Pesquisa mostra que quase a metade dos muçulmanos europeus concordam que os eles devem voltar às raízes do islão, que só há uma interpretação do Alcorão, e que as regras nele estabelecidas são mais importante do que as leis seculares.
Os resultados desta pesquisa devem fazer-nos pensar duas vezes antes de caracterizar as suspeitas sobre as crenças dos muçulmanos ocidentais como “islamofobia.”
Tanto a extensão do fundamentalismo religioso islâmico e seus correlatos – a homofobia, o anti-semitismo e a “Ocidentofobia” – devem ser motivo de graves de preocupações.
Lembre-se que o objetivo final do fundamentalismo islâmico é a implementação da lei islâmica (sharia) em todo o mundo.
Um estudo sobre fundamentalismo, publicado por Ruud Koopmans do “Centro de Berlim para Pesquisa em Ciências Sociais”, comparou o nível de fundamentalismo na Europa, entrevistando cristãos (nativos da europa) e muçulmanos (imigrantes e filhos de imigrantes educados na Europa). As perguntas foram direcionadas a grupos que se identificaram como cristãos e muçulmanos, e conduzidas nos seguintes países: Alemanha, França, Suécia, Bélgica, Holanda e Áustria. Os muçulmanos entrevistados são de origem turca e marroquina, grupos que não são considerados como fermentadores do extremismo islâmico. A motivação deste estudo é a controvérsia que existe sobre muçulmanos imigrantes, e seus descendentes, vivendo em países europeus, se eles fomentam crenças religiosas fundamentalistas, ou se eles são mais moderados – talvez porque os moderados tendem a imigrar, ou, depois de imigrarem, tornarem-se mais moderados ao viverem no meio da sociedade européia. Enquanto que se sabe mais sobre o fundamentalismo cristão, muito pouco esforço tem havido para comparar o fudamentalismo islâmico com o fundamentalismo cristão na Europa (press release; artigo; apresentação).
Este estudo segue a largamente aceita definição de fundamentalismo de Bob Altermeyer e Bruce Hunsberger, que diz que o fundamentalismo é um sistema de crença baseado em 3 elementos
- que os crentes devem retornar para as regras eternas e inaterálveis estabelecidas no passado;
- que estas regras apenas permitem uma única interpretação e são obrigatórias para todos os crentes;
- que regras religiosos têm prioridade sobre leis seculares.
(fundamentalismo islâmico segue o exemplo de Maomé, citado 93 vezes no Alcorão como o melhor exemplo de conduta … leia sobre Maomé em A Verdade Sobre Maomé, Conquistador e Primeiro Soberano da Arábia)
1. Perguntas sobre o grau de fundamentalismo
Percentual daqueles que concordam com as frases:
“Os cristãos [os muçulmanos] devem retornar às raízes do cristianismo [islamismo].”
“Existe apenas uma interpretação da Bíblia [do Alcorão] e cada cristão [muçulmano] deve se ater a ela. “
“As regras da Bíblia [do Alcorão] são mais importantes para mim do que as leis do [país da pesquisa].”
Veja no gráfico abaixo os resultados inquietantes.
Verifica-se que 60% dos muçulmanos (de origem turca e marroquina) desejam um retorno às raizes da fé religiosa (em comparação com 20% dos cristãos); 75% acham que existe uma única interpretação do alcorão (em comparação com 17% dos cristãos entrevistados com respeito à bíblia); e 65% dos muçulmanos dizem que as regras oriundas das escrituras são mais importantes do que as leis dos países de onde eles vivem (sendo que apenas 12% dos cristãos concordam com isso). No geral, 44% dos muçulmanos concordam com as três afirmações, em comparação com menos de 4% dos cristãos. Em outras palavras, existe um nível alarmantemente alto de fundamentalismo entre os residentes muçulmanos – um nível muito maior daquele encontrado entre os cristãos. E, é importante salientar, os muçulmanos oriundos de países mais “extremistas” não foram entrevistados.
Esses resultados não são devido a diferenças econômicas ou de classe, pois uma análise de regressão controlando “educação, posição no mercado de trabalho, idade, sexo, e estado marital, revelou que enquanto que estas variáveis explicam variâncias no fundamentalismo dentro de ambos os grupos, elas não explicam ou diminuem as diferenças entre muçulmanos e cristãos.” E muçulmanos mais jovens não são menos fundamentalistas que os mais velhos. Em contraste, o fundamentalismo cristão é mais forte junto aos mais velhos e mais fraco junto aos mais jovens.
2. Perguntas sobre atitudes em relação outros grupos
Percentual daqueles que concordam com as frases:
“Eu não quero ter homossexuais como amigos.”
