Eu fiz uma pequena compilação de termos islâmicos de modo a ajudar a compreensão do islão. Esta lista vai ser aumentada à medida do possível. Por favor, não se acanhe em sugerir a inclusão de qualquer termo que você ache importante ser acrescentado e que esteja faltando.
— José Atento
Glossário de Têrmos Islâmicos
Abaya – vestidão longo usado por mulheres para cobrir todo o corpo.
Ab-rogação ou revogação (Naskh) – conceito teológico islâmico que estabelece que quando existirem duas declarações contraditórias, a “revelação mais verdadeira” (ou seja, a com mais autoridade) é a que foi revelada mais tarde (mais violenta), tomando precedência sobre aquela que tenha sido revelada anteriormente (mais pacífica), definindo o curso de ação do muçulmano devoto para propagar o islão.
AH, “Após a Hégira” – contagem de dias no calendário islâmico.
Alá (Allah) – “o deus principal.” Nome dado à divindade islâmica. Em árabe, deus é al-illa. Durante o tempo de Maomé, haviam muitos deuses adorados na Caaba, o santuário que a tribo Coraixita (a quem Maomé pertencia) vigiava. Alá era originalmente o deus-chefe dos demais deuses (ídolos) na Caaba antiga, tendo inclusive 3 filhas, as deusas Allat, al-Uzza e Manat. Maomé transformou o deus-chefe em deus único. A palavra árabe genérica para Deus é “illah”. No Alcorão lemos: “La ilaha i’Allah”. Isto é, “Não há nenhum deus, mas Alá” (Sura 5:73).
Uma observação importante. Tornou-se comum se traduzir Alá como “Deus,” inclusive em textos cristãos escritos em árabe. Porém o conceito de divindade é muito diferente e isso cria confusão. Por exemplo, muçulmanos confundem Alá com o “Deus Pai” cristão. Outro exemplo da diferença é o conceito de amor, enquanto que o deus cristão ama a todos, mesmo quem o rejeita, o deus muçulmano odeia quem o rejeita.
Alcorão, Corão (Quran) – palavra árabe que se traduz como “recitação.” É o livro sagrado do islamismo, que muçulmanos acreditam ter sido escrito por Alá, e revelado a Maomé, e a apenas ele. O islão determina que tudo o que está no Alcorão está correto (mesmo estando errado) e não se discute. As “revelações” do Alcorão ocorreram de acordo com a necessidade momentânea de Maomé. Para esconder este fato, o Alcorão foi compilado fora da ordem cronológica das “revelações”, começando com o capítulo maior e terminando com o menor. A Sharia estabelece que questionar o Alcorão é crime capital.
Allahu Akhbar – grito de guerra e louvor dos muçulmanos, e significa “Alá é maior (que o seu deus).”
Al-Wara ‘Wal-Bara – conceito que exige de um muçulmano amar a todos os outros muçulmanos, e ajudá-los contra os não-muçulmanos, de todos os modos, inclusive abrigando jihadistas (terroristas islâmicos), e esquivar-se, opor-se, odiar, e fazer jihad, inclusive guerra, contra os não-muçulmanos.
Ansar – são os proto-jihadistas que prometeram defender Maomé com a sua própria vida, em um evento conhecido como Compromisso de Aqaba, que ocorreu próximo a Hégira. A palavra ansar se traduz como “ajudante.”
Aya ou ayat – nome alternativo para designar um versículo do Alcorão.
Badr: primeira grande batalha travada por Maomé e sua tropa de muçulmanos contra a tribo dos Coraixitas de Meca. Maomé e seu bando estavam a caminho para assaltar mais uma caravana dos Coraixitas quando foram rechaçados.
Bidah (bid’ah): refere-se a quaisquer inovações em questões religiosas. Linguisticamente o termo significa “inovação, novidade, doutrina herética, heresia”. Em contraste com o significado de “inovação” em portugês, a palavra bid’ah em árabe geralmente carrega uma conotação negativa.
Caaba ou Kaaba (Árabe: Ka’bah ou Kabah): “cubo”; o templo de Meca no qual inúmeros ídolos pagãos (estátuas e pedras) estavam alojados antes da conquista de Meca por Maomé no ano de 632. É ainda o mais venerado objeto no Islã. Contém uma pedra negra, como um elemento angular, que se acredita ter caído do céu (um meteoro).
