Eu irei dedicar este artigo sobre os tumultos recentes em Israel, que culminaram com a chuva de quase cinco mil foguetes disparados pelo Hamas a partir da Faixa de Gaza contra a população civil de Israel (sejam judeus, muçulmanos ou cristãos), e a resposta israelense. Houve uma dinâmica terrível, em um crescendo supostamente iniciado a partir da falta do pagamento do aluguel por parte de famílias palestinas em Jerusalém oriental. Ou seja, é relativamente simples compreender o que levou a este renascimento do terrorismo islâmico na região. Se não, vejamos.
Mas, antes de apresentar uma cronologia dos eventos, permita-me apresentar um fator geopolítico importante. Os grupos jihadistas palestinos tiveram que ficar quietinhos durante os quatro anos da administração Trump, que deixou de dar-lhes dinheiro e apoio. Adicione-se ainda o apoio inequívoco de Trump a Israel, seu antagonismo claro contra o Irã, e os acordos de paz feitos entre Israel e os Emirados Árabes (e outros países tais como Marrocos e Sudão). Mas, com a eleição (eleitoralmente suspeita) de Biden, o grupo do Obama voltou ao poder nos EUA, e, com eles, a Irmandade Muçulmana. Biden logo disse que Israel não é um aliado preferencial, e recomeçou a mandar dinheiro para a Autoridade Palestina e Comissariado da ONU para os “refugiados palestinos”, que repassam recursos para Hamas e outros.
Os tumultos de rua começaram durante o mês do Ramadã (considerado como o Mês da Jihad) sob pretextos que judeus estariam expulsando muçulmanos de residências no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém. De fato, o problema é antigo. Antes de Israel se tornar independente, famílias de judeus compraram terrenos nesse bairro. Tempos depois, famílias árabes se assentaram nestes terrenos. Criou-se uma controvérsia com os árabes afirmando que os terrenos pertenciam a eles, independente do fato de outras pessoas (no caso particular, judeus) terem comprado-os. Anos atrás, chegou-se a um acordo das famílias árabes pagarem aluguel, porém isso nunca aconteceu. O caso foi parar na justiça. Em outubro do ano passado, a Suprema Corte de Israel decidiu que as famílias árabes deveriam deixar os terrenos já que nem aluguel pagavam. Com a recusa, veio o despejo, usado como estopim pelos ativistas pró-palestinos, que afirmavam lutar contra as “tentativas de colonos judeus de despejar dezenas de famílias palestinas de suas casas” (uma narrativa abraçada pela grande imprensa internacional, como de costume). (Repare ainda que eram árabes; mas, depois de Yasser Arafat, os árabes se tornaram palestinos, da noite pro dia)
A polícia israelense agiu para conter o quebra-quebra que se seguiu. A ação da polícia serviu, então, de desculpa para os grupos militantes ampliarem sua ação, justificando a ampliação da sua violência como uma reação à ação da polícia israelense.
Como era esperado, para se criar uma situação que sirva para amplificar a propaganda islâmica anti-káfir, os militantes do Hamas usaram a mesquita de Al-Aqsa para estocar armas e pedras, forçando a polícia israelense de intervir e evacuar a mesquita – isso já aconteceu diversas vezes no passado!
Os militantes do Hamas e seus aliados sabem como criar novos fatos para justificar suas ações, pois eles sabem que a grande imprensa internacional está do seu lado. Os militantes criam uma situação na certeza de uma resposta da polícia israelense, usando a resposta como desculpa para ampliar a escalada da violência.
Veio então este ataque sem precedentes de quase 1500 foguetes lançados em 48 horas, quase 5000 fogetes em um período de uma semana, até que um cessar fogo fosse acordado. Claro que as forças de defesa de Israel iriam reagir! E o conflito se repete, parece a repetição do mesmo filme. O Hamas lança foguetes a partir da Faixa de Gaza, colocando os lançadores de foguetes em escolas, hospitais e áreas residenciais na esperança de que o contra-ataque da aviação israelense irá causar um número enorme de vítimas civis, quanto mais mulheres e crianças feridas ou mortas, melhor para a propaganda do Hamas. Israel, por outro lado, avisa onde irá atacar para dar tempo da população civil deixar a área, pois o interesse é o de destruir os equipamentos militares. E, claro, a grande imprensa culpando Israel por se defender e acusando-o de fazer uma resposta desproporcional.
