Para começar este artigo, eu considero oportuno definir o termo islamo-marxismo, que uso para me referir a políticos, acadêmicos e ativistas ocidentais de viés marxista e que apoiam o islamismo, negando o que a lei islâmica Sharia prescreve, ou pior, até mesmo defendendo-a. E aqui me uso do termo marxista do modo mais amplo possível. Identifica-se um islamo-marxista quando, ao se ver confrontado com o fato de o islamismo promover a subjugação violenta dos ‘não-muçulmanos’, ele te acusa de islamofobia.
Dentro da estrutura do marxismo encontra-se o comunismo, o socialismo e o ateísmo. Igualmente, como extensão do marxismo, existe o fascismo, que é um ponto intermediário entre capitalismo e socialismo, um compromisso, feito no Ocidente, com o marxismo. Como um subconjunto do fascismo existe o nazismo, que é um fascismo combinado com supremacia racial. As teorias marxistas, e suas derivações, exaltam os seres humanos como deuses, de um modo ou de outro.
Agora, vamos à notícia.
Nos Estados Unidos, existe um grupo de oito universidades privadas, de elite e de prestígio, localizadas no noroeste do país, respeitadas por oferecerem uma educação de alto nível. Essas universidades são frequentemente chamadas coletivamente de Ivy League, em uma referência a hera (ivy), a planta trepadeira que costuma cobrir as paredes dos seus prédios. A Ivy League consiste nas universidades Harvard, Yale, Princeton, Columbia, Brown, Cornell, Pensilvânia e no Dartmouth College.
As universidades Ivy League eram bastante restritivas em termos de ingresso. Com a penetração do marxismo cultural nestas universidades, e o aumento cada vez maior de professores ativistas de esquerda, elas começaram a aceitar estudantes menos qualificados atendendo ao critério da cor da pele e sexo, um processo conhecido hoje pelas letras DEI: diversidade, equidade e inclusão. Nas últimas décadas, elas também vêm sendo inundadas por alunos muçulmanos, principalmente árabes, financiados pelos países do Golfo Pérsico. Como disse o famoso advogado e professor emérito de Harvard, Alan Dershowitz, “Muitos dos estudantes hoje são estudantes não qualificados. Eles foram aceitos por causa da DEI. Eles foram admitidos porque o Catar e outros países árabes pagam estudantes estrangeiros. Estes não são os melhores e mais brilhantes estudantes, são os estudantes mais barulhentos, mas certamente não são estudantes que zelam pelos melhores interesses dos Estados Unidos.”
Agora, começando alguns dias atrás, os campuses das universidades Ivy League, que têm sido palco de manifestações anti-Israel e pró-Hamas frequentes desde 7 de outubro (quando o Hamas começou o conflito),foram ocupados permanentemente por centenas de manifestantes contra Israel. Muitos dos manifestantes chegaram a acampar nos gramados das universidades, bloqueando as entradas e ameaçando professores e alunos identificados como judeus ou apenas por acharem corretamente que a culpa do conflito advém da Irmandade Muçulmana, da qual o Hamas é apenas um apêndice. Exemplos:
- No domingo, o rabino ortodoxo da Universidade de Columbia e do Barnard College emitiu uma declaração aconselhando os estudantes judeus a fugirem do campus e regressarem a casa para sua própria segurança devido às contínuas manifestações de ativistas anti-Israel.
- Universidade de Columbia: Um professor judeu foi impedido de entrar no seu local de trabalho, tendo sido recebido na porta pelo diretor da segurança que havia desativado o seu cartão de identificação eletrônico funcional (link com vídeo).
- estudantes invadiram um jantar na casa do reitor da faculdade de direito, Erwin Chemerinsky, um judeu, para intimidar ele e sua esposa (X).
George Soros financia os protestos contra Israel … e a campanha de reeleição do presidente Biden
Enquanto uma multidão de apoiadores do Hamas grita “Joe Biden genocida”, tanto os apoiadores dos terroristas e o presidente americano partilham ambos uma fonte comum de financiamento. O clã Soros foi acusado de fornecer cerca de US$ 15 milhões aos grupos pró-terroristas que apoiam o Hamas, e cerca de US$ 758.000 para a campanha de Biden.
Em artigo de 23 de abril, Daniel Greenfield explica que Alex Soros, filho do idoso ex-colaborador nazista que defende o Hamas, vem se reunindo com candidatos democratas no Senado. O jogo externo de campanhas de pressão, bloqueios de ruas e ataques violentos nas ruas feitos pelos ativistas pró-Hamas financiados por Soros, pode receber mais atenção, mas é subsidiário do jogo interno dominado pela família Soros.
