No final de maio ocorreram as eleições para o Parlamento Europeu e os resultados foram uma grande confirmação de que um nacionalismo está mesmo crescendo na Europa, em contra-ponto ao globalismo que governa a União Européia apoiado pela Esquerda pró-islâmica. Ao redor do continente, os partidos nacionalistas tiveram ganhos expressivos, elegendo um terço dos deputados do parlamento europeu.
Está cada vez mais claro que existe um novo paradigma político na Europa, que não é mais dividido entre Esquerda e Direita, mas sim entre globalismo e nacionalismo. O globalismo defende que o mundo seja governado por instituições supra-nacionais em um mundo de países sem fronteiras, e que as tradições e cultura locais sejam pulverizadas por um multiculturalismo cego e imigração sem controle. O nacionalismo defende a manutenção da soberania das nações e seu auto-governo, a defesa das fronteiras e a preservação das tradições e cultura locais, com os imigrantes se inserindo nelas.
Reino Unido. Certamente o resultado mais incrível aconteceu no Reino Unido. O novo partido BREXIT, liderado por Nigel Farage, criado apenas 6 semanas antes das eleições, obteve 40% dos votos. O partido BREXIT defende a imediata saida da União Européia, que havia sido aprovada em um plebiscito em 2016. Mas o governo do Partido Conservador está pondo os pés pelas mãos nas negociações com a UE e o povo está descontente. Tanto o Partido Conservador quanto o Partido Trabalhista tiverem grandes perdas de eleitorado, e juntos ficaram com menos da metade de votos do BREXIT.
França. O partido de Marie Le Pen, Rassemblement National (“agrupamento nacional”) obteve 25% dos votos enquanto que o partido En Marche! (“em marcha”) do presidente Emmanuel Macron obteve 22%. O resultado pode ser visto como um referendo sobre Macron, sendo que ele foi rejeitado por quase 80% do eleitorado.
Vamos resumir a situação dos outros países. Na Hungria, o partido Fidesz do primeiro-ministro Victor Orban e a coalizão democrática ganharam 68% do votoss. Na Eslovênia, o partido democrático, aliado a Orban, também venceu. Na Áustria, o partido do primeiro-ministro Sebastian Kurtz terminou em primeiro com 35% dos votos, e o partido de coalizão veio em terceiro com 18%, um total de 53%. Na Croácia os conservadores ficaram em primeiro lugar, enquanto que uma coalizão nacionalista ficou em terceiro. Na Polônia, o partido nacionalista Lei e Justiça ganhou com quase 50% dos votos. Os nacionalistas ganharam na República Tcheca com o partido ANO , cresceram na Bélgica com a Aliança Flamenca e o partido Vlaams Belang, e os conservadores do Novos Democratas venceram na Grécia (humilhando o governo de esquerda). Viu-se também crescimento na Alemanha com o Alternativa para a Alemanha (AfD), na Finlândia (True Finns), Dinamarca (Partido do Povo) e Espanha (Vox).
Não poderíamos terminar sem mancionar a Itália, com a fabulosa vitória de Mateo Salvine e seu Partido Lega, que, junto com o partido de coalização Cinco Estrelas, obtiveram mais de 50% dos votos, consolidadando a sua posição de defesa da soberania da Itália, e, em termos efetivos, derrotando o próprio Papa Francisco, que defende uma Itália com fronteiras abertas e recebendo cada vez mais imigrantes muçulmanos.
Um verdadeiro terremoto sacudiu os alicerces políticos da Europa, e a tendência é que os partidos nacionalistas cresçam ainda mais no futuro. O fato é que a maior parte da população européia sente falta das três seguranças que apenas os estados-nacionais podem oferecer: segurança nacional (contra a erosão das fronteiras), segurança econômica (defesa da economia nacional) e segurança existencial (preservação das culturas e tradições nacionais). Essas preocupações não podem ser satisfeitas pelo globalismo corporativista e secularismo defendido pelas elites, pois eles promovem exatamente o contrário: erosão das fronteiras, empregos enviados para outros países e dissolução das culturas através de um multiculturalismo cego que celebra as culturas externas.
Agora,um desdobramento interessante recente foi a criação de um bloco nacionalista e populista intitulado Identidade e Democracia. O grupo reúne nove dos 28 países membros da União Européia e inclui a Lega da Itália, Rally Nacional da França, Alternativa para a Alemanha, Partido da Liberdade da Áustria, Partido dos Verdadeiros Finlandeses, Liberdade e Democracia Direta da República Tcheca, Partido Conservador da Estônia Partido Popular e Interesse Flamengo da Bélgica.
Embora a Identidade e Democracia (ID) inclua 10 por cento dos eurodeputados no novo Parlamento Europeu, ele faz parte de um “bloco soberano mais amplo e informal de mais ou menos 200” eurodeputados, populistas, conservadores e eurocépticos, segundo a francesa Marine Le Pen, pois outros partidos que mantêm posições semelhantes sobre a migração em massa com certeza votarão em conjunto.
O ID será liderado por Marco Zanni, um eurodeputado do partido da Liga da Itália, e o maior partido individual na aliança com 28 legisladores.
Um outro desdobramento interessante, e que também retrata a postura da mídia globalista, é esta notícia abaixo.
“Líder racista de extrema direita condenado que quer banir o Islã e deportar todos os muçulmanos da Dinamarca está em vias de se tornar um parlamentar”
Esta é a manchete do jornal inglês Daily Mail se referindo a Ramus Paludam. Ele é líder do recém-criado Partido Linha Dura e que está em vias de ser eleito para o parlamento dinamarquês. O Partido Linha Dura pede pelo fima da imigração islâmica, fechamento de mesquitas e extradição de muçulmanos extremistas, o que é contra o interesse do globalismo corporativo e da esquerda internacionalizante. Por isso, ele é taxado de “líder racista” … apesar de “muçulmano” não ser um grupo racial.
Deixe um comentário