Usar população civil como escudo é crime de guerra!
Leia depois: Uma foto que descreve com exatidão o conflito entre Israel e Irã (Hamas)
A reação das forças de defesa de Israel também serviu como desculpa para rebeliões acontecerem dentro de Israel, na cidade de Lod, e também em Bat Yam e Haifa. Estes “rebeldes” não são “palestinos”, mas sim militantes dos grupos terroristas islâmicos, infiltrados em Israel como uma Quinta Coluna!
Algo interessante: o Hamas lançou fogetes até mesmo contra Jerusalém, cidade que eles dizer ser sagrada para eles.
Chegou-se a um cessar-fogo, mas a coisa poderia ter sido pior. Teria sido tudo isso um treino para um conflito mais devastador? Os conflitos nas cidades israelenses foram acalmados, mas serão mais ferozes da próxima vez? Os foguetes deixaram de ser lançados pelo Hamas. Mas, até quando? E a fronteira norte com o Líbano, onde o Hezbollah está instalado, vai ficar silenciosa até quando? Como estancar a atividade terrorista a partir de Gaza?
O Hamas e outros grupos jihadistas, armados pelo Irã, estão apenas ganhando tempo para se reagrupar e se reforçarem. Este é o significado de trégua no islamismo. Para entender isso, leia depois o artigo Hudna – No Islamismo trégua não significa trégua.
Será que Israel cometeu um erro ao sair da Faixa de Gaza em 2005, unilateralmente, sem garantir a estabilidade do lugar?
E pensar que quando Israel deixou unilateralmente a Faixa de Gaza, a intenção era transforma-la em uma Singapura. Mas aí, veio o Hamas e pos tudo a perder.
O conflito em Israel pode ser resumido em duas frases: Israel deseja a paz, enquanto que os grupos jihadistas desejam destruir Israel.
Leitura externa – Palestinos: Nosso Verdadeiro Objetivo é Destruir Israel
(Gatestone Institute)
Tumultos e agressões em cidades dos EUA, Canadá e no Reino Unido na sequência dos conflitos em Israel e Faixa de Gaza
Nada novo. A diferença desde o ultimo conflito é que a imigração muçulmana adicionou dezenas de milhões de novos possíveis manifestantes. Esperar o que? Paz e convivência? https://youtu.be/3hJlAuih97o
\Revendo a causa do último conflito entre Israel e Hamas (Irã) 2021
Carla Sousa diz
Vi um vídeo em que um rapaz afirmava que, por detrás das cortinas, não existia esquerda nem direita, e que tanto a mídia normal quanto a mídia alternativa seriam duas faces da mesma moeda, que os EUA querem tirar a soberania do povo brasileiro e do Brasil, que Israel e seus soldados estariam matando a população vulnerável (crianças, deficientes etc)… Minha mente se embaralhou toda com tantas informações… Não sei em quem acreditar direito, estou confusa.
José Atento diz
Oi Carla. Acredite em Deus que é perfeito. Os homens sempre erram.
O melhor que você faz é tratar o que você lê e ouve com uma pitada de sal. Com certeza, o ruído é muito grande.
Agora, você veja a contradição do que foi dito neste vídeo que você menciona. Ele diz que “tanto a mídia normal quanto a mídia alternativa seriam duas faces da mesma moeda.” Ora, ao compartilhar este vídeo ele é parte da “mídia alternativa.” Isso significa que ele faz parte do “esquema” que ele denuncia?
Abraços
Carla Sousa diz
Interessante o que você disse. E tenho outra observação a acrescentar: Será que, quando ele disse que Israel está causando terror, ele não estaria de certa forma apoiando o Império Islâmico?
José Atento diz
Indiretamente, sim. Não saberia dizer se consciente ou inconscientemente.