Calendário Islâmico – É um calendário lunar (baseado no movimento da Lua), sendo que um mês lunar tem 29 ou 30 dias, compondo 12 meses lunares, com um total de 354 ou 355 dias. O ano lunar tem 12 meses lunares, sendo 11 dias mais curto que o ano civil (o ano lunar começa 11 dias mais cedo a cada ano civil).
Califa: Título do governante ou líder (político e espiritual) da Umma (comunidade muçulmana global); a cabeça do antigo Império Islâmico; o título foi abolido por Kemal Attaturk, o fundador da Turquia moderna, em 1924, após a dissolução do Império Otomano. O retorno do califado é o anseio de todo muçulmano.
Dajal (ad-Dajal) – Personagem maligno na escatologia islâmica. Muitas vezes, o termo vem precedido de Al-Masih (Al-Masih ad-Dajal), apresentado como uma figura messiânica falsa. Alguns o traduzem Al-Masih ad-Dajal erroneamente como anti-Cristo (confundindo escatologia islâmica com escatologia cristã).
Dar al-Islam: Casa (Reino) do Islã; território Islâmico governado pela lei de Sharia. Todo o território que tenha pertencido à Dar al-Islam deve ser defendido, e caso deixe de ser controlado pela Sharia, deve ser reconquistado.
Dar al-harb: “Casa (Reino) de Guerra”: território governado por infiéis, contra os quais a Jihad deve ser realizada, com o objetivo de torná-lo Dar al-Islam.
Dar al-sulh: “Casa (Reino) de Trégua”: território governado por infiéis, mas aliado com o Islã; território governado por muçulmanos, mas não sob a Lei da Sharia. Exemplo, um país que permite a dawa (pregação) islâmica.
Darura – enganar por necessidade, ou seja, fazendo algo que seja “Haram” (proibido)
Dawa – palavra árabe que significa “fazer um convite.” É usado para indicar a ação de pregação do islamismo para a obtenção de novos conversos, proselitismo islâmico
Dhimma: o Pacto de Proteção estendida aos não-escravos, o “Povo do livro”, geralmente Judeus, Cristãos e Zoroastrianos, que permitiu-lhes permanecer nominalmente livre sob domínio muçulmano.
Dhimmi: “protegido”; pessoas sob a proteção do dhimma.
Dhimmitude: palavra cunhada pela historiadora Bat Ye’or para descrever o status dos povos “dhimmis”.
Din – Termo geralmente traduzido como “religião” islâmica. Mas seu sentido real é muito mais do que isso. Din significa o islamismo na sua totalidade, como um “sistema político-religioso-cultural” islâmico.
Dualismo – Conceito que estabelece que idéias, ainda que conflitantes, são ambas corretas. Por exemplo, o Alcorão contém declarações conflitantes, porém, como elas são as palavras de Alá, elas são verdadeiras. Sob a lógica ocidental, se houver duas declarações contraditórias (por exemplo, “Não há compulsão na religião” e “Quem deixar a religião islâmica, mate-o”), apenas uma pode ser verdadeira, sendo a outra falsa. Esta lógica dualista permite que os maometanos usem qualquer verso que ajude a impulsionar a propagação islão (geralmente o verso pacífico é repetido para a platéia káfir não-muçulmana, ao passo que o verso violento é repetido, em árabe, para os fiéis maometanos). O dualismo se resolve olhando para o que Maomé fez em situações semelhantes, e com o princípio da ab-rogação.
Fatwa – édito islâmico emitido por uma autoridade da ulema. Significa dar uma resposta satisfatória em relação a certo assunto. Uma fatwa é geralmente uma resposta a uma questão ou conjunto de questões, normalmente relacionadas a um assunto Islâmico.
Fiqh – consiste na jurisprudência e interpretação dos doutores islâmicos no tocante a todos os assuntos que dirigem as vidas dos muçulmanos.
