Todo mundo sabe sobre os milhões de africanos subsaarianos que foram enviados como escravos para o Novo Mundo, embalado em navios como sardinha. Mas o que muito poucos sabem, por ser algo que foge da narrativa, é que existiu um outro fluxo de escravos, igualmente bárbaro, no qual os europeus eram os escravos, tendo que suportar condições em muitos casos tão ruim como as sofridas pelos escravos nas Américas. E o mais incrível é que este tráfico apenas terminou no século dezenove!
Ouro Branco: a extraordinária história de Thomas Pellow e um milhão de escravos europeus do Norte de África
(White Gold: The Extraordinary Story of Thomas Pellow and North Africa’s One Million European Slaves), by Giles Milton
Esta é a história esquecida dos milhões de europeus brancos, arrancados de suas casas por mercadores de escravos islâmicos, e levados acorrentados para os grandes mercados de escravos do norte da África, para serem vendidos pelo maior lance. Ignorados pelos seus próprios governos, e obrigados a suportar as mais severas condições, muito poucos deles viveram para contar a história. Giles Milton, o autor desde livro, usa o testemunho de primeira-mão de um menino de cabine, Cornish, chamado de Thomas Pellow, para reconstruir vividamente um capítulo perturbador e pouco conhecido da história. Pellow foi comprado pelo tirânico sultão de Marrocos, que estava construindo um enorme palácio imperial, em escala e grandeza, para satisfazer os “prazeres”. Este palácio estava sendo construído inteiramente por trabalho escravo cristão. Como escravo pessoal do sultão, Pellow iria testemunhar em primeira-mão o esplendor bárbaro da corte imperial, bem como experimentar o terror diário de um regime cruel. Firme na narrativa, imaculadamente pesquisado, e brilhantemente escrito, OURO BRANCO revela um capítulo explosivo da história, contado com todo o ritmo e verso de um dos nossos melhores historiadores.
Diana Avakyan diz
Jose, e quem eram os escravistas aqui no Brasil ? Quer descobrir? Existe livro online de Gustavo Barroso "Historia secreta do Brasil"
eloquent-nash diz
A história escravagista no Brasil é muito bem conhecida. Mas o que falta, notadamente no próprio movimento negro e diversas outras alas sociais, é um compreensão mais global do fenômeno "escravidão" dentro do seu contexto histórico mais amplo.
Neste particular, a civilização islâmica é a propagadora do maior escravagismo da história. Isso inclue a escravidão branca do Mediterrâneo (assunto do livro mencionado neste artigo), mas também, e principalmente, a escravidão negra (assunto, por sinal, de uma nova postagem).
E, como tudo no islamismo, seguindo o exemplo de Maomé, que foi, além de várias outras coisas ruins, um mercador de escravos.
Mas isso não exime a culpa de ninguém. A escravidão é algo horrendo.
Anônimo diz
PARABÉNS PELO BLOG – AVANTE
Unknown diz
Teria esse livro traduzido?
Unknown diz
A ESCRAVIDÃO feita pelos muçulmanos era muito rígida, eles castravam literalmente os homens e ,muitas mulheres serviam como escravas sexuais, além de que quando um califa ou rei morresse , automaticamente,mmatavam dezenas de escravos somente para servir lo no pós morte.
Marcos Batista Lopez diz
Um ótimo livro sobre este assunto seria de Robert Davis – Escravos cristãos, senhores muçulmanos , em português.
José Atento diz
Em português? Muito bom!