Le génocide voilé: Enquête historique, Tidiane N’Diaye, 2008, Collection Continents Noirs, Gallimard
“O Genocídio Ocultado”, do antropólogo Tidiane N´Diaye.
Observação: livro também disponível em português (comentário em áudio) – “O Genocídio Ocultado: investigação histórica sobre o tráfico negreiro árabo-muçulmano” (edição: Gradiva, julho de 2019)
O livro “O Genocídio Ocultado” é mais um de uma série de várias outras publicações que vêm sendo feitas, nos últimos 25 anos, lançando luz a pesquisas realizadas acerca do quão gigantesco foi, de fato, o sistema escravocrata das sociedades islâmicas na África, que, segundo alguns, foi quatro vezes maior do que o ocidental. Corrigir esta falta histórica é importante, pois estamos vendo, curiosamente, os islâmicos acusarem os ocidentais de terem sido escravagistas … ao mesmo tempo em que ouvimos afirmações estapafúrdias que os islâmicos “trataram bem” os escravos africanos e que “seus descendentes” eram igualados às pessoas das civilizações islâmicas em que nasciam. Mas, que “descendentes” seriam estes? Afinal, é sabido que a grande maioria dos escravos capturados pelos islâmicos eram castrados, e que 90% dos que eram capturados, e seguiam a pé para os países muçulmanos, morriam decorrente das condições sub-humanas as quais eram submetidos, desde sua captura até o seu translado.
Vasta e recente documentação tem falado sobre a escravidão desde o século VII d.C., o qual estendeu-se até o século XX, ou seja, 1.300 anos ininterruptos de escravidão, período no qual os africanos foram sistematicamente escravizados pelo Islã (através da chamada “África branca”, isto é, ao norte do continente), e cuja população foi praticamente dizimada pelo mundo muçulmano.”
Os árabes invadiram a África Sub-Saariana durante treze séculos sem interrupção. A maioria dos milhões de pessoas que foram deportadas desapareceram devido ao tratamento desumano.
O comércio de escravos começou quando o Emir e geral Árabe Abdallah bin Said impôs um acordo (Bakht), concluído em 652, forçando-os a entregar anualmente centenas de escravos. A maioria destes homens foram levados do povo de Darfur. E esse foi o ponto de início de uma grande tragédia humana que foi parar, oficialmente, apenas no final do século XX.
Tidiane N’Diaye é um antropólogo, economista e escritor franco-senegalês. Ele é o autor de uma série de publicações sobre a história da África negra e da diáspora africana, bem como numerosos estudos econômicos do Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos sobre os departamentos franceses ultramarinos (Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica).
Os ensaios de N’Diaye sobre o comércio de escravos árabe (Le génocide voile “O genocídio ocultado”, Étude de la traite négrière arabo-musulmane “estudo do tráfico de escravos negro árabe-muçulmano”) foram nomeados para o Prémio Renaudot, em 2008.
Um comentário sobre este livro se encontra em Islâmicos, os maiores escravagistas do mundo.
Site da Editora Gallimard. Amazon.
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