Fitna – palavra que tem dois significados: (1) rebelião (contra o Alcorão, as tradições de Maomé – Sunna – e a Sharia); (2) beleza feminina (ou seja, a beleza feminina é vista como uma das causas de disordem civil).
Ghanima – “despojos de guerra”, o que pode incluir mulheres conquistadas durante conflitos, consideradas como “o que sua mão direita possui.” Elas podem ser distribuídas entre os jihadis e levadas para “o mercado de escravos, onde escravas e concubinas são vendidas.”
Ghazwa (ver Razia)
Ghiba – calúnia. Dizer algo que a outra pessoa não goste, mesmo que o seja dito seja a verdade.
Hadice, Hadith ou Hadiz – corpo de leis, lendas e histórias sobre a vida de Maomé, transmitidas oralmente e escritos a partir do oitavo século D.C. Os diferentes ramos do Islão (sunitas e xiítas) aceitam diferentes coleções da hadice como genuínos. Os hadices sahih (autênticos ou confiáveis) complementam o Alcorão, colocando-o em um contexto histórico, e são base da lei islâmica Sharia junto com o Alcorão.
Halal – aquilo que é permitido.
Haram – aquilo que é proibido.
Haram vs. Halal – uma ação que seja contra a Lei Sharia (ou seja, haram) pode ser aceitável (isto é, Halal) caso ela ajude a difundir o Islã. Por exemplo, nos termos da Lei Sharia, a homossexualidade é Haram, e os homossexuais devem ser mortos. No entanto, um Imã emitiu uma fatwa permitindo a sodomia entre dois machos, a fim de alargar o ânus do homem-bomba para facilitar a acomodação de explosivos dentro do ânus. Então, o que é halal e o que é haram depende da intenção (“Niyya”) do ator. No Ocidente, nós chamamos isso de “os fins justificam os meios”.
Hégira (Hijra): (1) “emigração”; Ida de Maomé de Meca para Yathrib (atual Medina) no ano de 622. Este evento marca o início do calendário islâmico. (2) O conceito serve também para qualquer imigração muçulmana, com o propósito de preencher de forma pacífica um país káfir (não-muçulmano) e ganhar força com o tempo. Isto pode ser feito em combinação com a Muruna.
Hisbah (polícia religiosa responsável pela aplicação da sharia) – termo árabe que significa um ato que é realizado para o bem comum, ou com a intenção de buscar uma recompensa de Alá. O conceito de hisbah no Islã se origina de um conjunto de versículos do Alcorão e Hadice. É uma obrigação colocada sobre todo muçulmano, que clama pelo que é bom ou certo, e evita ou denuncia o que é ruim ou errado. O Alcorão declara: “Deixe surgir de vocês um grupo que clame por tudo o que é bom, ordenando o que é certo e proibindo o que é errado. São esses que têm sucesso.” Alcorão 3: 104.
Hudna – trégua temporária (muitas vezes apresentada como “paz” para o káfir) que os muçulmanos podem quebrar a qualquer momento, quando for estrategicamente vantajoso. É geralmente para fins de rearmamento e reagrupamento (como exemplo, veja o conflito entre palestinos e Israel). Segue o exemplo de Maomé que fez um acordo de 10 anos com Meca, para quebrá-lo dois anos depois.
Iftar – o banquete noturno durante o mês do Ramadã.
Imã, Imame – denota o líder que conduz as orações e sermão, além de oferecer conselhos dentro de uma comunidade na seita sunita. Os Shias, por outro lado, acreditam que os imãs são descendentes de Maomé.
Iman – fé em Alá; convicção verdadeira.
Islã, Islão, Islamismo
Definição. Sistema político inspirado nos dizeres e ações de Maomé, e usado para a implantação, expansão e manutenção de diversos governos e impérios ao longo da história, desde o seu nascimento e até os dias de hoje. Ele deve ser defendido e propagado com fervor religioso por todos os muçulmanos (aqueles que se submetem ao sistema político). O sistema político foi organizado juridicamente, ao longo dos séculos, através da lei islâmica Sharia. A Sharia estabelece os padrões de comportamento que são permitidos (halal), aceitáveis e proibidos (haram). Os governos podem mudar, mas as bases políticas devem permanecer fiéis à Sharia. A Sharia é a única fonte de legislação. Qualquer legislação adicional (feita pelo ser humano) deve se submeter à Sharia. Não existe na história nunhum exemplo de uma sociedade pós-islâmica. A História nos mostra que, uma vez islamizado, um paíse só deixa de ser islâmico pela força (exemplo, Portugal, Espanha e alguns dos países dos Balcãs).
