Aqueles que acomparam o recém-encerrado Sínodo da Amazônia devem estar cientes do paganismo dos índios da amazônia levado para o Sínodo sob os auspícios do órgão católico REPAM, incluindo-se a prostração frente a símbolos animistas e à uma árvore plantada no jardim do Vaticano, e o culto do ídolo Pachamama dentro de igrejas. (Assista ao vídeo do Bernardo Küster abaixo)
Neste artigo, iremos deixar de lado a questão da soberania da Amazônia, nem tocar no projeto do Corredor Triplo-A, e nem no fato de muitas das instituições envolvidas no Sínodo, inclusive católicas, serem financiadas por grupos globalistas e abortistas, como a Fundação Ford. Vamos nos ater no aparente politeismo praticado ao longo do Sínodo, e como isso pode vir a ser percebido pelos adeptos do islamismo.
O fato é que se criou uma polêmica em torno de uma deusa inca que foi ressuscitada neste Sínodo. Trata-se da Pachamama.
“Pachamama é uma deusa reverenciada pelos povos indígenas dos Andes, a Mãe Terra ou Mãe Tempo. Na mitologia inca, Pachamama é uma deusa da fertilidade que preside o plantio e a colheita, encarna as montanhas e causa terremotos, com seu próprio poder para sustentar a vida na terra. Seus santuários são rochas sagradas, ou troncos de árvores antigas, sendo visualizada como uma mulher adulta, que colhe colheitas de batatas e folhas de coca. Os sacerdotes sacrificam lhamas, porquinhos da índia, e queimam roupas elaboradas para ela. Pachamama é a mãe de Inti, o deus do sol, e Mama Killa, a deusa da lua. Diz-se que Pachamama também é a esposa de Inti, seu filho. Na cultura pré-hispânica, Pachamama era frequentemente uma deusa cruel, ansiosa por coletar seus sacrifícios.”
No começo do Sínodo, os organizadores estavam dizendo que a Pachamama era a Nossa Senhora da Amazônia. Mas eles acabaram sendo desmascarados e desmentidos pelo próprio papa Francisco, depois que um grupo de católicos de verdade atirarou algumas das estátuas no rio Tibre como sinal de protesto (ver o segundo vídeo abaixo).
Então, se trata da imagem de uma deusa, Mãe Terra, que chegou a ter procissão no Vaticano e oração publicada em um livreto oficial da Fundação Missão da conferência episcopal italiana.
Mas o que o Islã tem a ver com isso? Lembre-se que o Islã foi fundado como uma religião monoteísta estrita e, quando seu fundador entrou em Meca em 630, ele removeu e destruiu os 361 ídolos de deuses pagãos que estavam em exibição na Caaba. Lembre-se também que o Islã acusa os cristãos (e os judeus) de serem idólatras, por causa da Trindade, justificando deste modo se lutar contra eles!
É algo garantido que os imãs e os aiatolás estão prestando muita atenção a este novo interesse da Igreja Católica pela “Mãe Terra”, talvez achando estrando ver que muitos líderes da Igreja, incluindo o papa, estejam se esforçando tanto em transformar a Igreja em algo novo e estranho.
Já o o documento preparatório para o Sínodo da Amazônia parecia afirmar a legitimidade do panteísmo, paganismo e culto aos antepassados. E, contrariando a doutrina católica estabelecida, afirmava que a região amazônica seria, ela própria, uma fonte de revelação divina.
O desenrolar do Sínodo, a onipresença dos adoradores da “Mãe Terra” em Roma, e o seu documento final, confirmam o “espírito” do documento preparatório.
O interessante é que o Papa Francisco põe em risco o diálogo que ele vem cultivando com o Islã (leia mais sobre isso aqui), chegando a assinar um documento que afirma que a existência de várias religiões é desejo de Deus (uma heresia do ponto-de-vista católico e algo irracional, pois existem diferenças fundamentais entre as religiões).
O fato é que este “diálogo” é francamente favorável ao Islã, pois a condição imposta pelo Grande-Imã da Al-Azhar, Xeique Ahmed el-Tayeb, foi de que os parceiros católicos deveriam se abster de tecer qualquer crítica ao Islã. Isso explicaria o silêncio dos líderes católicos frente ao contínuo massacre de cristãos no Oriente Médio, África e Ásia, por governos, grupos muçulmanos, e mesmo fiéis individualmente.
Veja bem. Já era difícil aceitar um diálogo com a Igreja Católica, quando a própria crença católica na Trindade já é motivo de acusação de idolatria (conforme o Alcorão 9:30).
Do ponto de vista islâmico, shirk (idolatria) deve ser punida. No Alcorão, a simples descrença já é uma justificativa suficiente para os muçulmanos travarem guerra contra os infiéis.
À medida que as notícias deste namoro da Igreja com o panteísmo se espalharem pelo mundo islâmico, algo que será certamente exagerado para pior, é de se esperar que a perseguição aos cristãos aumente (independente de serem católicos ou não). Um número crescente de muçulmanos acredita que matar cristãos é como oferecer adoração a Alá.
Por outro lado, líderes muçulmanos moderados irão tentar manter o “diálogo” pois ele vem funcionando muito bem. A disseminação do Islã por toda a Europa tem se tornado possível, em parte, pelo fato do Vaticano fazer lobby forte em favor da migração muçulmana em massa e desincentivar o proselitismo. Sob Francisco, a Igreja adotou uma atitude submissa em relação ao Islã, submissão esta que excede a submissão do mundo secular.
Referências sobre Pachamama:
- Dransart, P. (1992). “Pachamama: The Inka Earth Mother of the Long Sweeping Garment.” Dress and Gender: Making and Meaning. Editores: Ruth Barnes e Joanne B. Eicher. pp. 145-63. New York/Oxford.
- Matthews-Salazar, P. (2006) “Becoming All Indian: Gauchos, Pachamama Queens, and Tourists in the Remaking of an Andean Festival.” Festivals, Tourism and Social Change: Remaking Worlds. Editores: David Picard e Mike Robinson. pp. 71–81. Channel View Publications.
- Murra, J. V. (1962). “Cloth and Its Functions in the Inca State”. American Anthropologist. Vol. 64, No. 4, 714. doi:10.1525/aa.1962.64.4.02a00020.
Erick Nilson diz
papa comunista…
Fernando Prieto diz
Que infelicidade! Que desgraça! Que escândalo essa idiota atitude de “apaziguamento e convivência” com crenças pagãs traz para quem não conhece a fundo os valores da Igreja (que, claro, NÃO são os do atual papa – houve papas bons e santos e houve outros autênticos celerados, mas a Igreja sobreviveu a todos, e sobreviverá também a este!).
Essa tentativa de acomodação com as religiões pagãs só pode dar errado. Da mesma forma que outra (pior ainda) de “convivência ecumênica” com o Islã, essa ideologia travestida de religião que procura dominar o mundo, com a cumplicidade de nossos atuais “líderes” e “guias” políticos, particularmente na Europa Ocidental,
Deus nos ajude e proteja!