A perseguição pela qual os cristãos são submetidos ao redor do mundo, particularmente, e em nível mais alarmante, no mundo islâmico, não é um problemas dos cristãos. Ela é uma afronta aos Direitos Humanos.
Nunca na História da humanidade os cristãos foram tão perseguidos por sua fé, tanto em termos de número quanto em termos de distribuição geográfica, pois a perseguição tem sido global. E, o pior, é que esta perseguição aos cristãos está em ascensão, sendo que o ano de 2015 foi o ano mais violento na história moderna para os cristãos.
Essa é a conclusão de um novo relatório do Portas Abertas (Open Doors), um grupo sem fins lucrativos, que acompanha a perseguição aos cristãos em todo o mundo desde 1955.
O grupo diz que, no ano passado, a perseguição contra os cristãos atingiu “um nível semelhante à limpeza étnica.”
O relatório destaca que “o extremismo islâmico continua sendo, de longe, o mais importante promotor e executor da perseguição”, sendo que isso acontece em 8 dentre os primeiros 10 países da lista, bem como em 35 dentre os primeiros 50 países da lista. A ascensão do extremismo islâmico no Paquistão nunca foi tão alta, e a Líbia se posicionou entre os 10 primeiros países pela primeira vez.
No mundo inteiro, de acordo com estimativas conservadoras, e excluindo a Coreia do Norte, a Síria e o Iraque (onde não existem registros), mais de 7.200 cristãos foram mortos por razões relacionadas com a sua fé em 2015 – um aumento de quase 3.000 em relação ao ano de 2014.
Um número total perto de 2.400 igrejas foram atacadas ou danificadas – mais que o dobro do número do ano passado.
Além disso, o relatório também afirma que, além das mortes, existe a contínua e implacável perseguição localizada. Os cristãos são expulsos de suas comunidades, têm seus enterros recusados, veem negadas oportunidades de empregos ou educação. Igrejas são derrubadas devido oposições legais ou pela regra do mais forte imposta por multidões muçulmanas. Para milhões de cristãos, a perseguição acontece todos os dias em sua aldeia, ou mesmo entre os seus familiares.”
O mapa acima mostra países classificados por perseguição extrema, severa e alta. Pode-se estranhar a presença da Colômbia e do México, mas isso é explicável. Na Colômbia, as FARC veem os cristãos como colaboradore do governo. E no México, os cristãos são alvo dos cartéis de drogas.
A seguir estão alguns dos principais trechos do relatório:
Extremismo islâmico tem atravessado fronteiras:
O Estado Islâmico foi além da Síria e do Iraque, alcançando a Líbia. Boko Haram se espalhou para os Camarões e o Chade, e o al-Shabaab penetrou no Quênia. Enquanto isso, muitos movimentos extremistas menores se declararam parte do Califado do Estado Islâmico. Até mesmo o Ocidente sentiu os tremores. Bombas em Paris, tiroteios na Califórnia, turistas mortos em uma praia da Tunísia. Em um mundo globalizado, não há mais lugar onde terrorismo islâmico não possa alcançar.
Muitas partes do mundo muçulmano estão se tornando cada vez mais islâmicos:
Ao redor do mundo islâmico, em particular no Oriente Médio, os muçulmanos estão se tornando cada vez mais fundamentalistas, em parte por medo de que extremistas possam tomar o poder. No entanto, existe uma contra-tendência com muitos muçulmanos procurando uma nova identidade, com eles se afastando, com repulsa, do extremismo. Muitos estão escolhendo o cristianismo como uma fé em seu lugar.
Os países africanos continuam a se mover para o grupo do 50 países com maior perseguição:
O extremismo islâmico no mundo de hoje tem dois centros, um no Oriente Médio, o outro na África sub-saariana. Dezesseis países, dentre dos 50, são da África, sendo 7 dentre os 20 primeiros. Em termos numéricos, se não em severidade, a perseguição aos cristãos nesta região supera o que está acontecendo no Oriente Médio.
Mais países estão sem lei, e as minorias sofrem violência:
Grande parte da Síria e do Iraque tornaram-se, efetivamente, sem lei, sendo as comunidades cristãs um alvo especial. Na Líbia sem lei, os cristãos migrantes do Sudão, Egito e Eritréia foram brutalmente executados, e a pequena comunidade formada por cristãos, muitos deles de origem muçulmana, têm sido obrigada a se esconder. No Iêmen, as forças sauditas tornaram a situação ainda mais difícil para os poucos cristãos restantes.
Nunca tantos cristãos tiveram que deixar as suas casas:
A “crise migratória” não se limita ao Mediterrâneo. Dezenas de milhares de cristãos fugiram dos 12 estados do norte da Nigéria, governados pela Sharia islâmica. No Quênia, os cristãos estão fugindo das áreas de maioria muçulmana. Todos os meses, milhares deixam a Eritréia, enfrentando o deserto e as gangues de tráfico humano. Até mesmo os cristãos paquistaneses estão fugindo para os países do Sudeste Asiático.
Limpeza étnica está de volta como uma tática anti-cristã:
No Oriente Médio e na África, a perseguição, cada vez maior, toma a forma de limpeza étnica. Na parte central da Nigéria, os cristãos foram removidos à força de suas casas e terras indígenas por colonos Hausa-Fulani. No Sudão, os cristãos Nuba têm sido indiscriminadamente alvejados e mortos. A intenção é remover ou até mesmo exterminar os cristãos.
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