Tem existido esta polêmica quanto a “campos de re-educação” para onde milhares de muçulmanos chineses da etnia uígure, da província de Xinjiang, estariam sendo levados para serem “desradicalizados”. Países ocidentais acusam a China de tratamento desumano ao passo que países islâmicos concordam com o que a China está fazendo.
Neste artigo, eu não quero discutir sobre o que está acontecendo em Xinjiang, até mesmo porque as notícias são contraditórias e infladas por propaganda, mas sim tratar de algo que me parece preocupante: o apoio dos piores países do mundo para a abordagem escolhida pela China. Isso porque estes países podem usar o que a China faz como pretexto para cometerem atrocidades de verdade.
O fato é que ninguém sabe ao certo o que se passa. Acusações de abuso dos direitos humanos e contra-argumentos que dizem que as acusações são exageradas são apresentadas por ambos os lados.
Existem evidências destes “campos de re-educação” embora o que se passa dentro deles ainda não tenha sido verificado de forma independente. Fica difícil aceitar a narrativa da mídia ocidental, considerando seu histórico ruim, como o relato dos “capacetes brancos” no conflito na Síria, quando se pegaram pessoas aleatórias para se passarem como vítimas para validar uma posição particular.
Estes “campos de re-educação podem ser vistos similarmente a um “centro de reabilitação de drogas” que tenta convencer as pessoas a não tomarem drogas para o seu próprio bem. Este não é definitivamente um campo de concentração que mata as pessoas. Eu não acho que as pessoas morreriam no campo de re-educação, considerando que parte da alimentação é composta de carne de porco e vinho. Comparações com o Holocausto e acusações de genocídio são descabidas.
Opinião de um amigo meu chinês de Xianjiang é de que os acampamentos de “desradicalização” (como ele se referiu) são cruciais para lutar contra a influência estrangeira islâmica na China. Segundo ele, no dia-a-dia, os uígures são tratados como iguais, ou mesmo melhor do que a maioria chinêsa de Han. A solução do governo chinês para o problema das minorias étnicas é que uma pessoa com uma família, um bom trabalho e uma vida feliz não se juntará a organizações extremistas para minar o mundo.
Não sabemos detalhes. Mas é razoável de se considerar que forçar pessoas a serem “re-educadas” é algo que fere os direitos individuais. E é aí que está a minha preocupação.
Dentre os países que estão apoiando a China encontram-se a Arábia Saudita, Paquistão, Catar, Irã, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Estado da Palestina, Eritréia, Somália, Sudão, Coréia do Norte, Venezuela e Cuba. Esta é uma lista de países que deveríamos evitar.
Mas o perigo é que, no futuro, estes países possam usar a China como exemplo para justificar atitudes realmente violentas. Se os chineses re-educam à força, os “árabes” podem se perceber justificados a procederem do mesmo jeito.
A nós bem sabemos o que o Alcorão e a Suna (tradições do profeta) os ordena a fazer para propagar a sua ideologia (din): Jihad.
Artigo correlato: A China está correta: os uígures foram convertidos ao islamismo à força.
As duas fotos abaixo mostram a diferença entre tradição local e imperialismo islâmico.
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