Islã, Islão, Islame (Inglês: Islam) – etmologia: “submissão” ou “rendição”. Muçulmanos são aqueles que se submetem ou se rendem à vontade de Alá.
Islã como ideologia política – “O Islã não é uma religião de paz. É uma teoria política de conquista que visa a dominação por todos os meios que puder.” (Ayaan Hirsi Ali )
Islã moderado ou muçulmano moderado – “Não há Islã moderado e Islã radical. Há apenas o Islã, apenas um Islã. Islã em si é sempre contra a liberdade, sempre contra os não-muçulmanos.” (Wafa Sultan)
Islamofobia – medo injustificado dos muçulmanos. É um termo frequentemente usado por grupos islâmicos e seus aliados para rotular os críticos do islamismo como fanáticos, a fim de abafar as críticas.
“O termo islamofobia foi fabricado para calar qualquer discussão ou crítica ao Islã. Foi criado por quem quer promover a ideia da sharia.” (Ayaan Hirsi Ali )
De acordo com Abdur-Rahman Muhammad, um ex-membro do grupo International Institute of Islamic Thought (IIIT) ligado à Irmandade Muçulmana nos Estados Unidos, “Este termo repugnante é nada mais do que um clichê cuja finalidade é fechar o pensamento, concebido nas entranhas de grupos islâmicos com a finalidade de rebater críticos.”
“Islamofobia é uma palavra criada por facistas e usada por covardes para manipular idiotas.” (Christopher Hitchens)
Isnad – cadeia de narradores necessária para definir se alguma ação ou palavra de Maomé seja autêntica. Usada nos hadices.
Jahannan – inferno islâmico.
Jahiliyya – a “idade da ignorância pré-islâmica.” Termo que também se aplica a condição daqueles que não aceitaram a fé islâmica.
Jannah – paraíso islâmico, composto de 7 níveis.
Jihad – é um conceito essencial da religião islâmica, sendo que muitos a consideram o “sexto pilar do islão.” A palavra Jihad ignifica “empenho”, “esforço.” Pode ser entendida como uma luta, mediante vontade pessoal, de se buscar e conquistar a fé perfeita, em termos pessoais e em termos coletivos. A “Jihad Maior”, é descrita como uma luta do indivíduo consigo mesmo, pelo domínio da alma; ao passo que a “Jihad Menor” é descrita como um esforço que os muçulmanos devem fazer para levar a ideologia do islão a outras pessoas, seja por meios pacíficos ou não. Segundo o Alcorão, apenas quem morrer na Jihad (menor) tem a certeza do paraíso. O Dicionário Árabe-Inglês Hans Wehr traduz Jihad como “luta, batalha; jihad, guerra santa (contra os infiéis, como uma obrigação religiosa):
داھج jihād fight, battle; jihad, holy war
(against the infidels, as a religious duty)
A palavra Jihad vem, muitas vezes, acompanhada de uma outra palavra. Abaixo alguns exemplos:
Jihad Agshar – Jihad Menor
Jihad Akbar – Jihad Maior
Jihad al-Nikah – “Jihad do Casamento”, na qual combatentes da Jihad tem o direito de tomar mulheres, incluindo menores, como cativas e se casarem com elas por um tempo curto, o que pode ser um dia ou até mesmo algumas horas. Isso dá também aos jihadistas o direito de se casarem com mais de uma mulher.
Jizya – imposto pago pelos cristãos, judeus e zoroastras para serem protegidos pelos muçulmanos, ou seja, para evitar que eles sejam roubados ou mortos (pelos muçulmanos). Este tributo incide sobre todos os adultos, independente da renda ou recursos, e foi estabelecido pelo Alcorão 9:29.
