Conta a tradição islâmica que o segundo califa, Umar, impôs um acordo sobre os cristãos recém-conquistados. Este acordo é conhecido como as Condições de Umar (Pacto de Umar ou Tratado de Umar). Ele é uma das bases para o tratamento de cristãos e judeus como cidadãos de terceira-classe sob a lei islâmica (os dhimmis, ou zimis), e um dos motivos que tornaram a vida dos cristãos sob o islão tão miserável que obrigou milhões deles a se adotarem o islão para poderem sobreviver.
(Leia mais sobre os dhimmis e a dhimmitude neste outro artigo)
Os principais pontos das Condições de Umar são aqui retratados:
- Nós não iremos construir, nas nossas cidades ou arredores, novos mosteiros, igrejas, conventos, ou célula para monges, nem iremos consertá-los, de dia ou de noite, mesmo que eles caiam em ruinas ou sejam situados nos bairros dos muçulmanos.
- Nós iremos manter os nossos portões abertos para os transeuntes e viajantes. Nós iremos dar comida e alojamento por 3 dias para todos os muçulmanos que passarem no nosso caminho.
- Nós não iremos prover refúgio em nossas igrejas ou casas para qualquer espião, nem escondê-lo dos muçulmanos.
- Nós não iremos manifestar a nossa religião em público e nem converter ninguém para ela. Nós não iremos impedir que qualquer um de nós se converta para o Islão se ele assim desejar.
- Nós iremos mostrar respeito para os muçulmanos, e nós iremos levantar dos nossos assentos quando eles desejarem sentar.
- Nós não buscaremos parecer como os muçulmanos imitando o modo que eles se vestem.
- Nós não iremos montar em selas, nem cinjir espadas, nem portar qualquer tipo de armas, nem carrega-las conosco.
- Nós não iremos ter incrições em árabe nos nossos selos.
- Nós não iremos fermentar bebidas (álcool).
- Nós iremos cortar as franjas das nossas cabeças (manter um topete curto como sinal de humiliação).
- Nós iremos sempre nos vestir do mesmo modo onde quer que estejamos, e nós iremos amarrar o zunar entorno das nossas cinturas (cristãos e judeus têm que usar roupas especiais).
- Nós não iremos mostrar nossas cruzes ou os nossos livros nas estradas ou mercados dos muçulmanos. Nós iremos apenas usar chocalhos nas nossas igrejas bem baixinho. Nós não iremos aumentar as nossas vozes quando seguindo os nossos mortos. Nós não tomaremos escravos que tenham sido determinados para pertencerem aos muçulmanos.
- Nós não iremos construir casas mais altas que as casas dos muçulmanos.
- Qualquer um que espancar um muçulmano com intençao deliberada perderá os direitos de proteção deste pacto. (Al-Turtushi, Siraj Al-Muluk, p. 229-230).
As Condições de Umar fazem parte da lei islâmica Sharia, lei o11.5, que trata do imposto jizya (Manual Umdat as-Salik wa ‘Uddat an-Nasik, The Reliance of the Traveller).
Viver sob o islão como não-muçulmano (kafir), é viver sob assédio constante. O objetivo é tornar a vida do não-muçulmano (kafir) tão insuportável de modo que a única maneira dele se livrar do assédio e perseguição é se convertendo para o islão.
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