A fortuna de Soros se estende ao financiamento da Associação Árabe-Americana de Linda Sarsour, que participou de um comício celebrando os ataques de 7 de outubro, onde a multidão pró-Hamas atacou policiais, a Voz Judaica pela Paz, um falso grupo judeu que bloqueou o tráfego para impedir Israel de atacar os terroristas, o J Street, que afirma falsamente ser “Pró-Israel” e “Pró-Paz”, mas na verdade fez lobby contra a luta de Israel contra os terroristas, e Bend the Arc: Jewish Action, um grupo de vaidade cofundado por Alex Soros, que tenta fornecer cobertura judaica para os membros do ‘Esquadrão’ antissemita no congresso americano, enquanto acusa seus críticos judeus de “transformar o antissemitismo em uma arma”.
Enquanto isso, em Israel, Al-Haq, um grupo muçulmano financiado por Soros e ligado a terroristas, descreveu o dia 7 de Outubro como um caso de “grupos armados palestinos envolvidos numa operação em resposta à escalada de crimes israelenses contra o povo palestino”, enquanto o grupo International Crisis Group tornou-se tão enredado com o Irã que os seus membros foram descritos como agentes do regime.
Vistos separadamente, a Voz Judaica pela Paz, o J Street, o Al-Haq, a Associação Árabe-Americana, o International Crisis Group e muitos outros parecem representar pontos de vista diferentes, mas na verdade representam diferentes frentes na guerra contra os judeus. Embora os grupos possam parecer diferentes, eles seguem a táctica habitual de Soros de interligar grupos menores em grupos maiores para criar não apenas organizações, mas um movimento.
O dinheiro de Soros financia muçulmanos, esquerdistas e pessoas de ascendência judaica que apoiam a matança de judeus sob uma variedade de bandeiras e nomes, mas partilham a tradicional e odiosa agenda de Soros.
E o que Soros pensa sobre o grupo terrorista islâmico Hamas? “A América e Israel devem abrir a porta ao Hamas”, Soros certa vez insistiu num editorial. “Nem o Hamas nem o Hezbollah podem ser tratados meramente como alvos na guerra contra o terrorismo porque ambos têm raízes profundas nas suas sociedades”, argumentou ainda num outro editorial. “A AIPAC deve assumir a sua quota-parte de responsabilidade por ajudar e encorajar políticas como a resposta dura de Israel ao Hezbollah no verão passado e a sua insistência em tratar o Hamas apenas como uma organização terrorista.”
Daniel Greenfield complementa dizendo que Alex Soros dá continuidade à tradição do seu pai de hostilidade elementar para com o Estado Judeu.
Vamos nos lembrar que o clã Soros é ativo no Brasil, conforme divulgado recentemente pelo Instituto Monte Castelo.
Um apanhado do que vem acontecendo com a ocupação das universidades pelos ativistas muçulmanos e islamo-marxistas
Na Universidade de Yale, uma estudante judia foi esfaqueada por um ativista vestindo um lenço palestino (keffiyeh) durante um comício pró-terrorismo.
Manifestantes na Universidade de Columbia proclamam ‘Nós somos o Hamas’, e chamam judeus de ‘porcos.’ O New York Post publicou vídeo de um homem vestindo uma kipá e com uma bandeira israelense pendurada nos ombros, passando por uma multidão de manifestantes. Um jovem gritou para ele: “Continue andando, seu porco sionista!” Alguns momentos depois, o homem com a bandeira de Israel, respondendo a algo que lhe foi dito, pergunta: “O Hamas está bem?” Para isso, uma mulher com um lenço palestino, cobrindo sua cabeça e sua boca, respondeu furiosamente: “Nós somos o Hamas!” Outro apoiador de Israel pergunta a ela: “Você é o quê? Você é o Hamas?” Ela respondeu “Sim, somos todos Hamas, porco!” Outro manifestante acrescenta: “Viva o Hamas!”
Em outro incidente, também na Universidade de Columbia, muçulmanos disseram para um aluno judeu “voltar para a Polônia.” Cartazes conclamam pela “solução final” e gritos de “sionistas não merecem viver.” E, em outro vídeo, manifestantes gritam “Queime Tel Aviv até o chão. Vá, Hamas, nós amamos você. Apoiamos seus foguetes também.”
O que significa dizer que “justiça” será obtida incendiando Tel Aviv “até ao chão”? Significa que querem que a maior cidade judaica do mundo seja destruída, juntamente com todos os seus habitantes, que também serão queimados vivos, tal como aconteceu com as crianças judias nos kibutzim em 7 de outubro.
As ocupações e acampamentos se espalharam por outras universidades.
Na Universidade de Michigan, ativistas muçulmanos e islamo-marxistas distribuíram panfletos dizendo “Liberdade para a Palestina significa morte para os Estados Unidos.”
