O parlamento iraniano aprovou uma nova lei do véu islâmico ‘hijab’ e castidade. O governo aumentou muito as penas por violação do código de vestimenta do país. O parlamento do Irã aprovou isso quase exatamente um ano após a morte de Mahsa Amini, cuja morte desencadeou alguns dos maiores protestos no Irã nos últimos anos.
O governo está com medo do povo.
As mulheres no Irã têm arriscado vidas e liberdade. Especialistas da ONU dizem o que que estamos vendo no Irã é apartheid de gênero. Faz exatamente um ano desde que Masa Amini, de 22 anos, foi espancada até a morte pela polícia da moralidade por não usar o lenço de cabeça hijab corretamente. Ativistas dizem que a repressão contra todas as pessoas que têm protestado só está aumentando. E agora, a República Islâmica está preparada para aprovar uma nova lei de castidade e hijab.
A nova lei, que amplia as punições da lei anterior, pode punir mulheres que não seguem o rigoroso código de vestimenta tão severamente quanto aqueles que são considerados culpados de assassinato, podendo enfrentar até 10 anos de prisão por crimes repetidos. A proposta de lei, que foi debatida no parlamento às portas fechadas, menciona graus de punição que incluem mais de 60 chicotadas ou multas pesadas. Até mesmo empresas que prestem serviço a mulheres que não estejam usando o hijab são, agora, passíveis de multas e fechamento. Diz-se, também, que o regime está a investir fortemente em câmeras inteligentes que usam tecnologia de reconhecimento facial para identificar potenciais violadores.
O projeto de lei também lista punições contra as mulheres que postam fotos on-line sem usar véu islâmico. No ano passado, Serena Ismail Zadeh, uma menina de 16 anos, que postou vídeos populares no YouTube, às vezes sem lenço na cabeça, foi morta durante protesto após ser espancada pela polícia.
Ao longo dos anos, usar as redes sociais para criticar o regime e obter informações com segurança tem se tornado cada vez mais difícil. A lei também planeja solidificar o patrulhamento rigoroso pelas forças paramilitares Basij e pela “polícia da moralidade”. Ambas foram acusadas de confrontos violentos nas ruas
Clérigos islâmicos tornaram o uso do hijab em público obrigatório após Revolução de 1979, e desde então tornou-se um símbolo político de controle sobre 40 milhões de mulheres iranianas. Elas querem esse controle de volta.
Leia mais sobre os direitos das mulheres como estabelecido pela lei islâmica Sharia.
Fontes: Toronto Sun, CTV News, Foreign Policy
\Direito-Mulher-Iran-Nova-lei-da-hijab-10-anos-prisao-2023
Deixe um comentário