Kafir (plural, kufar – pronúncia káfir ou cafre, este último usado por Luis de Camões) – termo pejorativo que se refere aos infiéis que se recusam a aceitar a Sharia. O Alcorão retira a humanidade do kafir ao dizer que ele é “a mais vil das criaturas.”
Kalid ibn Walid (Calide ibne Ualide) – líder militar muçulmano, chamado por Maomé de “A Espada de Alá”, que comandou a conquista da província romana da Síria (atual Síria, Jordânia, Líbano e Israel), durante a jihad empreendida pelos primeiros califas, logo após a morte de Maomé.
Kitman – mentira por omissão. Um exemplo seria quando muçulmanos ou apologistas citam apenas um fragmento do verso 5:32 (se alguém mata “seria como se tivesse matado toda a humanidade”), deixando de mencionar que o restante do versículo (e no próximo) ordena-se o assassinato em casos indefinidos de “corrupção” e “mal comportamento”.
Khula – direito da mulher de pedir divórcio, com o devido consentimento do marido.
Kufar – plural de kafir.
Kufr – descrença em Alá e no seu único profeta (Maomé).
Lógica dualista – ver em dualismo.
Maomé (ou “mhmd” em árabe) – o Alcorão o chama, 93 vezes, de o “exemplo de conduta”, apesar de “ser imperfeito.” A Tradição (Sunna) nos mostra que Maomé foi um Senhor da Guerra e terrorista, ladrão, assassino, mandante de assassinatos, pervertido sexual, pedófilo, mercador de escravos e pirata. Na verdade, Maomé não é um nome, mas um atributo que significa “o louvado.”
Mahr – dote pago à noiva quando do casamento.
Meca: a cidade mais sagrada do Islã, local da pedra Kaba e local de nascimento de Maomé, em 570 D.C. Sua grande mesquita contém a pedra Caaba; Foi lá onde ocorreu o início da pregação de Maomé, onde os versículos pacíficos do Alcorão foram revelados. Foi o local da vitória final de Maomé em sua Jihad contra os Coraixitas, em 630 D.C.
Medina: nome atual de Yathrib, a cidade de onde Maomé coordenou a sua Jihad contra os árabes politeístas e judeus. Foi lá onde os versículos mais violentos do Alcorão foram revelados, e onde Maomé “se fez vitorioso com o terror.” Foi o destino da Hégira (emigração) de Maomé em 622 D.C., e o local da terceira grande batalha travada por Maomé contra a tribo dos Coraixitas de Meca. Medina é uma abreviação de “a cidade do Profeta.” É a segunda cidade mais sagrada do Islã.
Misyar – o casamento temporário, ou o “casamento do viajante.” Usado por seitas sunitas (ver Mut’ah).
Muçulmano ou maometano (Inglês: Muslim): aquele que se submete (ou se escraviza) à vontade de Alá.
Muda’rat – ver taqiyya.
Mufti – jurista muçulmano que interpreta a lei islâmica, com autoridade para emitir fatwas (decretos).
Mujahid (plural mujahidin) – guerreiro sagrado islâmico, aquele que mata pela causa de Alá.
Multiculturalismo – “O multiculturalismo se resume a você poder elogiar qualquer cultura no mundo, exceto a cultura ocidental – e você não pode culpar ou criticar qualquer cultura no mundo, exceto a cultura ocidental.” (Thomas Sowell)
Munafiq – Hipócrita: é como o Alcorão chama o muçulmano que resiste à idéia de participar de uma jihad armada, matando pela causa de Alá.
Muruna – a “Doutrina do Equilíbrio”, na qual um muçulmano pode equilibrar entre o bem e o mal, sendo permitido fazer o mal em prol da vitória. Por exemplo, ela pode englobar a suspensão temporária da Sharia, permitindo que imigrantes muçulmanos pareçam “moderados”. Então, através do princípio da Hégira (imigração muçulmana), os primeiros muçulmanos são como uma espécie de Cavalo de Tróia. A comunidade kafir fica com a falsa impressão de que os primeiros imigrantes não são uma ameaça, pelo menos até que a comunidade muçulmana tem ganhado força.
Mushrik – Politeísta (ver shirk)
Mut’ah – casamento temporário. Também chamado de sighe (no idioma persa farsi) ou urfi (no Egito). Mut’ah (متعة) é uma palavra árabe que significa, literalmente, diversão, prazer, ou gratificação. (ver também, misyar, nikah).
