A invasão dos exércitos islâmicos alcançou o coração da Europa, tendo sido derrotada militarmente. Agora, ela se repete, não pela força das armas, mas pela imigração em massa e demografia.
Este artigo relata a Batalha de Viena, que destruiu esta bela cidade, mas não o espírito de resistência do seu povo. Que este espírito de resistência ressurja com toda a sua força!
(existem links para vídeos ao final do artigo)
Quando Viena resistiu contra a jihad em 11 de setembro de 1683
artigo escrito por Raymond Ibrahim, 12 de setembro de 2018
(Este artigo é uma adaptação do novo livro do autor, “Espada e Cimitarra: Quatorze Séculos de Guerra entre o Islã e o Ocidente.” Todas as citações são extraídas deste livro)
Em 11 de setembro de 1683 – 335 anos antes das Torres Gêmeas de Nova York desmoronarem – outra cidade ocidental, Viena, ficou entre a vida e a morte, também devido a jihad islâmica.
Dois meses antes, o maior exército islâmico a invadir a Europa – 200.000 combatentes sob liderança turco-otomana – invadiu desejando “lutar generosamente pela fé maometana … pela extirpação dos infiéis e pelo aumento de muçulmanos”, como citado por um contemporâneo.
Tendo cercado as muralhas de Viena em 14 de julho, o grão-vizir otomano, Kara Mustafa, seguiu o protocolo. Em 628, seu profeta Maomé havia enviado um ultimato ao imperador [Romano do Oriente] Heráclio: “Aslam taslam” – “submeta-se [ao islamismo] e tenha paz”. Heráclio rejeitou a convocação, e a jihad foi declarada contra a cristandade (como consagrado no Alcorão 9:29), e em poucas décadas, dois terços do mundo então cristão – incluindo a Espanha, todo o norte da África, Egito e a Grande Síria – foram conquistados.
Mais de mil anos depois, o mesmo ultimato de ‘submissão ao islamismo ou à morte’ chegara ao coração da Europa. Embora Starhemberg, o comandante vienense, não tenha se dado ao trabalho de responder à convocação, os grafites dentro da cidade, tais como “Maomé, seu cachorro, vá para casa!”, retratam bem o estado de espírito dos vienenses.
No dia seguinte, Mustafa soltou todo o inferno contra as muralhas da cidade. Por dois meses, os vienenses, cercados e vastamente em desvantagem, sofreram de peste, disenteria, fome e muitas baixas.
Então, em determinado momento, em 11 de setembro, quando os muçulmanos estavam prestes a invadir as muralhas, o comandante vienense, desesperado, disparou foguetes no céu noturno para “avisar ao exército cristão do limte extremo pelo qual a cidade havia sido reduzida.” Este exército cristão seria uma força de resgate, que Viena aguardava com toda a sua esperança. Os otomanos entenderam exatamente o que esses foguetes significavam, e gritos de “Allahu Akbar!” surgiram na noite, com os otomanos implorando à sua divindade para “obliterar totalmente os infiéis da face da terra!”
Foi então que o milagre aconteceu. Uma testemunha ocular anônima escreveu. “Depois de um cerco de sessenta dias, acompanhado de mil dificuldades, enfermidades, falta de provisões e grande derramamento de sangue, depois de um milhão de canhões e mosquetes, bombas, granadas, e todos os tipos de explosivos, que mudaram a face da cidade mais bela e florescente do mundo, desfigurando-a e arruinando-a”, continuou a testemunha ocular, “oferecendo uma defesa vigorosa e uma resistência sem paralelo, o Céu favoravelmente ouviu as preces e lágrimas de um povo abatido e pesaroso.”
Para a grande alegria da cidade, os foguetes de socorro de Starhemberg foram respondidos por uma chuva de fogos de artifício que iluminavam o céu noturno. Uma Liga Santa, formada por cerca de 65.000 poloneses fortemente armados, austríacos e alemães, todos ansiosos para vingar a cidade sitiada, havia chegado. Pior ainda para os otomanos, eles estavam sob o comando geral do formidável rei da Polônia, John Sobieski, que acreditava firmemente: “Não é só uma cidade que temos que salvar, mas todo o cristianismo, do qual a cidade de Viena é o baluarte.”
A batalha começou nas primeiras horas da manhã de 12 de setembro, com várias trocas de fogo de artilharia em meio aos penhascos rochosos e encostas da Colina Kahlenberg, onde os europeus haviam acampado na noite anterior. Os austro-alemães, para vingar o que Viena tinha sido submetida, lutaram ferozmente, mas não importando quantos turcos e tártaros eles abatessem, mais apareciam. À tarde, os liberadores estavam cansados e se detiveram.
De repente uma grande faixa branca estampada com uma cruz vermelha apareceu na encosta oposta. Eram os poloneses, que clamavam em voz alta pela ajuda divina. Eles pareceram para os turcos como “uma inundação de lama negra descendo a montanha, consumindo tudo o que tocava.” Os poloneses lutavam bravamente, encorajando seus colegas austro-alemães. Uma massa descoordenada de cavalos, homens, aço e tiros se chocou e explodiu em torno dos barrancos e destroços de Kahlenberg – mesmo assim, o cerco continuava a apertar em torno de Viena.
