O que se observa atualmente é o confronto entre muçulmanos, assertivos nas suas convicções de que o seu modo de pensar e de ser é o único correto, e europeus ocidentais, que vem sendo educados já a várias décadas de que a sua cultura é um lixo e não merece ser defendida.
Advinha quem irá ganhar este embate?
Duas notícias mostram bem o resultado deste confronto.
Um artigo recente do The New York Times revelou que 90% dos adolescentes nos bairros predominantemente muçulmanos de Molenbeek e Schaerbeek, em Bruxelas, consideram como heróis os jihadistas que levaram a cabo os atentados em Bruxelas. Ou seja, estes adolescentes admiram aqueles que morrem defendendo uma causa que eles acreditam. É de se esperar que estes adolescentes estejam predispostos a lutarem pela mesma causa.
Enquanto isso, na Itália, um trabalho feito em uma turma de 25 meninos de 13 anos revelou que 90% deles se tornariam muçulmanos se eles fossem ameaçados pelo Estado Islâmico na sua cidade.
O resultado aterrorizante desta enquete mostra o resultado da educação na Europa, que destitui das crianças qualquer senso de identidade cultural (sem dizer da religiosa). As crianças crescem com o sentido “do momento.” Nenhuma motivação para lutar e defender o seu país, a sua terra, a sua cultura ou a sua família.
Apenas 2 meninos dentre os 25, disseram que se recusariam a se tornar muçulmanos, ambos oriundos de famílias católicas (imagina o quanto estes 2 devem ser ridicularizados por seus colegas “seculares”). Os Romanos tinham “pão e circo.” Hoje temos “sexo e circo.” Qual a diferença? (Gates of Vienna)
O que esta comparação indica é que, confrontados com a Jihad, os europeus irão se converter em massa, já que eles não possuem mais a vontade de lutar. Será que eu estou exagerando?
E para se tornar muçulmano, basta falar uma única frase, a shahada, 3 vezes. O autor francês Houllebecq antevê conversões em massa acontecendo na França deste jeito, no seu livro Submissão.
Aparentemente, estes adolescentes italianos nunca ouviram falar dos 800 mártires de Otranto, que, ao resistirem aos invasores turco-otomanos, permitiram que o rei de Nápoles tivesse tempo para arregimentar um exército para expulsar os invasores turcos da Itália. Bem, mas isso ocorreu no século XV, quando os europeus tinham disposição de lutar e defenderem as suas casas e as suas famílias.
Mas hoje, como seria possível pedir para estes jovens lutarem. Conforme o site katolisches.info:
O roubo da nossa própria identidade está a ocorrer em vários níveis … E agora espera-se que peçamos aos nossos jovens a tomarem armas e se defenderem … Em nome de que ideais e valores podemos pedir-lhes isso? Em nome de ideais que nunca lhes ensinamos, mas que foram denegridos perante os seus olhos?
William Kilpatrick diz sobre este assunto:
O resultado final da de-cristianização da Europa, muito provavelmente, será a islamização da Europa, a menos que os europeus sejam capazes de recuperar a fé que fez a Europa crescer. Foi em grande parte por causa de sua fé cristã que os europeus de outra época foram capazes de resistir às forças muçulmanas em Tours, Lepanto, Malta, e Viena, e para retomar a Espanha de mãos muçulmanas.
A ausência da fé parece resultar em pouca esperança para a Europa. Sem a confiança cultural da fé cristã, uma vez fornecida, as várias panacéias seculares de combate ao “extremismo violento”, e evitando “islamofobia”, parecem fadadas ao fracasso. Mesmo o poderio militar da OTAN será de pouca ajuda porque a OTAN não está equipada para lutar uma guerra cultural ou espiritual. A OTAN não pode reajustar o desequilíbrio da taxa de natalidade (em si mesmo um resultado de descristianização). A OTAN não pode inverter a conquista, lenta mas constante, das escolas, conselhos escolares, conselhos municipais, ruas e praças públicas por parte dos islamistas. E a OTAN certamente não pode proporcionar aos europeus as crenças transcendentes fizeram a “resistência decisiva” de outrora possível.
Leia mais sobre os Oitocentos de Otranto neste artigo externo: Quando os Otomanos invadiram a Itália (1480-1481); e, neste artigo do blog: 1480: Os 800 de Otranto (como os turcos imitaram Maomé na bota itálica.
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