“Não se pode confiar nos judeus.”
“Os muçulmanos têm como objectivo destruir a cultura ocidental”. [pergunta direcionada para os cristãos europeus]
“Os países ocidentais estão tentando destruir o islão.” [pergunta direcionada aos muçulmanos europeus]
Veja no gráfico abaixo mais resultados inquietantes.
Os resultados falam por sí só. Mais do que 50% de muçulmanos mostram hostilidade contra homosexuais e mais do que 40% de muçulmanos mostram hostilidade contra judeus. Mais do que 50% acham que o ocidente deseja destruir o islão (algo que poderia ser chamado de “ocidentofobia”) e mais do que 25% concordam com todas as três. Isto em contraste com percentuais bem menores dos cristãos, resultando em apenas 2% que concordam com as três afirmações.
A análise de regressão mostrou novamente que a religião é o mais importante fator alimentador de hostilidade contra grupos externos, e que o grau de fundamentalismo se correlaciona com o grau de hostilidade para com grupos externos.
As principais conclusões do estudo são:
Atitudes oriundas de fundamentalismo religioso na Europa Ocidental estão muito mais difundidas entre os imigrantes muçulmanos do que entre os cristãos nativos.
O fundamentalismo religioso prediz muito fortemente as atitudes hostis e percepções de ameaças contra grupos externos, e explica a maioria das diferenças nos níveis de hostilidade contra grupos externos entre muçulmanos e cristãos.
Os determinantes sócio-estruturais do fundamentalismo são muito semelhantes para os cristãos e muçulmanos (educação, emprego). No entanto, eles não explicam os níveis mais elevados de fundamentalismo entre os muçulmanos. O fundamentalismo religioso explica por que os imigrantes muçulmanos são geralmente mais hostil em relação a outros grupos do que os cristãos nativos.
Enquanto os jovens cristãos são menos fundamentalistas e hostis a outros grupos do que as gerações mais velhas, este não é o caso entre os muçulmanos (onde jovens e velhos compartilham hostilidade para o que não for muçulmano).
As explicações mais comuns para o fundamentalismo religioso entre os imigrantes muçulmanos são todas contraditas pelos dados: não são uma consequência do stress relacionado com a imigração, marginalização sócio-econômica, ou algum tipo de exclusão legal.
Estes resultados contradizem claramente a alegações, ouvidas muitas vezes, de que o fundamentalismo religioso islâmico é um fenômeno marginal na Europa Ocidental ou que não diferem da extensão do fundamentalismo entre a maioria cristã. Ambas as afirmações são flagrantemente falsas, pois quase a metade dos muçulmanos europeus concordam que os muçulmanos devem voltar às raízes do islão, que só há uma interpretação do Alcorão, e que as regras nele estabelecidas são mais importante do que as leis seculares. Entre os cristãos nativos, menos de um em cada 25 pode ser caracterizado como fundamentalistas nesse sentido.
Esta pesquisa derruba o argumento daqueles que dizem que os muçulmanos que vivem no Ocidente são relativamente moderados e amigáveis para com os outros grupos (de não-muçulmanos) que fazem parte da sociedade.
Estes dados devem fazer-nos pensar duas vezes antes de caracterizar as suspeitas sobre as crenças dos muçulmanos ocidentais como “islamofobia.” Existem crenças difundidas e perniciosas aqui, sendo que elas poderiam motivar ações perniciosas.
Tanto a extensão do fundamentalismo religioso islâmico e seus correlatos – a homofobia, o anti-semitismo e a “Occidentofobia” – devem ser motivo de graves de preocupações para os políticos, para aqueles que detém poder decisório, e até mesmo para os líderes da comunidade muçulmana. É claro que o fundamentalismo religioso não deve ser equacionado com a disposição de apoiar, ou até mesmo se envolver, em violência de motivação religiosa. Mas, dada a sua forte relação com hostilidade contra grupos externos, o fundamentalismo religioso, muito provavelmente, proporciona um ambiente nutritivo para a radicalização.
Clique aqui para mais artigos sobre o tema “muçulmanos querem a lei islâmica Sharia” onde eles moram:
- Exemplos
- Mais estatísticas mostrando que muçulmanos querem Sharia (e isso é preocupante)
- Discussão sobre a frase “a maioria dos muçulmanos é amante da paz.”
- Relatório: 67% dos muçulmanos entrevistados acreditam que existe apenas uma interpretação verdadeira dos ensinamentos do Islão
- O Estado Islâmico é islâmico e representa o verdadeiro rosto do islão
Deixe um comentário