A luta feroz, mas indecisa, continuou por horas até que Sobieski percebeu uma fraqueza na linha muçulmana. Ele instantaneamente ordenou a maior carga de cavalaria da história diretamente contra a tenda do grão-vizir. À frente de cerca de vinte mil cavaleiros poloneses, alemães e austríacos, Sobieski, com seu jovem filho ao seu lado, atacou violentamente a linha otomana. Usando armaduras pesadas com asas de águias, carregando grandes lanças e montando corcéis de guerra ainda maiores e fortemente blindados, três mil hussardos – a cavalaria de elite do exército polonês que cercava seu rei – eram um espetáculo especial: para os vienenses sitiados, alguns dos quais estavam agora se preparando para se juntar à batalha, pareciam libertadores alados; para os muçulmanos cada vez mais desmoralizados, eles pareciam anjos da morte que “criaram temor nos corações dos turcos e seus aliados tártaros.”
“Por Alá, o rei está realmente entre nós?”, exclamou Murad Giray, o consternado tártaro, Cã da Criméia, ao ver Sobieski presente e lutando. Quando Mustafa ordenou que ele redobrasse seus esforços, “o príncipe tártaro respondeu que conhecia o rei da Polônia por mais de um encontro, e que o vizir ficaria muito feliz se pudesse se salvar, fugindo, como não tendo nenhuma outra opção para a sua segurança, e que ele ia lhe mostrar o exemplo.” E lá se foi, correndo, o Cã da Criméia, com suas hordas.
Ao pôr do sol, cerca de quinze mil otomanos jaziam mortos no chão. O resto, incluindo o próprio Mustafa, fugiu o máximo que puderam na direção do território otomano. A derrota de Mustafa não seria esquecida pelos turcos. Naquele mesmo ano de 1683, no dia de Natal, enquanto toda a cristandade celebrava, Mustafa, o líder “que pensava ter invadido o Império do Ocidente, levando medo e terror por toda parte”, foi decapitado pelo comando otomano, sendo a sua cabeça enviada ao sultão Maomé IV.
Apesar de uma vitória espetacular, o resultado foi sangrento: antes de se engajar no exército europeu, os muçulmanos massacraram ritualmente cerca de 30 mil cativos cristãos presos durante sua marcha para Viena – estuprando assiduamente as mulheres e crianças de antemão. Ao entrar na cidade aliviada, os libertadores encontraram pilhas de cadáveres, esgotos e escombros por toda parte – o “Marco Zero” de Viena.
Como um contemporâneo explicou:
A desolação era total na cidade de Viena, onde o rei polonês entrou no dia após a batalha e encontrou montes de ruinas, em vez de casas, e até o palácio do imperador reduzido a cinzas, pelos canhões e bombas: mas ele foi aliviado da dor, que esse sombrio espetáculo ocasionara, pelas aclamações dos habitantes, que não mais pensavam em suas calamidades passadas, mas foram contagiados de alegria pela sua libertação inesperada: a cidade não poderia aguentar mais dois ou três dias de cerco.
A Liga Santa das forças polonesa, alemã e austríaca permaneceu intacta e atacou os turcos. Dois anos depois, a Rússia Ortodoxa se juntou à liga católica. Entre 1683 e 1697, outras quinze grandes batalhas foram travadas entre os turcos e cristãos, sendo doze delas vencidas pelos cristãos.
Em 1699, o Império Otomano, “que tinha aterrorizado a Cristandade por mais de trezentos anos”, foi reduzido pela assinatura do humilhante Tratado de Karlowitz, que exigia que ele cedesse grandes territórios de volta a seus inimigos infiéis, marcando assim o início do fim do poder islâmico. Como disse o falecido historiador Bernard Lewis: “O último grande assalto muçulmano à Europa, o dos turcos otomanos, terminou com o segundo cerco de Viena em 1683 [Viena já havia sido sitiada pelos turcos-otomanos em 1529]. Com essa derrota, e a retirada turca que se seguiu, mil anos de ameaça muçulmana contra a Europa chegou ao fim”.
Até ela ressurgir em tempos recentes, como tem sido na atualidade.
Para o leitor interessado nos muito outros confrontos históricos e batalhas decisivas entre os exércitos do Islã e do Ocidente, leia o livro “Espada e Cimitarra: Quatorze Séculos de Guerra entre o Islã e o Ocidente” (Sword and Scimitar: Fourteen Centuries of War between Islam and the West).
Filme A Batalha por Viena (1683), com legendas em português
https://www.bitchute.com/video/FyKYUF5PqtdI/
Vídeo curto (7 min.) sobre este evento,
com legendas em português em diversos canais:
https://youtu.be/tCIFBH1y1YQ ou https://youtu.be/2YzVt4kLKLo (OK).
\História Batalha de Vienna 1683