Naskh – ab-rogação ou revogação (ver significado em ab-rogação)
Nikah – casamento. Quando usado sozinho significa “casamento permanente.” Quando usado junto a palavras tais como mutah, urfi, misyar, siginifica “casamento temporário.”
- Nikah Halala – casamento de uma mulher com um segundo homem após um triplo talaq (divórcio).
- Nikah Ijtimah – uma forma pré-islâmica de casamento.
- Nikah Misyar – casamento temporário no Islã sunita.
- Nikah mut‘ah – casamento temporário no islamismo xiita, também conhecido como sighe no Irã.
- Nikah ‘urfi – casamento casamento temporário sunita, feito sem registro oficial (a presença de um clérigo) mas frente a uma testemunha.
Nikah Halala – se um marido se divorciar de sua esposa pronunciando talaq, ele pode revogar o divórcio dentro do iddah, isto é, o período de separação que precede o divórcio. Se o divórcio for concluído, o casal pode se casar novamente. O casal pode se divorciar e se casar novamente duas vezes. No entanto, se eles se divorciarem uma terceira vez, eles não podem se unir dentro do período iddah nem se casar novamente até que a ex-mulher se case com outro homem, para garantir que o divórcio seja levado a sério. Essa crença tem sido a base da exploração financeira e sexual de mulheres muçulmanas.
Purdah – (“tela”, ou “véu”) é uma prática muçulmana, e mais tarde adotada por vários hindus, especialmente na Índia, e que envolve a reclusão de mulheres da observação pública por meios que as escondam, seja pela burca ou pela utilização de estruturas altas de paredes, janelas, e cortinas de dentro da casa, que as segregem e escondam. O intuito é impedir que as mulheres sejam vistas por homens que não sejam seus parentes diretos.
Qadar, al Qadar – predestinação. No islão, tudo, mas tudo mesmo, foi escrito por Alá e acontece apenas pela vontade de Alá.
Qadi, Qazi – juiz de tribunal islâmico (Sharia).
Raafidah – uma divisão do xiísmo, considerado pelos sunitas como sendo composta por enganadores e hipócritas.
Safawi – termo ofensivo usado pelos sunitas para se referirem aos xiítas. A palavra os descreve como “perdidos” ou “sem direção.”
Sahaabah – companheiros masculinos de Maomé.
Shahid (شھيد šahīd) – testemunha; mártir. O Dicionário Árabe-Inglês Hans Wehr traduz shahid (mártir) como “aquele morto em batalha contra os infiéis.” (Cf. Alcorão 4:74 e 9:112)
Sharia, Charia ou Xaria – é o corpo da lei religiosa islâmica. O termo significa “caminho” ou “rota para a fonte de água”, e é a estrutura legal dentro do qual os aspectos públicos e privados da vida dos islâmicos são regulados, para aqueles que vivem sob um sistema legal baseado na fiqh e para os muçulmanos que vivam fora do seu domínio. A sharia detalha como se comportar frente aos diversos aspectos da vida cotidiana, bem como a política, economia, bancos, negócios, contratos, família, sexualidade, higiene e questões sociais. (Nota: o mais correto, segundo a ortografia da língua portuguesa, seria usar o “x” no início da palavra, já que esta letra é usada na transliteração de palavras do árabe. Sharia é estrangeirismo.)
Shirk – idolatria, atribuir parceria a Alá.
Sira, ou Sirat – é a biografia de Maomé, Sirat Rasul Allah, ou “Vida do Profeta de Alá”, escrita por Muhammad ibn Ishaq cem anos após a morte de Maomé, e editada por Ibn Hisham, um aluno de Ibn Ishaq. É o registro escrito mais antigo do islamismo. Existe uma tradução moderna para o inglês feita por Alfred Guillaume.
Suhur – o banquete matinal durante o mês do Ramadã.
Sunnah (ou Sunna) – tradições de Maomé. É a segunda fonte da lei islâmica após o Alcorão, e o complementa. Não é possível entender o Alcorão sem as tradições do profeta. É composta pelos Hadices e pela Sira.
