilegais e mesmo imorais, para te calar.
E como identificar qual é a narrativa oficial? É fácil. Basta ver o que é publicado pela grande mídia corporativa globalista. Ela é a porta-voz daqueles que detém o poder no mundo ocidental, e vai ser sempre favorável aqueles que seguem as linhas definidas por aqueles que detêm o poder. Por exemplo, você nunca será calado, ou processado ou ter a sua fonte de renda ameaçada, se você concordar com o alarmismo climático, for a favor do complexo farmacêutico, for a favor de lockdowns, seja para combater pandemias ou para lutar contra as mudanças climáticas, for a favor do complexo militar e das guerras incitadas por ele, for favorável ao aborto a qualquer momento e por qualquer motivo, for a favor da ideologia de gênero, for a favor da imigração muçulmana em massa e descontrolada para os países do ocidente, e for a favor do multiculturalismo que prega que todas as culturas e religiões são valiosas exceto, claro, a cultura e religião cristã.
O Fórum Econômico Mundial diz que “você não vai ter nada, mas vai ser feliz.” Pior do que não ter nada é perder a própria honra.
\086(e)-Liberdade-de-Expressao-Russell Brand
Deixe um comentário