Na Universidade George Washington diversos professores (na verdade, ativistas) se juntaram aos manifestantes pró-Hamas atrapalhando os exames finais da faculdade de direito. Em vídeo, professores (ativistas) se juntam à “oração dos manifestantes” (oração à Alá, claro).
O jornal Washington Examiner está relatando que organizadores pró-palestinos baseados nas universidades de Columbia e Yale têm circulado um panfleto por todo o país. O panfleto intitulado “Primeiro nós tomamos Columbia: Lições do movimento de ocupação de abril de 1968” (“First We Take Columbia: Lessons from the April 1968 Occupations Movement”) é um guia sobre como invadir uma comunidade. Foi publicado no último sábado na revista “Ill Will” e distribuído aos manifestantes que ocupam o campus de Columbia. Ele contém esta citação da Carta Revolucionária nº 15 da poetisa americana Diane Di Prima:
Quando você toma uma cidade, um campus, se apodere das centrais eléctricas, da água, do transporte, deixe negociações de lado, não perca tempo com negociações, não espere que De Gaulle ou Kirk abdiquem, eles não o farão, você não está ‘manifestando’ mas sim você está travando uma guerra, lute para vencer, não espere que Johnson, Humphrey ou Rockefeller concordem com seus termos, tome o que você precisa, é grátis porque é seu.
Marxistas estão diretamente envolvidos na ocupação das universidades, como fica patente ao se consultar os sites de diversos grupos marxistas americanos, tais como Comunistas Revolucionários da América e Socialistas Democráticos da América. A linguagem utilizada por esses grupos não difere da usada pela Irmandade Muçulmana.
Em muitas universidades, tais como Columbia, as aulas foram canceladas. E, na Universidade da Carolina do Sul, as cerimônias de formatura foram canceladas.
Tem havido repressão por parte das polícias estaduais com centenas de presos, mas o problema só irá amainar quando os estudantes estrangeiros que estiverem participando das manifestações tiverem seus vistos de estudante revogados. Afinal, eles estão no estrangeiro para estudar. Outras ações prescritas na lei americana e que precisam ser implementadas incluem deportar todos os estrangeiros que apoiam publicamente grupos terroristas islâmicos, revogar a cidadania e deportar todos os cidadãos naturalizados que apoiam publicamente grupos terroristas islâmicos.
Ou seja, para reinstalar a ordem, basta aplicar a lei, pura e simples. Basta começar a deportar os terroristas dos campus universitários e as ocupações desaparecerão.
A Universidade da Flórida fez algo mais brando mas que se mostrou efetivo. Ela elencou o que é permitido e o que é proibido, ameaçando os alunos e funcionários que desobedecerem às recomendações com suspensão e demissão. Funcionou. A “ocupação” se desfez em cinco minutos.
O problema de relacionamento com o islamismo não irá terminar se Israel for riscado do mapa e se os judeus forem exterminados.
Quantos estudantes manifestantes sabem que Hamas é um acrónimo em árabe para Movimento de Resistência Islâmica, sendo este o verdadeiro nome da organização? Quantos sabem que a Carta do Hamas de 1988 cita Hasan al-Banna, o fundador da Irmandade Muçulmana, dizendo: “Israel existirá e continuará a existir até que o Islão o elimine, tal como eliminou outros antes dele”? Quantos compreendem as implicações da afirmação de que o “islamismo” é quem acabará por destruir Israel?
O Alcorão diz “Expulse-os de onde eles te expulsaram” (2:191), afirmação que se tornou a base da doutrina de que qualquer território que pertenceu ao islamismo em qualquer momento histórico pertence por direito ao islamismo para sempre. Se outros agora controlam este território, os muçulmanos têm uma ordem divina para expulsá-los e devolver aquela terra ao islamismo. É isso que o Hamas quer dizer quando afirma que o “islamismo” destruirá Israel. É por isso que uma “solução de dois Estados” nunca funcionará. É por isso que os estudantes manifestantes nas universidades americanas são tão imprudentes em abraçar o Hamas. Porque se o Hamas conseguir destruir Israel, o imperativo islâmico não terminará.
O Alcorão também ordena aos muçulmanos que lutem contra os não-muçulmanos até que “a religião seja toda para Alá” (8:39).
Isto vai muito além dos judeus. Recentemente o Estado Islâmico conclamou pelo degolamento e incineração de qualquer civil ocidental. Como se diz no Oriente Médio, primeiro vem o sábado (os judeus), depois vem o domingo (os cristãos, vistos pelos jihadistas como todos os residentes nos países ocidentais, inclusive os ateus).
A Jihad é implacável. Eu espero que os marxistas ocidentais caiam em si enquanto há tempo. Caso contrário, eles terão a mesmo fim dos marxistas que se aliaram aos revolucionários islâmicos do Irã em 1979: serem traídos pelos seus “aliados” muçulmanos e desaparecerem.
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