Surata, sura ou surat – um capítulo do Alcorão. Passagens corânicas são citadas com números, indicando o versículo (aya) da Surata, por exemplo, 9:5.
Razia (mesmo que Ghazwa) – Ataques armados comandados por Maomé, acompanhados de pilhagem. Batalhas associadas à expansão territorial islâmica. Atos de pirataria cometido por muçulmanos contra os infiéis, por terra ou mar.
Tafsir – interpretação ou exegese.
Taghut – praticar idolatria.
Taharrusch gameâ (árabe تحرش جماعي, DMG Taḥarruš ǧamā’ī, “tárrarashu” “jamái” ) – assédio coletivo ou assédio comunitário, é um termo em árabe para uma ação coordenada de vários homens, com intuito praticar agressões sexuais contra mulheres encontradas em locais públicos.
Talaq – direito do marido de dissolver o casamento, simplesmente anunciando à esposa que ele a repudia (talaq significa repúdio). Basta ao marido dizer três vezes “talaq” e o divórcio está feito segundo a sua vontade. Esta repetição é chamada de “talaq triplo.”
Taqiyya (ou Muda’rat) – Conceito teológico islâmico que permite ao muçulmano mentir se a mentira ajudar a propagação do islão (ver termos correlatos: kitman, muruna, tawriya, taysir e darura).
Tawriya – enganar o kafir sendo ambíguo.
Tawhid (Tawheed, Tauheed – pronúncia “taurríd”) – palavra que denota o monoteísmo islâmico.
Taysir – enganar o kafir ao mostrar uma certa flexibilidade e não observar todos os princípios da Sharia.
Uhud (pronúncia “urrud”) – a segunda principal batalha lutada por Maomé contra a tribo dos Coraixitas de Meca. Os muçulmanos levaram uma surra, e Maomé disse que isso ocorreu porque eles precisavam ser mais fiéis a Sharia. Maomé quase morreu neste encontro.
Umar (ou Omar) – companheiro de Maomé. Foi o segundo califa “corretamente guiado”, tendo governado em 634–644 DC. Ele sucedeu a Abu Bakr. Foi quem conquistou a Terra Santa e instituiu a dhimitude ao impor o Pacto de Umar sobre as populações cristãs e judáicas nas terras conquistadas.
Umma, ou Ummah: a comunidade muçulmana global; o corpo dos fiéis muçulmanos. Um muçulmano deve ter compromisso com a Umma e não com o país no qual ele reside.
Umdat as-Salik wa ‘Uddat an-Nasik – manual de lei islâmica da Escola de Jurisprudência Islâmica Shafí. É mais conhecido pela sua tradução para o inglês intitulada The Reliance of the Traveller, emitida sob os auspícios da Universidade Al-Azhar, no Egito. A tradução foi certificada por diversas autoridades islâmicas, como o Mufti das Forças Armadas da Jordânia, do Imã da Mesquita Darwish Pasha, de Damasco, e do Conselho Fiqh (de jurisprudência) da América do Norte.
Uthman – companheiro de Maomé e terceiro califa “corretamente guiado”. Governou entre 644–56, sucedendo Umar. Segundo a tradição islâmica, foi quem compilou o Alcorão em forma de livro, queimando todos os fragmentos que discordavam da sua versão.
Yarmuk, também grafada como Jarmuque, Yarmuq ou variações (e, em grego, como Hieromyax ou Iermouchas) – um rio na fronteira da (atual) Jordânia, Síria e Israel. O local foi palco de uma decisiva batalha entre os jihadistas do Califado Rashidun (Ortodoxo) e o Império Romano do Oriente (Bizâncio) no ano 636 DC, cujo desfecho resultou na conquista da Siria pelos jihadistas islâmicos.
Yathrib (ou Iatreb) – ver Medina.

Uma coisa é certa: Onde têm muçulmanos, têm problemas. Do livro Soldados Azuis.
Kkkkkkk nada ver aí que burro da zero pra ele. Kkkkkkk, se eu fosse precisar desse assunto para a aula Tava lascado e teria passado vergonha. Burro burro burro.
Excelente!!!