José Atento
Este artigo permite que se entenda a motivação político-religiosa que causa a migração muçulmana para países não-muçulmanos, notadamente a verdadeira invasão que presenciamos hoje em dia. Como tudo no islão, isto tem base no Alcorão e na tradição (sunna) de Maomé.
A Hégira (hijrah), ou jihad pela migração, faz parte de um conceito mais amplo de jihad demográfica, ou seja, forçar sociedades a se subjugarem aos regulamentos da lei islâmica Sharia através da força do número de muçulmanos vivendo naquele lugar (veja a lei dos números).
Este conceito começou com o próprio Maomé e vem sendo empregado desde então, fazendo parte integral da história islâmica, bem como do consciente coletivo do mundo islâmico. O que vemos acontecer hoje na Europa é apenas mais um capítulo desta longa história.
No ano 622 depois de Cristo, Maomé, e seus seguidores, se mudaram de Meca para Yathrib, mais tarde renomeada como Medina, um evento que passou a ser chamado de Hégira (ou fuga). Este evento marca o começo do calendário islâmico, e marca também a mudança de atitude de Maomé. Antes da Hégira, ele vivia em Meca, onde ele foi um pregador fracassado, tendo arregimentado apenas uma dezenas de seguidores. Em Meca a sua pregação era básicamente, “aceite-me como profeta da Alá ou sofra todas as mais indescritíveis torturas no inferno” (torturas executadas pelo próprio Alá). Após a Hégira acontece uma mudança, e Maomé forma uma milícia e passa a cometer as piores atrocidades. Maomé agora não espera pela justiça de Alá na “vida após a morte.” Maomé se tornou o executor da justiça de Alá na Terra, desenvolvendo o conceito de jihad, exortando seus seguidores a cometerem violência contra os incrédulos, e a imposição de que todo muçulmano deve se esforçar para disseminar e implementar a Sharia no mundo todo, tornando a jihad uma obrigação comunitária e eterna.
A Hégira é um evento marcante na consciência islâmica. Maomé foi um migrante, e foi a sua migração que funcionou como a chave para o seu sucesso. A rigor, Maomé colonizou Medina. Ele transformou Medina, uma próspera cidade de 30 mil habitantes (incluindo 5 tríbos judáicas), onde várias religiões viviam lado-a-lado, em um enorme gueto islâmico, onde apenas o islão imperava.
O fato do calendário islâmico começar com a Hégira, e não com o nascimento de Maomé, ou por ocasião de primeira “revelação”, é algo importante. Ele sinaliza como o início do Islã o evento que marcou a mudança de estratégia de Maomé, de pregador para líder político e militar, o que implica que o islão só é pleno em sí mesmo se os componentes político e militar estiverem presentes.
Cada muçulmano que migra para um outro lugar tem a narrativa da Hégira na sua mente. Ele sabe que é sua missão transformar a nova terra que o abriga, de modo a que ela se torne parte da Dar-al-Islam, a Casa do Islão, sendo regulada pela Sharia.
O Alcorão 4:100 registra bem isso: a migração pela causa de Alá e de Seu mensageiro.
“E quem migra pela causa de Alá vai encontrar refúgio e abundância na terra. E quem abandonar seu lar, migrando pela causa de Alá e de Seu mensageiro, e for surpreendido pela morte, sua recompensa é uma incumbência de Alá. E Alá é Perdoador, Misericordiador.” (Alcorão 4:100)
Esta é a Hégira, ou jihad pela migração, como uma missão individual para cada muçulmano que migra, considerado com um ato altamente meritório. Eles são chamados de Al- Muhajiroun, os migrantes.
Então nos defrontamos com a crise migratória da Europa, na qual, além dos milhões de muçulmanos que já migraram para a Europa ao longo das últimas décadas, temos agora uma aceleração assustadora do fluxo, que acontece após o Estado Islâmico ameaçar inundar a Europa com 500 mil migrantes. Ainda que seja difícil de se dizer o número exato de migrantes, apenas a Alemanha espera receber 1,5 milhões de migrantes em 2015. E isso é apenas na Alemanha.
A Turquia, que se tornou a rota migratória mais importante, alertou a União Européia que um adicional de 3 milhões de migrantes poderão estar à caminho da Europa ainda neste inverno europeu. Na verdade, a Turquia usa isso como barganha para ser aceita na União Européia.
- Por que é dever da Europa absorver todos esses refugiados?
- Por que não a Arábia Saudita ou outros países muçulmanos, que são ricos em petróleo e têm muito espaço, não recebem estes migrantes?
A resposta a estas duas perguntas é simples, apesar das autoridades não-muçulmanas se recusarem a acreditar e os muçulmanos não declararem isso abertamente: o destino destes refugiados tem que ser a Europa, pois, deste modo, esta migração se torna uma Hégira.
Dr. Bill Warner discute um pouco mais sobre a Hégira no vídeo abaixo:
Atualização em 28/2/2016
Em entrevista para documentário de TV árabe, refugiado sírio deixa bem claro o seu objetivo: converter o máximo de pessoas para o islã, para chegar ao paraíso. Não é fugir da guerra, nem trabalhar para contribuir para a nação que abriu as portas para recebê-lo, mas sim o que esse homem deseja é levar mais islamismo para a Europa.
Vídeo em http://www.liveleak.com/view?i=08f_1450562352
Muçulmano diz que vai conquistar a Suécia e que benefício de bem-estar-social que ele recebe do governo sueco é dinheiro de Alá
Fonte: https://bit.ly/2LBBwMS.
mi·gra·ção
(latim migratio, -onis, passagem de um lugar para outro)
Confrontar: imigração.
(imigrar + -ção)
Confrontar: emigração.
A diferença entre emigrar e imigrar é discutiva neste artigo. Em termos gerais emigrar significa “sair” ao passo que imigrar significa “entrar”. Deste modo, eu preferí usar a palavra migrar no contexto do artigo por ter um aspecto mais geral.
“migração”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/migra%C3%A7%C3%A3o [consultado em 11-07-2018].
“emigração”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/emigra%C3%A7%C3%A3o [consultado em 11-07-2018].
“imigração”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/imigra%C3%A7%C3%A3o [consultado em 11-07-2018].
\Hegira Jihad da Imigracao